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MONITORIA DE DIREITO CIVIL V – FAMÍLIA

MONITOR: DANIEL HADDAD BERTINI


Site: www.haddadpereira.wordpress.com
CONCEITO DE DIREITO DE FAMÍLIA:

“O direito de família constitui o ramo do direito civil que disciplina as relações entre
pessoas unidas pelo matrimônio, pela união estável ou pelo parentesco” Maria
Helena Diniz.

HISTÓRICO:

1916 – O casamento era o que conferia o vínculo, reconhecido juridicamente, como


familiar.

 Não havia reconhecimento jurídico de família fora do casamento, só surgiu


com a união estável. – introduzida pela CF/88.

Quem tinha o poder familiar era o pai (marido).

Características do pátrio poder:

Juiz – o pai determinava o que aconteceria com a mulher. Ex.: no caso de adultério,
poderia castigar.

Proprietário – a mulher era propriedade do detentor do pátrio poder.

Chefe religioso – era quem ditava as regras da religião. A mulher deveria seguir a
religião do marido.

Chefe político – a mulher, assim que teve direito ao voto, votava em quem o marido
indicava.

FILHOS – dentro do casamento os filhos tinham direitos. Fora do casamento não


gozavam de tal proteção. Existia a dicotomia: filhos legítimos e ilegítimos.

Legítimos eram aqueles havidos dentro da relação do casamento.

Ilegítimos eram os filhos que não procediam de justas núpcias, ou seja, advindos de
relações extramatrimoniais.

A partir da Constituição Federal de 1988, a disciplina sobre o casamento e direito


fundamentais e, consequentemente, irradiação dos direitos fundamentais imposta a
toda legislação infraconstitucional, houveram mudanças drásticas nas entidades
familiares. A promulgação do CC de 2002 ratificou respectivas – mudanças:
MONITORIA DE DIREITO CIVIL V – FAMÍLIA
MONITOR: DANIEL HADDAD BERTINI
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Espécies – famílias (entidades familiares) 226 CF.

A família assume uma acepção mais ampla, abrangendo: o casamento, união estável,
família mono parental.

União homo afetiva – Antes do julgamento da ADPF 132, a interpretação do artigo


226 da CF era restritiva. Portanto, só era aceito a união entre homem e mulher, tanto
para união estável quanto para o casamento. Contudo, o STF entendeu que se trata
de um rol exemplificativo, visto que a vontade do legislador era fazer com que a
família fosse ampliada e acompanhasse os avanços da sociedade.

Poder familiar:

Até 2002 era pátrio poder, mas a partir de 2002 teve uma nova roupagem. Homem e
mulher exercem o poder familiar, a vontade de um nunca prevalece sobre a vontade
do outro, ratificando o posicionamento externado pela CF/88.

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente


pelo homem e pela mulher.

O Código Civil estabelece a igualdade entre o casal, da mesma forma:

Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade
de direitos e deveres dos cônjuges.

Filhos:

Eram taxados de legítimos e ilegítimos, a partir da mudança não há mais essa


divisão no direito de família.

Ex.: Filho fruto de uma infidelidade, não pode sofrer as consequências dessa relação
extraconjugal. Deve ser tratado com equidade aos filhos oriundos do casamento ou
união estável.

Art. 227. [...]§ 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção,
terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações
discriminatórias relativas à filiação.

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