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Ato jurídico: Depende da vontade humana, definido pela lei (ex lege)

ex: reconhecimento do filho

Negócio jurídico: Ato jurídico desejado pelas partes (ex voluntate); pode ser
unilateral ou bilateral
ex: contrato

Fato jurídico: acontecimento humano ou natural que extingue, modifica ou inicia


relação jurídica, deve produzir efeito jurídico, podendo ser relevante ou não
relevante, eficaz (efeito previsto no ordenamento) ou não eficaz. A vontade humana
é irrelevante

Caso fortuito/força maior: causa desconhecida, ou seja, ao acaso, como os


fatores da natureza

Fatos jurídicos:
1. Involuntários: não resultam da emanação da vontade humana
ex: carro e chuva, era possível prever que na ocorrência de chuva os freios
poderiam falhar
2. Voluntários:
2.1. Ilícitos: Lesão de um bem jurídico de outrem, sancionados pela ordem
jurídica. Vide arts. 186, 187, CC. Art. 927, CC
- Todo ato contrário à ordem jurídica
- É o particular quem deve “ir atrás"
- A consequência é a indenização (reparação do dano)
- Não é necessário informar o valor do prejuízo
- arts. 953, 954 (liberdade pessoal), CC

Ato ilícito:
O abuso de direito também é ato ilícito, art. 187, CC

Ainda acerca do art. 186, CC


Negligência: falta de cuidado, falta com o dever
Imprudência: criar (ação) desnecessariamente uma situação de risco
Imperícia: falta de aptidão (técnica) para realização de uma atividade
obs: só há omissão se havia direito jurídico de agir

A culpa e o dolo são considerados elementos subjetivos da responsabilidade


civil; a ação e a omissão bem como a causalidade, segundo Gonçalves também
integram a responsabilidade.
Culpa lato sensu: Em sentido amplo , diz-se que o responsável por um ato ilícito
agiu com culpa, ou tem culpa, independente de seu ato ter sido doloso ou culposo.
● Espécies de culpa
1. Contratual: art. 389, CC
2. Extracontratual ou aniquila: art. 186, CC

● Natureza da culpa
1. In vigilando: decorre da falta de vigilância/ fiscalização para com
quem está sob sua responsabilidade; culpa presumida (inverte ônus
da prova)
ex: princípio da paternidade responsável
2. In custodiendo: (extracontratual); falta de cuidado; art. 933, 936, CC
3. In eligendo: decorrente da má escolha do representante
4. In comitendo/ faciendo: culpa negativa (não fazer)

obs: as vezes pode ser colocado culpa in vigilando para pessoas e in


custodiendo para animais e coisas

EX: ao se deixar arma em local que uma criança pode manusear


tem se culpa in vigilando e in custodiendo

Fatos justificados
Não constituem ato ilícito/crime, logo exclui ilicitude
obs: Art. 188, CC culminado com Arts. 929 e 930, CC. Quem comete o
dano indenizará, mas há possibilidade de ação regressiva

1. Legítima defesa
2. Estado de necessidade
3. Exercício regular de direito

Manifestação da vontade
A vontade é composta por dois momentos, objetivo e subjetivo, e entre eles há
possibilidade de existência dos vícios.
Expressa: Se revela através do propósito deliberado de externar o pensamento em
determinado sentido. Ocorre por palavras escritas ou orais, gestos ou sinais

Tácita: É aquela que resulta de uma conduta incompatível com a recusa em praticar
o ato ou negócio jurídico. O fato do prestador de serviço dar início ao serviço
significa que ele aceitou o contrato, mesmo com o preço abaixo do que ele queria.
Em resumo, decorre de atos incompatíveis com a decisão contrária. Art. 1805, CC
(aceitação tácita da herança); Lei 12112/09 (renovação tácita do contrato)
Presumida: Decorre da lei quando o legislador cria determinadas presunções, por
exemplo, Art. 324, CC

Quanto aos momentos:


● Subjetivo: interno, psicológico, a vontade se forma no espírito de quem a
concebe. Não produz efeitos jurídicos.

● Objetivo: Momento externo, vontade manifesta, declaração

Quanto às teorias vide Art. 112, CC (vontade real)


Teoria da vontade Teoria da declaração

privilegia o sujeito privilegia o objeto

+ importante no direito francês + importante no direito alemão

entende que se não houver faz prevalecer o que foi de fato


concordância entre a vontade e a externado, declaração em si
declaração, o negócio jurídico deve
ser afastado do mundo jurídico, por
lhe faltar um elemento essencial: a
presença da vontade efetiva do
agente

Vícios
O vício é a diferenciação entre a vontade e a declaração manifestada pelo
agente
Prescrevem em 4 anos, exceto a simulação
vícios de consentimento
1. Dolo: armadilha ou engano provocado por outrem
2. Erro:
3. Coação:
4. Estado de perigo: salvar-se de perigo, ou pessoa da família ou outrem
(esse último está sujeito a análise do juiz)
5. Lesão:inexperiência/ estado de necessidade; prejuízo material

vícios sociais (momento subjetivo = objetivo)


6. Simulação: não há engano, a intenção de fraudar a terceiros existe;
7. Fraude contra credores: Art. 391, CC

Efeito vinculante do silêncio


O silêncio, via de regra, não significa nada como manifestação de vontade, não
tendo, portanto, valor jurídico.
1. Por força de lei: Art. 539, CC (sentido de sim); Art. 299 parágrafo único, CC
(como recusa)
2. Circunstanciado: Art. 111, CC (qualificado pelas circunstâncias), ex:
entrega-se em um comércio por muito tempo, mas não há contrato; Art. 543,
CC (absolutamente incapaz)
3. Disposição das partes

Art. 290, CC (cessão de crédito): STJ, EAREsp nº 1125139 / PR; sem


anuência do devedor
Art. 299, CC (assunção de dívida) faz-se necessária anuência
Art. 389, CC (inverte o ônus)

Representação nos negócios jurídicos


Vontade declarada não pessoalmente, mas por terceiro designado pela lei ou pela
vontade das partes
Art. 107, CC

Classificação dos negócios jurídicos

Pessoas Partes

1. Quanto ao número de sujeitos

2. Quanto ao número de partes

3. Quanto ao exercício de direitos

4. Quanto às vantagens patrimoniais

5. Quanto a forma

6. Quanto ao momento da produção de efeitos

7. Quanto a existência

8. Quanto ao conteúdo

9. Quanto às condições de eficácia

10. Quanto à eficácia

11. Quanto a duração no tempo

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