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SUMÁRIO
3 ÉTICA PROFISSIONAL
5 FILOSOFIA DO DIREITO
6 DIREITO CONSTITUCIONAL
10 DIREITOS HUMANOS
11 DIREITO INTERNACIONAL
12 DIREITO TRIBUTÁRIO
13 DIREITO ADMINISTRATIVO
15 DIREITO AMBIENTAL
16 DIREITO CIVIL - PARTE GERAL
17 DIREITO CIVIL - FAMÍLIA
18 DIREITO CIVIL - SUCESSÕES
19 DIREITO CIVIL - CONTRATOS
20 DIREITO CIVIL - COISAS
21 DIREITO CIVIL - OBRIGAÇÕES
22 DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL
23 DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
24 DIREITO DO CONSUMIDOR
26 DIREITO EMPRESARIAL
27 PROCESSO CIVIL
31 DIREITO PENAL
34 PROCESSO PENAL
38 DIREITO DO TRABALHO
39 PROCESSO DO TRABALHO
ÉTICA
PROFISSIONAL
Advocacia Pro Bono: A advocacia pro bono não autoriza o pagamento de honorários pelo
cliente ao advogado (ou seja, é exercício gratuito da advocacia).
Incompatibilidade e Impedimento:
Incompatibilidade: é a proibição total do exercício da advocacia.
Impedimento: é a proibição parcial (limitação) ao exercício da advocacia.
Maquiavel: propõe a separação entre política e a moral cristã da época - o governante pode
praticamente qualquer coisa para permanecer no poder e garantir o bem do Estado.
Kant: lembrar do imperativo categórico: agir de modo a tornar sua ação uma lei universal – algo
que tenha validade em qualquer lugar por simplesmente ser o certo a se fazer. Kant está
preocupado com a validade da ação e não com os resultados, diferente dos utilitaristas, que
entendem que o importante é o resultado da ação e não ela por si mesma.
John Rawls: trabalha a ideia da justiça como equidade. O autor discorre como uma sociedade,
em seus primórdios, elegeria os seus princípios de justiça. Entende que haveria um consenso,
caso todo estivessem usando um véu da ignorância, ou seja, se cada um não soubesse de sua
condição no debate. Assim, as pessoas buscariam princípios que seriam bons para todos em
qualquer situação. É um dos autores utilizado pelo STF para decidir sobre a constitucionalidade
de cotas raciais.
DIREITO
CONSTITUCIONAL
Poder constituinte: Poder Constituinte: subdivide-se em Originário (que cria a Constituição) e
derivado, isto é, que deriva da Constituição. O Poder Constituinte Derivado pode ser subdividido
em Reformador (altera a Constituição); Derivado (poder que os Estados-membros possuem de
criar suas Constituições) e Revisor (altera a Constituição por um procedimento mais fácil).
Cláusulas pétreas: não podem ser retiradas ou sofrerem modificações restritivas, apenas
ampliativas, e são: a forma federativa de Estado, o voto direto secreto, universal e periódico, a
separação de poderes e os direitos e garantias fundamentais.
Mutação constitucional: o sentido - não o texto - da Constituição é alterado devido às
mudanças que ocorrem na sociedade, cabendo aos tribunais reconhecê-lo.
Fenômenos constituição: recepção, repristinação (renascimento de uma regra revogada - não
ocorre quando do conflito entre leis, mas ocorre quando a lei revogadora é declarada
inconstitucional) e desconstitucionalização (a Constituição anterior seria recebida como lei
ordinária pela nova - não está prevista na Constituição atual).
Habeas data: ação que busca a tutela de informação pessoal do impetrante quando há
negativa administrativa o detentor de dados.
Ação popular: ação que busca a tutela do patrimônio público, com a particularidade que seu
autor deverá ser cidadão no usufruto de seus direitos políticos·
Ação Civil Pública: ação que protege direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos,
tendo como autor entes públicos e associações;
Mandado de Injunção: ação que visa tornar efetivo direito previsto na Constituição mas que
está inviabilizado por falta de norma regulamentadora·
Mandado de segurança: ação que busca a rápida tutela de direitos líquidos e certos em face
do poder público.
Pressupostos do voto:
a) Alistamento eleitoral na forma da lei (título eleitoral);
b) Nacionalidade Brasileira: estrangeiros não podem se alistar como eleitores (art. 14, §2º, da CF).
c) Idade mínima de 16 anos (art. 14, §1º, II, “c”, da CF);
d) Não ser conscrito durante o serviço militar obrigatório.
Pacto de São José da Costa Rica: O Pacto de São José da Costa Rica possui força supralegal
(força que está acima das leis e abaixo da Constituição). Atenção a Súmula vinculante nº 25.
Direito Internacional Privado: LINDB (Decreto 4.657/42) Art. 7º, domicílio (Direito de família,
personalidade jurídica, capacidade e nome); Art. 9º, local da constituição (negócios jurídicos e
obrigações); Art. 15 (Homologação de Sentença Estrangeira).
Suspensão da Exigibilidade: uma vez ocorrida quaisquer das hipóteses descritas no artigo 151
do CTN e não apresentando o contribuinte e/ou responsável quaisquer outro débito tributário
perante o mesmo ente público, mesmo que inscrito em dívida ativa, será lícito a emissão de
certidão positiva com efeito de negativa na forma do art. 206 do CTN.
DIREITO
ADMINISTRATIVO
Estado: sempre que o estado tiver alguém sobre sua custódia, guarda ou proteção (estado na
posição de garantidor) responderá por omissão específica. A responsabilidade será objetiva em
razão da sua posição de garantidor da integridade física.
Atenção! Essa regra não se aplica aos cargos políticos (secretários estaduais, municipais e
ministros de estado).
Modalidades de Licitações:
Concorrência: usada para contratos de vulto, de acordo com valores estabelecidos na lei
(modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto).
Tomada de preços: é usada para contratos de valor médio, com participação de
interessados já cadastrados ou que se cadastrem até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas (observada a necessária qualificação). Nos casos em que couber
tomada de preços, a Administração poderá utilizar a concorrência.
Convite: é a licitação adequada para valores menores, com a convocação de três
interessados, no mínimo, cadastrados ou não, podendo também participar os cadastrados
que manifestarem seu interesse 24 horas antes da apresentação das 91 propostas. Nos casos
em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer
caso, a concorrência.
Concurso: é a licitação para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, com a
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.
Leilão: serve para a venda de bens móveis inservíveis e de produtos apreendidos ou
penhorados, bem como de imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou de dação em
pagamento em que seja útil a alienação.
Pregão: criada pela Lei 10.520/02, destina-se à aquisição e contratação de bens e serviços
comuns, podendo se realizar por intermédio dos recursos da tecnologia da informação.
Processo Administrativo: O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual
poderá exercer o juízo de retratação; se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, encaminhará o
recurso à autoridade superior.
Proteção da Biodiversidade: O art. 225, §1º, II, diz que incumbe ao Poder Público preservar a
diversidade e a integridade do patrimônio genético do País. Para proteger o patrimônio
genético (informações de origem genética em espécies vegetais, animais, fungos, microbianas)
é preciso proteger a biodiversidade (variedade de espécies).
Principais espaços territoriais disciplinados em lei: O art. 225, §1º, III, da CF, dispõe que
incumbe ao Poder Público definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e
seus componentes a serem especialmente protegidos. Os principais espaços territoriais
disciplinados em lei são as Unidades de Conservação (Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza); a Área de Preservação Permanente e a Reserva Legal (Código
Florestal).
Emancipação: é uma forma de aquisição da capacidade civil antes da idade legal. Ela
antecipa a aquisição da capacidade de fato, mas o indivíduo não deixa de ser menor, ou seja,
segue sendo aplicado a ele o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Incapacidade: As pessoas que não possuem a capacidade de fato têm capacidade limitada e
são chamadas de incapazes. As incapacidades podem ser absolutas ou relativas. A
incapacidade absoluta impede que a pessoa exerça por si só o direito, ou seja, o ato só poderá
ser praticado pelo representante legal do absolutamente incapaz. Por outro lado, a
incapacidade relativa permite que o incapaz realize certos atos, desde que esteja assistido pelo
representante legal.
Vícios nos Negócios Jurídicos: A manifestação da vontade nos negócios jurídicos deve ser
livre e de boa-fé. Contudo, os negócios jurídicos podem sofrer vícios, os quais atingem o plano
de validade dos atos. São vícios: erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo e fraude contra
credores – geram a anulação – simulação – gera a nulidade.
Decadência: é a perda do direito protestativo pela inércia do seu titular, que não o exerceu
dentro do período determinado pela lei. Prazos estão nos próprios dispositivos que preveem o
nascimento do direito.
DIREITO CIVIL
FAMÍLIA
Contrato de Namoro e União Estável: O contrato de namoro não tem validade, visto que,
independentemente do que venha a dispor, poderá haver o reconhecimento da união estável
se os requisitos para a sua constituição estiverem presentes, quais sejam: união pública,
contínua e duradoura com o intuito de formar família. A união estável, por ser um ato-fato
jurídico, não necessita da vontade das partes para a configuração.
União Estável: Na união estável incidem os impedimentos matrimoniais previstos no art. 1.521
do CC. Por outro lado, as causas suspensivas não impedem a ocorrência da união estável.
Casamento: O impedimento priva que o casamento seja celebrado entre certas pessoas. Se
realizado o matrimônio, o casamento será nulo. Já as causas suspensivas visam evitar a
realização do casamento. Se realizado, o matrimônio é válido, impondo a lei apenas sanções de
natureza econômica (o regime de bens será o da separação obrigatória de bens).
Alimentos Gravídicos: É possível a fixação de alimentos gravídicos, fixados à mulher para que
possa atender às suas necessidades especiais. Os alimentos gravídicos são convertidos
automaticamente em alimentos provisórios após o nascimento da criança.
DIREITO CIVIL
SUCESSÕES
Pressupostos de Sucessão: Não há herança de pessoa viva, embora possa ocorrer a sucessão
provisória do ausente. São, portanto, pressupostos da sucessão: que o de cujus tenha falecido e
que lhe sobreviva herdeiro.
Renúncia e efeitos da Renúncia: A renúncia da herança é o ato solene pelo qual a pessoa,
chamada à Sucessão de outra, declara que não aceita. Os efeitos da renúncia retroagem a data
da abertura da sucessão. Não se presume, pois é negócio formal e não está sujeita a condição
ou termo.
DIREITO CIVIL
CONTRATOS
Doação: A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge,
ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal.
Doação: É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a
subsistência do doador.
Usucapião Ordinária: Para a usucapião ordinária (art. 1.242 do CC) é necessário justo título e
boa-fé e o tempo estabelecido em lei. Regra: 10 anos. Exceção do § único: Prazo de 05 anos
se adquirido onerosamente, registrado no Registro de Imóveis e cancelada posteriormente a
venda e nele estabelecido a moradia ou realizado investimento de caráter econômico ou
social.
Usucapião Especial Rural: Para a usucapião especial rural (art. 1.239 do CC) é
necessário possuir como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra
em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu
trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia.
Usucapião Especial Urbana: Para a usucapião especial urbana (art. 1.240 do CC) é
necessário possuir como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área urbana
de até duzentos e cinquenta metros quadrados, utilizando-a para sua moradia ou de
sua família. Além disso, não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Cessão de crédito: A cessão de crédito opera-se por negócio jurídico celebrado entre o credor
originário, chamado de cedente, que transfere o crédito, e o novo credor, chamado de
cessionário, que o recebe. O ato pode ser gratuito ou oneroso.
Obrigação de dar coisa certa: na obrigação de dar coisa certa o credor não é obrigado a
receber coisa diversa, ainda que mais valiosa, conforma artigo 313, do CC.
Sub-rogação: ocorre a sub-rogação pessoal ativa quando terceiro efetua o pagamento no lugar
do devedor. O devedor originário não pagou a obrigação e continuará obrigado perante o
terceiro que efetivou o pagamento.
DIREITO CIVIL
RESPONSABILIDADE CIVIL
Dano: O dano pode ser material (que se subdivide em dano emergente e lucro cessante),
moral, estético ou aquele causado pela perda da chance.
Dano moral presumido: é aquele que decorre da gravidade do evento danoso. São exemplos
de situações que geram dano moral presumido: lesão física grave, negativação indevida em
cadastro de proteção ao crédito, devolução indevida de cheque e publicação não autorizada de
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais
Adoção: Em relação às mulheres que desejam entregar seus filhos para adoção, estas serão
obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude,
de acordo com o artigo 13, §1º, do ECA. Incorre em sanção administrativa, o médico, enfermeiro,
dirigente de estabelecimento de saúde ou funcionário de programa oficial ou comunitário
destinado à garantia do direito à convivência familiar, que deixar de encaminhar (art. 258-B,
ECA).
Trabalho infantil: O artigo 60, do ECA, possui uma redação confusa, traz em sua redação que
“é proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de
aprendiz”, essa redação nos faz pensar que é possível o trabalho antes dos quatorze anos, se for
na condição de menor aprendiz, mas esse NÃO é o entendimento correto! A partir da leitura do
artigo 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal, podemos perceber que a idade mínima é de 14
anos, trabalho na condição de aprendiz, sendo que crianças e adolescentes até 14 anos
incompleto NÃO PODEM TRABALHAR.
Consumidor padrão: é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final (art. 2º, caput, do CDC).
Responsabilidade por Vício: A responsabilidade por vício é sempre solidária. Ex: se comprei
um celular e ele não está funcionando corretamente, posso reclamar tanto do comerciante,
quanto do fabricante.
Comerciante: O comerciante somente responde por fato do produto nas situações previstas
no art. 13 do CDC, ou seja, no caso dos produtos comprados sem identificação do fabricante,
com identificação deficiente ou por não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Ex: produtos vendidos a granel.
DIREITO
EMPRESARIAL
Empresário individual: O empresário individual é aquele que exerce atividade econômica
organizada de modo profissional, para produção ou circulação de bens ou serviços.
Nome empresarial: Sendo uma Sociedade LTDA, Comandita por Ações ou EIRELI, estas
poderão se utilizar tanto da modalidade firma como da denominação.
PROCESSO
CIVIL
Ação monitória: A ação monitória tem por objetivo conferir força executiva a títulos e
documentos que não a possuem, exigindo prova escrita ou prova oral documentada
produzida mediante produção antecipada de provas. O credor poderá propor a ação
monitória, através de prova documental, objetivando o pagamento de quantia em dinheiro, a
entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel, bem como o
adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. Nesta ação a defesa ocorre por meio
de embargos monitórios e não por meio de contestação.
Improcedência liminar dos pedidos: gera extinção do processo com resolução do mérito
Obs: improcedência liminar de algum(s) pedido(s) e prosseguimento da ação quanto aos
demais acontecerá por decisão interlocutória (ou seja, não haverá extinção neste caso)
Contestação: O prazo para contestar é de 15 dias e ele começa a correr, em regra, da data da
audiência de mediação ou conciliação ou do protocolamento de cancelamento da mesma.
Atenção: se houve litisconsorte, o prazo da contestação começa a contar individualmente do
protocolamento de cada pedido de cancelamento dos réus.
Se o réu for citado para contestar, o prazo começa a correr a partir da juntada do
comprovante citatório aos autos.
Intervenção de terceiros:
Assistência – interesse jurídico na decisão
Denunciação da lide – garantia do direito de regresso
Chamamento ao processo – fiança ou responsabilidade solidária
Amicus Curiae – repercussão social
Desconsideração da Personalidade Jurídica – atingir patrimônio do sócio
Coisa Julgada:
Torna imutável e indiscutível a decisão judicial e acontece após o prazo recursal – caso não
tenha sido interposto recurso.
DIREITO
PENAL
Crimes Omissivos: É subdividido em próprio e impróprio. Nos crimes omissivos
próprios o delito se consuma quando há desobediência ao dever de agir. O resultado
que eventualmente surgir dessa omissão será irrelevante para a consumação do crime,
podendo apenas configurar uma majorante ou uma qualificadora. Ex.: Omissão de
socorro – art. 135 do CP. Já os crimes omissivos impróprios, o agente tem a obrigação de
agir para evitar um resultado. Há um crime material, isto é, um crime de resultado.
Ocorre nos casos em que a lei impõe ao agente a obrigação de cuidado, proteção ou
vigilância; ou quando o agente assume a responsabilidade de impedir o resultado; ou
quando, com o comportamento anterior, o agente cria o risco da ocorrência do
resultado. Ex.: salva-vidas, com relação aos banhistas.
Erro de Tipo e Erro de Proibição: O erro de tipo é o erro que recai sobre um dos elementos
constitutivos do tipo penal. Há uma falsa percepção da realidade que cerca o agente. O
agente desenvolve uma conduta sem saber que está praticando um fato típico. Não sabe, em
função do erro, que está praticando uma conduta típica. Ex.: no crime de lesão corporal
seguida de aborto, o sujeito não responde por este crime se desconhecia o estado de gravidez
da vítima. É que neste caso ele supõe inexistente uma circunstância do crime (o estado de
gravidez da vítima), subsistindo o tipo fundamental doloso (lesão corporal leve). Já no erro de
proibição, o erro incide sobre a ilicitude do fato.
O sujeito, diante do erro, supõe lícito o fato por ele cometido. Ele sabe o que faz, mas supõe
inexistir a regra de proibição. Ex.: um jornal de grande circulação, por engano, divulga que o
novo Código Penal foi aprovado, trazendo como excludente de ilicitude a eutanásia. Um leitor
apressa a morte de um parente, crendo agir sob o manto da causa de justificação inexistente.
Trata-se de erro escusável.
Reincidência: É o cometimento de uma infração penal após já ter sido o agente condenado
definitivamente, no Brasil ou no exterior, por crime anterior. Ex.: o sujeito pratica um crime,
sendo processado e condenado. Não recorre, vindo a sentença transitar em julgado. Meses
depois, vem a praticar novo crime. É considerado reincidente uma vez que cometeu novo
delito após o trânsito em julgado de sentença que o condenou por prática de crime.
Ex.: o agente, com um só tiro ou um golpe só, ofende mais de uma pessoa. Ele será perfeito
quando o agente pratica duas ou mais infrações penais através de uma única conduta.
Resulta de um único desígnio. E imperfeito quando há uma só ação, mas o agente
intimamente deseja os outros resultados ou aceita o risco de produzi-los. Quanto ao crime
continuado, ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois
ou mais crimes da mesma espécie, devendo os subsequentes, pelas condições de tempo,
lugar, maneira de execução e outras semelhantes, serem havidos como continuação do
primeiro.
Furto: No furto, previsto no art. 155 do CP, exige-se o dolo, consistente na vontade do agente
de subtrair coisa alheia móvel. É indispensável que o agente tenha a intenção de possuir a
coisa alheia móvel, submetendo-a ao seu poder, isto é, de não devolver o bem, de forma
alguma. Assim, se ele o subtrai apenas para uso transitório e depois o devolve no mesmo
estado, não haverá a configuração do tipo penal. Cuida-se na hipótese de mero furto de uso,
que não constitui crime, pela ausência do ânimo de assenhoramento definitivo do bem.
Roubo: no roubo, previsto no art. 157 do CP, a ação nuclear do tipo, identicamente ao furto,
consubstancia-se no verbo subtrair, que significa tirar, retirar, de outrem, no caso bem móvel.
Agora, contudo, estamos diante de um crime mais grave que o furto, na medida em que a
subtração é realizada mediante o emprego de grave ameaça ou violência contra a pessoa, ou
por qualquer outro meio que reduza a capacidade de resistência da vítima.
Peculato: previsto no artigo 312 do CP, constitui uma apropriação indébita, mas praticada por
funcionário público com violação do dever funcional. Antes de ser uma ação lesiva aos
interesses patrimoniais da Administração Pública, é principalmente uma ação que fere a
moralidade administrativa, em virtude de quebra do dever funcional.
Fase Investigatória: O Juiz não poderá basear a decisão apenas na coleta de elementos na
fase investigatória, salvo se a prova for cautelar, não repetível ou se for a prova antecipada.
Artigo 155 do Código de Processo Penal.
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: art. 29 CPP - De regra, o crime é de ação penal
pública, contudo diante da inércia do MP surge a legitimidade do ofendido ou representante
ajuizar a ação penal privada subsidiária da pública. IP –> MP: requisitar diligência; promoção
arquivamento; oferecer denúncia. Prazo para oferecimento da denúncia, art. 46 CPP: 5 dias
réu preso; 15 dias réu solto. Se o MP, de posse do IP, não requisita diligência, não promove pelo
arquivamento e não oferece a denúncia no prazo, significa que MP ficou inerte, surge a
legitimidade para ofendido entrar com a ação penal privada subsidiária da pública.
Prova Ilícita: A prova é ilícita quando há vício formal e não foi observada formalidade na
produção da prova.
A prova é ilícita quando viola o direito material ou princípio constitucional.
A Prova ilícita deverá ser desentranhada dos autos, conforme artigo 157 do Código de
Processo Penal.
Prova ilícita por derivação: art. 157, §1º, do CPP. A prova produzida isoladamente é válida,
porém se teve origem em prova ilícita, será prova ilícita por derivação. Ex: A prova
testemunhal foi produzida de forma lícita, porém teve origem em interceptação ilegal. Logo
será prova ilícita por derivação. E as duas provas deverão ser desentranhadas dos autos. Se a
prova possuir outra fonte, que seja independente e legal, a prova será válida. Art. 157, §2º, do
Código de Processo Penal.
Prisão preventiva: Pode ser executada em qualquer fase, seja investigatória ou judicial.
Contudo, na fase investigatória não pode o juiz decretar a preventiva de ofício, somente
mediante representação da autoridade policial e a requerimento do Ministério Público. Para
ser decretada a prisão preventiva é preciso ter indícios de autoria e prova de materialidade,
além disso para garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica, conveniência da
instrução criminal ou para assegurar aplicação da lei penal, forte art. 312 do CPP. Além
Situações que permitem a prisão preventiva: art. 313 do CPP.
Atenção! Não pode o juiz decretar a preventiva com fundamento na gravidade em abstrato
do crime.
Ação de Revisão Criminal: trata-se de ação impugnativa prevista nos art. 621 a 631 do CPP,
cabível somente após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, podendo ser
requerida em qualquer tempo, antes ou após a extinção da pena. Nos termos legais, a
Revisão poderá ser requerida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou,
em caso de falecimento do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Execução Penal: Das decisões do juiz da Vara de Execução Penal será cabível o recurso de
Agravo em Execução, nos termos do Art. 197 da Lei 7.210/84, no prazo de 5 dias (Súmula 700
do STF).
Monitoração eletrônica do apenado: prevista no artigo 146– B da Lei 7.210/84 (LEP), não é
obrigatória, e sim uma faculdade do juiz, que poderá determiná-la nos casos de saídas
temporárias no regime semiaberto e prisão domiciliar.
Competência pelo Domicílio do Réu: Usada quando não é conhecido o lugar em que o
crime se consumou. Está prevista no art. 72 do CPP. E quando o réu possui mais de um
domicílio ou não possui nenhum? A resposta está nos parágrafos do artigo em estudo:
§ 1 o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção (art. 83)
§ 2 o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz
que primeiro tomar conhecimento do fato.
Competência do Tribunal do Júri: Crimes dolosos contra a vida: Homicídio, Auxílio ao Suicídio,
Infanticídio e Aborto. Adoção da teoria da Atividade. Assim, se alguém desfere um tiro na vida
na cidade X e essa vem a morrer (consumação) n cidade Y a competência será da
cidade X. Motivos elencado pelos Tribunais Superiores: sociedade atingida e facilidade na prova.
DIREITO
DO TRABALHO
Pagamento do salário: O Empregador tem até o 5º dia útil de cada mês para efetuar o
pagamento do salário referente ao mês anterior (Pagamento por mês). Artigo 459 § 1º CLT
Multa: A empresa que não respeitar o prazo para a rescisão do contrato, o empregador
deverá pagar uma multa em valor equivalente a 1 salário do empregado, para este. Artigo 477,
§ 8º, CLT.
Execução: A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz
ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem
representadas por advogado. E, na execução o recurso cabível é o agravo de petição.