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DICAS

PARA A PROVA DA 1ª  FASE DA OAB

SUMÁRIO

3 ÉTICA PROFISSIONAL
5 FILOSOFIA DO DIREITO
6 DIREITO CONSTITUCIONAL
10 DIREITOS HUMANOS
11 DIREITO INTERNACIONAL
12 DIREITO TRIBUTÁRIO
13 DIREITO ADMINISTRATIVO
15 DIREITO AMBIENTAL
16 DIREITO CIVIL - PARTE GERAL
17 DIREITO CIVIL - FAMÍLIA
18 DIREITO CIVIL - SUCESSÕES
19 DIREITO CIVIL - CONTRATOS
20 DIREITO CIVIL - COISAS
21 DIREITO CIVIL - OBRIGAÇÕES
22 DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
23 DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
24 DIREITO DO CONSUMIDOR
26 DIREITO EMPRESARIAL
27 PROCESSO CIVIL
31 DIREITO PENAL
34 PROCESSO PENAL
38 DIREITO DO TRABALHO
39 PROCESSO DO TRABALHO
ÉTICA
PROFISSIONAL

Inscrição principal e suplementar:


Principal: feita perante o Conselho Seccional (sessão estadual da OAB) onde o advogado
vai exercer a advocacia com habitualidade. Habilita o advogado a exercer a advocacia em
todo território nacional.
Suplementar: feita perante outro Conselho Seccional (diverso daquele onde o advogado
tem sua inscrição principal). É permitida uma por Conselho Seccional. É facultativa. Será
obrigatória quando o advogado tiver mais do que cinco ações em Conselho Seccional
onde não tenha inscrição principal (ou quando o advogado for sócio de sociedade
registrada em conselho seccional onde não tem inscrição principal).

Advocacia Pro Bono: tem como características a GEV - Gratuidade, Eventualidade e


Voluntariedade.
Permitida para as pessoas naturais hipossuficientes e para pessoas jurídicas com fins
filantrópicos ou sem fins lucrativos (bem como para as pessoas naturais assistidas por tais
entidades).
Não será permitido o exercício da advocacia pro bono para instituições (mesmo que sejam
filantrópicas e sem fins lucrativos) com fins políticos e partidários ou com objetivo de captar
clientela ou fazer publicidade.

Advocacia Pro Bono: A advocacia pro bono não autoriza o pagamento de honorários pelo
cliente ao advogado (ou seja, é exercício gratuito da advocacia).

Incompatibilidade e Impedimento:
Incompatibilidade: é a proibição total do exercício da advocacia.
Impedimento: é a proibição parcial (limitação) ao exercício da advocacia.

Incompatibilidade definitiva: gerará cancelamento da inscrição. Incompatibilidade


provisória gerará licenciamento da inscrição.
Prisão de advogado: Ordem de prisão não definitiva (preventiva, cautelar, provisória) contra
o advogado, independentemente do tipo de crime, gera direito/prerrogativa de ser
recolhido em cela especial (tal direito persiste até o trânsito em julgado - após o transito em
julgado sentença penal condenatória, ele perde o direito a cela especial/sala de estado
maior).

Prisão em flagrante: a prisão em flagrante em decorrência do exercício da advocacia exige


para a lavratura do flagrante a presença de representante da OAB sob pena de nulidade (da
prisão em flagrante).

Advogada na maternidade: A advogada que deu a luz ou adotou tem direito a


suspensão de prazos processuais pelo prazo de 30 dias (desde que seja a única
advogada nos autos e que notifique o cliente). Esse mesmo direito foi estendido ao
advogado que teve filho ou adotou, com suspensão de prazo processual pelo prazo de
8 dias (da mesma forma que a advogada, desde que seja o único advogado nos autos
e notifique o cliente).

Honorários: Honorários contratuais/particulares são aqueles fixados entre cliente e


advogado. Honorários de Sucumbência são fixados pelo Poder Judiciário, onde o devedor
será a parte que perdeu (vencida na ação) e quem recebe o crédito (credor) será o
advogado da parte que ganhou (vencedora).

O advogado tem o direito de receber honorários contratuais (do seu cliente) e de


sucumbência (da parte vencida) – um não afasta o outro.

Honorários “quota litis”: é forma de contratação de honorários entre advogado e cliente


(contratuais então), onde fica acertado que o advogado receberá um percentual sobre o
sucesso/resultado na demanda (ação) – objetivamente, um percentual sobre os valores
recebidos pelo cliente.
FILOSOFIA
DO DIREITO
Aristóteles: Aristóteles em sua teoria ética trabalha com as virtudes, que significa agir com
equilíbrio, uma espécie de meio termo. Já sobre justiça, Aristóteles aponta que há a justiça
distributiva (proporcional ao mérito da pessoa) e a comutativa (igualdade entre as partes
perante a lei). São Tomás de Aquino, por sua vez, usa bases muito semelhantes as de Aristóteles.

Maquiavel: propõe a separação entre política e a moral cristã da época - o governante pode
praticamente qualquer coisa para permanecer no poder e garantir o bem do Estado.

Contratualistas: autores que teorizam o surgimento do Estado e das relações de poder


neste. Filósofos que seguem a linha: Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau.
Thomas Hobbes: trabalha com a ideia que existia um estado de natureza, um momento
antes da sociedade, e que a vida era ruim, pois o homem era o lobo do próprio homem.
John Locke: aborda que a vida no estado de natureza não era ruim, pois existiam direitos
naturais (jusnaturalismo), o que faltava era um sistema de julgamentos, um poder
coercitivo etc.
Jean-Jacques Rousseau: trabalha com a ideia de que o homem nasce bom e a sociedade
o corrompe. É preciso, portanto, por meio o Contrato Social, encerrar essa sociedade desigual
e inaugurar uma nova, regida pela noção de vontade geral.

Kant: lembrar do imperativo categórico: agir de modo a tornar sua ação uma lei universal – algo
que tenha validade em qualquer lugar por simplesmente ser o certo a se fazer. Kant está
preocupado com a validade da ação e não com os resultados, diferente dos utilitaristas, que
entendem que o importante é o resultado da ação e não ela por si mesma.

John Rawls: trabalha a ideia da justiça como equidade. O autor discorre como uma sociedade,
em seus primórdios, elegeria os seus princípios de justiça. Entende que haveria um consenso,
caso todo estivessem usando um véu da ignorância, ou seja, se cada um não soubesse de sua
condição no debate. Assim, as pessoas buscariam princípios que seriam bons para todos em
qualquer situação. É um dos autores utilizado pelo STF para decidir sobre a constitucionalidade
de cotas raciais.
DIREITO
CONSTITUCIONAL
Poder constituinte: Poder Constituinte: subdivide-se em Originário (que cria a Constituição) e
derivado, isto é, que deriva da Constituição. O Poder Constituinte Derivado pode ser subdividido
em Reformador (altera a Constituição); Derivado (poder que os Estados-membros possuem de
criar suas Constituições) e Revisor (altera a Constituição por um procedimento mais fácil).
 
Cláusulas pétreas: não podem ser retiradas ou sofrerem modificações restritivas, apenas
ampliativas, e são: a forma federativa de Estado, o voto direto secreto, universal e periódico, a
separação de poderes e os direitos e garantias fundamentais.
 
Mutação constitucional:  o sentido - não o texto - da Constituição é alterado devido às
mudanças que ocorrem na sociedade, cabendo aos tribunais reconhecê-lo.
 
Fenômenos constituição: recepção, repristinação (renascimento de uma regra revogada - não
ocorre quando do conflito entre leis, mas ocorre quando a lei revogadora é declarada
inconstitucional) e desconstitucionalização (a Constituição anterior seria recebida como lei
ordinária pela nova - não está prevista na Constituição atual).

Direitos fundamentais: O artigo 5º é meramente exemplificativo e não taxativo.       


Os direitos sociais que estão dispostos no art.6º da CF demandam serviços públicos e
políticas públicas para sua concretização. Foram acrescidos por emenda o direito à moradia,
alimentação e recentemente o transporte.
 As limitações a direitos fundamentais podem ser expressas e não expressas.. Para saber se
temos a proteção ao exercício do direito, precisamos considerar as limitações existentes, ou
seja, se não há direito fundamental que chegue a tempo para nos proteger da prática de um
ato ilícito.

Habeas data: ação que busca a tutela de informação pessoal do impetrante quando há
negativa administrativa o detentor de dados.
Ação popular: ação que busca a tutela do patrimônio público, com a particularidade que seu
autor deverá ser cidadão no usufruto de seus direitos políticos·

Ação Civil Pública: ação que protege direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos,
tendo como autor entes públicos e associações;

Mandado de Injunção: ação que visa tornar efetivo direito previsto na Constituição mas que
está inviabilizado por falta de norma regulamentadora·

Mandado de segurança: ação que busca a rápida tutela de direitos líquidos e certos em face
do poder público.

Ação Direta de Inconstitucionalidade: ação que tramita no STF visando à declaração de


inconstitucionalidade de norma primária federal ou estadual.

Ação Direta Interventiva: ação de controle abstrato e concentrado de constitucionalidade


que tramita no STF, movida pelo Procurador-Geral da República, visando à instalação de
intervenção federal para assegurar o cumprimento de princípios constitucionais sensíveis.

Incidente de deslocamento: ação que tramita no STJ, movida pelo Procurador-Geral da


República, visando deslocar a competência da Justiça Estadual para a Federal, em caso de
grave violação de direitos humanos não atendida por ineficiência do poder local.

Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão: ação de controle abstrato e


concentrado de constitucionalidade processada no STF visando suprir a omissão na
regulamentação de norma constitucional·

Ação Declaratória de Constitucionalidade: ação de  controle abstrato e concentrado de


constitucionalidade movida no STF, quando presentes relevante e atual controvérsia judicial,
com o objetivo de declarar a constitucionalidade de uma norma federal·

Arguição de descumprimento de preceito fundamental: ação movida no STF visando


reprimir inconstitucionalidades e assegurar preceitos fundamentais; cabe nas situações onde
não são utilizáveis as demais ações de controle concentrado.
Capacidade eleitoral ativa: Exercita-se o sufrágio ativo através do VOTO.

Pressupostos do voto:
a) Alistamento eleitoral na forma da lei (título eleitoral);
b) Nacionalidade Brasileira: estrangeiros não podem se alistar como eleitores (art. 14, §2º, da CF).
c) Idade mínima de 16 anos (art. 14, §1º, II, “c”, da CF);
d) Não ser conscrito durante o serviço militar obrigatório.

 Voto: Direto, Secreto, Universal e periódico.


É cláusula pétrea (art. 60, §4º, II, da CF).
OBRIGATÓRIO: para maiores de 18 e menores de 70 anos de idade;
FACULTATIVO: para maiores de 16 e menores de 18 anos de idade; analfabetos; e maiores
de 70 anos de idade.
 
Capacidade eleitoral passiva: São condições de elegibilidade, art. 14, §3º, da CF/88, na forma
da lei:
→ Nacionalidade brasileira;
→ Pleno exercício dos direitos políticos;
→ Alistamento eleitoral;
→ Domicílio eleitoral na circunscrição;
→ Filiação partidária.
 
Secessão: O que seria secessão? Seria a possibilidade de um Estado desligar-se da Federação,
contudo, como os Estados –Membros são autônomos e não soberanos,
Não existe tal possibilidade, que somente poderia ser vislumbrada numa confederação. Daí
de ser dizer que a União dos Estados é indissolúvel e constitui-se cláusula pétrea na CF/88.
Inelegibilidade: art. 14 §7°, da CF.
O cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção dos
chefes do executivo são inelegíveis dentro do território de jurisdição do titular do cargo eletivo
ou os parentes do que houver substituído o titular dentro dos 06 (seis) meses que antecedem
pleito.
Cônjuge é a pessoa com quem o titular do cargo eletivo é casado, e seus parentes até
segundo grau são:
1) netos e filhos de chefes do Executivo;
2) irmãos de chefes do Executivo;
3) pais e avós do chefe do Executivo;
4) sogro do chefe do Executivo;
5) cunhado do chefe do Executivo;
6) enteado do chefe do Executivo.
 
Processo legislativo: Atenção aos decretos! Temos na hipótese do art.  49 da CF e seus
incisos, o DECRETO LEGISLATIVO, de competência do Congresso Nacional.
No caso do art.  84, inciso IV, da CF, temos o DECRETO REGULAMENTAR, de competência
do chefe do Poder  Executivo.    
Em se tratando do art.  84,  inciso VI,  da CF, temos a figura do DECRETO AUTÔNOMO, de
competência do chefe do Poder Executivo.

Tribunal de Contas: Aparecem dentro do Poder Legislativo como órgãos independentes de


extração Constitucional. Cuidado com a distinção·        
No caso do art. 71, I da CF: Elaborar Parecer prévio sobre as contas de governo, anualmente.
As contas serão aprovadas ou reprovados pelo Congresso Nacional, mediante decreto
legislativo (maioria absoluta). No caso específico dos Municípios há um quórum maior,
quórum de 2/3 dos vereadores para não aprovar o parecer (art. 31, § 2º da CF).
No caso do inciso II a palavra é julgar: Se refere às contas de gestão. Possibilidade de
imputação de multa e de débito diretamente pelo Tribunal de Contas, a quem quer que
cause prejuízo ao erário.
DIREITOS
HUMANOS
Tribunal Penal Internacional: Tribunal Penal Internacional julga pessoas que cometem crime
de relevância internacional: Crimes de Genocídio, Agressão, Guerra e Crime contra a
humanidade.

Controle de Convencionalidade: O controle de convencionalidade serve para ajustar a


interpretação de uma norma internacional a legislação nacional ou ajustar a interpretação de
uma norma nacional a uma regra internacional.

Pacto de São José da Costa Rica: O Pacto de São José da Costa Rica possui força supralegal
(força que está acima das leis e abaixo da Constituição). Atenção a Súmula vinculante nº 25.

Vulneráveis clássicos:  Negros, Mulheres, Índios, Pessoas com deficiência, Crianças,


Adolescentes e Idosos.

Incidente de deslocamento de competência: é pedido pelo Procurador Geral da República


ao Superior Tribunal de Justiça quando houver grave violação de direitos humanos para
garantir o cumprimento de obrigações assinadas pelo Brasil em tratados internacionais de
direitos humanos.
DIREITO
INTERNACIONAL
Fontes de Direito Internacional: Costumes, Tratados, Princípios Gerais de Direito. O Acordo é a
fonte principal de Direito Internacional.

Direito Internacional Privado: LINDB (Decreto 4.657/42) Art. 7º, domicílio (Direito de família,
personalidade jurídica, capacidade e nome); Art. 9º, local da constituição (negócios jurídicos e
obrigações); Art. 15 (Homologação de Sentença Estrangeira).

Pressuposto do Direito Internacional Público: Soberania, Manifestação da Vontade, Pacta


Sunt Servanda.

Incorporação dos Tratados: Presidente assina, competência privativa do Presidente da


República e o Congresso Nacional referenda. O Congresso faz um processo legislativo para
referendar, podendo se dar de forma comum ou de forma específica.

Personalidade de Direito internacional: Estados, Organismos Internacionais e as Pessoas.

Brasileiro Nato e Naturalizado: O brasileiro nato (nascido no Brasil) poderá perder a


nacionalidade, caso adquira outra nacionalidade que não seja originária. Hipóteses de Brasileiros
Naturalizados:
Naturalização Ordinária (residência no mínimo de 4 anos no Brasil, maioridade, dominar a
língua portuguesa e não ter condenação criminal ou se já teve, estar reabilitado),
Naturalização Extraordinária (residência no mínimo de 15 anos e não ter condenação penal),
Naturalização Especial (exige todos os outros critérios, exceto o critério residência) e
Naturalização Provisória (para estrangeiro admitido no Brasil durante os primeiros dez anos de
vida, estabelecido definitivamente no território nacional.).

Deportação: Deportação (consiste em uma irregularidade administrativa), Expulsão (o


estrangeiro cometeu o crime no Brasil e ele é mandado embora do país) e Extradição (extradito
estrangeiro que cometeu crime no exterior e está no Brasil).
DIREITO
TRIBUTÁRIO
Normas Gerais de Direito Tributário:  as normas gerais de direito tributário serão de
competência da União na forma do art. 24, § 1º, da CF e somente poderão ser criadas mediante
lei complementar na forma do art. 146, III, da CF. Assim se lhe perguntarem na prova: ente
competente poderá determinar através de lei própria prazo diverso daqueles descritos no CTN
para que ocorra prescrição e/ou decadência? A resposta é não.
 
Imunidade Tributária: as entidades de assistência social sem fins lucrativos, uma vez atendidos
os requisitos, além de gozarem de imunidade no tocante aos impostos, também não irão pagar
contribuições de seguridade social (PIS/COFINS/INSS) na forma do art. 195, § 7º, da CF.
 
Repetição de Indébito Tributário:  na forma do art. 168, I, do CTN, o contribuinte e/ou o
responsável terá prazo de 5 (cinco) anos para reaver tributos malsatisfeitos, contados do
pagamento indevido, seja para buscar restituição administrativa ou judicial. Tal restituição
poderá ocorrer mediante compensação (encontro de contas) ou pagamento em dinheiro.
 
ICMS: para que ocorra o fato gerador do ICMS faz-se necessário que o contribuinte e/ou
responsável realize a circulação de mercadoria (modificação de propriedade) de forma habitual.
Logo, a seguradora de veículos quando realiza a venda de veículos sinistrados não terá de pagar
o ICMS, visto que sua atividade habitual não é vender veículos, mas sim, vender seguros. Tudo
isto na forma da Súmula Vinculante 32 do STF.
 
ISSQN: será fato gerador do ISSQN a prestação de serviço descrita na lista anexa da LC 116/03, ou
seja, trata-se de obrigação de fazer. Logo, quando da locação de bem móvel, não haverá fato
gerador deste imposto visto que tal serviço consiste em obrigação de dar e não de fazer. Tal
entendimento encontra-se respaldado através da Súmula Vinculante 31 do STF.

Suspensão da Exigibilidade: uma vez ocorrida quaisquer das hipóteses descritas no artigo 151
do CTN e não apresentando o contribuinte e/ou responsável quaisquer outro débito tributário
perante o mesmo ente público, mesmo que inscrito em dívida ativa, será lícito a emissão de
certidão positiva com efeito de negativa na forma do art. 206 do CTN.
 
DIREITO
ADMINISTRATIVO
Estado: sempre que o estado tiver alguém sobre sua custódia, guarda ou proteção (estado na
posição de garantidor) responderá por omissão específica. A responsabilidade será objetiva em
razão da sua posição de garantidor da integridade física.

Nepotismo: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por


afinidade, até o terceiro grau, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda,
de função gratificada na administração

Atenção! Essa regra não se aplica aos cargos políticos (secretários estaduais, municipais e
ministros de estado).

Modalidades de Licitações:
Concorrência: usada para contratos de vulto, de acordo com valores estabelecidos na lei
(modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto).
Tomada de preços: é usada para contratos de valor médio, com participação de
interessados já cadastrados ou que se cadastrem até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas (observada a necessária qualificação). Nos casos em que couber
tomada de preços, a Administração poderá utilizar a concorrência.
Convite: é a licitação adequada para valores menores, com a convocação de três
interessados, no mínimo, cadastrados ou não, podendo também participar os cadastrados
que manifestarem seu interesse 24 horas antes da apresentação das 91 propostas. Nos casos
em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer
caso, a concorrência.
Concurso: é a licitação para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, com a
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.
Leilão: serve para a venda de bens móveis inservíveis e de produtos apreendidos ou
penhorados, bem como de imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou de dação em
pagamento em que seja útil a alienação.
Pregão: criada pela Lei 10.520/02, destina-se à aquisição e contratação de bens e serviços
comuns, podendo se realizar por intermédio dos recursos da tecnologia da informação.

Sanções por ato de improbidade: Poderão ser aplicadas cumulativamente e independem da


efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, basta a prática da conduta para que o agente
seja responsabilizado por ato de improbidade, independente do resultado alcançado. Exceção:
quanto ao ressarcimento ao erário, que só será aplicado quando houver efetivo prejuízo ao
patrimônio público.

invalidação de Ato Administrativo: Pelo Princípio da Autotutela, a própria Administração,


independente de provocação, deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos. Já o Poder Judiciário, em sua atividade jurisdicional, desde que provocado,
somente pode anular, considerando que não pode fazer análise de conveniência e oportunidade
(mérito) dos atos administrativos.

Abuso de Poder: Pode se manifestar de 2 formas:


Excesso de Poder – quando o gestor atua fora dos limites de sua competência; ou
Desvio de Poder – quando o gestor exerce suas competências, mas para alcançar finalidade
diversa da definida em lei.

Processo Administrativo: O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual
poderá exercer o juízo de retratação; se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, encaminhará o
recurso à autoridade superior.

Acumulação de Cargos Públicos: Nos casos autorizados, constitucionalmente, de acumulação


de cargos, empregos e funções, a observância do teto constitucional pressupõe consideração de
cada um dos vínculos formalizados e não ao somatório dos ganhos do agente público.
DIREITO
AMBIENTAL
Bem de uso comum do povo: O art. 225, caput, da CF, dispõe que todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo. Contudo, lembre-se que
“bem de uso comum do povo”, no artigo 225, não significa o “bem público de uso comum”
referido no artigo 99, I, do CC, e sim que todos têm direito a um meio ambiente
ecologicamente equilibrado.

Proteção da Biodiversidade: O art. 225, §1º, II, diz que incumbe ao Poder Público preservar a
diversidade e a integridade do patrimônio genético do País. Para proteger o patrimônio
genético (informações de origem genética em espécies vegetais, animais, fungos, microbianas)
é preciso proteger a biodiversidade (variedade de espécies).

Proteção do Patrimônio Genético: Sobre a proteção do patrimônio genético, a Lei 13.123/2015


determina que compete a União a gestão, o controle e a fiscalização das atividades
relacionadas ao patrimônio genético. A Lei também protege o conhecimento tradicional
associado e determina a repartição dos benefícios.

Principais espaços territoriais disciplinados em lei: O art. 225, §1º, III, da CF, dispõe que
incumbe ao Poder Público definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e
seus componentes a serem especialmente protegidos. Os principais espaços territoriais
disciplinados em lei são as Unidades de Conservação (Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza); a Área de Preservação Permanente e a Reserva Legal (Código
Florestal).

Tríplice responsabilização: As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente


sujeitarão os infratores à tríplice responsabilização: penal, administrativa e civil (obrigação de
reparar os danos causados).

Licenciamento ambiental: A construção, instalação, ampliação e funcionamento de


estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente
poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de
prévio licenciamento ambiental.
DIREITO CIVIL
PARTE GERAL
Personalidade Jurídica: é a aptidão para titularizar direitos e contrair obrigações. Ela inicia
com o nascimento com vida, mas a lei protege os direitos do nascituro desde a concepção.

Emancipação:   é uma forma de aquisição da capacidade civil antes da idade legal. Ela
antecipa a aquisição da capacidade de fato, mas o indivíduo não deixa de ser menor, ou seja,
segue sendo aplicado a ele o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Incapacidade: As pessoas que não possuem a capacidade de fato têm capacidade limitada e
são chamadas de incapazes. As incapacidades podem ser absolutas ou relativas. A
incapacidade absoluta impede que a pessoa exerça por si só o direito, ou seja, o ato só poderá
ser praticado pelo representante legal do absolutamente incapaz. Por outro lado, a
incapacidade relativa permite que o incapaz realize certos atos, desde que esteja assistido pelo
representante legal.

Relativamente e Absolutamente Incapaz: Se uma pessoa relativamente incapaz pratica


algum ato sem a devida assistência, esse ato será anulável, conforme dispõe o art. 171, I, do CC.
Já se um absolutamente incapaz realiza algum ato sem representação, o ato é nulo, nos
termos do art. 166, I, do CC.

Vícios nos Negócios Jurídicos: A manifestação da vontade nos negócios jurídicos deve ser
livre e de boa-fé. Contudo, os negócios jurídicos podem sofrer vícios, os quais atingem o plano
de validade dos atos. São vícios: erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo e fraude contra
credores – geram a anulação – simulação – gera a nulidade.

Prescrição: é a perda da pretensão de reparação do direito violado, em razão da inércia do


titular, dentro do prazo previsto pela lei. Prazos estão nos arts. 205 e 206, CC.

Decadência: é a perda do direito protestativo pela inércia do seu titular, que não o exerceu
dentro do período determinado pela lei. Prazos estão nos próprios dispositivos que preveem o
nascimento do direito.
DIREITO CIVIL
FAMÍLIA

Contrato de Namoro e União Estável: O contrato de namoro não tem validade, visto que,
independentemente do que venha a dispor, poderá haver o reconhecimento da união estável
se os requisitos para a sua constituição estiverem presentes, quais sejam: união pública,
contínua e duradoura com o intuito de formar família. A união estável, por ser um ato-fato
jurídico, não necessita da vontade das partes para a configuração.

União Estável: Na união estável incidem os impedimentos matrimoniais previstos no art. 1.521
do CC. Por outro lado, as causas suspensivas não impedem a ocorrência da união estável.

Casamento: O impedimento priva que o casamento seja celebrado entre certas pessoas. Se
realizado o matrimônio, o casamento será nulo. Já as causas suspensivas visam evitar a
realização do casamento. Se realizado, o matrimônio é válido, impondo a lei apenas sanções de
natureza econômica (o regime de bens será o da separação obrigatória de bens).

Reconhecimento de Paternidade: O reconhecimento voluntário de paternidade é ato


irretratável ou irrevogável, inclusive se feito em testamento (art. 1.610 do CC). Pode, contudo, ser
anulado, se eivado de vício de vontade, como erro, coação, ou se não observar as formalidades
legais (através da anulatória).

Obrigação Alimentar: A obrigação alimentar é um dever personalíssimo, devido pelo


alimentante, em razão de vínculo de parentesco, conjugal ou convivencial que o liga ao
alimentado. Para a sua fixação, deve ser observado o binômio necessidade x possibilidade.

Alimentos Gravídicos: É possível a fixação de alimentos gravídicos, fixados à mulher para que
possa atender às suas necessidades especiais. Os alimentos gravídicos são convertidos
automaticamente em alimentos provisórios após o nascimento da criança.
DIREITO CIVIL
SUCESSÕES

Ápice da Sucessão: A sucessão se abre com o óbito. No exato momento da morte há a


abertura da sucessão e a transmissão da herança (bens, dívidas, créditos e obrigações) deixada
pelo falecido aos herdeiros (princípio da saisine).

Pressupostos de Sucessão: Não há herança de pessoa viva, embora possa ocorrer a sucessão
provisória do ausente. São, portanto, pressupostos da sucessão: que o de cujus tenha falecido e
que lhe sobreviva herdeiro.

Herdeiros necessários: Não havendo herdeiros necessários, há liberdade plena de testar.


Havendo herdeiros necessários, somente é possível testar 50% da herança (excluída meação). A
outra metade constitui-se da legítima dos herdeiros.

Ruptura do Testamento: Ocorre a ruptura do testamento quando há a superveniência de um


herdeiro necessário após a realização do ato de manifestação da vontade do autor da herança.
Neste caso, o testamento não será cumprido e a sucessão será toda pela legítima, conforme o
art. 1.829, CC.

Revogação e Rompimento do Testamento: Enquanto a revogação do testamento depende


da vontade do testador o rompimento independe de sua vontade, sendo determinado pela lei.

Renúncia e efeitos da Renúncia: A renúncia da herança é o ato solene pelo qual a pessoa,
chamada à Sucessão de outra, declara que não aceita. Os efeitos da renúncia retroagem a data
da abertura da sucessão. Não se presume, pois é negócio formal e não está sujeita a condição
ou termo.
DIREITO CIVIL
CONTRATOS

Doação: A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge,
ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal.

Resilição:  A Resilição não deriva de inadimplemento contratual, mas somente de


manifestação de vontade, que pode ser bilateral ou unilateral.

Preempção: A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao


vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu
direito de prelação na compra, tanto por tanto.

Doação: É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a
subsistência do doador.

Comodato: O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a


tradição do objeto. O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas
feitas com o uso e gozo da coisa emprestada.

Mútuo: O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao


mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Este
empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, por cuja conta correm
todos os riscos dela desde a tradição.
DIREITO CIVIL
COISAS
Legitimidade para pleitear a Usucapião: Só o possuidor é legitimado a pleitear a usucapião, o
detentor não.

Usucapião: tipos de usucapião no CC.


Usucapião Extraordinária: Para a usucapião extraordinária (art. 1.238 do CC), somente é
necessário o preenchimento dos requisitos gerais (posse mansa, pacífica, com ânimo de
proprietário) e o tempo estabelecido em lei. Regra: 15 anos – caput. Exceção: 10 anos - § único:
Moradia ou realização de obras de caráter produtivo.

Usucapião Ordinária: Para a usucapião ordinária (art. 1.242 do CC) é necessário justo título e
boa-fé e o tempo estabelecido em lei. Regra: 10 anos. Exceção do § único: Prazo de 05 anos
se adquirido onerosamente, registrado no Registro de Imóveis e cancelada posteriormente a
venda e nele estabelecido a moradia ou realizado investimento de caráter econômico ou
social.

Usucapião Especial Rural: Para a usucapião especial rural (art. 1.239 do CC) é
necessário possuir como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra
em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu
trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia.

Usucapião Especial Urbana: Para a usucapião especial urbana (art. 1.240 do CC) é
necessário possuir como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área urbana
de até duzentos e cinquenta metros quadrados, utilizando-a para sua moradia ou de
sua família. Além disso, não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Usucapião Especial Familiar: Para a usucapião especial familiar (1.240-A é necessário


que: imóvel de propriedade que dividia com o cônjuge ou companheiro; abandono de
lar; 2 anos ou mais o cônjuge – companheiro possui o imóvel integralmente, como se
seu fosse; não pode ser proprietário de outro imóvel; área de até 250 metros quadrados
e utilizar como sua moradia.
DIREITO CIVIL
OBRIGAÇÕES

Cessão de crédito: A cessão de crédito opera-se por negócio jurídico celebrado entre o credor
originário, chamado de cedente, que transfere o crédito, e o novo credor, chamado de
cessionário, que o recebe. O ato pode ser gratuito ou oneroso.

Cláusula Penal: é obrigação acessória conceituada como a penalidade, de natureza civil,


imposta pela inexecução parcial ou total de um dever patrimonial assumido.

Obrigação de dar coisa certa: na obrigação de dar coisa certa o credor não é obrigado a
receber coisa diversa, ainda que mais valiosa, conforma artigo 313, do CC.

Obrigação de fazer infungível: de natureza personalíssima, só pode ser executada pelo


devedor. Se o devedor não a executar, ocorre a conversão em obrigação de indenizar.

Obrigação solidária: há solidariedade quando na mesma obrigação concorrer mais de um


credor, ou mais de um devedor, cada com direito ou obrigado à dívida toda. A solidariedade
não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes.

Pagamento em consignação: considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito


judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.

Sub-rogação: ocorre a sub-rogação pessoal ativa quando terceiro efetua o pagamento no lugar
do devedor. O devedor originário não pagou a obrigação e continuará obrigado perante o
terceiro que efetivou o pagamento.
DIREITO CIVIL
RESPONSABILIDADE CIVIL

Dano: O dano pode ser material (que se subdivide em dano emergente e lucro cessante),
moral, estético ou aquele causado pela perda da chance.

Dano moral presumido: é aquele que decorre da gravidade do evento danoso. São exemplos
de situações que geram dano moral presumido: lesão física grave, negativação indevida em
cadastro de proteção ao crédito, devolução indevida de cheque e publicação não autorizada de
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais

Hospedarias: As hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro são


responsáveis pela reparação civil dos danos causados por seus hóspedes. Ex: um hóspede do
hotel arremessa algum objeto pela janela e atinge alguém. A vítima, neste caso, poderá buscar a
responsabilidade do Hotel.

Responsabilidade por fato de terceiro: A responsabilidade por fato de terceiro é solidária


(entre causador e responsável). Exceção: o incapaz responde subsidiariamente, conforme art.
928 do CC (se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não
dispuserem de meios suficientes).

Responsabilidade do condomínio: No caso de algum objeto cair ou ser lançado de


condomínio edilício, não sendo possível identificar de qual unidade, responderá o condomínio
pelo dano, sendo assegurado o direito de regresso.
DIREITO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Idade para aplicação do ECA: O ECA pode ter aplicação EXCEPCIONAL para pessoas até 21
anos de idade, nos casos de ato infracional com medida socioeducativa de internação, se o
adolescente atingir maioridade durante o seu cumprimento. Ocorrerá a liberação compulsória
quando completar 21 anos (Art. 2º, parágrafo único, art. 120, §2º e artigo 121, §5º, do EAC).

Adoção:  Em relação às mulheres que desejam entregar seus filhos para adoção, estas serão
obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude,
de acordo com o artigo 13, §1º, do ECA. Incorre em sanção administrativa, o médico, enfermeiro,
dirigente de estabelecimento de saúde ou funcionário de programa oficial ou comunitário
destinado à garantia do direito à convivência familiar, que deixar de encaminhar (art. 258-B,
ECA).

Trabalho infantil: O artigo 60, do ECA, possui uma redação confusa, traz em sua redação que
“é proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de
aprendiz”, essa redação nos faz pensar que é possível o trabalho antes dos quatorze anos, se for
na condição de menor aprendiz, mas esse NÃO é o entendimento correto! A partir da leitura do
artigo 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal, podemos perceber que a idade mínima é de 14
anos, trabalho na condição de aprendiz, sendo que crianças e adolescentes até 14 anos
incompleto NÃO PODEM TRABALHAR.

Vendas proibidas:  É proibida a venda às crianças e adolescentes, de armas, munições,


explosivos, bebidas alcoólicas, produtos que possam causar dependência física ou psíquica,
fogos de estampido e de artifício (exceto de reduzido potencial ofensivo), revistas e publicações
inadequadas, bilhetes lotéricos e equivalente, segundo o artigo 81, do ECA.

Acolhimento Institucional ou Familiar: O acolhimento institucional ou familiar é medida


excepcional, antes desta hipótese é necessário avaliar a possibilidade de afastar o agressor do
convívio familiar ou da colocação da criança ou adolescente em família extensa.
DIREITO
DO CONSUMIDOR
Relação de Consumo: O Código de Defesa do Consumidor é aplicado quando houver relação
de consumo, ou seja, aquela entre um consumidor e um fornecedor.

Consumidor padrão: é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final (art. 2º, caput, do CDC).

Fornecedor: é aquele desenvolve uma atividade profissional (art. 3º do CDC).

Coletividade equiparada a consumidor: Equipara-se a consumidor a coletividade de


pessoas, ainda que indetermináveis, que esteja sofrendo efeitos de uma relação de consumo.
(art. 2º, § único, do CDC).

Vítima de acidente de consumo: Todas as vítimas das relações de consumo se equiparam a


consumidores (art. 17 do CDC).
Não é necessário ser contratante ou usuário, se for vítima de um acidente de consumo
pode ingressar com ação como se fosse consumidor. Exemplo: um corredor que tinha
chance de ser campeão em uma competição sofre um acidente quando está treinando na
rua, sendo atingido por um ônibus. O ônibus era de transporte de passageiros (fornecedor)
e os passageiros eram consumidores. Em função desse acidente, o corredor (terceiro) sofreu
um dano. Dessa forma, o corredor pode ingressar com a ação contra a empresa, com base
no direito do consumidor.

Práticas comerciais: Equiparam-se a consumidor as pessoas expostas às práticas comerciais


(art. 29 do CDC). Ex: pessoa negativada indevidamente sem ter relação jurídica nenhuma com
o fornecedor.
Pessoa Jurídica: A pessoa jurídica, por não se enquadrar perfeitamente no conceito de
destinatária final, para ser considerada consumidora, precisa ser vulnerável na relação
específica.

Responsabilidade Civil: A responsabilidade civil nas relações de consumo é objetiva e


fundamentada na teoria do risco (a única exceção é a responsabilidade dos profissionais
liberais por fato do serviço).

Responsabilidade por Vício: A responsabilidade por vício é sempre solidária. Ex: se comprei
um celular e ele não está funcionando corretamente, posso reclamar tanto do comerciante,
quanto do fabricante.

Comerciante: O comerciante somente responde por fato do produto nas situações previstas
no art. 13 do CDC, ou seja, no caso dos produtos comprados sem identificação do fabricante,
com identificação deficiente ou por não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Ex: produtos vendidos a granel.
DIREITO
EMPRESARIAL
Empresário individual: O empresário individual é aquele que exerce atividade econômica
organizada de modo profissional, para produção ou circulação de bens ou serviços.

Estabelecimento: O estabelecimento é o complexo de bens organizados para a atividade do


empresário ou da sociedade empresária.

Sociedade empresarial:  Em regra, a sociedade empresarial possui pluralidade de sócios,


exceto quando se tratar de subsidiária integral da Lei de Sociedade Anônima e Sociedade
Limitada Unipessoal.

Empresário incapaz: O empresário poderá ser incapaz quando receber a atividade


empresarial por sucessão ou quando ocorrer a incapacidade superveniente.

Marca e nome empresarial: Marca é bem da propriedade industrial, sendo protegida


nacionalmente. Já o nome empresarial é protegido no estado da federação onde há o
registro, podendo ser em firma ou denominação.

Nome empresarial:  Sendo uma Sociedade LTDA, Comandita por Ações ou EIRELI, estas
poderão se utilizar tanto da modalidade firma como da denominação.
PROCESSO
CIVIL
Ação monitória: A ação monitória tem por objetivo conferir força executiva a títulos e
documentos que não a possuem, exigindo prova escrita ou prova oral documentada
produzida mediante produção antecipada de provas. O credor poderá propor a ação
monitória, através de prova documental, objetivando o pagamento de quantia em dinheiro, a
entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel, bem como o
adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. Nesta ação a defesa ocorre por meio
de embargos monitórios e não por meio de contestação.

Indeferimento da inicial: gera extinção do processo sem resolução do mérito

Decisão interlocutória de juiz de primeira instância: A Decisão interlocutória de juiz de


primeira instância é aquela que não põe fim ao processo. Cabe Agravo de Instrumento,
conforme artigo 1.015 do CPC. Já da decisão terminativa ou definitiva, que extingue o
processo, cabe Apelação, nos termos do artigo 1.009, do CPC. Observar que qualquer matéria
do artigo 1.015 do CPC que for decidida na SENTENÇA o recurso será Apelação.

Improcedência liminar dos pedidos: gera extinção do processo com resolução do mérito
Obs: improcedência liminar de algum(s) pedido(s) e prosseguimento da ação quanto aos
demais acontecerá por decisão interlocutória (ou seja, não haverá extinção neste caso)

Valor da Causa: Deve constar obrigatoriamente da Petição Inicial e da Reconvenção


(contestação e recursos não têm valor da causa). Para fixação do valor da causa deve ser
levado em consideração o valor dos pedidos.

Agravo de Instrumento: Não cabe Agravo de Instrumento do deferimento de justiça


gratuita, cabe apenas da decisão que rejeita o pedido ou, então, do acolhimento do pedido
de sua revogação. Lembrando que o pedido de gratuidade pode ser solicitado no recurso
também.
Petição inicial incompleta: Na petição inicial incompleta o juiz deverá mandar emendar no
prazo de 15 dias (indicando o que deve ser consertado). Se o autor não emendar, ocorrerá o
indeferimento da petição inicial. A decisão que indefere a inicial é uma sentença. O
indeferimento gera a extinção sem resolução do mérito.

Audiência de mediação ou conciliação:  A realização da audiência de mediação ou


conciliação é a regra (ou seja, o réu vai ser citado para comparecer nesta audiência).
Excepcionalmente, o juiz poderá mandar citar para contestar, quando entender que não é o
caso de autocomposição (situação que não ocorrerá a audiência de mediação/conciliação
por determinação do juízo – art. 334, parágrafo quarto, II). Existe uma segunda possibilidade
da audiência não ser realizada: se ambas as partes se manifestarem, expressamente, o
desinteresse (tal desinteresse deve ser expressamente fixado pelo autor na inicial; já o réu
deverá fazê-lo por simples petição até dez dias antes da audiência).

Audiência de Mediação e Conciliação: O não comparecimento injustificado na audiência


de mediação e conciliação gera multa de até 2% da vantagem econômica pretendida ou do
valor da causa. Lembre-se que a parte poderá mandar um representante para esta audiência,
desde que ele tenha procuração específica com poderes para negociar e transigir.

Contestação: O prazo para contestar é de 15 dias e ele começa a correr, em regra, da data da
audiência de mediação ou conciliação ou do protocolamento de cancelamento da mesma.
Atenção: se houve litisconsorte, o prazo da contestação começa a contar individualmente do
protocolamento de cada pedido de cancelamento dos réus.
Se o réu for citado para contestar, o prazo começa a correr a partir da juntada do
comprovante citatório aos autos.

Tutela provisória: Divide-se em urgência ou evidência. A urgência exige a probabilidade do


direito e a possibilidade de dano irreparável ou de difícil reparação. A urgência se divide em
cautelar (urgência incidindo sobre direito processual) e antecipada (urgência incidindo sobre
direito processual).
Estabilização da tutela: decorrente do deferimento da tutela provisória de urgência antecipada
antecedente (quando não existir recurso contra tal decisão).

Intervenção de terceiros:
Assistência – interesse jurídico na decisão
Denunciação da lide – garantia do direito de regresso
Chamamento ao processo – fiança ou responsabilidade solidária
Amicus Curiae – repercussão social
Desconsideração da Personalidade Jurídica – atingir patrimônio do sócio

Julgamento antecipado dos pedidos: desnecessidade de instrução, de produção de provas.


Total – sentença (extinção do processo)
parcial – decisão interlocutória (processo prossegue quanto ao pedido não julgado, o qual
necessita de produção de provas)

Execução de título extrajudicial: art. 784


Petição Inicial – recebimento (art. 827), com fixação de honorários de dez por cento
Citação para pagar em três dias (art. 829)
Caso ocorra o pagamento no prazo do 829, haverá a redução pela metade dos honorários (art.
827, parágrafo primeiro). A partir da citação, o devedor terá a oportunidade de embargar no
prazo de 15 dias.
No prazo de embargos, o devedor tem direito de parcelar a dívida (30% de entrada e o saldo
parcelado em no máximo seis prestações) – sobre tal parcelamento o credor não pode se opor,
já que é direito do devedor.

Execução de título judicial: Cumprimento de sentença Título – art. 515


Requerimento – intimação do devedor para pagar em 15 dias
Não ocorrendo o pagamento voluntário (no prazo de 15 dias), incidirá multa de 10% e
honorários de 10%
Ocorrendo o pagamento parcial, a multa e os honorários incidirão sobre o saldo não pago.
Encerrado o prazo de pagamento voluntário, começa a correr automaticamente o prazo de 15
dias para Impugnação. Não existe embargos o cumprimento de sentença. Não incide o direito
a parcelamento no cumprimento de sentença (parcelamento somente poderá acontecer
com autorização do credor).
Ação Rescisória:
Atacar coisa julgada, o prazo é de dois anos do trânsito em julgado e somente pode ser usada
com fundamentos nos requisitos do art. 966.

Coisa Julgada:
Torna imutável e indiscutível a decisão judicial e acontece após o prazo recursal – caso não
tenha sido interposto recurso.
DIREITO
PENAL
Crimes Omissivos: É subdividido em próprio e impróprio. Nos crimes omissivos
próprios o delito se consuma quando há desobediência ao dever de agir. O resultado
que eventualmente surgir dessa omissão será irrelevante para a consumação do crime,
podendo apenas configurar uma majorante ou uma qualificadora. Ex.: Omissão de
socorro – art. 135 do CP. Já os crimes omissivos impróprios, o agente tem a obrigação de
agir para evitar um resultado. Há um crime material, isto é, um crime de resultado.
Ocorre nos casos em que a lei impõe ao agente a obrigação de cuidado, proteção ou
vigilância; ou quando o agente assume a responsabilidade de impedir o resultado; ou
quando, com o comportamento anterior, o agente cria o risco da ocorrência do
resultado. Ex.: salva-vidas, com relação aos banhistas.

Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz: A desistência voluntária consiste numa


abstenção de atividade: o sujeito cessa o seu comportamento delituoso. Não esgota os meios
executórios. Ex.: ladrão, dentro da residência da vítima e prestes a subtrair-lhe valores, desiste
de consumar o furto e se retira. Já o arrependimento eficaz ocorre entre o término dos atos
executórios e a consumação. O agente, nesse caso, já fez tudo o que podia para atingir o
resultado, mas resolve interferir para evitar a sua consumação. Após esgotar os meios
executórios desenvolve uma nova atividade, a fim de evitar a consumação do delito. Ex.:
agente ministra veneno na vítima, esgotando os meios executórios, com a intenção de matá-
la. Todavia, antes da morte da vítima, arrepende-se e entrega o antídoto à vítima, evitando,
assim, o resultado.

Erro de Tipo e Erro de Proibição: O erro de tipo é o erro que recai sobre um dos elementos
constitutivos do tipo penal. Há uma falsa percepção da realidade que cerca o agente. O
agente desenvolve uma conduta sem saber que está praticando um fato típico. Não sabe, em
função do erro, que está praticando uma conduta típica. Ex.: no crime de lesão corporal
seguida de aborto, o sujeito não responde por este crime se desconhecia o estado de gravidez
da vítima. É que neste caso ele supõe inexistente uma circunstância do crime (o estado de
gravidez da vítima), subsistindo o tipo fundamental doloso (lesão corporal leve). Já no erro de
proibição, o erro incide sobre a ilicitude do fato.
O sujeito, diante do erro, supõe lícito o fato por ele cometido. Ele sabe o que faz, mas supõe
inexistir a regra de proibição. Ex.: um jornal de grande circulação, por engano, divulga que o
novo Código Penal foi aprovado, trazendo como excludente de ilicitude a eutanásia. Um leitor
apressa a morte de um parente, crendo agir sob o manto da causa de justificação inexistente.
Trata-se de erro escusável.

Reincidência: É o cometimento de uma infração penal após já ter sido o agente condenado
definitivamente, no Brasil ou no exterior, por crime anterior. Ex.: o sujeito pratica um crime,
sendo processado e condenado. Não recorre, vindo a sentença transitar em julgado. Meses
depois, vem a praticar novo crime. É considerado reincidente uma vez que cometeu novo
delito após o trânsito em julgado de sentença que o condenou por prática de crime.

Concurso de Crimes: Caracteriza-se quando um ou mais agentes, em concurso de pessoas,


praticam vários crimes. Ocorre o concurso material quando o agente, mediante mais de uma
ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não (art. 69, caput, do CP). Ex: Se o
agente ingressa na residência da vítima, furta (pena fixada em 02 anos) e comete estupro
(pena fixada em 08 anos), terá, pelo sistema do cúmulo material, pena definitiva em 10 anos.
Já o concurso formal ocorre quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica
dois ou mais crimes (art. 70, caput, do CP).

Ex.: o agente, com um só tiro ou um golpe só, ofende mais de uma pessoa. Ele será perfeito
quando o agente pratica duas ou mais infrações penais através de uma única conduta.
Resulta de um único desígnio. E imperfeito quando há uma só ação, mas o agente
intimamente deseja os outros resultados ou aceita o risco de produzi-los. Quanto ao crime
continuado, ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois
ou mais crimes da mesma espécie, devendo os subsequentes, pelas condições de tempo,
lugar, maneira de execução e outras semelhantes, serem havidos como continuação do
primeiro.
Furto: No furto, previsto no art. 155 do CP, exige-se o dolo, consistente na vontade do agente
de subtrair coisa alheia móvel. É indispensável que o agente tenha a intenção de possuir a
coisa alheia móvel, submetendo-a ao seu poder, isto é, de não devolver o bem, de forma
alguma. Assim, se ele o subtrai apenas para uso transitório e depois o devolve no mesmo
estado, não haverá a configuração do tipo penal. Cuida-se na hipótese de mero furto de uso,
que não constitui crime, pela ausência do ânimo de assenhoramento definitivo do bem.

Roubo: no roubo, previsto no art. 157 do CP, a ação nuclear do tipo, identicamente ao furto,
consubstancia-se no verbo subtrair, que significa tirar, retirar, de outrem, no caso bem móvel.
Agora, contudo, estamos diante de um crime mais grave que o furto, na medida em que a
subtração é realizada mediante o emprego de grave ameaça ou violência contra a pessoa, ou
por qualquer outro meio que reduza a capacidade de resistência da vítima.

Peculato: previsto no artigo 312 do CP, constitui uma apropriação indébita, mas praticada por
funcionário público com violação do dever funcional. Antes de ser uma ação lesiva aos
interesses patrimoniais da Administração Pública, é principalmente uma ação que fere a
moralidade administrativa, em virtude de quebra do dever funcional.

Estupro: Constranger significa tolher a liberdade, forçar ou coagir. Nesse caso, o cerceamento


destina-se a obter a conjunção carnal. Ato libidinoso é aquele destinado a satisfazer a lascívia,
o apetite sexual do agente. Considerando que a conjunção carnal é a cópula vagínica, todos
os demais atos que servem à satisfação do prazer sexual são considerados libidinosos, tais
como o sexo oral ou anal, o toque em partes íntimas, a masturbação, o beijo lascivo, a
introdução dos dedos na vagina. Agora, tendo o legislador unificado os tipos penais do
estupro e do atentado violento ao pudor, passando a existir apenas o estupro e o estupro
contra vulnerável, haverá crime único, se praticado no mesmo contexto fático.
PROCESSO
PENAL
Inquérito Policial: Procedimento administrativo investigatório voltado para apontar a autoria
e prova da materialidade. Encerramento do IP, conforme art. 10 do CP: prazo de conclusão do
IP para réu preso: 10 dias; prazo de conclusão do IP para réu solto: 30 dias. Contexto de tráfico
de Drogas, Art. 51, Lei 11.343/06: prazo de conclusão do IP para réu preso: 30 dias; prazo de
conclusão do IP para réu solto: 90 dias. Justiça Federal: prazo de conclusão do IP para réu
preso: 15 dias, Art. 66, Lei 5.010/66; prazo de conclusão do IP para réu solto: 30 dias.
Características: Escrito e Sigiloso. Cuidado! Súmula Vinculante nº 14 do STF. Inquisitivo,
Indisponível e Dispensável.

Fase Investigatória: O Juiz não poderá basear a decisão apenas na coleta de elementos na
fase investigatória, salvo se a prova for cautelar, não repetível ou se for a prova antecipada.
Artigo 155 do Código de Processo Penal.

Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: art. 29 CPP - De regra, o crime é de ação penal
pública, contudo diante da inércia do MP surge a legitimidade do ofendido ou representante
ajuizar a ação penal privada subsidiária da pública. IP –> MP: requisitar diligência; promoção
arquivamento; oferecer denúncia. Prazo para oferecimento da denúncia, art. 46 CPP: 5 dias
réu preso; 15 dias réu solto. Se o MP, de posse do IP, não requisita diligência, não promove pelo
arquivamento e não oferece a denúncia no prazo, significa que MP ficou inerte, surge a
legitimidade para ofendido entrar com a ação penal privada subsidiária da pública.

Prova Ilícita:  A prova é ilícita quando há vício formal e não foi observada formalidade na
produção da prova.
A prova é ilícita quando viola o direito material ou princípio constitucional.
A Prova ilícita deverá ser desentranhada dos autos, conforme artigo 157 do Código de
Processo Penal.
Prova ilícita por derivação: art. 157, §1º, do CPP. A prova produzida isoladamente é válida,
porém se teve origem em prova ilícita, será prova ilícita por derivação. Ex: A prova
testemunhal foi produzida de forma lícita, porém teve origem em interceptação ilegal. Logo
será prova ilícita por derivação. E as duas provas deverão ser desentranhadas dos autos. Se a
prova possuir outra fonte, que seja independente e legal, a prova será válida. Art. 157, §2º, do
Código de Processo Penal.

Flagrante provocado ou preparado: Agente policial se aproxima do suspeito e o induz, ou


convence, ou provoca, ou instiga o início da execução do delito. O agente ao mesmo tempo
prepara para prendê-lo em flagrante, impossibilitando, de forma definitiva, que venha a
consumar o crime, pois será preso. O flagrado apenas praticou o delito porque o agente
policial o convenceu. Trata-se de Flagrante ilegal, conforme Súmula 145 do STF.

Prisão preventiva: Pode ser executada em qualquer fase, seja investigatória ou judicial.
Contudo, na fase investigatória não pode o juiz decretar a preventiva de ofício, somente
mediante representação da autoridade policial e a requerimento do Ministério Público. Para
ser decretada a prisão preventiva é preciso ter indícios de autoria e prova de materialidade,
além disso para garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica, conveniência da
instrução criminal ou para assegurar aplicação da lei penal, forte art. 312 do CPP. Além
Situações que permitem a prisão preventiva: art. 313 do CPP.
Atenção! Não pode o juiz decretar a preventiva com fundamento na gravidade em abstrato
do crime.

Prisão temporária: Cabível somente na fase policial, quando imprescindível para


investigação do inquérito policial, para os crimes do art. 1º, inciso III, da Lei nº 7.960/89 e crimes
hediondos ou equiparados. Mais, somente por representação da autoridade policial e a
requerimento do Ministério Público.
Cuidado! Em nenhuma hipótese poderá o juiz decretar a prisão temporária de ofício. Prazo
de duração: Crime não hediondo: 5 dias, prorrogáveis por mais 5 dias. Crime
hediondo/equiparado: 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias.
Procedimento: O procedimento será comum ou especial. A maior parte dos crimes se
enquadram no Procedimento Comum Ordinário: Art. 394, §5º, CPP. O Poder Judiciário é
provocado através de oferecimento de denúncia ou queixa-crime em face de um sujeito
presumidamente inocente, portanto é importante que o juiz antes de receber a
denúncia/queixa analise a possibilidade de rejeição da peça
acusatória.

Recurso: Cabe Recurso em Sentido Estrito da rejeição da denúncia ou queixa, conforme Art.


581, I, CPP, no prazo de 5 dias. Atenção! No âmbito do Juizado Especial Criminal, da rejeição
da denúncia ou queixa o recurso cabível é apelação, forte Art. 82 da Lei nº 9.099/95, no prazo
de 10 dias. Cuidado! É irrecorrível o recebimento da denúncia ou queixa. Podendo este
momento processual ser atacado através de habeas corpus, que devemos lembrar: não é
recurso.

Ação de Revisão Criminal: trata-se de ação impugnativa prevista nos art. 621 a 631 do CPP,
cabível somente após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, podendo ser
requerida em qualquer tempo, antes ou após a extinção da pena. Nos termos legais, a
Revisão poderá ser requerida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou,
em caso de falecimento do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Execução Penal: Das decisões do juiz da Vara de Execução Penal será cabível o recurso de
Agravo em Execução, nos termos do Art. 197 da Lei 7.210/84, no prazo de 5 dias (Súmula 700
do STF).

Monitoração eletrônica do apenado:  prevista no artigo 146– B da Lei 7.210/84 (LEP), não é
obrigatória, e sim uma faculdade do juiz, que poderá determiná-la nos casos de saídas
temporárias no regime semiaberto e prisão domiciliar.

Exame criminológico: A realização do exame criminológico para fins de progressão de


regime e livramento condicional, poderá ser solicitada pelo Juiz desde que em decisão
fundamentada (Súmula 439 do STJ). Não é mais requisito previsto em lei, e sim uma
faculdade judicial.
Foro por prerrogativa da função: conferido aos deputados federais e senadores se aplica
apenas a crimes cometidos no exercício do cargo e em razão das funções a ele relacionadas.
Assim, para um Deputado e um Senador serem julgados pelo STF e um Governado pelo STJ, é
necessário: que o crime tenha sido praticado depois de diplomação e tenha relação com o
cargo.

Competência pelo lugar do crime:


Regra: lugar da consumação, pois adotamos a teoria do resultado ( art. 70 do CPP)
Exceções:
a) Juizado Especial Criminal - Teoria da Atividade (Art. 63 da Lei 9.099/95)
b) crimes contra a Vida:  a competência será determinada pela teoria da ATIVIDADE. Assim, no
caso de crimes contra a vida (dolosos ou culposos), se os atos de execução ocorreram em um
lugar e a consumação se deu em outro, a competência para julgar o fato será do local onde foi
praticada a conduta (local da execução).

Crimes Permanentes: são aqueles que a consumação se prolonga no tempo. Nestes casos,


conforme o art. 71 do CPP, a competência firma-se pela prevenção (art. 83 do CPP).

Competência pelo Domicílio do Réu: Usada quando não é conhecido o lugar em que o
crime se consumou. Está prevista no art. 72 do CPP. E quando o réu possui mais de um
domicílio ou não possui nenhum? A resposta está nos parágrafos do artigo em estudo:
§ 1 o   Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção (art. 83)
§ 2 o   Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz
que primeiro tomar conhecimento do fato.

Competência do Tribunal do Júri: Crimes dolosos contra a vida: Homicídio, Auxílio ao Suicídio,
Infanticídio e Aborto. Adoção da teoria da Atividade. Assim, se alguém desfere um tiro na vida
na cidade X e essa vem a morrer (consumação) n cidade Y a competência será da
cidade X. Motivos elencado pelos Tribunais Superiores: sociedade atingida e facilidade na prova.
DIREITO
DO TRABALHO
Pagamento do salário:  O Empregador tem até o 5º dia útil de cada mês para efetuar o
pagamento do salário referente ao mês anterior (Pagamento por mês). Artigo 459 § 1º CLT

Multa: A empresa que não respeitar o prazo para a rescisão do contrato, o empregador
deverá pagar uma multa em valor equivalente a 1 salário do empregado, para este. Artigo 477,
§ 8º, CLT.

Vestimenta no ambiente de trabalho: O empregador que irá definir o padrão de


vestimenta no ambiente de trabalho, podendo o uniforme ter logomarcas da empresa ou de
empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade
desempenhada. A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo
quando forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a
higienização das vestimentas de uso comum (Ex: O médico que tem manchas de sangue
após um procedimento em seu uniforme). Art. 456-A da CLT.

Deslocamento ao ambiente de trabalho: O tempo usado pelo empregado de


deslocamento da sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu
retorno, não é computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do
empregador. Art. 58, §2º da CLT.

Teletrabalho:  Considera-se teletrabalho a prestação de serviços realizadas fora das


dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de
comunicação que não se constituam como trabalho externo. Art 75-B da CLT.
PROCESSO
DO TRABALHO
Testemunha: As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de
notificação ou intimação. Não esqueça que são:
2 (duas) testemunhas no procedimento sumaríssimo;
3 (três) testemunhas no procedimento ordinário;
6  (seis) testemunhas no inquérito judicial para apuração de falta grave.

Pagamento do Perito: A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da


parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. A
União somente fica responsável se a parte tiver o benefício da justiça gratuita e não tiver
obtido créditos.

Decisões interlocutórias: As decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato. Em caso


de tutela provisória   concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de
segurança, em face da inexistência de recurso próprio.

Audiência: O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da


reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão
quanto à matéria de fato. É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou
qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o
proponente, esse preposto não precisa ser empregado da parte reclamada.

Execução: A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz
ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem
representadas por advogado. E, na execução o recurso cabível é o agravo de petição.

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