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1º CAPITULO:
De acordo com Miniuci e outros autores da mesma obra: "Esse salto abrupto
em ambos os casos se encontra certamente vinculado à promulgação da
Constituição Federal de 1988, a qual inclui em seu texto a proibição de qualquer
forma de discriminação em função de gênero, além de outros dispositivos que se
referem à igualdade de homens e mulheres perante a lei (Constituição Federal, art.
5º, I; art. 226, § 5º). Após a promulgação da nova Constituição, um número elevado
de dispositivos legais foi criado com o objetivo de adequar o sistema de direitos
nacional às novas exigências constitucionais." Estes doutrinadores pontuam que a
constituição federal de 1988 foi o marco para a igualdade entre homens e mulheres
e que conjuntamente com o dispositivo que cria a igualdade de gênero, foram
criados outros dispositivos legais com o destino de regularizar referida igualdade.
Tenha por exemplo o art. 226 da CF: "A família, base da sociedade, tem especial
proteção do Estado. § 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são
exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.". Desta forma, atualmente temos
assegurado o direito de igualdade entre homens e mulheres, sendo proibido por
imposição legal discriminações referentes a direitos e obrigações, como também
compreendemos que os direitos e deveres que dizem respeito à sociedade conjugal
devem ser igualitários.
Segundo Tartuce (2020, p.1128). Descreve, em sua obra que o Princípio da Igualdade
entre cônjuges e companheiros alocado em seu (art. 226, §5º, da Constituição Federal
de 1988, e art. 1.511 do CC), assim como há a igualdade entre filhos, como outra forma
de especialização da isonomia constitucional a lei reconhece a igualdade entre homens
e mulheres no que se refere à sociedade conjugal ou convencional formada pelo
casamento ou união estável (art.226, §3º, e art.5º, inc. I, da CF/1988). Enuncia o art.
1.511, do CC/2002, que “o casamento estabelece comunhão plena de vida, com base
na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.”. por óbvio, essa igualdade deve
estar presente na união estável, também reconhecida como entidade familiar pelo art.
226, §3°, da CF/1988.
Silvio Rodrigues (2002, p. 398) conceituava, ainda denominando-o de "pátrio poder",
conquanto com notas à legislação vigente, como "[...] o conjunto de direitos e deveres
atribuídos aos pais, em relação à pessoa e aos bens dos filhos não emancipados,
tendo em vista a proteção destes", caracterizando-o como irrenunciável.
Para Maria Helena Diniz (2012, p. 1.197) dita que "O poder familiar consiste num
conjunto de direitos e obrigações, quanto à pessoa e bens do filho menor não
emancipado, exercido em igualdade de condições por ambos os pais, para que possam
desempenhar os encargos que a norma jurídica lhes impõe, tendo em vista o interesse
e a proteção dos filhos." o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, em
relação à pessoa e aos bens dos filhos não emancipados, tendo em vista a proteção
destes", caracterizando-o como irrenunciável.
Além de irrenunciável, Maria Berenice Dias (2013, p. 436) afirma ser o poder familiar
"[...] intransferível, inalienável, imprescritível, e decorre tanto da paternidade natural
como da filiação legal e da socioafetiva. As obrigações que dele fluem são
personalíssimas. Como os pais não podem renunciar aos filhos, os encargos que
derivam da paternidade também não podem ser transferidos ou alienados."
Maria Helena Diniz (2012, p. 1.197) dita que "O poder familiar consiste num
conjunto de direitos e obrigações, quanto à pessoa e bens do filho menor não
emancipado, exercido em igualdade de condições por ambos os pais, para que
possam desempenhar os encargos que a norma jurídica lhes impõe, tendo em vista
o interesse e a proteção dos filhos." Para Carlos Roberto Gonçalves, (2012, p. 360-
362), ele destaca que “o poder familiar é o conjunto de direitos e deveres atribuídos
aos pais, no tocante à pessoa e aos bens dos filhos menores.”
que eles possuem. Mas não percebem prejuízo psicológico que estão causando nesse
menor, que se sente indefeso pelas crueldades que passa, mas não pode contar a
ninguém, por medo de perder um lar. Essas ofensas vão de empurrões, xingamentos,
tapas, utilização de objetos como as famosas “cintas”, ameaças e até mesmo
espancamentos.
A Lei nº 13.010, de junho de 2014. Conhecida como lei Menino Bernado, ou a
Lei da Palmada. Que Alterou a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), para estabelecer o direito da criança e do
adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos
ou de tratamento cruel ou degradante.
Nos termos do art.1.513 do Código Civil, que estabelece que, “É defeso
qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída
ela família”, trata-se de consagração do princípio da liberdade ou da intervenção na
ótica do direito de família.
O Princípio é reforçado pelo art. 1.565, §2º, da mesma codificação material,
pelo qual o planejamento familiar é livre decisão do casal, sendo violada qualquer
forma de coerção por parte de instituições privadas ou públicas em relação a esse
direito. Tendo em vista o Estado democrático de direito, não deve o Estado intervir nas
relações familiares. O estado deve assegurar a assistência à família na pessoa de cada
um dos que à integram, criando mecanismo para coibir a violência no âmbito de suas
relações (art. 226, §8º, da CF/1988). Thompson, 2006, p. 317.
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Por outro lado, o conflito e a falta de diálogo dentro de uma família podem
trazer prejuízos psicológicos como: estresse, ansiedade, depressão e outros
problemas de saúde mental. Além disso, um ambiente familiar hostil pode
prejudicar o desenvolvimento emocional das crianças, impactando negativamente a
sua vida futura. Portanto, é importe valorizar e cultivar os relacionamentos
familiares.
O termo poder familiar ainda nos trouxe a ideia de que o exercício de guarda
dos filhos, pode também se estender a outras pessoas da família. Isto é, as demais
pessoas que estão ligadas a criação do menor. Distingue-se, que os avós poderiam
ser os guardiões dos netos, ou apenas parte extensa do poder familiar. Mas ainda
assim, essa alteração não se mostrou suficiente para garantir o direito dessas
pessoas a convivência saudável com seus netos.
A Constituição Federal de 1988, traz em seu art. 227, é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
O convívio é benéfico para o desenvolvimento do ser humano, traz um
sentimento de pertencimento e ajuda no desenvolvimento psíquico e social. No
âmbito jurídico, tutela um direito constitucional fundamental para que crianças e
adolescentes não sejam privados de construir relações afetivas com seus
familiares.
O convívio familiar pressupõe uma relação de afeto, sendo extremamente
importante por gerar laços duradouros onde cada um é uma extensão do outro.
Quando não há uma relação, esse convívio fica defasado, afetando a forma como
os filhos aprendem relações sociais, regras e condutas. Portanto é importante
valorizar e cultivar os relacionamentos familiares, promovendo o diálogo, a
compreensão, o respeito e a empatia. Dessa forma, é possível construir laços
sólidos e duradouros, que proporcionam apoio e segurança emocional, mesmo nos
momentos mais difíceis. Madre Teresa de Calcutá, conhecida por se dedicar a
causas sociais, disse certa vez algo muito interessante e que nos faz refletir sobre
a importância da boa relação familiar. Ela afirmou: “O que você pode fazer para
promover a paz mundial? Vá para casa e ame sua família”. Realmente é na família
que o caráter de um indivíduo começa a ser formado. Quanto mais nos ocuparmos
em cuidar das nossas crianças e dar a elas bons exemplos, melhores cidadãos
formaremos para o mundo. Então, antes de pensar em ter qualquer atitude externa
para construir um mundo mais justo, lembre-se do seu círculo familiar em primeiro
lugar, pois essa é a semente mais poderosa que poderá plantar.
Referências Bibliográficas:
Paulo Lôbo Doutor em Direito Civil pela USP, advogado, professor emérito da
UFAL, ex-membro do Conselho Nacional de Justiça
LÔBO, Paulo. Do poder familiar. Revista Jus Navegando, Teresina, ano 11, n.
1057, 24 maio 2006. Disponível em: Acesso em: 11 nov. 2015.
DINIZ, Maria Helena. Direito de família. Curso de direito civil brasileiro. São
Paulo: saraiva, 2007.