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Aula 1
Direito Civil é regido pela lei 10.406/02- passando a vigorar em 11/01/2003
Estrutura:
Art.1 ao 78 – Pessoas
Art.79 ao 103 – Bens
Art.104 ao 232 - Fatos Jurídicos
Art.233 ao 420 – Obrigações
Art.421 ao 926 – Contratos/ Atos Unilaterais
Art.927 ao 954 Responsabilidade Civil
Art.1196 ao 1510 – Coisas
Art.1511 ao 1783- Família
Art.1784 ao 2027- Sucessões
Art.2028 ao 2046 – Livro complementar.
Aula 2
Aula 3
Funções da LINDB:
a) Regular a vigência e a eficácia das normas jurídicas (Vide Art.1° e 2°),
aplicando soluções para conflitos de normas no tempo (Art.6°) e no
espaço. (Art.7° ao 19°).
b) Fornece critérios de hermenêutica (Art.5°).
c) Estabelecer mecanismos de integração de normas quando houver
lacunas. (Art.4°).
d) Garantir não só a eficácia global da ordem jurídica, não admitindo erros
de direito que a comprometeria, mas também a certeza, a segurança e
estabilidade do ordenamento jurídico, preservando as situações
consolidadas em que o interesse individual prevalece. (Art.6°)
Fontes do Direito Civil:
Conceito: Significa o poder de criar normas jurídicas quanto a forma de
expressão dessas normas. “É o meio técnico de realização do direito objetivo”.
(Caio Mario da Silva Pereira)
Fontes Históricas: São aquelas pelo qual se socorrem os estudiosos quando
querem investigar a origem histórica de um instituto jurídico ou de um sistema
jurídico. São as fontes pelo qual se reposta o indivíduo para afirmar o seu
direito e o magistrado fundamentar sentença.
a) Fontes Formais (Diretas ou Imediatas):
Lei
Analogia
Costume
Princípios gerais do Direito (LINDB)
b) Fontes não Formais (Indiretas ou Mediatas):
Doutrinas
Jurisprudências
Lei:
Conceito: A lei compreende toda regra geral de conduta, abrangendo normas
escritas ou costumeiras, abrangendo todos os atos de autoridade. Em sentido
estrito indica tão somente a norma elaborada pelo Poder Legislativo, por meio
de processo adequado, a, grosso modo “é o processo legislativo que
compreende a elaboração de leis ou normas.
A lei Ipso Facto (Pelo próprio fato) é um ato do Poder Legislativo para
regulamentar o comportamento social, tendo sua vigência iniciada após
promulgação e publicação no Diário Oficial.
Características da Lei:
a. Generalidade: Dirige-se a todos os cidadãos, indistintamente, não
podendo ser endereçada a uma única pessoa. A mesma quando for
endereçada a um grupo de pessoas específico não deixa de ser lei.
b. Imperatividade: Impõe um dever, uma conduta aos indivíduos. A lei é
uma ordem. Quando quer exigir uma ação, ela impõe. Quando quer uma
abstenção, proíbe.
c. Autorizamento: É o fato de ser autorizante, a norma jurídica autoriza o
lesado a violação exige o cumprimento dela ou a reparação do mal
causado, ela é, portanto que autoriza e legitima o uso da faculdade de
coagir. Obs: A Atributividade da lei que consiste na faculdade de exigir
do violador o cumprimento dela ou a reparação do mal sofrido.
Competindo a norma autorizar ou não o uso dessa faculdade de reação
ao lesado.
d. Permanência: A lei não se exaure em uma única aplicação. Perdurando
até ser revogada por outra Lei, porém algumas normas são temporárias,
destinadas a viger certo período.
e. Emanação de autoridade competente: Compete de acordo com as
Competências previstas na CF/88, que a lei é um ato do Estado, através
de seu Poder Legislativo, observando o limite de sua competência,
quando exorbita as atribuições o ato é nulo, cabendo ao Poder Judiciário
anular (Art.97 CF/88).
Classificação das Leis
Quanto a Imperatividade:
A. Cogentes (De ordem pública ou de imperatividade absoluta), são
mandamentais (ordenando ou determinando ações) ou proibitivas
(impõe uma abstenção). As nomas cogentes se impõe de maneira
absoluta, não podendo ser derrogadas pela vontade dos interessados. A
imperatividade absoluta de certas normas decorre da convicção de
determinadas relações ou estados da vida social não podem ser
deixados ao arbítrio individual, o que acarretaria graves prejuízos.
B. Não Cogentes (Dispositivas ou de imperatividade relativa), não proíbem
nem determinam de modo absoluto certa conduta, mas permitem uma
ação ou abstenção, ou suprem declaração de vontade não manifestada.
Podendo ser:
1) Permissivas: Permitem que o interessado disponha como lhe for
conveniente.
2) Supletivas: Quando se aplica na falta de manifestação da vontade
das partes. Sendo amplamente usada no campo do direito das
obrigações.
Quanto a intensidade das sanções ou autorizamento:
A. Mais que perfeitas: São aquelas que permitem ou autorizam a aplicação
de duas sanções em caso de violação.
B. Perfeitas: São aquelas que impõe a nulidade do ato sem cogitar a
aplicação de Pena ao violador.
C. Menos que perfeitas: São aquele que não acarretam a nulidade do ato
ou negócio jurídico, na circunstância de serem violados, somente
impondo ao violador uma sanção.
D. Imperfeitas: São aquelas cuja violação não acarreta nenhuma
consequência, pois são consideradas normas “sui generes “(do seu
próprio gênero), pois são autorizantes.
Quanto a Hierarquia:
A. Normas Constitucionais: São as que constam na Constituição Federal,
as quais as demais devem amoldar-se, são as mais importantes pois
garantem direitos fundamentais ao cidadão e disciplinam a estrutura da
nação e a organização do Estado.
B. Normas Complementares: São aquelas que se situam entre as normas
constitucionais e a Lei ordinária, por se tratar de matérias especiais não
podendo ser deliberadas em lei ordinária e exigindo para aprovação
Quórum Especial.
C. Leis Ordinárias: São aquelas que emanam dos órgãos investidos de
função legislativa de acordo com a CF/88, mediante a discussão e
aprovação de projetos de lei submetidos as duas casas (Congresso
Nacional) e posteriormente a sanção e promulgação do presidente da
República e publicadas em diário oficial.
D. Leis Delegadas: São elaboradas pelo Executivo por autorização
expressa do Legislativo, tendo a mesma posição de Lei Ordinária.
E. Medidas Provisória: Estão situadas no mesmo plano de Lei Ordinária e
Delegadas, porém não são consideradas Lei, São Editadas pelo Poder
Executiva, exercendo função normativa nos casos previstos CF.
Competência Legislativa:
Quanto a competência ou extensão territorial:
B. Revogação da Lei:
A Antinomia:
A antinomia é a presença de duas normas conflitante, decorre
da existência de duas ou mais normas que dispõe sobre o
mesmo assunto imputando-lhe soluções diferentes ao mesmo
caso, os critérios que devem ser levados em consideração
para a solução dos conflitos são:
a) Critério Cronológico: A lei posterior prevalece sobre a
anterior.
b) Critério da Especialidade: A norma especial prevalece
sobre a geral.
c) Critério Hierárquico: A norma superior prevalece sobre a
inferior.
Podendo ainda ser Real e Aparente:
A) Aparente: é a situação que pode ser resolvida com base
nos critérios supracitados.
B) Real: é o conflito que não pode ser resolvido mediante a
utilização dos aludidos critérios, ocorrendo principalmente
entre normas superior- geral e outra norma inferior-
especial.
Obrigatoriedade das Leis:
É uma ordem dirigida à vontade geral, tornando-se obrigatória á todos após a
publicação em Diário Oficial.Art.3°. Tal princípio da obrigatoriedade visa
garantir a eficácia global da ordem jurídica, que estaria comprometida se fosse
admitida a ignorância da lei, tal princípio não se aplica ao direito municipal,
estadual ou estrangeiro ou consuetudinário (CPC, art.337).
Existem três teorias que visam justificar este preceito:
A. Presunção Legal: Presume-se que a lei uma vez publicada, torna-se
conhecida de todos.
B. Ficção Legal: Considera-se tratar de hipótese de ficção e não de
presunção o que também em verdade não ocorre.
C. Necessidade Social: Sustenta que a lei obrigatória e deve ser cumprida
por motivo de um conhecimento presumido ou ficto, mas por elevadas
razões de interesse público, ou seja, para que ocorra a convivência
social, garantindo assim a eficácia global do ordenamento jurídico.
A publicação oficial tem por finalidade torná-la conhecida, mas sem
neutralizar a ignorância por desconhecimento, a inaceitabilidade da
alegação de ignorância da lei não afasta, todavia o erro de direito, que
nada mais é que o conhecimento falso da lei como causa de anulação
de negócios jurídicos.
Livro I
“Das Pessoas”
Art.1 ao 78
Personalidade Jurídica:
Conceito: Está ligado diretamente a pessoa, toda aquele que nasce com vida
adquire personalidade jurídica. Podendo ser definidas como a aptidão genérica
para adquirir direitos e contrair obrigações na ordem civil.
Pessoa Natural: Designa-se o ser humano tal como ele é considerado como
sujeito de direitos e obrigações, bastando nascer com vida, adquirindo
personalidade.
Começo da personalidade natural:
De acordo com o sistema adotado basta o nascituro nascer com vida para ter o
marco inicial da personalidade. Tendo denominado nascituro filho que respirou
para que seja considerado com vida, até mesmo que esse pereça momentos
depois tendo que se lavrar dois assentos o do nascimento e o de óbito.
Existem três teorias aceitas para justificar a situação jurídica do nascituro:
1. Natalista: Afirma que a personalidade jurídica se inicia com o
nascimento com vida
2. Personalidade condicional: Afirma que a personalidade jurídica começa
com o nascimento com vida, porém os direitos do nascituro estão
sujeitos a uma condição suspensiva, portanto sujeitos á condição, termo
ou encargo.
3. Concepcionista: Afirma que se adquire personalidade antes mesmo do
nascimento, ou seja, desde a concepção ressalvados apenas direitos
patrimoniais decorrentes de herança, legado e doação, que ficam
condicionados ao nascimento com vida.
Das Incapacidade
Com o intuito de proteger a pessoa que por eventual perca de capacidade de
fato ou de ação tendo em vista os seus naturais ou por acidente deficiências,
exigindo-se representação ou serem assistidos nos atos jurídicos em geral. No
direito Brasileiro não se admite incapacidade de Direito, pois de acordo com a
teoria natalista basta-se nascer com vida para adquirir direitos, havendo então
uma restrição legal quanto ao exercício dos atos da vida civil, podendo ser
essa incapacidade Absoluta ou Plena dependendo do grau de imaturidade,
dependência física ou mental da pessoa, cabendo nulidade caso o
incapacitado exerça o referido ato da vida civil, podendo haver também
indivíduos relativamente capazes que possuem certo discernimento e por isso
são autorizados a participar dos atos jurídicos mediante a assistência legal sob
pena de anulabilidade.
Incapacidade absoluta: Acarreta proibição total do exercício do direito,
podendo o ato ser praticado somente pelo representante legal do incapaz. De
acordo com o Art.3° CC os incapazes são de três categorias:
A. Os menores de 16 anos:
De acordo com o CC/02 o ser humano de menos de 16 anos não
possui discernimento total, deixando a critério do juiz verificar se o menor já
atingiu ou não a idade do discernimento. Tendo o código fixado em 16 anos
a maturidade relativa e 18 a maioridade.
B. Os privados do necessário discernimento por enfermidade ou deficiência
metal:
Compreende todos os casos de insanidade mental permanente ou
duradoura, caracterizando-se por graves alterações das faculdades
psíquicas. Sendo essas causadas por doença ou enfermidade mental
congênita ou adquirida, bem como por deficiência mental decorrente de
distúrbios psíquicos desde que em grau suficiente para acarretar a privação
do necessário discernimento para praticar os atos civis. A incapacidade
mental é considerada um estado permanente e contínuo do indivíduo
incapacitado.
Os pródigos
O pródigo é o individuo que dissipa o seu patrimônio desvairadamente, na
verdade é o individuo que por ser portador de um defeito de personalidade
gasta imoderadamente, dissipando o seu patrimônio com o risco de reduzir-se
a miséria, tratando-se de um desvio de personalidade, comumente ligado a
prática de jogo e a dipsomania e não propriamente de um estado de alienação
mental, caso esse desvio afetar tornando-se uma enfermidade ou deficiência
mental com prejuízo do discernimento poderá ser enquadrado como
absolutamente incapaz pródigo passará á condição de relativamente incapaz
depois de declarado tal, em sentença de interdição.
A situação jurídica dos índios
De acordo com o C.C os habitantes das selvas tendo sua capacidade regulada
por legislação especial, tendo pela lei 6001 de 1973 disciplinando que os índios
ficarão sujeitos a tutela da união até optarem pela civilização, considerando
nulos os negócios entres índios e não índio sem a participação da FUNAI
enquadrando- o como absolutamente incapaz.
A tutela do índio não integrado a comunhão nacional tem a finalidade de
protegê-lo, a sua pessoa e aos bens, tendo assistência da FUNAI e do MPF
funcionará nos processos em que haja interesses dos índios, também adotara
medidas necessárias a proteção de seus direitos.
Modos de Suprimento da incapacidade:
A incapacidade absoluta acarreta a proibição total, pelo incapaz do exercício do
direito fica ele inibido de praticar qualquer ato jurídico ou participar de qualquer
negócio jurídico, sendo estes praticados e celebrados pelo representante legal,
sob pena de nulidade.
Quanto a incapacidade relativa permite que o incapaz pratique atos da vida civil
desde que assistidos por seu representante legal, sob pena de anulabilidade,
tendo alguns atos permitidos a pratica sem assistência legal.
Os requisitos e os efeitos da representação, competendo aos pais na qualidade
de detentores do poder familiar sobre seus filhos menores,
Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo.
São os incapazes sem o desenvolvimento mental completo, como os
portadores de Síndrome de Down também os surdos-mudos. Tendo que o
excepcional é o individuo que tem deficiência mental (indicie de inteligência
abaixo do normal) ou deficiência física ( paralisia) ou deficiência sensorial
(cegueira, surdez) e por isso são incapacitados de exercer as atividades
normais, somente são considerados relativamente incapazes os surdos-mudos
que por não terem recebido educação adequada e permanecerem isolados,
tendo recebido educação podem exprimir plenamente a sua vontade serão
capazes.
Personalidade Jurídica
Personalidade Personalidade
Formal Formal