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Unidade II
5 A FAMÍLIA E A LEI
A família moderna retirou da vida comum não apenas as crianças, mas uma
grande parte do tempo e da preocupação dos adultos. Ela correspondeu
a uma necessidade de intimidade, e também de identidade; os
membros da família se unem pelo sentimento, o costume e o gênero de
vida (ARIÈS, 1978, p. 278).
Figura 9
Muitos autores têm analisado o papel da família no que tange à sua importância na construção do
indivíduo em muitos aspectos, como: emocionais, intelectuais, sociais, interacionais.
A família é uma unidade social que passa por várias fases no desenvolvimento,
diferenciando-se em diferentes culturas, mas possui raízes universais. Em
todas as culturas, a família dá a seus membros o cunho de individualidade.
A identidade humana tem dois elementos: um sentido de pertencimento
e um sentido de separação. O laboratório em que estes integrantes são
misturados e administrados é a família, considerada matriz da identidade.
No processo inicial de socialização as famílias modelam e programam o
comportamento e o sentido de identidade da criança.
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Unidade II
Ainda a esse respeito, Vidigal (apud SIQUEIRA; JAEGER; KRUEL, 2013) apontam:
Por exemplo, no antigo Código Civil brasileiro (1916), observa-se que o pai aparecia como a figura
dominante da família, cabendo-lhe o pátrio poder (chefe da sociedade conjugal), resultando na
denominação de família tradicional. Essa família era constituída de pai, de mãe e de filhos, gerada pelo
casamento. Na antiga legislação civil a lógica era de natureza patriarcal (hierárquica em sua constituição).
Nesse sentido, a mulher casada é vista como parcialmente incapaz. A incapacidade feminina refletia-se,
por exemplo, na criação dos filhos, em especial dos filhos homens. Impossível imaginar a separação do
casal, e quando ocorria, buscava-se investigar o culpado pelo fracasso do casamento. Portanto, a família
era um código moral assimétrico sexual, perdendo sua configuração durante o século XX.
Após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, muitos homens morreram na guerra, possibilitando,
mundialmente, que as mulheres assumissem postos de comando. Com a invenção de meios
anticoncepcionais mais seguros, a emancipação feminina desponta, tornando as mulheres mais
independentes e encarando com mais facilidade uma eventual separação do casamento. Esse contexto
possibilita novas formas de convívio familiar, dando lugar à família nuclear.
A Constituição Federal de 1988 contempla essas mudanças, quando esboça nos artigos 226
e seguintes a nova família que está sob a proteção da lei. Ela pode ser biparental, constituída
por casamento ou união estável, de natureza heterossexual ou homossexual. A seguir, veja o que
está previsto na legislação:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. [...]
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Figura 10
O Supremo Tribunal Federal, em 2011, reconheceu a união estável homossexual. Por Resolução do
Conselho Nacional de Justiça, os cartórios do Brasil não podem mais recusar a celebração de casamentos
civis entre pessoas do mesmo sexo.
Figura 11
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Unidade II
Diante do exposto, o pátrio poder cede lugar ao poder familiar: a uma forma mais igualitária de
gerir a família.
O Código Civil de 2002, que entrou em vigor em 2003, prevê a igualdade dos cônjuges, admitindo
a dissolução da sociedade conjugal: “Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com
base na igualdade de direito e deveres dos cônjuges” (Primeiro artigo do Capítulo I, Livro IV do Código
Civil, Direito de Família).
Além disso, a lei prognostica, apesar da separação do casal, a manutenção do vínculo de pais e filhos
pela guarda compartilhada ou não. Esse vínculo é importante ao legislador, uma vez que os filhos têm
o direito de convivência familiar:
Art. 19. [...] toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no
seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada
a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de
pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
Art. 22 [...] aos pais o dever de sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e
fazer cumprir as determinações judiciais.
Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si autorize a decretação
da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de
origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais
de auxílio (BRASIL, 1990).
Com relação à guarda dos filhos, ela pode ser realizada de três maneiras: a guarda única ou
exclusiva; a guarda compartilhada e a guarda alternada. A guarda única ou exclusiva (conferida a
só um dos genitores) passou a ser insatisfatória para atender as necessidades e interesses dos pais e
principalmente dos filhos. Com as mudanças na estrutura familiar, foi preciso buscar novas modalidades
de guarda capazes de assegurar aos pais uma divisão igualitária da autoridade parental, bem como
aos filhos, objetivando amenizar os efeitos dolorosos na maioria das separações. Surge então a
guarda compartilhada ou conjunta, estabelecendo a atuação da autoridade parental aos pais que
desejam continuar a relação com os filhos diante da cisão da estrutura familiar. Essa possibilidade se
justifica pela necessidade de garantir o melhor interesse da criança e a igualdade entre pais e mães na
responsabilização dos filhos. Nesse sentido, a continuidade do convívio da criança com ambos os pais
é indispensável para seu desenvolvimento saudável.
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Observação
A fim de contribuir com o desenvolvimento saudável dos filhos de pais separados, surge a proibição
da alienação parental, caracterizada pelo ato de afastar o filho do pai ou da mãe, conduta proibida por
lei. A justiça brasileira possibilita a intervenção nos casos em que ela ocorre.
Saiba mais
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Unidade II
De acordo com a Apase (2007), a alienação parental é a exclusão de um “terceiro”, mantendo-o sem
contato com os filhos. Dessa forma, o comportamento passa a ter uma conotação negativa, pois coloca
o alienado alheio aos acontecimentos e preso ao alienador. O afastamento do progenitor que não detém
a guarda ocorre progressivamente, resultando no aparecimento de dois fenômenos:
• a simbiose forçada com o genitor presente: nesse fenômeno ocorre uma dependência em que o
filho passa a nutrir os mesmos sentimentos que este em relação ao genitor afastado, podendo
resultar em desamparo.
• Instabilidade emocional.
• Controle.
• Ansiedade.
• Agressividade.
• Perversidade.
• Uso da projeção como um mecanismo de defesa, projetando nos filhos todas as suas frustrações,
com o objetivo de atingir o outro progenitor.
• Apresentar o novo relacionamento como “seu pai” ou “sua mãe”, em substituição ao genitor
descontínuo.
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PSICOLOGIA JURÍDICA
A síndrome de alienação parental (SAP) é, portanto, uma forma de violência psicológica e deixa
sequelas irreparáveis, em que o alienador é o real abusador. Ele necessita de cuidados psicológicos e
até o possível afastamento da criança, embora isso possa provocar mais um desamparo para a criança.
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Unidade II
A violência doméstica foi reconhecida apenas na década de 1990 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ela pode ser física, sexual ou psicológica, cometidas por parceiros íntimos.
Alguns estudiosos como Soares (apud MOREIRA; PRIETO, 2010) acreditam que o comportamento
violento é transmitido entre as gerações, afirmando que é na família que os indivíduos recebem as
primeiras lições de violência. Essas lições ensinam, por exemplo, que aqueles que amam ou são amados
são também aqueles que batem. Dessa forma, a violência passa a ser permissível.
Com relação à violência feminina, observa-se que é, preferencialmente, na própria casa que as
mulheres correm o risco de serem agredidas, estupradas, ameaçadas e mortas, vivenciando um ambiente
cercado de medo, de dor e de silêncio. Essa situação pode resultar em relações patológicas que se
retroalimentam em decorrência de uma progressiva onda de violência carregada de ódio e rancor,
por exemplo.
De acordo com Borges (apud MOREIRA; PRIETO, 2010), o medo da perda do objeto “amado” pode
levar o indivíduo a utilizar como defesa atos que intimidam seu parceiro.
Para Safiotti (apud MOREIRA; PRIETO, 2010), há uma escala progressiva de tipos de agressões que
surge através dos anos de relacionamento: agressões verbais, ameaças de morte, agressões físicas,
sexuais, homicídio.
• Violência física: surge quando a mulher resiste à violência psicológica. Caracterizada por:
empurrões, tapas, murros, queimaduras, braços torcidos, enforcamentos, socos, pontapés, puxar
cabelos. O objetivo é marcar o corpo; destruir o pensamento; anular o outro como sujeito.
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Figura 12
Observação
Figura 13
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Unidade II
Observação
Hirogoyen (apud MOREIRA; PRIETO, 2010) ressalta que não existe violência
física sem que anteriormente tenha ocorrido a violência psicológica.
A característica comum dos homens que praticam abusos emocionais é a habilidade em encontrar
um ponto fraco na esposa. Esse ponto fraco passa a ser uma arma para mantê-la como sua propriedade.
— Fase da construção da tensão: é uma violência não direta, caracterizada por violências
verbais, silêncios hostis, olhares agressivos, ciúmes, ameaças, destruição de objetos e irritação
excessiva do agressor. Este tende a responsabilizar a vítima por todos os seus problemas e
frustrações. A vítima, (mulher) por sua vez, passa a atribuir a si mesma a responsabilidade
pela frustração e irritação do companheiro, desenvolvendo, inconscientemente, um processo
de constante autoacusação.
— Fase da agressão: nessa fase, a tensão atinge seu ponto máximo. A violência física inicia-se de
forma gradual, caracterizada, por exemplo, por empurrões, tapas, e a utilização de armas de fogo,
além de forçar a companheira a manter relações sexuais, como forma de dominação.
Observação
— Fase da lua de mel: nessa última fase, o agressor tem medo do abandono e de perder a companheira.
Dessa forma, cessam os ataques violentos, as agressões físicas, os pedidos de desculpas e as
promessas. Há ausência de tensão. Surge então um comportamento amoroso do agressor.
Nesse sentido, a vítima é levada a acreditar que é ela que detém o poder da relação. Ela acredita
que pode corrigir o agressor com seu amor, paciência e dedicação e passa a ter esperança de
que haverá uma melhora. Por isso, ela retira as queixas, tornando-se mais tolerante à agressão.
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Observação
A lei trata de qualquer agressão contra a mulher, como: física; verbal; psicológica; relação sexual
indesejada; violência patrimonial. Dessa forma, se uma mulher se encontrar nessa situação, a justiça
deve tomar medidas para, principalmente, afastar a mulher de seu parceiro agressor. A lei garante, entre
outras medidas, o atendimento de uma equipe multidisciplinar que possa oferecer um tratamento.
Observação
A finalidade da Lei Maria da Penha é retirar a mulher não do seu lar, mas
da posição de vítima, para que ela possa se tornar sujeito de sua própria ação.
Art. 1. Esta Lei altera a Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da
Penha), para autorizar, nas hipóteses que especifica, a aplicação de medida
protetiva de urgência, pela autoridade judicial ou policial, à mulher em
situação de violência doméstica e familiar, ou a seus dependentes, e para
determinar o registro da medida protetiva de urgência em banco de dados
mantido pelo Conselho Nacional de Justiça.
Art. 2. O Capítulo III do Título III da Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei
Maria da Penha), passa a vigorar acrescido do seguinte art. 12-C:
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Unidade II
III – pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver
delegado disponível no momento da denúncia.
§ 1. Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será
comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá,
em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada,
devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente.
5.2 Feminicídio
Figura 14
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Devido aos altos índices de crimes cometidos contra a mulher, houve a necessidade de leis que
tratassem desse tipo de crime. Diante dessa realidade, surge, em 2015, a Lei do Feminicídio (Lei n. 13.104/15),
que alterou o Código Penal brasileiro, incluindo dessa forma como qualificador do crime de homicídio o
feminicídio. A lei aplica-se nos casos de violência doméstica ou familiar e quando houver menosprezo
ou discriminação contra a condição de mulher.
O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher pelo fato de ela ser mulher, ou seja, ele é
motivado pela discriminação de gênero.
Observação
Homicídio simples
Homicídio qualificado
§ 2 [...]
Feminicídio
[...]
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Unidade II
[...]
Aumento de pena
[...]
“Art. 1 [...]
5.3 Violência
A violência se configura basicamente de três formas: violência velada, que engloba o assédio moral
e o assédio sexual; violência doméstica; e violência intrafamiliar.
O assédio moral engloba qualquer comportamento abusivo e repetitivo que afeta a plenitude
física ou psíquica de uma pessoa, em especial no ambiente de seu trabalho (CONSELHO NACIONAL
DO MINISTÉRIO PÚBLICO, 2016). Por se tratar de uma violência velada devido a seu caráter invisível e
subjetivo, dificulta a sua constatação para uma posterior penalização.
Saiba mais
Observação
Figura 15
Para Guimarães e Rimoli (apud MESSA, 2010), há três tipos de assédio moral:
• Descendente: situação mais habitual que ocorre quando a pessoa que tem poder, através de
depreciação, falsas acusações, insultos e ofensas, mina a esfera psicológica do assediado para se
destacar ou manter sua posição hierárquica. Pode ser também uma estratégia empresarial, que
força o indivíduo ao abandono voluntário do emprego (MESSA, 2010).
Para Nakamura e Fernández (apud MESSA, 2010), o assediador faz uso de alguns métodos para
impedir que a vítima reaja:
• Assédio sexual: o agressor acredita que a vítima não pode negar suas imposições
(MESSA, 2010, p. 49).
Figura 16
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Complementando o tema, além dos tipos e dos métodos utilizados pelo assediador, Leymann (apud
MESSA, 2010) apresenta as fases que compõem o assédio moral:
• Fase de conflito: conflitos interpessoais normais entre pessoas com objetivos e interesses
diferentes, gerando problemas pontuais e atritos que poderiam ser resolvidos com diálogo. Com
a estigmatização desses conflitos pontuais, produz-se um ponto de partida para enfrentamentos
maiores posteriores. Fase em que o indivíduo vai progressivamente perdendo a confiança em si
mesmo. Envolve influência intelectual ou moral, e a pessoa passa a não reagir espontaneamente.
• Fase de mobbing ou estigmatização: fase de grande duração, em que ocorre o assédio
propriamente dito. O ódio do agressor, que era velado na fase anterior, torna-se manifesto.
O agressor passa a humilhar a vítima, com comportamentos perversos, durante um tempo
prolongado, com o objetivo de ridicularizá-la e isolá-la socialmente. O assediado não consegue
acreditar no que está acontecendo e pode negar as evidências mediante passividade ou evitação
do fenômeno para o resto do grupo.
• Fase de marginalização ou exclusão da vida laboral: fase em que a vítima abandona seu
emprego, provavelmente depois de várias licenças. Quem persiste no trabalho pode se submeter a
altos níveis de estresse, comprometendo sua saúde. Alguns sofrem o agravamento do problema,
dentro ou fora da empresa. Casos mais extremos podem levar ao suicídio (MESSA, 2010, p. 50).
Uma outra categoria de violência velada diz respeito ao assédio sexual, que compreende uma
conduta relacionada à sexualidade que acomete o espaço de uma outra pessoa, sem pedir permissão.
Esse assédio ocorre em diferentes ambientes: trabalho, relações de docência; relações domésticas;
religiosas ou de confiança. Frequentemente, é cometido por pessoas que apresentam condição
hierárquica de superioridade do emprego, do cargo ou da função. O assediador faz uso de propostas
inadequadas, causando embaraço e constrangimento para a vítima.
De acordo com o Conselho Nacional do Ministério Público (2016), os requisitos para a configuração
do assédio sexual são:
b) De forma dolosa;
Observação
O assédio sexual faz parte do assédio moral e é definido na Lei n. 10.224, de 15 de maio de 2001,
que introduziu no Código Penal a tipificação do crime de assédio sexual, dando a seguinte redação
ao art. 216-A: “Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo‑se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao
exercício de emprego, cargo ou função”. A pena prevista é de detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Ainda, o assédio sexual pode terminar em estupro. As consequências dessa violência são profundas,
resultando em dificuldades no comportamento sexual, afetivo e social da vítima.
De acordo com o Conselho Nacional do Ministério Público (2016), a vítima de assédio deve:
• Anotar, com detalhes, todas as humilhações sofridas: dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome
do(a) assediador(a) e dos colegas que testemunharam os fatos, conteúdo das conversas e o que
mais achar necessário.
• Romper o silêncio, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam
o fato ou que já sofrem humilhações do(a) assediador(a).
• Evitar conversar e permanecer sozinho(a) – sem testemunhas – com o(a) assediador(a) (CONSELHO
NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO, 2016, p. 23).
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Conforme Siqueira, Jaeger e Kruel (2013), na violência intrafamiliar, outra forma de violência,
observa‑se que as maiores vítimas são as crianças, os adolescentes e as mulheres. Estudos mostram que
a violência é um fenômeno complexo, pois é necessário compreendê-la a partir de vários fatores. Ao
mesmo tempo, é através do trabalho realizado com a família que temos a oportunidade de reconhecer
como essa problemática se manifesta para, posteriormente, estruturarmos uma estratégia preventiva.
Saiba mais
Para saber mais sobre o tema, leia a obra a seguir, que relata os principais
estudos desenvolvidos no Brasil sobre a violência contra os mais jovens:
Figura 17
Espera-se em uma separação conjugal, em condições não litigiosas, que ela se torne uma possível
solução para todos os envolvidos. No entanto, quando a separação é de natureza litigiosa, percebemos,
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Unidade II
em muitos casais, uma série de dificuldades para reorganizar suas vidas e de administrar as suas
responsabilidades perante os filhos. Se as dificuldades não são resolvidas, poderão desencadear distúrbios
emocionais, em especial, nos filhos do casal.
Diante desse cenário, o casal decide procurar um profissional que avaliará uma ação para
posteriormente prosseguir até a sentença judicial ou homologação para estabelecer, por exemplo, quem
ficará com a guarda dos filhos, as formas de visita, o pagamento de alimentos e a partilha dos bens.
De acordo com Antunes, Magalhães e Feres Carneiro (2007), os sujeitos que vivem litígios familiares
apresentam algumas características como: agressividade; postura resistente diante de intervenções;
discurso que tem como base uma lógica adversarial e muitas vezes têm os filhos como objetos do
pedido judicial.
Dias e Souza (apud ANTUNES; MAGALHÃES; FERES CARNEIRO, 2007) afirmam que, em uma separação
litigiosa, cada uma das partes tem a necessidade de comprovar sua versão, e consequentemente
atribuindo à outra parte a culpa pelo término da relação conjugal para que, posteriormente, busque
a absolvição do juiz. Inclusive, os autores explicam que algumas das longas disputas judiciais têm a
intenção de prolongar os vínculos conjugais.
Kaës (apud ANTUNES; MAGALHÃES; FERES CARNEIRO, 2007) chama a atenção para o fato de
que a escolha amorosa não seria consciente porque ela obedeceria a um “determinismo familiar”.
No entanto ele aponta para a possibilidade de transformação, quando da interação das subjetividades.
Importante destacar, ainda, que para o autor, o vínculo do casal se concretiza a partir da identificação
de características comuns, baseado no que ele denominou “noção de complementaridade”.
Puget (apud ANTUNES; MAGALHÃES; FERES CARNEIRO, 2007) nos apresenta três tipologias
de conjugalidade:
• Dual: o autor a resume através da expressão “Somos um só”, caracterizada pelo vínculo fusional,
modelo do objeto único, relação de simetria ou assimetria, e de idealização mútua.
Para Antunes, Magalhães e Feres Carneiro (2007), em uma separação conjugal ocorre o processo de
“des-ilusão amorosa”, caracterizada por um desdobramento da ilusão de completude ocorrida na escolha
dos parceiros. Nesse sentido, o objeto amoroso com quem a pessoa se identificou ou que foi idealizado
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Lemaire (apud ANTUNES, MAGALHÃES; FERES CARNEIRO, 2007), complementando, aponta três
saídas possíveis para a ilusão do casal:
• Nomeada de “via perpétua”, o casal manteria o estado ilusório que sustenta o estado amoroso
e a relação.
• O casal se confronta com a desilusão, e esse confronto o levaria a construir uma relação menos
defensiva, permitindo o fortalecimento do vínculo.
Observação
Posteriormente, na fase pós-separação amorosa, vivencia-se um luto, segundo Caruso (apud ANTUNES;
MAGALHÃES; FERES CARNEIRO, 2007). Esse luto é vivenciado independentemente de quem promoveu a
ruptura amorosa. Para o autor a separação conjugal é sentida como uma “vivência psíquica de morte”,
desencadeando duas formas de luto: o primeiro diz respeito ao luto provocado com a vivência da morte
do outro em sua consciência e com a constatação de sua morte na consciência do outro (dor narcísica).
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Unidade II
CAPÍTULO I
IV – pelo divórcio.
SEÇÃO I
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Art. 5 – A separação judicial pode ser pedida por um só dos cônjuges quando
imputar ao outro conduta desonrosa ou qualquer ato que importe em grave
violação dos deveres do casamento e tornem insuportável a vida em comum.
SEÇÃO II
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Unidade II
[...]
Título I
Art. 2 – Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze
anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos
de idade.
74
PSICOLOGIA JURÍDICA
III. [...].
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Unidade II
[...]
Independentemente das teorias psicológicas, todas de alguma forma concordam e dão importância
à infância. A infância deve ser compreendida e inserida em um contexto cultural, em que a criança se
desenvolve e inicia o estágio de formação da sua personalidade. Portanto, a infância é uma construção
cultural. O significado do que é ser criança vai se diferenciando no decorrer do tempo, como ocorre com
o conceito de família, que, igualmente, pode variar com o tempo.
Observação
Hoje a criança é vista como uma cidadã, um ser humano com direitos que devem ser respeitados.
No contexto jurídico ela necessita de atenção, configurada em uma rede de proteção: do Estado, da
sociedade, da família.
76
PSICOLOGIA JURÍDICA
No mesmo sentido, como vimos anteriormente, o ECA estende sobre a criança e o adolescente uma
verdadeira rede de proteção que tem como núcleo a família e a rede familiar, passando pela comunidade,
representada pelas organizações não governamentais, pela sociedade, que se faz representar nos
conselhos tutelares, e finalmente pelo Estado, que ampara os direitos dos jovens pela administração
pública e pela Justiça da Infância e da Juventude.
Criado e decretado quase que concomitantemente com a Convenção da ONU, o ECA (BRASIL, 1990)
traz mudanças significativas no trato de crianças e adolescentes que “gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana” (art. 3). Merecem a atenção da família, da comunidade, da
sociedade e do Estado, enfim, sua “proteção integral” (art. 1º).
A Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU, 1989) destaca:
• A criança é definida como todo ser humano com menos de 18 anos de idade, a não ser que, em
conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes.
• A família, nesse sentido, é entendida como “um grupo fundamental da sociedade e ambiente
natural para o crescimento e o bem-estar de todos os seus membros, e em particular das crianças”.
• Cabe aos pais, aos demais membros da família ampliada e à comunidade a responsabilidade de
proporcionar à criança instrução e orientação adequadas (art. 5º).
• A família e, no sentido mais amplo, a comunidade têm uma dupla função: a de inserir a criança
na cultura e a de defender seus direitos, uma vez que a criança está limitada na capacidade do
exercício de seus direitos.
• O direito à vida (art. 6º) implica a responsabilidade do Estado de não somente garantir a
sobrevivência, como também o desenvolvimento da criança.
• Garante à criança um nome e uma nacionalidade; em outras palavras, uma identidade, no sentido
jurídico e psíquico.
• Essa identidade está estreitamente ligada à família e ao direito de “conhecer os pais e ser cuidada
por eles” (art. 7º).
• O Estado é obrigado, pelo art. 8º, a preservar a identidade, a nacionalidade, o nome e as relações
familiares da criança e do adolescente com suas leis e políticas públicas.
• A criança tem hoje o direito de formular seus próprios pontos de vista. Deve ser ouvida em todos
os assuntos que lhe dizem respeito (art. 12).
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Unidade II
• Garante como seus direitos: a liberdade de expressão, de crença, de associação, de reunião pacífica,
a inviolabilidade de seu lar, de sua correspondência e de sua honra; proteção contra violência;
direito à assistência, à saúde, ao lazer e à educação.
• A Convenção enfatiza, em seu art. 29, o exercício dos direitos culturais, sobretudo do
direito à educação.
Portanto, podemos observar que o ECA amplia sobre a criança e o adolescente uma verdadeira rede
de proteção que tem como núcleo a família e a rede familiar; passa pela comunidade, representada pelas
organizações não governamentais; pela sociedade que se faz representar nos conselhos tutelares; e até o
Estado que ampara os direitos dos jovens pela administração pública e pela Justiça da Infância e da Juventude.
Quando a criança ou o adolescente entra em conflito com a lei, são aplicadas as medidas
socioeducativas, previstas no art. 112.
Observação
Para Amarante (2010), se o indivíduo passa, aos 18 anos, a entender ou não o caráter ilícito é uma
questão que, até para a justiça, não está clara, portanto, não há como estabelecer um critério genérico
para diferenciar se um jovem é imputável ou não.
O ECA (BRASIL, 1990) prevê, portanto, para jovens infratores da lei até 18 anos, a possiblidade de
“requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial”
(inciso V) e da “inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao
adolescente” (inciso IV do art. 101). Em casos excepcionais, esses medidas podem ser aplicadas a jovens de
até 21 anos (parágrafo único do art. 2º).
Espera-se, dessa forma, educação em vez de punição, tratamento em vez de disciplina, pois assim
determina a lei.
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PSICOLOGIA JURÍDICA
6.1 Adoção
Figura 18
A adoção é um processo que deriva quando da impossibilidade dos pais biológicos de criarem seus
filhos e pela disponibilidade de outras pessoas de cuidarem dessas crianças.
Observação
Observação
Observação
Segundo Paiva (2014), o ECA destina ao Judiciário todas as providências e procedimentos referentes
à adoção. Nesse sentido, prevê e obriga a existência de uma equipe interprofissional composta, em geral,
por assistentes sociais e psicólogos, ambos assumindo uma atividade pericial e avaliativa para auxiliar o
juiz. Entre as atividades esperadas por esses profissionais, destacam-se:
80
PSICOLOGIA JURÍDICA
Observação
Um estudo (apud PAIVA, 2014) realizado em 2003 descreve alguns dados estatísticos a respeito da
adoção no Brasil:
Além disso, o ECA relata os requisitos necessários tanto aos adotantes quanto aos adotandos.
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Unidade II
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PSICOLOGIA JURÍDICA
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Unidade II
Seção VIII
I – qualificação completa;
II – dados familiares;
84
PSICOLOGIA JURÍDICA
Finalizando, podemos destacar Ferreira (apud MESSA, 2010), que pontua o papel do psicólogo jurídico:
A palavra pedofilia é de origem grega e significa “amar ou gostar de crianças”. Portanto, o termo, na
concepção original, estava ligada a um sentimento nobre e positivo (PINHEIRO, 2016).
Somente no século XIX é que o termo pedófilo surge como adjetivo para designar a atração sexual
de adultos por crianças ou a prática efetiva de sexo com meninos ou meninas.
Em sua obra, Pinheiro (2016) nos apresenta informações importantes a respeito desse tema. Vejamos:
• Atualmente, o termo pedofilia é utilizado em seu sentido negativo, ou seja, qualquer referência
ao desejo sexual por crianças e adolescentes. Isso inclui desde a fantasia e o desejo sexual até a
consumação do ato sexual, propriamente dito, com crianças e adolescentes.
• Com o surgimento da internet, o âmbito e o alcance das práticas pedófilas assumiram dimensões
assustadoras. Na rede virtual, a pedofilia encontra suporte e impunibilidade no anonimato.
Ainda, nessa rede, o comércio da pornografia infantil se expandiu.
Observação
• A pedofilia em sua concepção atual, como sendo o desejo de manter relações sexuais com crianças
ou adolescentes, é considerada uma doença.
85
Unidade II
• A pedofilia é um diagnóstico clínico. Isso porque uma pessoa pode ser pedófila e nunca chegar a
praticar o abuso sexual.
• A confusão da pedofilia como doença com a execução dos atos fantasiados pelo pedófilo, ou
seja, com o abuso sexual propriamente dito, é comum entre os profissionais como médicos,
psicólogos e juristas.
• Da mesma forma, nem sempre aquele que comete abuso sexual é pedófilo, ou seja, se enquadra
no diagnóstico clínico de pedófilo.
Observação
Dessa forma, o pedófilo deve tomar medidas para prevenir a prática do abuso sexual assim como
tomar medidas no sentido de tratar a doença.
O Código Penal e o ECA não preveem redução de pena ou da gravidade do delito se for comprovado
que o abusador é pedófilo.
A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma violação dos direitos sexuais e
pode ocorrer de duas formas:
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PSICOLOGIA JURÍDICA
— Redes de prostituição.
— Tráficos de pessoas.
— Pornografia.
— Turismo sexual.
• O agressor, na maioria das vezes, é uma pessoa aparentemente normal, até mesmo querida
pelas crianças.
• O espaço físico, onde ocorre a concretização do abuso é, com frequência, o da própria casa do
abusado ou mesmo em um local perto da casa da vítima ou do agressor.
• As vítimas e os agressores costumam ser, muitas vezes, do mesmo grupo étnico e socioeconômico.
• A pedofilia não ocorre predominantemente entre pessoas de baixo nível socioeconômico. Os níveis
de renda familiar e de educação não são indicadores de abuso.
Cabe destacar que a violência física sexual contra crianças e adolescentes, ao contrário do que o
senso comum entende, não é a mais frequente, pois a violência psicológica vem em primeiro lugar, por
meio de ameaças e/ou conquista da confiança e do afeto da criança. Essa violência psicológica não
somente antecede a prática da violência como também deixa sequelas.
Observação
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Unidade II
Lembrete
• Tanto os maus-tratos quanto a violência devem ser desvendados no momento certo e com as
devidas precauções do profissional, o que é denominado fase da revelação.
• Parece que muitos agressores foram vítimas de violência em sua infância e adolescência e na fase
adulta reproduzem esse quadro.
• Sexual: consiste em todo ato sexual ou jogo, tem por intenção estimulá-la sexualmente ou
utilizá-la para obter satisfação sexual. Pode variar desde atos em que não se produz o ato sexual
até diferentes ações que incluem contato sexual visando lucros, como é o caso da prostituição e
da pornografia.
• Negligência: omissões dos pais ou de outros responsáveis pela criança ou adolescente (inclusive
instituição), quando deixam de prover as necessidades básicas para o seu desenvolvimento físico,
emocional e social.
88
PSICOLOGIA JURÍDICA
Figura 19
O ECA determina que o adolescente infrator não receberá uma pena, e sim uma medida
socioeducativa.
Nesse sentido, o adolescente infrator passa a ser inimputável, porém não fica impune.
Entre as medidas socioeducativas, destaca-se o art. 112 do ECA, que dispõe do grupo de medidas
em meio aberto, entendidas como não privativas de liberdade, compostas de advertência, reparação do
dano, prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida. Ainda, no grupo de medidas privativas
de liberdade, incluem-se a semiliberdade e a internação em estabelecimento educacional.
89
Unidade II
Ato infracional é a ação tipificada como contrária à lei que tenha sido
efetuada pela criança ou adolescente, sendo que todos os menores de 18 anos
são inimputáveis e não poderão ser condenados a penas. Recebem um
tratamento legal diferente dos réus imputáveis, como medidas de orientação,
apoio e acompanhamento temporários, frequência obrigatória em ensino
fundamental, requisição de tratamento médico e psicológico, entre outros
(MESSA, 2010, p. 59).
Observação
Lembrete
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Resumo
Diante disso, o pátrio poder cede lugar ao poder familiar: a uma forma
mais igualitária de gerir a família.
91
Unidade II
Com relação à guarda dos filhos, ela pode ser realizada de três
maneiras: a guarda única ou exclusiva; a guarda compartilhada e a guarda
alternada. A guarda única ou exclusiva (conferida a só um dos genitores)
passou a ser insatisfatória para atender as necessidades e interesses dos
pais e principalmente dos filhos.
Hoje, a criança é vista como uma cidadã, um ser humano com direitos
que devem ser respeitados. No contexto jurídico, ela necessita de atenção,
configurada em uma rede de proteção: do Estado, da sociedade, da família.
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PSICOLOGIA JURÍDICA
Exercícios
Análise da questão
A alienação parental não é permitida pela legislação brasileira, uma vez que proíbe o ato de afastar
o filho do pai ou da mãe.
B) A pedofilia não pode ser entendida a partir de um diagnóstico clínico, pois trata-se de um crime.
Análise da questão
Nem todo pedófilo é um abusador sexual. A alternativa A está incorreta, pois é possível diferenciarmos
pedofilia de abuso sexual. A alternativa B está incorreta, pois é possível entender a pedofilia a partir de
um diagnóstico clínico. A alternativa C está incorreta, pois o abusador é imputável. E a alternativa E está
incorreta, pois o ECA não prevê redução de pena para o pedófilo.
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