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O que é Direito subjetivo

O direito subjetivo se refere aos direitos que são efetivamente garantidos ao indivíduo pela lei. É a
forma concreta de um direito que foi determinado pela lei e pode ser usufruído por uma pessoa.

Assim, o direito subjetivo ou facultas agendi pode ser definido como o direito de exigir, é o poder que
uma pessoa possui de fazer valer um direito individual que foi previamente garantido pela lei.

Portanto, é o direito subjetivo que permite que uma pessoa invoque a previsão da lei para garantir o
cumprimento de um direito.

O direito subjetivo recebe este nome pois é uma referência ao sujeito de direito, ou seja, a quem possui
o direito.

Direito subjetivo público e privado

O direito subjetivo pode ser subdivido em direito subjetivo público e direito subjetivo privado.

O que é o Direito Público


Direito Público é o conjunto de normas que disciplina os interesses do Estado, seja internamente como
em relação aos interesses particulares.

O direito subjetivo público é o direito de ação, de petição, direito de liberdade e direitos políticos. É
referente ao Estado, assim, é relacionado com direitos que devem ser prestados (garantidos) aos
cidadãos pelo Estado, através dos governos.

São alguns exemplos: direito à saúde, à educação, ao transporte público, entre outros.

Ramos do direito público


Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Financeiro, Direito Penal, Direito Previdenciário,
Direito Tributário, Direito Eleitoral, Direito Trabalhista, Direito Internacional, Direito Processual

O direito constitucional é a área mais importante para qualquer jurista, por ser a base do nosso
ordenamento jurídico. O conhecimento de direito constitucional deve ser o norte de qualquer
profissional do Direito, seja atuante ou não no direito público.

O direito administrativo é a área mais pura no que tange ao direito público! Além de ser minha paixão
pessoal, e minha área de atuação, o direito administrativo possui um leque muito bom de atuação.

O direito Financeiro É um ramo do direito público que atua com receita e despesa pública.

Seu campo de atuação é mais restrito à Advocacia Pública, sendo primordial aos assessores jurídicos e
procuradores legislativos dominarem essa disciplina.
O Estado detém o monopólio do direito de punir. O Direito Penal é o ramo do Direito Público que define
os crimes, estabelece as personalidades correspondentes e dispõe sobre as medidas de segurança.

Direito Urbanístico É um ramo do Direito que estuda o conjunto de legislações reguladoras da atividade
urbanística, isto é, aquelas destinadas a ordenar os espaços habitáveis.

O direito tributário consiste no conjunto de leis que regulamentam o arrecadamento dos tributos, assim
como a sua fiscalização. É uma parte jurídica que estabelece suas inclusões entre o Estado e os
contribuintes com relação à arrecadação dos tributos.

O direito eleitoral é uma área com grande carência de advogados especialistas, mesmo sendo um ramo
do direito com honorários bem generosos (dê uma olhada na tabela da OAB).

Aqui mesmo, em Goiânia, temos a advocacia eleitoral concentrada em poucos escritórios. E quando
alguém pergunta sobre indicação na advocacia, são sempre os mesmos nomes que vêm à tona.

o direito processual é o ramo jurídico que reúne os princípios e normas que dispõem sobre atos judiciais
tendentes à aplicação do Direito ao caso concreto.

Direito internacional público e privado


O Direito Internacional Público atua sobre a interação entre as nações, como os acordos e tratados
entre países. Organismos como a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OMC (Organização Mundial
do Comércio) seguem as normas do Direito Internacional Público.

O Direito Internacional Privado também é uma forma de Direito Público, isto porque disciplina leis e
normas públicas acerca de relações privadas entre pessoas jurídicas ou físicas em diferentes países, já
que há divergências entre as leis de país para país. Com uma lei internacional pública a regulamentar
uma situação privada, protegem-se os interesses e relações de ambos os lados.

O que é Direito privado


Direito privado é o ordenamento jurídico que rege os interesses particulares.

Questões como patrimônio familiar e sucessões são matéria do Direito Privado, que está dividido entre
o Direito Civil e o Direito Empresarial.

O Direito Privado tem origem no Direito Romano, onde primeiro se estabeleceu a divisão entre as
normas jurídicas de interesse público, o Direito Público, e aquelas que deveriam disciplinar as questões
privadas, o Direito Privado.

Hoje a divisão entre Direito Privado e Direito Público tem caráter didático, dentro da Teoria Geral do
Direito.
Ordenamento jurídico
Ordenamento jurídico é o conjunto de normas de um estado expressas em lei.

É um sistema normativo, que estabelece uma ordem na qual o direito deve respeitar em relação às leis e
normas estabelecidas no país, de forma que o Poder Jurídico realize seu trabalho com base nestas.

Ordenamento jurídico não possui um sinônimo exato, mas outras expressões substituem, como
disposição hierárquica do conjunto de leis, ou sistema normativo jurídico.

Em países de língua inglesa, como Inglaterra e Estados Unidos, o ordenamento jurídico é chamado de
legal system.

Ramos do direito privado


Direito Civil: O Direito Civil é o ordenamento jurídico que determina os direitos e obrigações dos
cidadãos enquanto membros da sociedade. Suas normas estão, de forma geral, estabelecidas no Código
Civil.

Direito Empresarial: O Direito Empresarial, anteriormente chamado de Direito Comercial estabelece


normas para as relações entre empresas, e suas normas estão dispostas entre o Código Civil, e partes da
legislação do Direito Público

São exemplos: direito sobre um imóvel, direito de herança, propriedade intelectual, pagamento de
pensão alimentícia, entre outros.

Outras classificações do direito subjetivo


Além do direito subjetivo ser dividido em público e privado, ele também possui outras classificações.
São elas:

Disponíveis: são direitos que o titular pode abrir mão, se assim desejar.

Indisponíveis: são direitos que o indivíduo não pode abrir mão, mesmo que queira.

Reais: direitos que são relacionados a uma coisa ou bem.

Pessoais: direitos relacionados a uma cobrança de valor ou de um cumprimento.

Acessórios: são os direitos que dependem de um outro direito, chamado de principal.


o e Direito privado.

Elementos do direito subjetivo

Um direito subjetivo é formado por três elementos: sujeito, objeto e vínculo jurídico.

O sujeito do direito subjetivo pode ser ativo ou passivo. O sujeito ativo é quem tem deseja o
cumprimento ou garantia de um direito, já o sujeito passivo é quem deve fazer o cumprimento do
direito devido.

O objeto do direito subjetivo pode ser mediato ou imediato. O objeto mediato existe quando o direito
se refere a um bem. O objeto imediato é referente a uma ação, por exemplo: fazer ou não fazer uma
determinada ação.

O vínculo jurídico representa a relação entre o sujeito e o objeto do direito, ou seja, o vínculo que existe
entre o direito que deve ser garantido e o indivíduo que requer a garantia desse mesmo direito.

Teorias do direito subjetivo

Existem três teorias que explicam a origem do direito subjetivo. Que são:

Teoria da vontade: de acordo com esta teoria, o direito subjetivo é o reconhecimento da vontade pela
ordem jurídica, ou seja, quando, através de uma lei, é reconhecida a existência de um determinado
direito. Esta teoria foi elaborada por Friedrich Carl von Savigny e Bernhard Windscheid.

Teoria do interesse: conforme esta teoria, o direito subjetivo é a proteção do direito por meio de uma
ação judicial. Esta teoria por criada por Rudolf von Ihering.

Teoria mista ou eclética: esta teoria explica que o direito subjetivo é a vontade reconhecida pela ordem
jurídica, sendo esta vontade correspondente a um interesse ou um bem. A teoria mista foi desenvolvida
por Georg Jellinek.

Diferença entre direito subjetivo e direito objetivo

O direito subjetivo e o direito objetivo relacionam-se pois a existência de um depende da existência


prévia do outro.

Isso acontece porque o direito objetivo é o ordenamento jurídico (lei) que garante a existência do
direito subjetivo, ou seja, a garantia da cobrança de um direito que foi previamente previsto na
legislação.

Diferenças entre direito objetivo e direito subjetivo

As principais diferenças entre direito objetivo e direito subjetivo são:


Direito objetivo é sinônimo de ordenamento jurídico enquanto direito subjetivo é sinônimo de
prerrogativa;

Direito objetivo também é chamado de norma agendi enquanto direito subjetivo também é chamado de
facultas agendi;

Direito objetivo equivale ao termo inglês “law” enquanto o direito subjetivo equivale ao termo inglês
“right”;

O direito objetivo garante os direitos subjetivos.

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