O RESUMO DO TEXTO: A HISTÓRIA DO DIREITO NA FORMAÇÃO
DOS JURISTAS – ESCRITO POR ANTONIO MANOEL HESPANHA
Hespanha considerava que a historia do direito tem importância na
formação dos juristas, pois serve para interpretação do direito atual, como também para elencar os valores jurídicos, permitir a sensibilidade jurídica e ampliar os conceitos culturais dos juristas.
Nesse texto, Hespanha aborda a historia do direito como um discurso
legitimador, pois o próprio direito precisa ser legitimado, ou seja, necessita que se construa um consenso social sobre o fundamento da sua obrigatoriedade, sobre a necessidade de se lhe obedecer. Outro ponto, que o próprio direito (conjunto de normas codificadas) então, já é uma legitimação porque obriga a sociedade obedece-lo.
Hespanha aduz que os objetos gerais da historia critica do direito já foi
explicado anteriormente, e hoje, seriam mais aspectos de estratégia e de metodologia do que critica à historia do direito.
Sendo assim, Hespanha enumerou três estratégias:
1- estratégia: INSTIGAR UMA FORTE CONSCIENCIA
METODOLOGICA NOS HISTORIADORES
Ele trata que a narrativa histórica seria um relato simples de fatos
ocorridos. Ele faz uma critica do descompromisso dos juristas em sua postura
2- estratégia: DIREITO EM SOCIEDADE
Hespanha elege o direito em sociedade como objeto da historia jurídica,
ele cita que os contextos (cultura, tradição literária, base sociais, sistema econômico e a religião) interligam a historia do direito. Direio é o fruto e produtor da sociedade.
3- estratégia: HISTORIA NÃO É UM PROCESSO LINEAR
A historia do direito critica do direito não possui um desenvolvimento
linear e progressivo, pois a historia há uma descontinuidade e ruptura. Onde a ideia de descontinuidade sempre foi fundamental para o direito, logo, é necessário uma analise para ser reestruturado, isto é, dá uma perspectiva sobre o presente, também influencia o nosso modo de observar o passado. O presente não é continuidade do passado, mas, um arranjo aleatórios. E a rutura está ligado à natureza conceitual dos sentidos (valores) e estes estão ligados aos contextos.
Enfim, enquanto Durval Albuquerque tratava no seu texto: a fabricação
dos tempos, uma linguagem historiográfica geral, Hespanha enfatizava a historiografia jurídica. Pois para ele, o direito deve ser um modelo autônimo e deve construir uma criticidade, conciliada com a historiografia renovada. Outro ponto, ele tentava demonstrar aos juristas como sujeitos a margem de valores fora do direito, que fatores externos contribuem na formação de dogmas jurídicos. Resumo do texto: ANTROPOLOPIA, PRE-ANTROPOLOGIA E Antropologia e Direito – escrito por Assis e Vitor
“O direito é uma regra rege uma sociedade de normas, seja essa
sociedade simples ou complexas.”
As conclusões precisam de todo uma analise para que o sujeito conclua
algo. É preciso analisar a diversidade dos povos para haver uma conclusão. E nossas conclusões necessitam estar verificadas
Os autores apresentam limitações ao olhar oriundo dos sujeitos que não
possuem conhecimento do que fala. (estuda a linguagem corporal)
A antropologia é como produto do humanismo
A) antropologia: nasce no final do século XIX;
B) antropologia cultural para narrar a historia dos povos é necessário
compreender analise cultural.
C) Antropologia inicia no século XVI a fim de conhecer o exterior para
colonizar (nessa época, Europa estava colonizando/ explorando economicamente esses povos, principalmente, nas Américas e na África). Todavia, a partir do século XIX que foi possível compreender a antropologia.
O humanismo se preocupa em compreender o que é humano (no século
XVIII – com ajuda do iluminismo). E o homem seria como objeto de investigação, sendo esse objeto a cultura desse homem/ povos.
A antropologia vai pegar a linha do tempo e verificar a evolução das
sociedades. Esta evolução da sociedade passa por três linhas:
A antropologia faz uma analise cultural dos povos, identificando qual
estagio social pertence essa sociedade. Nesse modo, a escola evolucionista trata que cada passo ao programa é em prol à civilização e que a cultura são expressões sociais. E que antropologia jurídica é a percepção pluralismo de normas/regras estatais e não estatais. Sendo que toda sociedade humana posse direito ou regra, e esse direito é fenômeno universal, no entanto, suas características e conteúdos dependem de cada tempo e espaço.
Os autores para comparar o direito da sociedade simples das complexas
fazem uma diferenciação não flexibilidade, enquanto o direito da sociedade simples dispõem um direito flexível, sem demarcação e o direito da sociedade complexa apresenta um direito formalista, dotado de um processo inflexível
Portanto, o antropólogo não deve misturar os dados estudados com
subjetividade, assim como o historiador. Para o antropólogo possa compreender melhor a cultura dos povos é preciso ir ao campo de pesquisa, coletar os dados, ira ao lugar e, sobretudo experimentar a cultura. Visto que, cada povo representa uma cultura, uma restrição e uma limitação. O texto do filósofo Tzvetan Todorov, “O Medo Dos Bárbaros” através do seu segundo capítulo desenvolve reflexões sobre o tema cultura e seus desdobramentos, como sendo o objetivo principal suas críticas ao Estado francês - do início do século XXI - o qual, segundo o autor, está tomado por “bárbaros”. A proposta de Todorov para a realização de um Estado voltado ao respeito às pluralidades culturais existentes na sociedade refuta o discurso xenofóbico do governo de Nicolas Sarkosy, ao defender que compete ao Estado estabelecer uma identidade cívica (cidadania) e não uma identidade nacional (nação), pois esta se refere a um grupo humano com as mesmas referências culturais (origem, língua, religião, costumes), no entanto, não existe nação etnicamente pura. Assim, ele faz uma reflexão acerca de quem são os civilizados em nossa sociedade. No texto, os denominados civilizados, provenientes de uma cultura determinista, são aqueles que têm práticas bárbaras impondo valores que causam exclusão social, violência e opressão ao diferente. Muitas vezes essa opressão está mascarada com a estrutura coercitiva do Estado, a qual foi construída socialmente com base na intolerância e no não reconhecimento da identidade cultural do outro. [pluralizem!] Uma sociedade civilizada é aquela que respeita e tolera a pluralidade, comportando-se com alteridade. Ademais, é aquela que entende que cada ser é único e que mesmo submetido a uma cultura essencial necessária à humanização, a construção de sua identidade individual deve estar associada à vontade do indivíduo[ok], a qual é fruto da identificação e da escolha de filiação perante diversas identidades coletivas. Ou seja, a construção de uma identidade individual é derivada da fusão de culturas e também da desconstrução de culturas[confundiu duas discussões do texto aqui], as quais passam por um processo natural de modificação de valores. Em suma, o ensino da história nacional, através da reflexão crítica sobre o conceito de identidade coletiva e a problematização do papel de cada cultura nessa construção da história nacional, se faz necessário para o fortalecimento de uma consciência multicultural na sociedade. Portanto, o Estado deve agir politicamente a fim de respeitar acima de tudo a dignidade humana, pois todos fazem parte da mesma humanidade. Resumo: o estado, a violência e o direito – escrito por Rouland O objetivo do texto é mostrar como a sociedade pode repensar a ordem imposta pelo estado nas relações sociais. Que o estado de forma comum é o poder centrado e em sentido de justiça com variação entre culturas diferentes. Rouland mostra uma perspectiva nas relações jurídica do estado e a violência. A vingança é algo contido e natural, inerente ao homem. E que a vingança é uma forma de contenção de violência social (a vingança seria uma atitude de justiça pela sociedade primitiva) Importante ressalta que toda sociedade possue regras, mesmo antes do surgimento do estado. O sistema vingativo seria logico e racional, onde o sujeito em particular buscava justiça pelas próprias mãos (vendetas). E estas não eram descontroladas porque a tradição controlava suas ações. Exemplo: Código de Hamurabi Ele separa a sociedade em dois momentos: A sociedade sem o estado (Uso de vendetas para buscar o equilíbrio, as famílias era compostas por clãs) A sociedade do estado primitivo (poder centrado no líder tribal, este buscava limitar as vendetas (tipo juiz), onde a vitima fazia parte da vingança.) Sem o estado e no estado antigo, as punições eram baseadas no sistema vingativo e a justiça era particular/ privada. No entanto, com a presença de um estado forte: o estado moderno e o estado liberal tinham o proposito de erradicar com os vendetas através de das normas e a justiça era publica. Assim, o estado detinha a violência através do poder para controlar a sociedade. Suas diferenças seriam que o estado moderno era reflexivo das monarquias absolutistas e o estado liberal era regente das punições do sistema prisional O sistema contratualista, ele fazia criticas do estado ditar a paz na sociedade. E o sistema progressista criticava o estado por possuir razão absoluta, Nesse modo, Rouland propõe uma mudança na ordem imposta pelo Estado para ser uma ordem negociada, onde tem a participação do estado.
Políticas Culturais e decolonialidade nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa: uma análise jurídico-antropológica sobre a codificação da diversidade cultural