Bom dia a todos!

Nossa equipe ficou responsável de apresentar:

ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA GUARDA

COMPARTILHADA

A guarda compartilhada é regida pelo direito de família. E

assim,

“O direito de família é o instituto jurídico que regula as

relações entre pais, filhos e conviventes, pelos laços de
consanguinidade, civil e afinidade”

O surgimento da família no direito antigo veio pelo pátrio

poder, que era enquanto unidade produtiva e de concentração
de poder nas mãos do pai, onde este tinha autoridade sobre
todos na casa (Pessoas, animais e coisas).

Na Roma antiga a família era patriarcal e organizada pelo

princípio da autoridade do pater famílias. O pai tinha o
controle da família sobre a vida e o destino dos seus
descendentes. OU SEJA, O PAI TEM TAMANHA
AUTORIDADE SOBRE OS FILHOS QUE PODIA DECIDIR A
VIDA E A MORTE DELES.

Com o nascimento do Cristianismo, principalmente, Na Idade

Média com a interferência da Igreja Católica ocorre a
formação do conceito de família: A monogamia. Criando-se a
estrutura do casamento, e este se tornou instituto
imprescindível para formação da entidade familiar.

No Brasil passou por várias evoluções históricas, sociais

religiosas e culturais no tempo do império. Já na republica,
velha criou-se o Código Civil de 1916 trazendo no seu artigo
380, assegurando o pátrio poder tão somente ao marido como
cabeça do casal, e se houvesse a falta ou o impedimento do
pai, a chefia da sociedade conjugal era passada para a
mulher, e com isso, assumia a mulher o exercício do poder
familiar para sobre os filhos.
Com as revoluções históricas e as lutas sociais pela
igualdade, as mulheres passaram a ter um papel importante
na sociedade. Elas puderam votar e ser votadas. No
entanto, o marco zero foi aprovação da lei do divorcio no
Brasil em 77, dando o direito à mulher de separar legalmente
do seu marido. Consequentemente, a mulher começou ter
direito legal (não apenas de fato) na seara familiar, e com a
dissolução do casamento os filhos ficavam com a mãe.

Só a partir da Constituição de 88, houve um tratamento

isonômico ao homem e à mulher, e assegurando-lhes iguais
direitos e deveres referentes à sociedade conjugal,
outorgando a ambos os cônjuges igualdade plena no exercício
do poder familiar com relação aos filhos comuns do casal.

A guarda compartilhada foi inserida no nosso ordenamento

jurídico, a partir da Lei 11.698/2008, que veio para alterar os
artigos 1583 e 1584 no Código Civil/02. Sendo assim, a
guarda compartilhada tem a preferencia no modelo de guarda
no judiciário brasileiro e somente é escolhida a guarda
unilateral quando não há um entendimento entre os pais.

No tocante disso, o Eca/90 (Estatuto da Criança e do

Adolescente), no artigo 21, prevê que não existe hierarquia
entre homens e mulheres no pátrio poder, ambos tem
igualdade de condições sobre os filhos.

E no artigo seguinte, o 22, incumbe aos pais o dever de

sustentar, guardar e educar os filhos menores. Isso é um
direito irrenunciável, pois no nosso ordenamento não existe
a prisão civil por dívida, mas o não pagamento da pensão
alimentícia pode ter sanção penal de prisão. Porquanto, a
segurança jurídica é para proteção do menor e não para
um dos pais!

Dessa forma, quais as vantagens e desvantagens da guarda

compartilhada?

VANTAGENS - Os filhos poderão conviver com os pais,

mesmo em casas separadas. Salienta-se quando a guarda
pertence a um dos pais, outro terá o direito regulamentado de
visitas, logo, os filhos terão a convívio de ambos os pais.

DESVANTAGENS - Poderão ocorrer divergências entre os

pais na criação e na educação de seus filhos. Isto pode trazer
consequências negativas na formação psicológica e social.

Minha pergunta: qual é a função da guarda compartilhada?

Por que o direito de família se preocupou com essa pauta?

A guarda compartilhada nasce com intuito de acabar com

pater poder de um dos pais, visto que, ambos têm os mesmo
deveres e direitos perante os filhos. Portanto, “a função da
guarda compartilhada é amenizar as perdas psicológicas
sofridas pelos filhos com a separação dos pais.”