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Ato Jurídico, Fato Jurídico e Teoria Geral do Negócio Jurídico

A conversão substancial do negócio jurídico se opera no plano da validade, podendo determinado


negócio jurídico nulo converter-se em válido por decisão judicial.
A conversão substancial do negócio jurídico tem previsão legal expressa no art. 170 do CC.
O Código Civil não exige que o negócio jurídico convertido tenha a mesma forma do novo negócio
jurídico.
A doutrina aponta que um dos requisitos para a conversão substancial do negócio jurídico é a
presunção de que as partes teriam optado pelo novo negócio jurídico se soubessem da nulidade.

O ato-fato jurídico nada mais é do que um FATO JURÍDICO qualificado pela atuação humana. No
ato-fato jurídico, o ato humano é realmente da substância desse fato jurídico, mas não importa
para a norma se houve, ou não, intenção de praticá-lo. Ex: Um homem está escavando uma parte
do seu terreno para fazer alguma construção, quando por acaso ele encontra petróleo. Não houve
vontade da parte dele de encontrar o petróleo, porém, ele o encontrou, e para essa teoria é isso o
que importa.

Negócio Jurídico é a declaração de vontade, emitida em obediência aos seus pressupostos de


existência, validade e eficácia, com o propósito de produzir efeitos admitidos pelo ordenamento
jurídico pretendidos pelo agente." O negócio jurídico é uma manifestação de vontade que objetiva
uma composição de interesses, geralmente é bilateral, mas pode ser unilateral, a exemplo do
testamento. Esta declaração de vontade visa justamente atribuir determinados efeitos desejados
pelas partes.

Considera-se fato jurídico em sentido estrito todo acontecimento natural, determinante de


efeitos na órbita jurídica. Mas nem todos os acontecimentos alheios à atuação humana
merecem esse qualificativo. Uma chuva em alto-mar, por exemplo, é fato da natureza
estranho para o Direito.

Ato jurídico em sentido amplo são as ações humanas lícitas. Nesse sentido: “conclui-se facilmente
que a noção de fato jurídico, entendido como o evento concretizador da hipótese contida na
norma, comporta, em seu campo de abrangência, não apenas os acontecimentos naturais (fatos
jurídicos em sentido estrito), mas também as ações humanas lícitas ou ilícitas (ato jurídico em
sentido amplo e ato ilícito, respectivamente)"

O ato jurídico em sentido estrito, [...] constitui simples manifestação de vontade, sem
conteúdo negocial, que determina a produção de efeitos legalmente previstos.
Neste tipo de ato, não existe propriamente uma declaração de vontade manifestada com
o propósito de atingir, dentro do campo da autonomia privada, os efeitos jurídicos
pretendidos pelo agente (como no negócio jurídico), mas sim um simples comportamento
humano deflagrador de efeitos previamente estabelecidos por lei.

CONDIÇÃO=====>EVENTO FUTURO E INCERTO


SUSPENSIVA= IMPEDE EXERCÍCIO E AQUISIÇÃO DO DIREITO (125 a 126)

RESOLUTIVA= EXTINGUE O DIREITO DO NEGÓCIO (127 a 128)

LÍCITA (válida; 122, 1ª parte), ILÍCITA (inválida; 122, 2ª parte; 123, II e III) E IMPOSSÍVEL (se
resolutiva, inexistente; se suspensiva, inválida; 123, I, e 124)
PENDENTE (125 e 128), IMPLEMENTADA (verificada; 129, 1ª parte), FRUSTRADA (não verificada;
129, 2ª parte)

TERMO ========> EVENTO FUTURO E CERTO

INICIAL= IMPEDE EXERCÍCIO, MAS NÃO AQUISIÇÃO DO DIREITO

FINAL= EXTINGUE OS EFEITOS DO NEGÓCIO

ENCARGO ou MODAL=====> LIBERALIDADE E OBRIGAÇÃO

NÃO IMPEDE EXERCÍCIO OU AQUISIÇÃO, SALVO CONDIÇÃO SUSPENSIVA

É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado,


se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.

O erro é um engano fático, uma falsa noção, em relação a uma pessoa, ao objeto do negócio ou a
um direito, que acomete a vontade de uma das partes que celebrou o negócio jurídico.” Aplicação
do art. 138, CC: Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade
emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das
circunstâncias do negócio.

O dolo pode ser conceituado como sendo o artifício ardiloso empregado para enganar alguém,
com intuito de benefício próprio”,

Lesão ocorre quando há obrigação manifestamente desproporcional ao valor da prestação


oposta, nos termos do art. 157, CC: Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente
necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao
valor da prestação oposta.

Estado de perigo ocorre quando alguém assume obrigação muito onerosa, acima do normal, para
salvar a si mesmo ou pessoa de sua família de dano ou prejuízo grave, que é de conhecimento da
outra pessoa. Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade
de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume
obrigação excessivamente onerosa.

A coação é o ato de constranger alguém para que, sob fundado temor físico ou moral, tal pessoa
pratique ação ou omissão contra a sua própria vontade.Art. 151. A coação, para viciar a declaração da
vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua
família, ou aos seus bens. Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o
juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.

Constitui fraude contra credores a atuação maliciosa do devedor, em estado de insolvência ou na


iminência de assim tornar-se, que dispõe de maneira gratuita ou onerosa o seu patrimônio, para
afastar a possibilidade de responderem os seus bens por obrigações assumidas em momento
anterior à transmissão.”Assim, há o vício de fraude contra credores. Inteligência do art. 158, CC:
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o
devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser
anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
CUIDADO

fraude contra credores = anulabilidade

fraude à execução = ineficácia (art 792, § 1º, CPC)

DA FRAUDE CONTRA CREDORES

-É a atuação maliciosa do devedor, EM ESTADO DE INSOLVÊNCIA OU NA IMINÊNCIA DE ASSIM


TORNAR-SE, que dispõe de maneira gratuita ou onerosa do seu patrimônio, para afastar a
possibilidade de responderem os seus bens por obrigações assumidas em momento anterior à
transmissão.

- Quando houver fraude contra credores, caberá ação pauliana ou ação revocatória.

- Apesar de expresso na lei, a doutrina diverge quanto aos efeitos da fraude contra credores:

1ª Corrente (Código Civil): preferem a literalidade da lei, gerando assim, anulabilidade (Art. 790,
CPC).

2ª Corrente (Flávio Tartuce e STJ): entendem que gera ato meramente ineficaz.

- A fraude contra credores pode ser descrita na seguinte fórmula:

FRAUDE CONTRA CREDORES = intenção de prejudicar credores (elemento subjetivo) + prejuízo


aos credores (elemento objetivo)

- A doutrina utiliza o termo “colusão” para se referir à atuação maliciosa do devedor com relação
ao credor.

MUITO CUIDADO! Quando a disposição dos bens do devedor for de maneira gratuita, basta o
evento danoso (o prejuízo aos credores) para configurar fraude contra credores, dispensando,
assim, o elemento subjetivo.

Nulidade textual é aquela expressamente disciplinada em lei. Aplicação do art. 166, VII, CC: Art.
166. É nulo o negócio jurídico quando: VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a
prática, sem cominar sanção.

Anulabilidade = nulidade relativa.

Nulidade = nulidade absoluta.

A simulação é causa de nulidade absoluta (nulidade stricto sensu) do negócio jurídico. Inteligência
do art. 167, CC: Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma.

A discussão acerca da simulação de negócio jurídico dispensa a propositura de ação própria e


pode ocorrer, inclusive, na fase de execução.
O ilícito caducificante é aquele que se relaciona à perda de um direito, como ocorre com a
perda do poder familiar.

DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO:

♦ Causam anulabilidade: erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores
(prazo para anular é de 4 anos) e incapacidade relativa do agente.

♦ Causa nulidade: simulação.

Os Fatos Jurídicos Naturais, também denominados Fatos Jurídicos em sentido estrito

Em sentido estrito, fato jurídico vem a ser aquele que advém, em regra, de fenômeno natural, sem
intervenção da vontade humana e que produz efeito jurídico.

Classifica-se em ordinário e extraordinário.

Ordinários: quando se cuidam de fenômenos usuais e esperados da natureza, como a chuva, o


tempo, o nascimento e a morte.

Extraordinários: quando se tratar de fenômenos naturais marcados pela excepcionalidade e pela


imprevisibilidade, como um terremoto.

Ato jurídico lato sensu

É qualquer conduta humana que gera potencialmente efeitos jurídicos. O ser humano pratica
atos, e não fatos, na acepção mais estrita dos verbetes, o que justifica a nomenclatura.

Os atos jurídicos lato sensu podem ser de duas espécies: atos jurídicos stricto sensu e
negócios jurídicos.

Negócio jurídico: Os efeitos jurídicos podem ser negociados pela vontade humana, obedecido os
limites das normas de ordem pública. A vontade humana pode definir os efeitos jurídicos (daí a
expressão negócios jurídicos).

Nos atos jurídicos stricto sensu ou atos não negociais: os efeitos jurídicos são
preestabelecidos pela lei, de maneira que a vontade do indivíduo não pode negociar esses feitos.
Os efeitos jurídicos decorrem da lei, são estritamente legais, são efeitos necessários, são ex lege.
Por isso, não se admite termo, condição e encargo em atos jurídicos stricto sensu, pois os efeitos
jurídicos decorrem da lei, sem margem negocial ao indivíduo. É indiferente se o indivíduo quer ou
não a produção dos efeitos jurídicos, pois eles decorrerão de lei. O que importa, no ato jurídico
stricto sensu, é a vontade do agente de praticar ou não o ato, visto que os efeitos jurídicos serão
impostos pela lei. Não há necessidade de uma “vontade qualificada”.

ATO-FATO: manifestação de vontade inconsciente e irrelevante

ATO JURÍDICO: com vontade humana. Pode ser:

•Ilícito (desconformidade com o ordenamento jurídico): enseja responsabilidade civil.


•Lícito (conformidade com o ordenamento jurídico): Se subdivide em ato jurídico em
sentido estrito e negócio jurídico.

Simulação inocente: é aquela que não tem o objetivo de prejudicar terceiro ou fraudar lei
imperativa.

Ex.: simular compra e venda de um carro para amigo, quando na verdade era uma doação, para
não causar ciúmes.

De acordo com o CC/02, qualquer espécie (maliciosa ou inocente) determina a nulidade do


negócio, pois o CC se baseou no direito alemão, que é assim.

Enunciado n. 152 da CJF - “toda simulação, inclusive a inocente, é invalidante”.

Corroborando com esse entendimento, Flávio Tartuce: “(...) pois na simulação a causa
da nulidade está relacionada com a repercussão social condenável do ato, e não com a
intenção das partes. A presunção de dano social, em suma, faz-se presente na simulação”.

Os fatos jurídicos são aptos a modificar direitos, seja de forma subjetiva, seja de forma objetiva.

O fato de os bens constituírem uma universalidade de fato não obsta que eles sejam objeto de
relações jurídicas próprias.

A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico.

Requisitos do Negócio jurídico são três:

CC. Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.

O ato de confirmação do Negócio Jurídico subsiste = Substância do negócio+ vontade expresa


de mantê-lo

O negócio jurídico simulado é nulo e consequentemente ineficaz, exceto o que nele se dissimulou,
se válido for na substância e na forma.

O dever de indenizar terceiro por danos causados em estrito cumprimento de dever legal possui a
natureza jurídica de ato fato jurídico.

FRAUDE CONTRA CREDORES

1 - aplicação:

a) negócios jurídicos gratuitos;


b) remissões de dívida;

c) garantias insuficientes;

d) negócios jurídicos onerosos quando a insolvência for notória

2 - condição: ser credor ao tempo do ato ilícito de fraude contra credores;

3 - Ação competente: Ação "Pauliana"- prazo decadencial de 4 anos a contar da realização do NJ.

Requisitos da fraude contra credores:

1) Anterioridade do credito; (premissa fática)

2) Eventus Damni; (dano ao credor – insolvência), exige comprovação do dano

3) Consilium Fraudis. (Má-fé) - que o ato jurídico praticado tenha levado o devedor à insolvência e
o conhecimento, pelo terceiro adquirente, do estado de insolvência do devedor.

Quanto à intenção de lesar (Consilium Fraudes), há o entendimento do STJ de que basta a ciência
do terceiro.

Negócio jurídico na escada Ponteana é EVE:

* Plano de Existência: Manifestação ou acordo de vontades

* Plano da Validade: Agente capaz; liberdade de vontade; objeto lícito, possível determinado ou
determinável; forma prescrita ou não defesa em lei

• Plano da Eficácia: Condição (evento futuro e incerto). Termo (evento futuro e certo).
Encargo( ônus que atinge uma liberalidade)

O dolo acidental não acarreta a anulabilidade do negócio jurídico, mas somente a satisfação das
perdas e dos danos em favor do prejudicado.

O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu
despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

Em ação indenizatória decorrente de ato ilícito praticado por menores, a obrigação de reparar o
dano diretamente pelo menor é SUBSIDIÁRIA em relação aos seus pais.

Nas declarações de vontade, importa mais a vontade real do que a declarada, prevalecendo a
teoria da confiança.

Implemento malicioso da condição

Define as seguintes situações:


a) O que ocorre se a pessoa agir de má-fé para impedir (implementar) a realização da condição? O
juiz irá verificar como verificada a condição = como se a condição tivesse ocorrido, desde que
provada a má- fé.

b) O que ocorre se a pessoa agir de má-fé para realizar (implementar) a condição? O juiz irá
considerar como não verificada a condição = = como se a condição não tivesse ocorrido, desde
que provada a má- fé.

No negócio jurídico de alienação de um bem imóvel, se inserem todos os bens acessórios, mas
não inclui as pertenças.

O fato jurídico em sentido amplo (natural ou humano), se divide em fato jurídico em sentido
estrito, ato-fato jurídico e ações humanas.

O fato jurídico em sentido estrito pode ser ordinário ou extraordinário.

O ato-fato jurídico é categoria específica desenvolvida por Pontes de Miranda e não pacífica na
doutrina.

As ações humanas podem ser lícitas ou ilícitas. A ação humana lícita constitui o próprio ato
jurídico em sentido amplo (segundo Clóvis Beviláqua), e se divide em ato jurídico em sentido
estrito e negócio jurídico. As ações humanas ilícitas são os atos ilícitos (art. 186 e 187, CC), que
segundo essa classificação não são considerados tipos de atos jurídicos, posição não unânime na
doutrina.

Fato Jurídico em sentido estrito é todo acontecimento natural que produz efeitos jurídicos,
podendo ser:

Ordinário: comum, a exemplo da morte natural ou do decurso do tempo.

Extraordinário: inesperado, imprevisível, a exemplo de um furacão.

Ato-Fato Jurídico, categoria desenvolvida por Pontes de Miranda, é um tipo que fica entre o ato
(humano) e o fato (da natureza, não intencional) e consiste no comportamento que, mesmo que
proveniente da atuação humana, é desprovido de intencionalidade ou consciência
(voluntariedade). Ex.: compra de uma bala por uma criança de 5 anos.

Ato Jurídico em sentido estrito é espécie de ato jurídico “lato sensu” que consiste em todo
comportamento humano voluntário e consciente, cujos efeitos jurídicos são predeterminados em
lei (Ex.: participações como a intimação e o protesto, fixação de domicílio, reconhecimento de
filhos). Não há liberdade na escolha dos efeitos desses atos, estes já são previstos em lei.

Negócio Jurídico é toda declaração humana por meio da qual as partes visam auto-disciplinar os
efeitos jurídicos pretendidos, segundo os princípios da função social e da boa-fé objetiva.
Diferentemente do ato jurídico em sentido estrito, no negócio jurídico o que vigora é o princípio
da liberdade negocial no que tange à escolha dos efeitos perseguidos. Exs.: contrato, testamento.

Pela análise do art. 187 do CC em vigor, conclui-se que a definição de abuso de direito está
baseada em quatro conceitos legais indeterminados, cláusulas gerais que devem ser preenchidas
pelo juiz caso a caso, a saber: a) fim social; b) fim econômico; c) boa-fé; e d) bons costumes.
O abuso de direito exige o dano? SIM, na forma do art. 927, aquele que por ato ilícito (arts. 186 e
187) causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Ou melhor, para fins de responsabilidade
civil, sim. Para outros fins, não. Enunciado 539 da VI Jornada de Direito Civil (2013) – o abuso de
direito é uma categoria autônoma em relação à responsabilidade civil. Por isso, o exercício abusivo
de posições jurídicas desafia controle independentemente de dano (ele justifica porque traz abuso
de direito no primeiro volume).

O abuso de direito necessita de culpa? NÃO. Enunciado 37 da I Jornada de Direito Civil de 2002
– a responsabilidade civil decorrente de abuso de direito independe de culpa e fundamenta-se
somente no critério objetivo – finalístico (ou seja, não interessa a intenção e sim o
desrespeito às finalidades ou funções). É, portanto, responsabilidade objetiva.

A COMPRA E VENDA DO COMPUTADOR E DO VEÍCULO SÃO CONTRATOS CERTOS E ACABADOS, que


se perfazem com a mera manifestação de vontades. São contratos consensuais. A tradição, ou
seja, a entrega do bem encontra-se no âmbito de eficácia do contrato, assim como o pagamento.

CONDIÇÃO: suspende tudo: a aquisição e o exercício do direito

TERMO: tá no meio: não suspende a aquisição, mas suspende o exercício do direito (é misto, tá
no meio, essa foi a forma que eu encontrei de gravar...rsrsr)

ENCARGO: pode tudo: tanto a aquisição, quanto o exercício..

Condição SUSPENSIVA impossível:

EX.: Eu lhe darei um carro se você filtrar toda a água do mar.

INVALIDA o NEGÓCIO JURÍDICO. Como o evento nunca irá ocorrer o negócio não produzirá
efeitos.

Art. 123. INVALIDAM os negócios jurídicos que lhes são subordinados:

I - as condições física ou juridicamente impossíveis, QUANDO SUSPENSIVAS;

II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;

III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.

Condição RESOLUTIVA impossível:

EX.: Dou-lhe um cavalo, mas se ele correr uma velocidade acima de 200 km/h a venda estará
desfeita.

Considera-se INEXISTENTE A CONDIÇÃO E NÃO O NEGÓCIO. Como a condição nunca irá se


realizar o negócio continuará produzindo efeitos.

Art. 124. Têm-se por INEXISTENTES as condições impossíveis,quando resolutivas, e as de não


fazer coisa impossível.
Atenção!! A nomeação não gera a emancipação, mas o exercício de emprego público efetivo
é que gera

A incapacidade constitui uma exceção pessoal, ou seja, somente poderá ser alegada pelo próprio
incapaz ou por seu representante.

Fato jurídico é gênero que possuí o ato jurídico como uma de suas espécies. O conceito de fato
jurídico é todo acontecimento suscetível de produzir efeitos jurídicos, seja ele:

-natural, também conhecido como fato jurídico em sentido estrito (por exemplos os
terremotos e alagamentos);

-humano, que são chamados atos jurídicos.

Os Atos jurídicos, por sua vez, são fatos jurídicos que consistem em manifestações da vontade
humana, criando, modificando ou extinguindo relações jurídicas. Além de espécie de negócio
jurídico, também é gênero que se divide em:

-atos ilícitos que são aqueles praticados em desacordo com a ordem jurídica;

-ato jurídico em sentido estrito, que são os atos que têm seus efeitos previstos em lei, e por
último;

-negócio jurídico, que se parece com os atos em sentido estrito, mas que tem como diferença a
manifestação da vontade das partes.

Negócio jurídico: além de ser espécie de fato jurídico, o negócio jurídico também é uma
modalidade de relação jurídica, ou seja, é algo que cria um vínculo entre dois ou mais sujeitos de
direito, seguindo normas que geram direitos e obrigações entre eles. Além disso, deve-se sempre
ser observada a existência da livre vontade de ambas as partes, não podendo estas serem de
alguma forma levadas a estabelecer negócios que vão contra suas vontades. Dessa forma, podem
ser definidos como: atos jurídicos constituídos por uma ou mais declarações de vontade dirigidas
a realização dessas vontades, com intenção de alcançar os efeitos desejados sob tutela de lei.

Devido as suas várias subdivisões existem de vários exemplos de atos jurídicos que se
caracterizam como negócio e que, portanto, poderiam ser utilizados como exemplo. Dentre essas
subdivisões encontram-se:

- Unilateral como o testamento;

- Bilateral como a compra e venda;

- Oneroso como locação ou compra e vende;


- Gratuito como a doação.

Atenção!! Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das


partes (não decorre da Lei), subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.

A existência de encargo em negócio jurídico somente suspende a aquisição ou exercício do


direito se for expressamente imposto como condição suspensiva pela disponente.

O ato jurídico em sentido estrito tem consectários previstos em lei e afasta, em regra, a autonomia
de vontade.

A regra é que o negócio jurídico existente, porém inválido, gera efeitos, se tiver sido celebrado de
boa-fé pelos contratantes.

O silêncio de uma das partes quanto ao negócio jurídico tem o condão de criar vínculo,
quando as circunstâncias ou os usos o autorizem, e não for necessária a declaração de
vontade expressa.

Condição – subordina os efeitos do negócio jurídico a evento futuro e incerto. Termo –


subordina os efeitos do negócio jurídico a evento futuro e certo.A morte é um evento futuro e
certo, porém com data indeterminada. Mas, existe a certeza de que irá ocorrer. Portanto, na
situação apresentada, o evento morte funciona como termo.

O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de


terceiro, ou do interesse geral. Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o
Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver
feito.Nos casos de inexecução do encargo, há previsão de mecanismos de coerção por parte do
disponente, como exigir o seu cumprimento no caso de doação com encargo, ou mesmo revogar
a doação (liberalidade) por inexecução do encargo.

É dispensada a confirmação expressa das partes, em negócio jurídico anulável, se o devedor


tiver cumprido parte de sua obrigação ciente do vício.

O motivo ilícito, comum a ambas as partes, torna o negócio jurídico nulo se for determinante
para sua realização. ATENÇÃO!!! Não pode ser uma das parte, mas sim ambas.

O negócio jurídico realizado por agente relativamente incapaz é anulável, sendo passível de
convalidação pelo decurso do tempo ou de confirmação pelas partes.

O dolo de aproveitamento no estado de perigo é do agente a quem o desequilíbrio favorece.


ATENÇÃO!!! Com as questões que falam ''a quem o desequilíbrio desfavorece.
A outorga do cônjuge no contrato de compra e venda de imóvel é dispensável quando o regime de
casamento for de separação absoluta, sendo que sua ausência não invalida o ajuste.

É absolutamente nulo e sem possibilidade de conversão substancial o compromisso de compra e


venda fictício celebrado entre locador de imóvel residencial e terceiro, com o objetivo de reaver
imóvel do locatário mediante ação de despejo proposta pelo suposto adquirente do bem. Lei de
Locações, elenca as hipóteses de despejo, nos seus artigos 59 a 66. E o artigo 45 da mesma
lei dispõe que são nulas de pleno direito as cláusulas do contrato de locação que visem a
elidir os objetivos da norma O negócio jurídico celebrado entre locador e terceiro fraudam de
forma direta as hipóteses de despejo, sendo, portanto, negócio jurídico absolutamente nulo, não
sendo suscetível de confirmação nem de convalescimento pelo tempo.

Deve-se aceitar a aplicação do estado de perigo para contratos aleatórios, como o seguro, e
até mesmo para negócios jurídicos unilaterais.

A boa-fé objetiva limita os direitos subjetivos e constitui fonte de obrigação aos contratantes, de
forma a estabelecer deveres implícitos que não estão previstos expressamente no contrato.

Os documentos que gozam de fé pública ostentam presunção relativa de veracidade, que pode
ser afastada mediante a produção de provas em sentido contrário.

O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta


dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; Quando o
vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em
que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens
móveis; e de um ano, para os imóveis.

Efetivada a condição resolutiva aposta a um negócio jurídico de execução continuada, não serão
atingidos os atos já praticados, sendo correto afirmar que, de regra, o implemento da condição
resolutiva tem eficácia ex nunc com relação às prestações executadas.

A SIMULAÇÃO (ABSOLUTA) é causa de NULIDADE do negócio jurídico, e, conforme art. 168, ela
pode ser alegada por qualquer interessado, sem restrição quanto à sua participação no negócio:

Escada Ponteana (Pontes de Miranda):

Plano da existência:

a) agente

b) vontade

c) objeto
d) forma.

Plano da validade:

a) capacidade do agente

b) liberdade (da vontade ou do consentimento)

c) licitude, possibilidade, determinabilidade (do objeto)

d) adequação (das formas).

Plano da eficácia:

a) condição

b) termo

c) consequência do inadimplemento negocial (juros, multa, perdas e danos)

d) outros elementos (ex. efeitos do negócio)

Na condição mista, há uma vinculação a um ato volitivo e a um evento da natureza, por exemplo,
Dar-te-ei um carro se cantares amanha embaixo de chuva.

Na condição, é necessário que ocorra a condição para que o direito tenha se adquirido, logo, se a
condição não se implementar, não haverá aquisição do direito e caberá direito à restituição caso
haja antecipação. Por exemplo, entrego meu carro de antemão, e digo que ele será seu, se vc
passar em um concurso público, passado o exame, verifica-se que vc não foi aprovado, logo,
caberá a devolução do carro a mim, ainda que já tivesse em suas mãos.

A confirmação pelas partes do negócio jurídico anulável é dispensável quando parte do avençado
já tenha sido cumprida pelo devedor, ciente do vício que o inquinava.

No negócio jurídico unilateral, está presente apenas uma declaração de vontade, sendo
desnecessária a aceitação de outrem para que produza efeitos.

As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus
efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento
das partes.

O abuso de direito, cuja configuração não depende de comprovação de culpa, gera a


responsabilidade civil objetiva do agente.
Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o
prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a
das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal. ATENÇÃO!! É possível
NULIDADE PARCIAL de um negócio jurídico.

A invalidade do instrumento não induz à invalidade do negócio jurídico, sempre que este possa
ser provado por outro meio.

A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter
com o exame.

A nulidade de negócio jurídico celebrado por absolutamente incapaz é absoluta, pois ofende
norma de ordem pública. Porém, é necessária a manifestação do Poder Judiciário para
declarar tal nulidade, pois essa não se opera de forma automática.
Negócios jurídicos bifrontes são aqueles que tanto podem ser gratuitos como onerosos, o
que depende da intenção das partes.
Os pressupostos de existência são formados por substantivos: partes, vontade, forma e objeto. Já
os requisitos de validade, tais substantivos ganham adjetivos: objeto lícito, possível e
determinável, partes capazes, vontade livre e forma prescrita ou não defesa em lei. E, finalmente,
o plano da eficácia. Eles se encontram previstos nos incisos do art. 104 do CC.

A declaração de vontade pode ser receptícia e não receptícia. Em geral, é receptícia, que é aquela
que precisa chegar ao conhecimento da outra parte, sob pena de ineficácia. É o que acontece, por
exemplo, na revogação do mandato (CC, arts. 682, I, e 686) e na proposta de contrato, que deve
chegar ao conhecimento do oblato para que surja o acordo de vontades e se concretize o negócio
jurídico (arts. 427 e 428 do CC).

A declaração de vontade não receptícia se efetiva com a simples manifestação do agente,


produzindo seus efeitos independentemente da recepção e de qualquer declaração de outra
pessoa. Não se dirige a destinatário especial. Exemplo: promessa de recompensa, revogação de
testamento.

A condição causal depende do acaso, do fortuito, de fato alheio à vontade das partes. Exemplo:
te darei determinada quantia de chover amanhã. Também é considerada condição causal aquela
que subordina a obrigação a um acontecimento que depende da vontade exclusiva de um
terceiro.
A condição potestativa decorre da vontade ou do poder de uma das partes. A condição
puramente potestativa é considerada ilícita (art. 122 in fine do CC). Exemplo: se eu levantar o
braço, este carro será seu; contudo, admite-se a condição meramente potestativa, por depender
não apenas da manifestação vontade de uma das partes, mas, também, de algum acontecimento
ou circunstância exterior. Exemplo: eu te darei este bem se fores a Roma". A viagem não depende,
apenas, da vontade, mas, também, da obtenção do tempo e do dinheiro.

A condição mista depende da vontade de uma das partes e da vontade de um terceiro. Exemplo:
te darei tal quantia se casares com tal pessoa.
O fato de um indivíduo fazer uma doação sem encargo para outro indivíduo, com relação ao
número de declarantes, caracteriza negócio jurídico bilateral simples.
Nas relações de trato sucessivo em que a fazenda pública figure como devedora, quando não tiver
sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atingirá apenas as prestações vencidas
antes do quinquênio anterior à propositura da ação. Segundo o STJ, todavia, esse entendimento
não é aplicável na hipótese de lei de efeitos concretos cuja vigência acarrete lesão ou modificação
do status do suposto titular do direito, haja vista que, nesse caso, o prazo prescricional é contado
da data da publicação da lei.
É necessária a comprovação da má-fé do adquirente, para a configuração de fraude contra
credores e a anulação do negócio jurídico. ATENÇÃO!! A má-fé não pode ser presumida,
deverá ser comprovada.
A Responsabilidade Civil decorrente do abuso do Direito Independente de culpa e fundamenta-
se somente no critério objetivo-finalistico”.

A importância do registro em cartório está na eficácia da promessa de compra e venda perante


terceiros:
• Se a promessa não foi registrada: ela é válida, mas produz efeitos apenas entre as partes.

• Se a promessa foi registrada: ela é válida e, além disso, produz efeitos perante terceiros.

O negócio jurídico do acordo de transmissão de propriedade não sofre, pela falta do registro,
qualquer conseqüência negativa quanto a sua existência, validade ou eficácia obrigacional.
ATENÇÃO!! SE FOSSE DIREITO REAL A AFIRMATIVA ESTARIA INCORRETA.

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