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Curso Direito Civil OAB 22

Aula 1
Direito Civil é regido pela lei 10.406/02- passando a vigorar em 11/01/2003

Conceito: Ramo do Direito Privado não tratado pelo Direito Empresarial, do


Trabalho e Consumerista, regendo as relações entre os particulares,
disciplinando a vida desde a concepção até mesmo que essa não seja
concebida (Prole Eventual Vide Art 1799 CC) e confere relevância ao embrião
excedentário (fecundação Artificial) regendo também a morte da pessoa,
garantindo direitos “Post Mortem” do testamento e exigindo-se respeito a
imagem da pessoa.

Estrutura:
Art.1 ao 78 – Pessoas
Art.79 ao 103 – Bens
Art.104 ao 232 - Fatos Jurídicos
Art.233 ao 420 – Obrigações
Art.421 ao 926 – Contratos/ Atos Unilaterais
Art.927 ao 954 Responsabilidade Civil
Art.1196 ao 1510 – Coisas
Art.1511 ao 1783- Família
Art.1784 ao 2027- Sucessões
Art.2028 ao 2046 – Livro complementar.

Aula 2

Princípios e Fontes do Direito Civil e Princípio do Código Civil.

1. Princípio da Autonomia da Vontade: Preza pela liberdade, pelas


Relações Jurídicas que nascem da vontade dos contraentes.
2. Princípio da Propriedade Individual (Privada): Protege o bem,
propriedade privada.
3. Proteção Familiar: Protege qualquer ente seja eles públicos ou privados
de envolver-se na relação familiar.
4. Princípio da Livre Circulação de Riquezas: Na dúvida as partes querem
efetivar negócios devem fixar contratos pois a riqueza não tem valor se
estiver parada.

Aula 3

Princípios do Código Civil:


A. Eticidade: Funda-se no valor da pessoa humana como fonte
dos demais valores, priorizando a equidade, e boa-fé a justa
causa e os demais princípios éticos.
B. Operabilidade: Considera-se que o direito é feito para ser
efetivado, para ser executado, afastando perplexidades e
complexidades.
Dentro da Operabilidade existe também o princípio da
Concretitude, que nada mais é que uma vedação para que o legislador
evite criação de normas em abstrato tendo uma pessoa para ser o
objetivo da criação da norma.
C. Sociabilidade: Trazer a função Social para Todo tipo de
Relação Jurídica. Prevalece os valores coletivos frente aos
valores individuais, sem perder o valor fundamental da pessoa
humana.

Eficácia Horizontal (Irradiante) dos Direitos Fundamentais:


Seriam as aplicações DIREITA dos direitos fundamentais ás relações privadas
que possuem “caráter público”,
O entendimento é que as nomas definidoras dos direitos e garantias tem
aplicação Imediata, a eficácia horizontal torna mais evidente os valores
constitucionais da pessoa humana. Havendo casos de conflito destes valores
será indispensável para o judiciário a “ponderação de interesses” avaliando
qual dos interesses deverá permanecer.
Lei de introdução as Normas do Direito brasileiro (Lei 12.376/2010)
Conceito: É um conjunto de normas sobre normas que disciplinam ás próprias
normas jurídicas, determinando o seu modo de aplicação e de entendimento
mediante ao tempo e espaço. Disciplinando também a sua elaboração e
vigência e suas fontes.

Funções da LINDB:
a) Regular a vigência e a eficácia das normas jurídicas (Vide Art.1° e 2°),
aplicando soluções para conflitos de normas no tempo (Art.6°) e no
espaço. (Art.7° ao 19°).
b) Fornece critérios de hermenêutica (Art.5°).
c) Estabelecer mecanismos de integração de normas quando houver
lacunas. (Art.4°).
d) Garantir não só a eficácia global da ordem jurídica, não admitindo erros
de direito que a comprometeria, mas também a certeza, a segurança e
estabilidade do ordenamento jurídico, preservando as situações
consolidadas em que o interesse individual prevalece. (Art.6°)
Fontes do Direito Civil:
Conceito: Significa o poder de criar normas jurídicas quanto a forma de
expressão dessas normas. “É o meio técnico de realização do direito objetivo”.
(Caio Mario da Silva Pereira)
Fontes Históricas: São aquelas pelo qual se socorrem os estudiosos quando
querem investigar a origem histórica de um instituto jurídico ou de um sistema
jurídico. São as fontes pelo qual se reposta o indivíduo para afirmar o seu
direito e o magistrado fundamentar sentença.
a) Fontes Formais (Diretas ou Imediatas):
 Lei
 Analogia
 Costume
 Princípios gerais do Direito (LINDB)
b) Fontes não Formais (Indiretas ou Mediatas):
 Doutrinas
 Jurisprudências
Lei:
Conceito: A lei compreende toda regra geral de conduta, abrangendo normas
escritas ou costumeiras, abrangendo todos os atos de autoridade. Em sentido
estrito indica tão somente a norma elaborada pelo Poder Legislativo, por meio
de processo adequado, a, grosso modo “é o processo legislativo que
compreende a elaboração de leis ou normas.
A lei Ipso Facto (Pelo próprio fato) é um ato do Poder Legislativo para
regulamentar o comportamento social, tendo sua vigência iniciada após
promulgação e publicação no Diário Oficial.
Características da Lei:
a. Generalidade: Dirige-se a todos os cidadãos, indistintamente, não
podendo ser endereçada a uma única pessoa. A mesma quando for
endereçada a um grupo de pessoas específico não deixa de ser lei.
b. Imperatividade: Impõe um dever, uma conduta aos indivíduos. A lei é
uma ordem. Quando quer exigir uma ação, ela impõe. Quando quer uma
abstenção, proíbe.
c. Autorizamento: É o fato de ser autorizante, a norma jurídica autoriza o
lesado a violação exige o cumprimento dela ou a reparação do mal
causado, ela é, portanto que autoriza e legitima o uso da faculdade de
coagir. Obs: A Atributividade da lei que consiste na faculdade de exigir
do violador o cumprimento dela ou a reparação do mal sofrido.
Competindo a norma autorizar ou não o uso dessa faculdade de reação
ao lesado.
d. Permanência: A lei não se exaure em uma única aplicação. Perdurando
até ser revogada por outra Lei, porém algumas normas são temporárias,
destinadas a viger certo período.
e. Emanação de autoridade competente: Compete de acordo com as
Competências previstas na CF/88, que a lei é um ato do Estado, através
de seu Poder Legislativo, observando o limite de sua competência,
quando exorbita as atribuições o ato é nulo, cabendo ao Poder Judiciário
anular (Art.97 CF/88).
Classificação das Leis
Quanto a Imperatividade:
A. Cogentes (De ordem pública ou de imperatividade absoluta), são
mandamentais (ordenando ou determinando ações) ou proibitivas
(impõe uma abstenção). As nomas cogentes se impõe de maneira
absoluta, não podendo ser derrogadas pela vontade dos interessados. A
imperatividade absoluta de certas normas decorre da convicção de
determinadas relações ou estados da vida social não podem ser
deixados ao arbítrio individual, o que acarretaria graves prejuízos.
B. Não Cogentes (Dispositivas ou de imperatividade relativa), não proíbem
nem determinam de modo absoluto certa conduta, mas permitem uma
ação ou abstenção, ou suprem declaração de vontade não manifestada.
Podendo ser:
1) Permissivas: Permitem que o interessado disponha como lhe for
conveniente.
2) Supletivas: Quando se aplica na falta de manifestação da vontade
das partes. Sendo amplamente usada no campo do direito das
obrigações.
Quanto a intensidade das sanções ou autorizamento:
A. Mais que perfeitas: São aquelas que permitem ou autorizam a aplicação
de duas sanções em caso de violação.
B. Perfeitas: São aquelas que impõe a nulidade do ato sem cogitar a
aplicação de Pena ao violador.
C. Menos que perfeitas: São aquele que não acarretam a nulidade do ato
ou negócio jurídico, na circunstância de serem violados, somente
impondo ao violador uma sanção.
D. Imperfeitas: São aquelas cuja violação não acarreta nenhuma
consequência, pois são consideradas normas “sui generes “(do seu
próprio gênero), pois são autorizantes.

Quanto a sua Natureza:


A. Substantivas (Materiais/ Direito substantivo): São aquelas que definem
direitos e deveres e estabelecem os seus requisitos e formas de
exercício, tratando de direito material.
B. Adjetivas (Direito Adjetivo/ Processuais ou Formais): São as que traçam
os meios de realizações dos direitos.

Quanto a Hierarquia:
A. Normas Constitucionais: São as que constam na Constituição Federal,
as quais as demais devem amoldar-se, são as mais importantes pois
garantem direitos fundamentais ao cidadão e disciplinam a estrutura da
nação e a organização do Estado.
B. Normas Complementares: São aquelas que se situam entre as normas
constitucionais e a Lei ordinária, por se tratar de matérias especiais não
podendo ser deliberadas em lei ordinária e exigindo para aprovação
Quórum Especial.
C. Leis Ordinárias: São aquelas que emanam dos órgãos investidos de
função legislativa de acordo com a CF/88, mediante a discussão e
aprovação de projetos de lei submetidos as duas casas (Congresso
Nacional) e posteriormente a sanção e promulgação do presidente da
República e publicadas em diário oficial.
D. Leis Delegadas: São elaboradas pelo Executivo por autorização
expressa do Legislativo, tendo a mesma posição de Lei Ordinária.
E. Medidas Provisória: Estão situadas no mesmo plano de Lei Ordinária e
Delegadas, porém não são consideradas Lei, São Editadas pelo Poder
Executiva, exercendo função normativa nos casos previstos CF.
Competência Legislativa:
Quanto a competência ou extensão territorial:

A. Leis Federais: São as de competência da União, votadas pelo


Congresso Nacional com abrangência em todo território
nacional ou parte dele quando se destina especificadamente
sobre a proteção especial de determinada região. Tendo sua
competência legislativa privativa da União sobre matérias
elencadas no Art.22 CF.
B. Leis Estaduais: Tendo sua aprovação pela Assembleia
Legislativa com aprovação restrita somente ao Estado a qual a
lei foi criada ou Parte Dele. Instituir e arrecadas os tributos de
suas competências
C. Leis Municipais: São editadas pelas Câmaras Municipais com
aplicação somente no território a qual a Lei foi criada, cabendo
a ele somente legislar em matéria de assuntos de interesse
local, suplementar a legislação federal e a estadual no que
couber, instituir e arrecadas os tributos de suas competências.
Quanto ao alcance:
A. Gerais: Quando se aplicam a todo um sistema de relações
jurídicas.
B. Especiais: Quando se afastam das regras de direito
comum a situações jurídicas específicas ou a determinadas
relações.
Vigência da Lei:
Conceito: Possuem um ciclo vital, nascem, aplicam-se e permanecem em
vigor até serem revogadas por lei nova. Também esses momentos
correspondem ao início de sua vigência, a continuidade de sua vigência e a
cessação de sua vigência.
A. Início da Vigência:

Possuindo três fases, a Elaboração, a Promulgação e a


Publicação, tendo seu nascimento com a promulgação só
começa a vigorar com sua publicação no Diário Oficial,
tendo início com a publicação tornando-se obrigatória e
assim ninguém poderá escusar-se de cumpri-la por
desconhecimento da norma, tendo seu prazo de vigência
até que surja lei nova para revoga-la, ou até o prazo
determinado na própria lei, podendo iniciar no ato de
publicação ou de acordo com o Art.1° da LINDB em um
prazo de 45 dias após a publicação em diário oficial ( salvo
decretos e regulamentos onde este prazo de 45 dias não
se aplica, valendo após a sua data de publicação) ou em
prazo determinado na própria lei, caso a lei não disponha
sobre o tema usar-se-á o Art.1°.( Ex C.C publicação em 02
início em 03, “Vacatio legis” (Vacância de Lei)).
Se durante a “ Vacatio Legis” ocorrer nova publicação de
seu texto, para correção de erros materiais ou falha de
ortografia, o prazo de obrigatoriedade começará a correr de
nova publicação, ou seja a nova norma passará a ter
vigência após cumprimento de prazo da parte corrigida ou
emendada, sendo desnecessário a nova votação do texto
por causa de emenda ou correção. Se a lei já entro em
vigor as correções ou ementas serão consideradas lei
nova, tornando-se obrigatória após o decurso da Vacatio
Legis, mas pelo fato de lei anterior já ter força obrigatória
mesmo com os erros os direitos adquiridos por ela serão
resguardados .

OBS: Quando norma for lei brasileira admitida no exterior


sejam elas para atribuições de ministros, embaixadores,
cônsules, convenções de direito internacional etc. A sua
obrigatoriedade de vigência inicia-se no prazo de três
meses após a sua publicação oficial.

B. Revogação da Lei:

A lei em regra possui o caráter permanente, mantendo-se em vigor até ser


revogada por outra lei, consistindo-se assim o “Princípio da Continuidade”, em
regimes que se assentam a supremacia da lei o costume não tem força para
revogar lei e a mesma não perde eficácia por não uso, porém todavia em
alguns casos especiais a lei pode ter a sua vigência temporária e cessará por
causas intrínsecas tais como:
A. Advento do TERMO fixado para sua duração:
Algumas leis por sua natureza são destinadas a
viger por um período determinado, tomando como
exemplo as leis orçamentarias e as disposições
transitórias as demais prefixam expressamente sua
duração.
B. Implemento de condição resolutiva: A lei perde sua
vigência em virtude de condição quando se trata de
lei especial sobre certa situação determinada. Ex
estado de guerra.
C. Consecução () de seus FINS: Cessa a vigência da
lei a um determinado fim quando este se realiza,
dando-se nesses casos a caducidade da lei,
tornando-a sem efeitos pela superveniência de uma
causa prevista em seu próprio texto, não havendo
necessidade de norma revogadora. É também o
caso de leis cujo o pressuposto fático desaparecem.
(Leis sanitárias), a norma em desuso não perde só
por esse motivo a sua eficácia jurídica até que se
revogue por outra. As leis de vigência Permanente
sem prazo de duração perduram até que se
revoguem por lei nova, não cabendo extinção por
costume, jurisprudência, regulamento, decreto,
portaria e simples avisos.
A revogação(cessação) é a supressão da força obrigatória da lei, retirando-lhe
a eficácia, podendo ser feita por lei nova da mesma hierarquia ou de hierarquia
superior, podendo ser total ou parcial, a revogação total denomina-se de “Ab-
rogação”, consistindo na supressão da integral de norma anterior.
A revogação parcial denomina-se “Derrogação” atingindo somente uma parte
da norma e o restante permanece em vigor.
A lei perde, todavia, sua eficácia (caduca) independentemente de lei nova, se
em seu texto constar p próprio termo, mas também poderá perder sua eficácia
se for decretado sua inconstitucionalidade pelo STF cabendo ao senado a
execução (Art.52, X CF). Uma lei revoga-se por uma outra lei de mesmo poder
hierárquico ou de poder hierárquico superior.
A revogação deve emanar da mesma fonte que aprovou o ato revogado. Ex: se
a norma for constitucional cabe para revogá-la ementa constitucional (CF,
Art.60), de outro modo um decreto pode ser revogado por outro decreto ou lei
que é de poder hierárquico maior.
Quanto a forma de execução:
A. Expressa: Quando a lei nova declara de modo taxativo e
inequívoco que a lei anterior, ou parte dela fica revogada,
tornando-a mais segura e evitando assim dúvidas e
obscuridades.
B. Tácita: Quando não contém declaração neste sentido, mas
mostra-se incompatível com a lei antiga ou regula a matéria
de que tratava a lei anterior ocorrendo nestes casos por via
oblíqua ou indireta. O que caracteriza a revogação tácita é
a incompatibilidade quanto a lei nova, na impossibilidade
de coexistirem adotar-se-á o critério da prevalência da mais
recente(“ Lex posterior derogat legi priori”), quando esta
incompatibilidade é de caráter amplo e geral a lei nova
regula a matéria versada na lei anterior substituindo
inteiramente a lei anterior. A revogação tácita também
ocorre quando lei antiga entra em conflito como nova
constituição em face de supremacia hierárquica (“Lex
superior derogat legi inferior).

A Antinomia:
A antinomia é a presença de duas normas conflitante, decorre
da existência de duas ou mais normas que dispõe sobre o
mesmo assunto imputando-lhe soluções diferentes ao mesmo
caso, os critérios que devem ser levados em consideração
para a solução dos conflitos são:
a) Critério Cronológico: A lei posterior prevalece sobre a
anterior.
b) Critério da Especialidade: A norma especial prevalece
sobre a geral.
c) Critério Hierárquico: A norma superior prevalece sobre a
inferior.
Podendo ainda ser Real e Aparente:
A) Aparente: é a situação que pode ser resolvida com base
nos critérios supracitados.
B) Real: é o conflito que não pode ser resolvido mediante a
utilização dos aludidos critérios, ocorrendo principalmente
entre normas superior- geral e outra norma inferior-
especial.
Obrigatoriedade das Leis:
É uma ordem dirigida à vontade geral, tornando-se obrigatória á todos após a
publicação em Diário Oficial.Art.3°. Tal princípio da obrigatoriedade visa
garantir a eficácia global da ordem jurídica, que estaria comprometida se fosse
admitida a ignorância da lei, tal princípio não se aplica ao direito municipal,
estadual ou estrangeiro ou consuetudinário (CPC, art.337).
Existem três teorias que visam justificar este preceito:
A. Presunção Legal: Presume-se que a lei uma vez publicada, torna-se
conhecida de todos.
B. Ficção Legal: Considera-se tratar de hipótese de ficção e não de
presunção o que também em verdade não ocorre.
C. Necessidade Social: Sustenta que a lei obrigatória e deve ser cumprida
por motivo de um conhecimento presumido ou ficto, mas por elevadas
razões de interesse público, ou seja, para que ocorra a convivência
social, garantindo assim a eficácia global do ordenamento jurídico.
A publicação oficial tem por finalidade torná-la conhecida, mas sem
neutralizar a ignorância por desconhecimento, a inaceitabilidade da
alegação de ignorância da lei não afasta, todavia o erro de direito, que
nada mais é que o conhecimento falso da lei como causa de anulação
de negócios jurídicos.

A Integração das normas jurídicas


Por fato do direito ser dinâmico e estar em constante movimento o legislador
não consegue prever todas as situações para o presente e para o futuro, pelo
fato do judiciário não pode eximir-se de proferir sentença pelo fato da lei ser
omissa, deve-se prevalecer os mecanismos destinados a suprir as lacunas da
leitais como:
1.Analogia
2. Costumes
3. Princípios gerais do Direito.
A própria lei prevendo a possibilidade de inexistir solução jurídica a casos
concretos indicará ao juiz o meio de suprir a omissão baseando-se no art.4° da
LINDB.
1: Analogia: É a aplicação de um outro caso concreto relativamente
semelhante para solucionar a lide, não escusando-se da lei. (“ubi eadem ratio,
ibi idem jus(legis dispositivo)), princípio da igualdade de tratamento.
Tendo duas formas de aplicação:
A. Analogia legis(legal): Consiste-se na aplicação de uma norma jurídica
existente, destinada a reger casos semelhantes ao previsto, a sua fonte
é aplicada a casos idênticos. Baseia-se em um conjunto de normas para
obter elementos que permitam aplicação ao caso Sub Judice não
previsto, mas similar.
B. Analogia (jurídica): Dada a amplitude de sua órbita de ação requer
cuidado maior e segurança na sua aplicação pois nem sempre será fácil
caracterizar com exatidão o princípio dominante numa instituição, não se
deve confundir construção jurisdicional com o direito alternativo, que se
afasta da lei para decidir a matéria de acordo com o sentimento pessoal
do magistrado.
2.Costume: O Costume é fonte secundária (subsidiária ou fonte supletiva) em
relação a lei, cabendo ao juiz a sua aplicação somente quando esgotadas
todas as outras formas de suprir as lacunas. Distingue-se da lei quanto a
origem pois a lei é ato concreto elaborado pelo Poder Legislativo enquanto o
costume não se sabe ao certo quando iniciou ou a forma que se iniciou, tendo
diferenças também quando a forma, pois a lei é escrita e o costume é algo
situacional de uma ação.
Possui dois elementos:
1. O uso ou prática reiterada de um comportamento (Elemento externo ou
material): uma prática recorrente da população torna uma ação um
costume podendo ser utilizado como fonte de resolução de lide.

2. Convicção de sua obrigatoriedade: elemento interno ou psicológico,


caracterizado pela “ Opinio juris et necessitate” como prática uniforme,
constante, publica e geral de determinado ato com a convicção de
necessidades, para que seja tornado costume neste caso a autoridade
jurídica tome conhecimento de sua existência e o aplique declarando-o
obrigatório.
Em relação a lei , são três as espécies de costume:
1. Secundo Legem: Quando se acha expressamente referido em lei,
nestes casos a eficácia é reconhecida pelo direito positivo, passando
a ter caráter de verdadeira lei deixado de ser costume.
2. Praeter Legen: Quando se destina a suprir a lei, nos casos omissos,
um dos expedientes a que o juiz deve recorrer-se para sentenciar
quando a lei for omissa.
3. Contra Legen: Quando se opõe a lei, não podendo revoga-la.
3.Os Princípios Gerais do Direito:
Conceito: São constituídos de regras que se encontram na consciência dos
povos e são universalmente aceitas, mesmo estas não escritas, tendo caráter
genérico, orientam a compreensão do sistema jurídico em sua aplicação e
integração. Os princípios do direito não se confundem com as máximas
jurídicas, os adágios ou brocardos.
4.A Equidade:
Conceito: Não constitui meio supletivo de lacuna da lei sendo mero recurso
auxiliar de aplicação desta, é empregada quando a própria lei cria espaços ou
lacunas para o juiz formular a norma mais adequada ao caso, sendo utilizada
quando a lei expressamente o permite.
5.A Equidade:
As normas são genéricas e contém um comando abstrato.
Aplicação e interpretação das normas jurídicas:

Introdução: As normas são genéricas e impessoais e contêm um comando


abstrato, a premissa maior é a norma regular uma situação abstrata a
conclusão é a sentença judicial que aplica a norma abstrata ao caso concreto.
Quando o fato é típico e se enquadra perfeitamente no conceito abstrato da
norma denomina-se Subsunção, não se enquadrando e não localizado o juiz
nenhuma norma aplicável á hipótese Sub Judice, deve-se então, proceder á
integração normativa, utilizando a analogia, dos costumes e dos princípios
gerais do direito.
Interpretação: É descobri o sentido e o alcance da norma jurídica, cabendo a
toda norma a interpretação, podendo ser:
A. Subjetiva: Tendo sua pesquisa com a interpretação é a vontade do
legislador (“Vonluntas Legislatoris”) expressa em lei, tal concepção não
tem sido escolhida, pois quando a norma é antiga a vontade do
legislador originário normalmente está superada.
B. Objetiva: Esta por seu lado sustenta que não é a vontade do legislador a
que deve ser verificada, mas sim a vontade da lei (Voluntas Legis) ou
melhor, o sentido da norma, a lei despois de promulgada separa-se do
seu autor alcançando uma existência objetiva.
C. Livre Pesquisa: Nesta o juiz deve ter função criadora moral e social na
aplicação da norma que dever ser interpretada em função das
concepções jurídicas de cada época.
A Hermenêutica é a ciência de interpretar as leis, tendo seus métodos, quanto
ás fontes (origem) classificam-se em:
A. Autêntica (Legislativa): É realizada pelo próprio legislador por outro ato,
reconhecendo este a ambiguidade vota nova lei destinada a suprir erro
da lei anterior.
B. Jurisprudencial (judicial): É fixada pelos tribunais, não tendo força
vinculante influencia grandemente os julgamentos nas instâncias
inferiores.
C. Doutrinária: É realizada pelos estudiosos e comentaristas do direito
(jurisconsultos), é importante porque após a publicação os estudiosos se
debruçam sobre seu texto fornecendo subsídios para que os operadores
do direito possam entender o sentido e alcance visando aplica-las em
suas atividades.
Quanto aos meios a interpretação pode ser feita pelos seguintes meios:
A. Gramatical (Literal): Consiste em exame do texto sob o ponto de vista
linguístico, analisando sua ortografia.
B. Lógica ou Racional: Entende o espírito da lei, procurando apurar o
sentido e a finalidade da norma.
C. Sistemática: Parte do pressuposto que nenhuma lei existe isoladamente
e deve-se ser analisada em conjunto com outras pertencentes a mesma
província do direito.
D. Histórica: Baseia-se na investigação dos antecedentes da norma afim de
descobrir o seu exato significado, é o melhor método para apurar a
vontade do legislador e os objetivos da lei (Ratio Legis).
E. Sociológicas (Teleológicas): Tem por objetivo adaptar o sentido ou
finalidade da norma ás novas exigências sociais.
Quanto ao Resultado podem ser:
A. Declarativa: Quando proclama que o texto legal corresponde ao
pensamento do legislador, consta-se que tal resultado não ocorreu.
B. Extensiva (Ampliativa): O intérprete conclui que o alcance da lei é mais
amplo do que o texto indica, abrangendo implicitamente outras
situações.
C. Restritiva: Neste caso ocorre o contrário impondo-lhe a limitação do
campo de aplicação da norma.

Conflito das leis no tempo:


Para se solucionar os conflitos tais critérios serão utilizados:
A. Disposições Transitórias: São elaboradas pelo próprio legislador no
texto normativo afim de evitar e solucionar possíveis conflitos que
possam emergir do confronto da nova lei com a antiga lei, tendo sua
vigência temporária.
B. Irretroativa: É a lei que não se aplica ás situações constituídas
anteriormente construídas. É um princípio que visa assegurar a certeza,
segurança e a estabilidade do ordenamento jurídico-positivo,
preservando as situações consolidadas em que o interesse individual
prevalece. Podendo ser ainda:
1.Máxiama: Esta atinge o direito adquirido e afeta negócios
jurídicos prefeitos.
2.Média: Esta faz com que a lei nova alcance os fatos
pendentes, os direitos já existentes, mas ainda não integrados ao
patrimônio do titular.
3.Mínima: Se configura quando a lei nova afeta apenas os
efeitos dos atos anteriores, mas produzindo após a data em que ela
entra em vigor.
Entre a retroatividade e a irretroatividade existe uma situação intermediária que
é a aplicabilidade imediata da lei nova que, nascidas embora sob a vigência da
lei antiga não se consumaram, devendo obedecer o ato jurídico perfeito e o
direito adquirido e a coisa julgada.
Coisa Julgada: É a imutabilidade dos efeitos da sentença, não mais sujeita a
recurso.
Regras sobre a matéria:
A. São de ordem constituição os princípios da irretroatividade da lei nova e
do respeito ao direito adquirido.
B. Esses dois princípios obrigam ao legislador e ao juiz
C. A regra, no silencio da lei, é a irretroatividade
D. Pode haver retroatividade expressa, desde que não atinja direito
adquirido
E. A lei nova tem efeito imediato, não se aplicando aos fatos anteriores.
Eficácia da lei no Espaço:
Em razão da soberania estatal a norma tem aplicabilidade dentro do território
delimitado pelas fronteiras do Estado, pelo princípio da territorialidade a norma
jurídica aplicasse ao território do Estado estendendo-se a embaixadas,
consulados, navios mercantes aeronaves em espaço aéreo. A norma jurídica
aplica-se em território de outro estado segundo princípios e convenções
internacionais adotando o princípio da extraterritorialidade.
Estatuto Pessoal: É a situação jurídica que rege o estrangeiro pelas leis de seu
pais de origem, baseando-se na lei da nacionalidade ou na lei do domicílio.
Domicílio: É dado pela Lex Fori (Lei do foro competente, da jurisdição
assentada se deve processar a demanda) vide Art.70 CC

Livro I
“Das Pessoas”
Art.1 ao 78

Personalidade Jurídica:
Conceito: Está ligado diretamente a pessoa, toda aquele que nasce com vida
adquire personalidade jurídica. Podendo ser definidas como a aptidão genérica
para adquirir direitos e contrair obrigações na ordem civil.

Capacidade jurídica e legitimação:


Todo homem tem a capacidade para ser titular de direitos, sendo a capacidade
a medida da personalidade, pois para uns ela é plena e para outros é limitada.
Ao nascer com vida todos adquirem a capacidade de Direito ou de Gozo ou de
aquisição de direitos.
Nem todas as pessoas têm a capacidade de fato (exercício/ ação) que é a
aptidão para exercer os atos da vida civil, por faltarem a certas pessoas
requisitos materiais lhe é negado essa aplicabilidade dos atos da vida civil,
dependo sempre de uma outra pessoa para lhe representar. Quem possui as
duas espécies de capacidade possui então a capacidade plena. Quem possui
apenas uma possui a capacidade limitada sendo denominados de Incapazes.
Das pessoas como sujeitos da relação jurídicas.
O direito subjetivo (Facultas agendi) consiste numa relação jurídica que se
estabelece entre um sujeito ativo (detentor do direito) e um sujeito passivo ou
vários sujeitos. Ex: Contratos obrigam um vínculo entre sujeito ativo e sujeito
passivo.
Relação jurídica: É toda relação da vida social regulada pelo direito. O sujeito
da relação jurídica é sempre o ser humano.
Pessoa (Persona):É o sinônimo de sujeito de direito ou sujeito da relação
jurídica, podendo ser:
 Pessoa Natural: O ser humano, pessoa física. (Nascida com vida)
 Pessoa Jurídica: Agrupamento de pessoas naturais visando interesses
comuns. (Pessoa Criada)

Pessoa Natural: Designa-se o ser humano tal como ele é considerado como
sujeito de direitos e obrigações, bastando nascer com vida, adquirindo
personalidade.
Começo da personalidade natural:
De acordo com o sistema adotado basta o nascituro nascer com vida para ter o
marco inicial da personalidade. Tendo denominado nascituro filho que respirou
para que seja considerado com vida, até mesmo que esse pereça momentos
depois tendo que se lavrar dois assentos o do nascimento e o de óbito.
Existem três teorias aceitas para justificar a situação jurídica do nascituro:
1. Natalista: Afirma que a personalidade jurídica se inicia com o
nascimento com vida
2. Personalidade condicional: Afirma que a personalidade jurídica começa
com o nascimento com vida, porém os direitos do nascituro estão
sujeitos a uma condição suspensiva, portanto sujeitos á condição, termo
ou encargo.
3. Concepcionista: Afirma que se adquire personalidade antes mesmo do
nascimento, ou seja, desde a concepção ressalvados apenas direitos
patrimoniais decorrentes de herança, legado e doação, que ficam
condicionados ao nascimento com vida.

Das Incapacidade
Com o intuito de proteger a pessoa que por eventual perca de capacidade de
fato ou de ação tendo em vista os seus naturais ou por acidente deficiências,
exigindo-se representação ou serem assistidos nos atos jurídicos em geral. No
direito Brasileiro não se admite incapacidade de Direito, pois de acordo com a
teoria natalista basta-se nascer com vida para adquirir direitos, havendo então
uma restrição legal quanto ao exercício dos atos da vida civil, podendo ser
essa incapacidade Absoluta ou Plena dependendo do grau de imaturidade,
dependência física ou mental da pessoa, cabendo nulidade caso o
incapacitado exerça o referido ato da vida civil, podendo haver também
indivíduos relativamente capazes que possuem certo discernimento e por isso
são autorizados a participar dos atos jurídicos mediante a assistência legal sob
pena de anulabilidade.
Incapacidade absoluta: Acarreta proibição total do exercício do direito,
podendo o ato ser praticado somente pelo representante legal do incapaz. De
acordo com o Art.3° CC os incapazes são de três categorias:
A. Os menores de 16 anos:
De acordo com o CC/02 o ser humano de menos de 16 anos não
possui discernimento total, deixando a critério do juiz verificar se o menor já
atingiu ou não a idade do discernimento. Tendo o código fixado em 16 anos
a maturidade relativa e 18 a maioridade.
B. Os privados do necessário discernimento por enfermidade ou deficiência
metal:
Compreende todos os casos de insanidade mental permanente ou
duradoura, caracterizando-se por graves alterações das faculdades
psíquicas. Sendo essas causadas por doença ou enfermidade mental
congênita ou adquirida, bem como por deficiência mental decorrente de
distúrbios psíquicos desde que em grau suficiente para acarretar a privação
do necessário discernimento para praticar os atos civis. A incapacidade
mental é considerada um estado permanente e contínuo do indivíduo
incapacitado.

Decretada a incapacidade será nomeado curador ao interdito, sendo está


uma sentença declaratória de uma situação ou estado anterior.
C. Os que, mesmo por causa transitória, não puderam exprimir sua vontade:
É nulo o ato jurídico exercido por pessoa em condição psíquica normal, mas
que se encontrava completamente fora de suas faculdades mentais (Ex:
embriaguez) por se encontrarem em uma situação transitória não estando
em condições de exprimir a sua vontade.
Incapacidade relativa:
Permite que os incapazes pratiquem atos da vida civil desde que assistido por
seu representante legal sob pena de anulabilidade (171, CC), certos atos
podem ser praticados sem assistência do seu representante legal, como
testemunha, aceitar mandato, fazer testamento, exercer empregos públicos
para os quais a maioridade não é exigida.
Os Maiores de 16 e menores de 18 anos:
Os maiores de 16 e menores de 18 são menores púberes, podendo exercer
certos atos da vida civil tais como: Aceitar mandato, ser testemunha, fazer
testamento etc. Fora estes atos necessitam de referida assistência sob pena de
nulidade do ato. Os menores figuram nas relações nas relações jurídicas e
delas participam pessoalmente se necessário, porém não se pode fazê-lo
sozinhos, mas assistidos por seu representante legal. (1692 CC).
No código civil há um sistema de proteção dos incapazes, para os
absolutamente incapazes a proteção é incondicional. Os maiores de 16
possuindo discernimento suficiente para manifestar a sua vontade, devem em
contrapartida merecê-la, proceder de forma correta de acordo com o Art.180.
Podem ainda os pais emanciparem os filhos maiores de 16 e menores de 18.
Ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os deficientes mentais de
discernimento reduzido.
Os usuários eventuais que por efeito transitório dessas substâncias ficarem
impedidos de exprimir plenamente sua vontade estarão declarados como
absolutamente incapaz de acordo com o CC.
Os deficientes mentais de discernimento reduzido ou fronteiriços de acordo
com o art3,II privado totalmente o amental do discernimento este é declarado
absolutamente incapaz porém os que obtiveram a sua redução acarretara na
incapacidade absoluta.
De acordo com os artigos 1772 e 1782 pronunciada a interdição o juiz assinara
segundo o estado ou o desenvolvimento mental do interditado, os limites da
curatela que poderão circunscrever-se á privação de direito de, sem curador
praticar os atos que possam onerar ou desfalcar seu patrimônio.

Os pródigos
O pródigo é o individuo que dissipa o seu patrimônio desvairadamente, na
verdade é o individuo que por ser portador de um defeito de personalidade
gasta imoderadamente, dissipando o seu patrimônio com o risco de reduzir-se
a miséria, tratando-se de um desvio de personalidade, comumente ligado a
prática de jogo e a dipsomania e não propriamente de um estado de alienação
mental, caso esse desvio afetar tornando-se uma enfermidade ou deficiência
mental com prejuízo do discernimento poderá ser enquadrado como
absolutamente incapaz pródigo passará á condição de relativamente incapaz
depois de declarado tal, em sentença de interdição.
A situação jurídica dos índios
De acordo com o C.C os habitantes das selvas tendo sua capacidade regulada
por legislação especial, tendo pela lei 6001 de 1973 disciplinando que os índios
ficarão sujeitos a tutela da união até optarem pela civilização, considerando
nulos os negócios entres índios e não índio sem a participação da FUNAI
enquadrando- o como absolutamente incapaz.
A tutela do índio não integrado a comunhão nacional tem a finalidade de
protegê-lo, a sua pessoa e aos bens, tendo assistência da FUNAI e do MPF
funcionará nos processos em que haja interesses dos índios, também adotara
medidas necessárias a proteção de seus direitos.
Modos de Suprimento da incapacidade:
A incapacidade absoluta acarreta a proibição total, pelo incapaz do exercício do
direito fica ele inibido de praticar qualquer ato jurídico ou participar de qualquer
negócio jurídico, sendo estes praticados e celebrados pelo representante legal,
sob pena de nulidade.
Quanto a incapacidade relativa permite que o incapaz pratique atos da vida civil
desde que assistidos por seu representante legal, sob pena de anulabilidade,
tendo alguns atos permitidos a pratica sem assistência legal.
Os requisitos e os efeitos da representação, competendo aos pais na qualidade
de detentores do poder familiar sobre seus filhos menores,
Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo.
São os incapazes sem o desenvolvimento mental completo, como os
portadores de Síndrome de Down também os surdos-mudos. Tendo que o
excepcional é o individuo que tem deficiência mental (indicie de inteligência
abaixo do normal) ou deficiência física ( paralisia) ou deficiência sensorial
(cegueira, surdez) e por isso são incapacitados de exercer as atividades
normais, somente são considerados relativamente incapazes os surdos-mudos
que por não terem recebido educação adequada e permanecerem isolados,
tendo recebido educação podem exprimir plenamente a sua vontade serão
capazes.

Sistema de proteção aos incapazes:


O C.C contém um sistema de proteção aos incapazes. Em vários
dispositivos constata-se a intenção do legislador em proteger, com efeitos
importante proteção jurídica dos hipossuficientes realiza-se por meio de
representação possibilitando o exercício de seus direitos.
O curador exerce um “ Munus” público, visto que a curatela é um instituto
de interesse publico destinado a proteção dos maiores que :
A. Por enfermidade ou deficiência mental não tiveram o discernimento para
os atos da vida civil.
B. Por outra causa duradoura não puderam exprimir sua vontade.
C. Apresentam deficiência mental ou são ébrios eventuais.
D. Forem excepcionalmente sem completo desenvolvimento mental.
E. Forem pródigos, nascituros com vida ou portadores de deficiência física.
Havendo outras medidas tutelares que integram o referido sistema de proteção,
quanto ao poder familiar, a tutela, a prescrição, ás nulidade e outros destacam-
se:
A. Não há prescrição contra absolutamente incapazes (198, I, CC).
B. O mútuo (empréstimo de coisa fungível) feito a menor não poder ser
reavido. Salvo casos artigo 589 CC.
C. Pode menor ou interdito recobrar dívida de jogo que voluntariamente
pagou. (814)
D. Ninguém pode reclamar o que por uma obrigação anulada pagou a um
incapaz, se não provar que reverteu em um proveito dele a importância
paga (181 e 310).
Perde, porém, a referida proteção o relativamente capaz que de forma
incorreta ocultando dolosamente sua idade, ou declarando-se maior no ato
de obrigar-se, nesta mesma linha os incapazes em geral podem ser
responsabilizados civilmente subsidiaria e equitativamente pela prática de
atos lesivos a terceiros.
Também o artigo 1962 C.C, se o interesse do pai colidir com o do filho a
requerimento deste ou do MP o juiz dará curador especial, tendo de acordo
com o art.119 a anulabilidade do negócio concluído me que pelo
representante legal em conflito de interesses com o representado, se tal
fato era ou deveria ser de conhecimento de quem tratou. Hoje de acordo
com o nosso C.C se o negócio for validamente celebrado, observado os
requisitos da representação e da assistência e autorização judicial, quando
necessária não se poderá anulá-los posteriormente revelar-se prejudicial ao
incapaz.
Cessação da incapacidade:
Cessa a incapacidade desparecendo os motivos que determinaram. Quando
for o caso de loucura e da surdo-mudez desaparece a incapacidade cessando
a enfermidade físico psíquica que as determinou, no caso da menoridade
desaparece pela maioridade e pela emancipação.
Maioridade:
Começa a maioridade aos 18 anos completos, tornando-se uma pessoa apta
para as atividades da vida civil que não exigirem limite especial como as de
natureza política, cessando a menoridade, no primeiro momento do dia em que
o individuo completa de 18 anos, se nascido no dia 29 de fevereiro em caso de
ano bissexto tornar-se-á maior no dia 1 de março.
Emancipação:
De acordo com Clóvis a emancipação é a aquisição da capacidade civil antes
da idade legal, consistindo nesse modo, na antecipação da aquisição da
capacidade de fato ou de exercício, podendo decorrer da concessão dos pais
ou de sentença do juiz bem como de determinados fatos a que a lei atribui esse
efeito.
Emancipação voluntária:
Decorre de ato unilateral dos pais reconhecendo ter seu filho maturidade
necessária para reger sua pessoa e seus bens não necessitando mais da
proteção que o Estado oferece ao incapaz, tendo sua concessão somente por
quem estiver na titularidade do poder familiar, não podendo o menor exigi-la
nem a pedir judicialmente.
A outorga do benefício deve ser feita por ambos os pais na incapacidade de um
ou de ambos, deve ser devidamente justificada, na divergência entre ambos ela
será dirimida pelo juiz a qual decidirá qual vontade deve prevalecer. Tendo a
concessão continuará sendo dos pais, se o juiz decidir em favor da outorga.
Quanto a forma é expressamente exigida o instrumento público
independentemente de homologação judicial.
De acordo com o STF tal ato não exime os pais de indenizar vítimas de atos
ilícitos praticado por menor emancipado assim evitando emancipações
maliciosas, não podendo os pais por sua exclusiva vontade retirar de seus
ombros as responsabilidades contidas em lei.
Pode ser anulada se ficar comprovado que aqueles só praticaram o ato para
exonerar-se do dever alimentar, não podendo os pais voltar atrás
voluntariamente da emancipação do filho.
Emancipação judicial:
A única hipótese de emancipação judicial, que depende de sentença do juiz

1. Materiais: Onde Surge.


a. Comunidade
b. Política
c. Religião
d. Sociedade
2.Formais: Do que surge.
a. Direita – Art. 5° CF na forma de Lei e Precedentes – Art. 927
CPC.
b. Indireta na forma de Princípio, Jurisprudência e os Costumes.

Atos da vida pública: Para se realizar atos civis são requisitos:


1) Personalidade: Aptidão para ter direitos e deveres.
2) Capacidade: Aptidão para praticar Direitos e Obrigações.
3) Legitimidade: Não estar impedido para realizar aqueles atos.

Personalidade Jurídica

Conceito: É a aptidão para ter direitos e obrigações.

Nasce sem Vida Nasce com Vida Morte

Personalidade Personalidade
Formal Formal

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