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b) Vícios Sociais: são aqueles em que a vontade manifestada não tem, na realidade, a intenção
pura e de boa-fé que enuncia, sendo eles: Fraude contra Credores e Simulação.
Erro - vontade-Anulável
Dolo -vontade-Anulável
Coação -vontade-Anulável
Lesão -vontade-Anulável
Simulação -social-Nulo
a) A anterioridade do crédito;
•Vício Social;
CC, art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é ANULÁVEL o negócio jurídico:
Para fixar:
Na hipótese de o negócio jurídico ter sido celebrado havendo dolo de ambos os negociantes,
nenhuma das partes pode pleitear a anulação do referido negócio.
O negócio jurídico firmado com erro de cálculo não permite a anulação do negócio celebrado,
mas autoriza a retificação da declaração da vontade.
O falso motivo viciará a declaração de vontade quando expresso for a razão determinante
para a realização do ato.
Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato
que a outra parte tenha ignorado constitui omissão dolosa.
Os vícios do negócio jurídico são os seguintes:
Erro/Ignorância: o agente tem uma percepção errônea da realidade. O próprio agente se
equivoca. se for colocado em erro por meio de terceiro, será dolo. Erro como falsa percepção da
realidade, enquanto na Ignorância, nos deparamos com o completo desconhecimento da
realidade
1.Erro substancial- é aquele o qual na hipótese de não acontecer, o negócio jurídico não se
realizaria.
2.Erro acidental: É uma espécie antagônica ao erro substancial, pois mesmo na hipótese do
agente conhecer a realidade, o negócio jurídico seria efetivado. É um equívoco na
manifestação da vontade, no entanto, é corrigida.
Dolo - Assim como no erro, no dolo o agente tem uma falsa percepção da realidade. No entanto, a
diferença reside no fato de que este é induzido por um terceiro, o qual deliberadamente o
ludibria, se beneficiando
•Dolo principal (dolus causam dans contractui - O dolo para viciar o negócio jurídico,
deve ser causa determinante deste. Isso é, se o terceiro não tivesse ludibriado, o negócio
jurídico não teria acontecido.
•Dolo Acidental (dolus incidens - Ocorre quando ainda que não tenha existido o dolo, o
negócio jurídico seria realizado de qualquer jeito. Isso é, Ainda que não houvesse
o animus de ludibriar, o negócio jurídico teria acontecido.
Coação (Art. 151 ao 155, CC): Ocorre a coação quando um terceiro pressiona ou ameaça o agente
a cumprir determinado negócio jurídico, viciando a manifestação da vontade, na medida em que o
agente coagido com temor das ameaças, o realiza apenas para que esta cesse. A vontade é
imposta por alguém
Lesão - Ocorre a lesão quando o agente por urgente necessidade ou inexperiência, paga quantia
desproporcional. Isso é, há o elemento objetivo no lucro exagerado e há também o elemento
subjetivo, na inexperiência ou urgente necessidade.
De acordo com o caput do art. 158, “os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão
de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda
quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus
direitos". Portanto, a doação não será válida, sendo hipótese de anulabilidade:
DOAÇÃO OU REMISSÃO DE DÍVIDA POR DEVEDOR INSOLVENTE = ANULÁVEL PELOS CREDORES
QUIROGRAFÁRIOS
Escada ponteana, em que temos os pressupostos de existência, que são formados por
substantivos (partes, vontade, forma e objeto); os requisitos de validade, onde tais
substantivos ganham adjetivos (objeto lícito, possível e determinável, partes capazes,
vontade livre e forma prescrita ou não defesa em lei); e, finalmente, o plano da eficácia (o
testamento é um negócio jurídico cujos efeitos só surgirão depois da morte do testador.
Já os vícios da anulabilidade não são considerados tão graves, envolvendo, somente, os interesses
das partes e estão sujeitos a um prazo decadencial. Se a ação de anulabilidade não for proposta
dentro deste prazo, o vício convalescerá,
O erro ou ignorância (arts. 138 a 144 do Código Civil) consiste no defeito do negócio jurídico pelo qual
a vontade do agente é manifestada a partir de uma falsa percepção da realidade, não sendo exigida
a escusabilidade do erro (Enunciado nº 12 do CJF). Diferentemente do que ocorre nos demais
defeitos dos negócios jurídicos, no erro o prejudicado é uma vítima de sua própria ignorância. É
imperativo que o erro seja substancial, isto é, determinante na tomada de decisão de realização
do negócio, e essencial, nos termos do art. 139.
sobre o DOLO ACIDENTAL: leva a vítima a realizar o negócio jurídico, porém em condições mais
onerosas ou menos vantajosas, não afetando sua declaração de vontade, embora venha provocar
desvios. Não é causa de anulabilidade por não interferir diretamente na declaração de vontade,
mas enseja indenização por perdas e danos.
O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu
despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
Art. 1.793. § 2º É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer
bem da herança considerado singularmente. § 3º Ineficaz é a disposição, sem prévia
autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo
hereditário, pendente a indivisibilidade.
Na Fraude contra credores para que o negócio jurídico seja anulado, necessária será a prova
do elemento subjetivo (“consilium fraudis", conluio fraudulento), que é a intenção de
prejudicar credores; e do elemento objetivo (“eventos damni"), que é atuar em prejuízo dos
credores. Acontece que nos ATOS DE DISPOSIÇÃO GRATUITA DE BENS ou de remissão de
dívida, o art. 158 do CC DISPENSA A PRESENÇA DO ELEMENTO SUBJETIVO, pois a má-fé é
presumida. Vejamos: “Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os
praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, AINDA QUANDO O IGNORE,
poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos". Portanto,
independe da demonstração de conluio fraudulento.
Na fraude à execução não há necessidade de o credor promover ação pauliana, uma vez que o
ato não é anulável, mas ineficaz perante a ação de execução ou condenatória. Portanto, a
alienação ocorrida em fraude à execução pode ser declarada ineficaz e reconhecida no
próprio processo de execução mediante simples requerimento da parte lesada. "
A ação anulatória é denominada pela doutrina ação pauliana ou ação revocatória, seguindo
rito ordinário, no sistema processual anterior, equivalente ao atual procedimento comum. "
Anulação do negócio jurídico, poderá ser realizada a sua revisão com o devido reequilíbrio econômico-financeiro,
ainda que demonstrados os requisitos necessários para caracterizar o vício de consentimento no caso em comento,
porquanto com a revisão, buscar-se-á a manutenção do negócio, pautada no princípio da conservação contratual,
que mantém íntima relação com a função social dos contratos.
ESTADO DE PERIGO que exige o DOLO DE APROVEITAMENTO (ciência pela outra parte que
contratou do grave perigo que corria o contratante) + OBRIGAÇÃO EXCESSIVAMENTE
ONEROSA.
Atenção!! Na Lesão não exige dolo de aproveitamento ou conhecimento da outra parte
A declaração enganosa de vontade que vise à produção, no negócio jurídico, de efeito diverso do
apontado como pretendido consiste em defeito denominado Simulação.
O erro acidental se refere a qualidades secundárias do objeto do negócio jurídico e que não
acarreta efetivo prejuízo.
ERRO OBSTATIVO OU ERRO IMPRÓPRIO é o erro de relevância exacerbada, que apresenta uma
profunda divergência entre as partes, impedindo que o negócio jurídico venha a se formar.
ERRO INESCUSÁVEL OU VENCÍVEL, é o erro grosseiro, em que o declarante comete falta grave.
Neste caso, o homem médio não o cometeria em nenhuma hipótese.
ERRO ESCUSÁVEL é o de tal monta que qualquer pessoa de inteligência mediana o cometeria."
ERRO ESSENCIAL OU ERRO SUBSTANCIAL é aquele que incide sobre a causa do negócio que se
pratica, sem o qual este não teria se realizado. Um exemplo clássico seria quando uma pessoa
compra um brinco achando que é de prata, mas na verdade é de bijuteria.
ERRO ACIDENTAL é aquele que recai sobre motivos ou qualidades não essências do objeto ou da
pessoa, não alterando, por conseguinte, a validade do negócio.
A teoria da personalidade condicional define que haverá elemento acidental no negócio jurídico
que subordine a eficácia dos direitos de nascituro a evento futuro e incerto.
Em algumas situações, o ato-fato jurídico praticado pelo menor absolutamente incapaz produz
efeitos.
A reserva mental de não querer o que manifestou torna nulo o negócio jurídico firmado, ainda
que seja de conhecimento do destinatário. ATENÇÃO!! NÃO É ANULÁVEL E SIM NULO.
Dada a existência de intima ligação entre o abuso de direito e a boa-fé objetiva, a lei estabelece a
obrigação de reparação como sanção ao autor do ato abusivo. ATENÇÃO!! A LEI NÃO PREVÊ
NO ABUSO DE DIREITO NULIDADE E SIM REPARAÇÃO DO DANO.
Ilícitos indenizantes: geram como efeito a indenização dos eventuais danos causados;
Ilícitos caducificantes: geram a perda de um direito para seu autor (ex.: a perda do poder
familiar para o genitor que maltrata os filhos);
O terceiro que exercer coação que vicie o negócio jurídico responderá integralmente pelas perdas
e pelos danos causados ao coacto, ainda que a parte a quem aproveite a coação dela tenha ou
deva ter conhecimento.
VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM (ou teoria dos atos próprios) ➡ Vedação do comportamento
contraditório. Podendo-se configurar tal comportamento prévio por ação ou omissão.
TU QUOQUE ➡A locução significa "tu também" e representa as situações nas quais a parte vem a
exigir algo que também foi por ela descumprido ou negligenciado.
EXCEPTIO DOLI ➡ Exceção de dolo, ou seja, não age com boa-fé aquele que atua intuito não de
preservar legítimos interesses, mas, sim, de prejudicar a parte contrária
✔ DUTY TO MITIGATE THE OWN LOSS ➡ Credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo.
ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL ➡ Ocorre quando a obrigação do devedor, ainda que não cumprida
completamente, é tão próxima do que esperava o credor que seria injusta eventual resolução,
afrontando a boa-fé objetiva. Vale lembrar que o STJ entende que não se aplica a teoria em casos
de alienação fiduciária.
O acordo extrajudicial firmado pelos pais em nome de filho menor, para fins de recebimento de
indenização por ato ilícito, não dispensa a intervenção do MP.
Segundo dispõe o Código Civil, caso repare o dano que seu filho relativamente incapaz causar a
terceiro, o pai não poderá reaver do filho o que pagar a título de indenização.
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago
daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou
relativamente incapaz.
O dano decorrente de ato ilícito por abuso de direito tem natureza objetiva, aferível
independentemente de culpa ou dolo do agente.
CORREÇÃO MONETÁRIA:
JUROS MORATÓRIOS:
► RESPONSABILIDADE CONTRATUAL:
Se violar direito e causar dano a outrem, tanto a ação ou omissão voluntária, implicam
prática de ato ilícito. ATENÇÃO!! TEM QUE SER VOLUNTÁRIA
A teoria dos atos próprios impede que a administração pública retorne sobre os próprios passos,
prejudicando os terceiros que confiaram na regularidade de seu procedimento.