Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Completo
.
3. Aquisição da Personalidade:
Pessoa natural => art. 2, CC=> nascimento com vida=> Teoria Natalista. Nascituro
=> Condição Jurídica => Não é pessoa, mas já possui uma especial proteção do ordenamento
jurídico.
O nascituro já é titular dos direitos da personalidade (art. 11 ao art. 21, CC).
4. Aquisição da Pessoa Jurídica (art.45, CC):
Depende do registro dos atos constitutivos;
Como regra geral, o registro vai ser no Cartório de Registros das Pessoas Jurídicas;
EXCEÇÃO: A Junta Comercial (somente Sociedade Empresária e EIRELI) / OAB (Sociedades de
Advogados).
ATENÇÃO: Apenas as pessoas jurídicas de Direito Privado dependem de registro para aquisição
da personalidade.
Pessoa Jurídica de Direito Privado (art. 44, CC).
5. Extinção da Personalidade:
Pessoa natural => art. 6, CC => Morte/Óbito. (Lei de registros Públicos).
. Morte Presumida (art.7,CC).
Seu reconhecimento depende de Sentença Judicial.
Hipóteses:
I. Probabilidade extrema de falecimento de um sujeito em perigo de vida;
II. Desaparecidos e prisioneiros em campanha de guerra. Prazo de 2 anos após o término da
guerra.
A morte presumida é um conceito distinto da ausência.
A ausência é um instituto jurídico que apenas disciplina os efeitos civis das pessoas
desaparecidas.
Trata-se de uma situação jurídica que depende de Sentença Judicial.
ATENÇÃO: O herdeiro provisório ao contrário dos herdeiros em geral é mero possuidor do seu
respectivo quinhão hereditário.
C. Sucessão Definitiva=> A abertura vai ser feita após 10 anos do trânsito em julgado da
sentença de sucessão provisória.
ATENÇÃO: Nesta fase, ocorre a declaração da morte presumida do ausente.
1. Exteriorização da vontade;
2. Capacidade de Agente;
3. Objeto;
4. Forma.
*Os requisitos são cumulativos.
1.1 – Ela pode ser feita por meio da declaração ou pela manifestação (livre e consciente) => é
uma vontade isenta de vícios.
OBS: De modo geral o direito civil não da ênfase a vontade interna. Contudo as intensões servem
de parâmetro para a interpretação do negócio. (Art. 112, CC).
Particularidades:
Reserva Mental (art. 110, CC) => Entende-se por Reserva Mental a parcela de vontade não
exteriorizada e que portanto não produz efeitos jurídicos, SALVO se o destinatário dela inha
conhecimento.
Silêncio (art. 111, CC) => Não é forma de exteriorização porque as formas ou é expresso ou é
tácito. O silêncio tem efeito civil de anuência (limites do art. 111, CC).
2.2 – Capacidade de Agente => As pessoas capazes vão praticar negócio de forma autônoma. A
pessoa que é incapaz, ou é feita por meio da representação ou assistência.
ATENÇÃO: O código civil estabelece hipóteses específicas que permitem ao relativamente
incapaz agir de forma autônoma.
Quais são os atos que o relativamente incapaz faz:
Mandado => Pode ser feito pelo relativamente incapaz;
Secessão testamentária => art. 1860, CC;
Objeto do Negócio=> Por definição traduz por interesse/Direito.
Classificação:
Decadência=> Prazo para o exercício do Direito em si (Direito Potestativo) Os outros prazos são
decadenciais. São prazos menores. Expl. 90, 120 dias
Transmissão das obrigações=> Transmissão envolve negócios jurídicos que tem por objetivos a
transferência do crédito ou a transferência débito.
a) Cessão de crédito => Transferir o crédito.
b) Assunção de dívida => Transferir o débito.
Particularidades:
a) Cessão de crédito=> Direitos autorais => notificar o devedor para que ele tenha ciência do ato.
b) Assunção de dívida: Anuência do credor.
Exceção: Art. 303, CC.
1. Pagamento ou Adimplemento:
É o modo normal de extinção da obrigação.
I. Pagamento Direto:
1) Pagar é realizar a prestação no tempo, lugar e forma devidos.
2) Sujeitos do Pagamento:
a) Quem deve pagar (SOLVENS)=> é o próprio devedor ou um terceiro.
Atenção: Só não será possível ao terceiro pagar em se tratando de obrigação personalíssima.
O terceiro pode ser: 1) interessado=> é aquele que poderá sofrer as consequências pelo
inadimplemento, por expl.. o Fiador ao pagar se sub-roga nos direitos do amigo credor.
Não interessado=> não seria responsabilizado pela dívida, mas resolve pagar.
Se pagar em nome próprio considera-se que irá direito de reembolso.
Se pagar em nome do devedor considera-se que fez uma liberalidade e nada porá reclamar.
b) A quem se deve pagar (ACCIPIENS).
O pagamento deve ser realizado ao próprio credor ou a seu representante legal ou convencional.
O pagamento realizado a terceiros considera-se não realizado e o devedor terá de pagar
novamente.
Duas exceções:
Se o credor ratificar o pagamento e se o pagamento reverter em proveito do credor. Por exemplo:
Namorada que recebe o dinheiro, cujo credor era o namorado e paga a fatura do cartão dele.
Atenção: O pagamento conscientemente feito ao incapaz de quitar “não vale”, salvo se o devedor
provar que reverteu em proveito do incapaz.
3) Objeto do Pagamento:
1) O credor não é obrigado a receber coisa diversa da combinada (ALIUD PRO ALIO), ainda que
mais valiosa.
2) O credor não é obrigado a receber em partes e nem o devedor a pagar em partes, se
combinam pagamento integral.
Exceção: art. 745 A, CPC:
O dispositivo permite que o devedor deposite 30% do valor e parcele o restante em até 6X.
3) Salvo disposição contrária as dívidas em dinheiro não sofrem incidência de juros e correção
monetária (nominalismo)=> é a conservação do nome.
4) Lugar de Pagamento:
Salvo disposição contrária, a dívida deve ser paga no domicílio do devedor caso no que é
chamada de “quesível ou quérable”.
Se tiver de ser paga em outro local recebe o nome de “portável ou portable”.
Atenção: Se a dívida puder ser paga em mais de um local a escolha passa a ser do credor.
OBS: O pagamento reiteradamente feito em local diverso do previsto do contrato faz presumir
renúncia do credor.
II. Pagamento Indireto:
1) Pagamento em consignação (arts. 334 a 345, CC)
É o depósito judicial ou extrajudicial (somente dinheiro da coisa devida).
Será cabível sempre que por motivo não imputável ao devedor, for impossível ou inseguro o
pagamento diretamente ao credor.
Atenção: A consignação somente terá força de pagamento quando respeitar todos os elementos
da obrigação original.
2) Pagamento com sub-rogação (arts. 346 a 351)
Ocorre quando alguém assume a posição jurídica do antigo credor.
A sub-rogação pode ser convencional (acordo das partes) ou legal isto é, efeito direto e imediato
da lei. É o caso do terceiro interessado que paga a dívida.
3) Imputação do Pagamento (arts. 352 a 355, CC)Significa indicar. Quando o devedor tem como
credor mais de uma dívida e todas são líquidas, certas vencidas e de coisas fungíveis, ao
devedor indicar qual dívida está a quitar.
Se ele não indica a escolha, passa a ser do credor.
Se nenhum dos dois imputar o pagamento, será da dívida mais antiga. A que venceu primeiro. Se
todas foram da mesma data, mais onerosa.
Atenção: Havendo capital e juros, o devedor não pode pretender pagar primeiro o capital e depois
os juros.
4) Dação em Pagamento (arts. 356 a 359 CC):
O credor concorda em receber prestação diversa da combinada.
Atenção: Se o credor for evicto da coisa dado em pagamento a obrigação se restrutura
ressalvados os direitos de terceiros.
5) Novação (arts. 360 a 367 CC):
Cria-se uma nova obrigação com a finalidade (Animus Novandi) de extinguir a obrigação anterior.
A Novação pode ser:
a) Por mudança no objeto caso que é chamada de novação objetiva.
b) No sujeito, caso que é chamado de novação subjetiva. Se mudar o credor a novação é
subjetiva ativa. Se mudar o devedor é subjetiva passiva.
6) Compensação:
Ocorre quando duas pessoas são ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra de dívidas
líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
A compensação ocorre automaticamente. Eventual decisão do juiz terá natureza meramente
declaratória.
Atenção: Há dívidas que não podem ser compensadas (art.373 CPC), por exemplo, dívida de
alimentos.
7) Confusão: Ocorre quando a qualidade de credor e devedor confundem-se na mesma pessoa.
8) Remissão: É o perdão da dívida. Por tratar-se de perdão precisa da aceitação do devedor.
1. Responsabilidade Civil:
Violação de um dever jurídico.
Sanção:
OBS inicial=> Em razão do violação de determinado direito o infrator pode ser responsabilizado
em diferentes esferas, mas a responsabilidade civil é autônoma
Obrigação de indenizar:
(objetivo) => apurar os danos sofridos pela vítima.
Elementos estruturais:
Conduta do agente => Nexo de causalidade => Dano.
a) Conduta=> Ato ilícito (regra) art. 186 e 187 CC. Ação de omissão praticada pelo infrator com o
intuito de lesar a vítima.
Regra=> Responsabilidade por ato próprio.
Incapaz, responde por ato próprio! Art. 928 CC. R: Sim.
Responsabilidade subsidiária / Indireta.
Quando o incapaz é responsabilizado pessoalmente a indenização é reduzida de forma
equitativa.
A hipótese do art. 928 restringe a indenização quando ela privar o incapaz do seu sustento.
EXCEÇÕES: Primeira: responsabilidade de terceiro art. 932/933 CC.
Um terceiro que não praticou a conduta danosa será responsabilizado por uma conduta alheia
nos termos da lei. Exemplo. Motorista=>dirigir=>vítima.
Características:
A. As hipóteses de responsabilidade por ato de terceiro são previstas totalmente na lei –art. 932
CC.
B. O autor da conduta e o terceiro respondem de forma solidária.C. O autor da conduta responde
de forma subjetiva enquanto o terceiro responde de forma objetiva, art. 933, CC.
D. Na hipótese de condenação de terceiro, este poderá ingressar regressivamente contra o autor
do dano.
EXCEÇÃO: Os pais não podem cobrar regresso dos filhos.
Responsabilidade pelo fato da coisa:
Art. 936, CC=> Dano provocado por animal=> Dano ou detentor.
Art. 937, CC=> Ruína de edifício por falta de reparo=> Responsabilidade do dano ou condutor.
*Jurisprudência.
Art. 938, CC=> Objetivos que caem ou são lançados de edifício=>habitante.
Responsabilidade Objetiva.
b) Nexo Causal – Causalidade: Elementos de ligação.
Definição: Como a ligação lógico-jurídica entre a conduta do agente e o dano experimentado pela
vítima.
Nexo causal=> relação=>responsável/dano.
Lei- Jurisprudência => Nexo causal/Direto e imediato.
Dano=> Lesão ou prejuízo socialmente relevante ao bem jurídico da vítima.
Dano=> Indenizável / Não Indenizável => Mero dissabor.
c) Dano:
Categorias:
A. Dano material-Patrimonial=> atinge o direito de propriedade da vítima=> Dano
emergente=perdeu o patrimônio.
Fundamento jurídico=> Passado/presente=>lucro cessante/Presente – futuro/ganho.
O cálculo do lucro cessante de acordo com C.C. deve ser razoável, ou seja, cabe ao magistrado
na situação concreta estimar os principais elementos que indiquem o possível ganho patrimonial.
B. Dano moral=> Extrapatrimonial:Atinge os direitos da personalidade (art. 11-21).
O dano moral representa uma lesão a dignidade da pessoa .
Excludentes de Responsabilidade Civil:
Fatos/Atos que impedem a obrigação de indenizar.
Excludentes de ilicitude (art. 188 CC)=> Art. 393, CC=> Caso fortuito, Força maior, Culpa
exclusiva da vítima, Estado de necessidade, Ato de terceiro.
Excludentes Contratuais=> Cláusulas de não indenizar.
1. Ordenamento Jurídico:
Autonomia Privada ou liberdade de contratar
Prerrogativas que o ordenamento confere aos particulares criar lei e deveres entre si, através dos
contratos.
Aspectos e Limites:
Aspectos são três;
1) Liberdade de celebrar ou não o contrato.
2) Liberdade de escolha do outro contratante.
3) Conteúdo das Cláusulas.
Limitações ou Restrições;
1) Não ofensa as leis de ordem pública.
2) Que não haja ofensa aos bons costumes.
3) Proteção ao contratante vulnerável.
2. Principio da Função Social (art. 421, CC):
O contrato deve ser utilizado como instrumento para que seja alcançado o bem comum.
Aspectos;
1. Interno=> Os contratos devem ser justos e equilibrados.2. Externo=> O contrato não pode
ofender interesses transindividuais.
3. Princípio da boa-fé objetiva (art. 422, CC):
É uma regra de conduta que impõe aos contratantes o dever de que se comportem de modo
coerente com a ética, honestidade, lealdade, solidariedade, etc.
Funções da boa-fé objetiva;
1. Deve servir para o juiz, o critério para a interpretação dos contratos.
2. A boa-fé também cria deveres anexos, secundários, acessórios (que se somam aos deveres
principais do que tipo de contratos.
Dever de informação ao proprietário sobre vazamento, etc. cooperação, assistência.
3. É que a boa-fé objetiva desempenha uma função de controle, ou seja em razão dela é
considerada ato ilícito objetivo o abuso de direito.
4. Principio da Concensualismo:
Em regra o vínculo contratual surge no momento em que há o encontro da vontade dos
contratantes.
Exceções:
. Compra e venda d imóvel. Enquanto não for celebrado o contrato, não surge vínculo.
Solene, formais quando a lei exige forma especial Exemplo: art. 108, CC.
2. Contratos reais=> São aqueles em que o vínculo só estabelece no momento em que uma das
partes entrega a outra o objetivo que deverá ser restituído, removido. Exemplo: Comodato,
Mútuo,, Depósito(estacionamento).
5. Princípio da Força obrigatória ou “Pacta sunt Servanda”:
O contrato faz leis entre as partes e por isso, em regra, não se admite:
a) Retratação Unilateral
b) Revisão Judicial de seu conteúdo.
OBS1: É o que permite a execução forçada das obrigações que forem assumidas.
2. Admite se revisão do contrato quando;
a) Houver ofensa da função social ou boa-fé objetiva.b) Quando caracterizada a onerosidade de
excessiva (art. 478 a 480, CC)=> Quando um evento imprevisto e extraordinário a prestação de
um dos contratantes se tornar excessivamente onerosa.
OBS: O CC. Adotou a chamada Teoria da Imprevisão; nas relações de consumo o consumidor
tem direito a revisão do contrato mesmo que seja previsível.
6. Principio da Relatividade:
Através de um contrato são criados direitos e deveres entre os próprios contratantes e terceiros
não são atingidos.
Exceções:
1. Estipulação em favor de terceiros, mas pode exigir o cumprimento (seguro de vida)
2. Art. 576, CC => quando o contrato de locação contiver cláusula de vigência e for registrado
deverá ser respeitado por terceiros que vier adquirir o imóvel.
7. Efeitos dos Contratos:
Vícios Redibiotórios=> art. 441 a 446 CC.
Conceito: São defeitos ocultos presentes em coisa recebida em virtude do contrato comutativo
(oneroso e não aleatório) ou em doação onerosa que a torne imprópria para o uso a que se
destina.
Efeitos do vícios redibitórios => Opção por uma das ações edilícias que são:
A) Ação redibitória=> É aquela que tem por finalidade a resolução do contrato.
B) Estimatória ou “quanti minoris”=> é a que tem por objetivo a redução proporcional do preço.
OBS: Caso o alienante tivesse conhecimento do vício, ficará obrigado a pagar perdas e danos.
Prazos decadenciais para a propositura das Ações.
a) Se o bem for imóvel=> 1 ano.
b) Se o bem for móvel=> 30 dias.
OBS: Em regra, o prazo será contado da entrega do bem, da tradição; será reduzido pela metade
se no momento do contrato o adquirente já estava na posse do bem.OBS: Quando o vício por sua
natureza só puder ser descoberto depois, o prazo será o mesmo, mas a sua contagem é iniciada
com a ciência do vício, desde que 1 ano para imóveis ou 180 dias para imóveis.
8. Evicção (arts. 447 a 457, CC):
Conceito=> É a perda da coisa que foi adquirida o contrato oneroso ou em hasta pública por
sentença ou ato administrativo que atribui a terceiros por motivo jurídico anterior a aquisição
(exemplo: aquisição non domino) de quem não era dono.
OBS1. Por cláusula expressa a garantia por evicção pode ser reforçada, excluída ou diminuída.
OBS2. Quando houver cláusula que exclui a responsabilidade pela evicção, ela só será absoluta
se o adquirente for informado sobre o risco que pesava sobre a coisa e ou assumiu; caso a
cláusula exista simplesmente o adquirente ainda terá direito a exigir a devolução do preço.
OBS3. O adquirente não terá qualquer direito se sabia se a coisa alheia ou litigiosa.
OBS4. A evicção pose ser total ou parcial.
A parcial pode ser considerável, neste caso o adquirente pode escolher entre resolver o contrato
ou devolução parcial do preço; se parcial mais irrisória não considerável o adquirente só terá
direito a perdas e danos.
OBS: Art. 70, inciso 1, CPC => No processo em que o adquirente corre o risco de sofrer a
evicção, ele pode apresentar denunciação da lide ao alienante; se o não fizer ainda assim poderá
exigir em ação própria a devolução do preço e de todos os prejuízos decorrentes da evicção.
1. Contrato de Compra e Venda (art. 481 a 532, CC).
Conceito=> Compra e venda é o contrato pelo qual um dos contratantes (o vendedor) se obriga a
transferir ao outro a propriedade de uma coisa, e este outro (o comprador) se obriga a pagar certo
preço em dinheiro.
Atençao: No Brasil o contrato de compra e venda não transfere a propriedade, apenas é fonte da
obrigação de transferir.
A transferência somente ocorre após a tradição (móvel) ou registro (imóvel).
Quanto ao objeto:
A compra e venda pode ter objeto coisa atual (já existe ou futura, ainda não existe). Neste caso,
se a coisa não vier a existir o contrato fica sem efeito, salvo se a intensão das partes era de
celebrar contrato aleatório.
Nem todo contrato de compra e venda de coisa futura é aleatório por exemplo: compra e venda
de imóvel na planta.
Se a compra e venda for realizada a vista de amostra modelos ou protótipos entende-se que o
vendedor assegura ter a coisa as mesmas qualidades da amostra.
Se houver divergência entre a amostra e a descrição do objeto no instrumento do contrato
prevalece a amostra é um exemplo de aplicação da boa-fé objetiva.
Quanto ao preço:
É necessariamente em dinheiro ou moeda fiduciária (títulos de créditos e cartões de crédito e
débito).As partes podem deixar a fixação do preço ao arbítrio de terceiros, mas se ele não aceitar
o contrato fica sem efeito, salvo se as partes concordarem em nomear outrem que aceite o
encargo.
As partes podem deixar a fixação do preço para índice, tabela ou bolsa desde que suscetível de
objetiva determinação.
Se a compra e venda for estabelecida sem fixação do preço, entende-se que será o
habitualmente praticado pelo vendedor em suas vendas.
Se houver divergência no período no período o preço médio.
Atenção: É nula a compra e venda se a fixação do preço ficar ao arbítrio exclusivo de uma das
partes.
Limitações a Compra e Venda:
São duas:
1. É anulável a compra e venda de ascendente para descendente sem autorização dos demais
descendentes do vendedor e de seu cônjuge.
O cônjuge não terá de autorizar se for casado sob regime da separação obrigatória.
2. É nula a compra e venda entre cônjuge relativa a bem, todos pertencentes a comunhão.
2. Contrato Estimatório (arts. 534 a 537, CC):
Conceito=> Por este contrato, o consignante (dono dos bens) entrega bens móveis ao
consignatário que fica autorizado a vendê-los pelo preço estimado.
OBS: A regra no Brasil é a de que o contrato se forma com mero acordo de vontades (consenso).
Como exceção: Existem os chamados Contratos Reais que recebem este nome porque só
passam a existir no momento em que ocorre a entrega da coisa (RÉS).
São Contratos Reais apenas o Comodato, Mútuo, Depósito e o Estimatório.
As coisas pertencem ao consignante porém, por expressa disposição legal os riscos correm por
conta do consignatário.
Atenção: Antes da devolução o consignante não pode alienar a terceiros.
3. Empréstimos (arts. 579 a 592, CC):
Há no Brasil dois tipos de empréstimos: O Comodato e o Mútuo.O Comodato é o empréstimo
gratuito de coisa infungível. O Comandatário deverá restituir ao comandante exatamente aquilo
que recebeu.
O prazo será o estabelecido pelas as partes ou o necessário para o uso ordinário se não houve
estipulação expressa.
Duas notas:
1. Há coisa pertence ao comodante e portanto é ele quem sofre o prejuízo pela sua perda por
caso fortuito ou força maior.
No entanto, se estiver ocorrendo o risco coisas do comandante e do comodatário e este preferir
salvar as suas, responderá ainda que por força maior.
2. Jamais o comodatário poderá cobrar do comodante gastos que teve com o uso da coisa.
O Mútuo é o empréstimo gratuito ou oneroso, FENERATÍCIO de coisa fungível.
O Mutuário passa ser dono da coisa devendo devolver outra do mesmo gênero, qualidade e
quantidade.
OBS: As partes podem convencionar que no contrato específico uma coisa fungível se torne
infungível (garrafa de vinho para exposição).
Usucapião ordinária:
Requisitos: Com justo título e boa – fé, só pode usucapir até 250 m°
Prazo: 10 para 5 anos – se moradia – atividade produtiva.
Usucapião Urbana/rural
Requisitos: Independe de justo título e boa – fé, o possuidor não pode ser proprietário de um
outro imóvel, só pode usucapir até 50 hectares.
Prazo: 5 anos
Usucapião Familiar – art.1240 A
Requisitos: é similar a usucapião urbana
Obs: nesta modalidade de usucapião o possuidor pretende usucapir um bem do qual já é titular
fruto da comunhão no casamento ou na união estável.
Atenção: esta possibilidade de usucapião decorre do abandono do lar de um dos cônjuge ou
companheiro sem partilha dos bens.
Prazo: 2 anos
Direitos reais sobre coisas alheias
a) Direitos de uso e fruição
– Superfície: Concessão do direito de usar ou construir(plantar) em um determinado terreno.
-Particularidades: Apenas imóveis, gratuita ou onerosa, depende de registro dos atos constitutivos
e autoriza hipoteca.
-Servidão: cria uma vantagem sobre um imóvel alheio gravando com um ônus.
– Usufruto – temos o direito de usar e fruir do bem pode ser móvel ou imóvel, universalidades
gratuito e intransmissível.
– Uso – usar e fruir de maneira limitada.
– Habitação: Uso para moradia e sempre gratuito.
Direitos reais de garantia:
Hipoteca: tem objetos múltiplos – imóveis
Penhor: apenas bens móveis
Anticrese: recai sobre frutos e rendimentos dos bens imóveis.