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● Representação indireta: a pessoa representa ela própria, mas por coisa alheia
● Representação de proteção: representação dos incapazes
● Representação imprópria: não há duplicidade de vontade; falta uma declaração volitiva
do representante em lugar da do representado (o representante não pode não
representar, visto que isso é um direito que emana do órgão superior)
● Representação convencional ou voluntária: quando uma pessoa encarrega outra de
praticar em seu nome negócios jurídicos
● Segundo os voluntaristas, o negócio jurídico seria um ato de vontade que visa produzir
efeitos (autonomia da vontade). A declaração de vontade seria, assim, a manifestação
de vontade destinada a produzir efeitos jurídicos tutelados pelo ordenamento jurídico
● crítica da concepção voluntarista:
○ definições imperfeitas - ora abrange mais que o definido e ora deixam de
abranger todo o definido
○ mais que o definido - exemplo: ato de vontade ilícito, não negocial, que visa
produzir efeitos os quais a lei prevê - não é um negócio jurídico, como um
caçador que, no momento e atingir a caça, pensa em se tornar proprietário do
animal, atirando com dupla intenção. Nem por isso realiza um ato jurídico.
○ deixam de abranger todo o definido - exemplo: conversão substancial: se dá
quando o negócio realizado for ineficaz, mas continha pressupostos para que
seja eficaz, como outro negócio, não previsto. Aproveita-se o que for possível do
negócio nulo para ser tido como válido. O ordenamento jurídico, contudo, nem
sempre permite essa conversão, o que deve ser examinado no caso concreto.
Na conversão do negócio, mantida a vontade válida das partes (viés subjetivo),
altera-se o tipo do negócio jurídico para algum outro apto a aceitar tal vontade
(viés objetivo). Exemplo: As partes celebram venda e compra de um imóvel por
meio de instrumento particular, em desrespeito ao artigo 108 do CC (regra de
valor do bem acima de 30 salários mínimos). Evidenciada a necessidade da
formalização por meio de escritura pública, mas que não ocorreu. Então, tal
negócio jurídico poderá ser convertido, pelo juiz, em compromisso de venda e
compra.
● A vontade não é elemento necessário para a existência do negócio, tendo relevância
apenas para sua validade e eficácia. Por isso, ela não pode caracterizar o negócio.
Definição pela função ou objetiva + crítica
● não se procura saber como o negócio surge (gênese), nem como ele atua (função), mas
sim o que ele é
● estruturalmente pode ser dividido como:
○ categoria - fato jurídico abstrato, o qual consiste em uma manifestação de
vontade, cercada de circunstâncias negociais, a qual fazem que a manifestação
seja vista socialmente como dirigida à produção e efeitos jurídicos - declaração
de vontade (característica primária), que a visão social atribui efeitos
constitutivos (característica secundária)
○ fato - fato jurídico concreto, que é o fato jurídico consistente em declaração de
vontade, a que o ordenamento jurídico atribui os efeitos designados como
queridos, respeitando a existência,a validade e a eficácia.
● No negócio jurídico não há manifestações de vontade, e sim uma declaração de
vontade. Ex: contrato - pode existir mais de uma manifestação de vontade, mas essas
manifestações unificam-se, socialmente, em uma declaração de vontade
● Ser lícito ou ilícito é uma qualificação que se dá aos negócios jurídicos, a qual não faz
parte da sua estrutura.
● Assim, crimes também são negócios jurídicos (não é por serem nulos que perdem esse
caráter)
● Há, até mesmo, negócios jurídicos ilícitos e válidos, como a venda de um imóvel próprio
que, antes, foi prometido a outra venda, diante da prestação de terceiro. Se o acordo da
primeira venda não estiver inscrita ou averbada, o segundo adquirente se tornará
proprietário
● Em suma, diferente da concepção voluntarista, a estrutural não se trata mais de
entender um negócio pelo ato de vontade, mas sim um ato que é visto socialmente
como de vontade, destinado a produzir efeitos jurídicos
● A visão passa de psicológica a social - o negócio não é o que o agente quer, e sim
como a sociedade vê essa declaração
● Vontade e causa não fazem parte do negócio jurídico, pois apenas evitam efeitos não
queridos (subjetivamente - pelo agente, vontade - ou objetivamente - pela ordem
jurídica, causa)
● existência: verificar se o negócios possui elementos de fato para que ele exista
● validade: declaração de vontade válida
● eficácia: produzir efeitos jurídicos
● alguns elementos:
○ naturais: consequências que decorrem do próprio ato, sem que haja
necessidade de serem mencionados, como a obrigação do vendedor pelos
vícios redibitórios
○ acidentais: especulações que se adicionam ao ato, para modificar alguma de
suas consequências naturais, como o termo, o modo ou o encargo
○ essenciais: sem os quais o ato não existe. Ex: preço em uma compra e venda
■ gerais: comuns a todos os atos
■ particulares: para determinadas espécies
■ elementos categoriais
● se, no plano da existência, faltar um dos elementos gerais, não há negócio jurídico
● se houver elementos, mas, passando no plano da validade, faltar um requisito neles
exigido, o negócio existe, mas não é válido
● se houver elementos e requisitos, mas faltar um fator de eficácia, o negócio existe e é
válido, mas é ineficaz
● objeção a) os negócios nulos, que, por produzirem eventualmente efeitos, parecem que
passam para o plano de eficácia, quando, na verdade, deveriam ficar no plano da
validade
● objeção b) os negócios anuláveis que, pelo menos aparentemente, também passam
para o plano da eficácia
● somente aos atos existentes se pode dar a qualificação de nulo
● princípio da conservação: tanto o legislador quanto o intérprete devem procurar
conservar, em qualquer dos três planos, o máximo possível do negócio realizado pelo
agente
○ plano da existência - se faltar um elemento categorial inderrogável abre a
possibilidade para o intérprete de convertê-lo em negócio de outro tipo, mediante
aproveitamento dos elementos presentes, é a conversão substancial.
○ No plano de validade - divisão dos requisitos em mais ou menos graves,
confirmação de atos anuláveis, nulo em casos excepcionais. A regra de nulidade
parcial (anula uma cláusula e não o negócio todo) admite que o negócio persista,
sem a cláusula defeituosa.
○ No plano da eficácia - construção dos negócios ineficazes em sentido restrito,
como negócios diversos dos nulos, resulta da aplicação do princípio de
conservação. Quando os efeitos do negócio não correspondem aos que estavam
previstos, a primeira alternativa não é ordenar a resolução, admitindo
correlações que levem a conservação dos efeitos do negócio. Ex: optar por ação
de abatimento do preço, em vez de ação redibitória, no caso dos vícios
redibitórios.
as circunstâncias negociais
a forma
● meio através do qual o agente expressa sua vontade (oral, escrita, através do
silêncio…)
● pode ser expressa ou tácita, ativa (agente modifica o mundo exterior) ou omissiva
(inércia, não há modificação no mundo exterior. Ex: votar permanecer como está,
aceitar uma herança pela não resposta do herdeiro)
O objeto
● conteúdo do negócio
● encerra em si elementos:
○ categoriais inderrogáveis, desde que a espécie que pode-se chamar de objetiva
ou causal (acordo sobre o preço de algo)
○ elementos categoriais derrogáveis que vão constituir o conteúdo implícito do
negócio e que, por isso, são chamados, muitas vezes, erroneamente, de
“cláusulas implícitas”
○ elementos particulares, isso é, diversas cláusulas expressamente incluídas no
negócio
● pode-se dizer que no objeto do negócio há um conteúdo expresso (referência
completa), um implícito (elementos categoriais derrogáveis) e um incompletamente
expresso (referência incompleta)
● há dois tipos de negócio per relationem:
○ negócios formalmente per relationem, cujo conteúdo já está todo determinado e
no qual não se repete, por economia
○ negócios substancialmente per relationem, em que parte do conteúdo é deixada
em branco, a fim de ser fixada no futuro, como o fornecimento de mercadorias,
cuja cotação deve ser determinada na bolsa
● o elemento categorial inderrogável pode tanto ser formal (negócios abstratos) quanto
objetivo (negócios causais)
● abstratos antigamente: mancipatio, stipulatio (constitui qualquer tipo de obrigação, como
a doação, a compra) , injure censu - aquele cujos efeitos se produzem
independentemente da causa, se caracteriza pela forma e não pelo conteúdo.
● negócios relativamente abstratos: a causa pode ter consequências entre as partes
● no direito brasileiro não há negócios absolutamente abstratos, ou seja, a causa terá
relevância, sempre, entre as partes
● elemento categorial inderrogável objetivo, próprio dos negócios causais, pode ser típico,
ora por se referir a um fato anterior ao próprio negócio, ora por se referir a um fato futuro
ao qual tende. Ex: contratos, reconhecimento de um filho
● a inexistência da causa acarretará, em regra, nulidade por falta da causa (ela é quesito,
então, de validade)
● quando a hipótese for de causa final, acarretará em ineficácia superveniente (causa
com fator de eficácia)
● predomina-se, atualmente, o que se chama de sentido objetivo da causa, ou seja, vê na
causa a função prático-social ou econômico-social do negócio
● o elemento categorial inderrogável dos contratos bilaterais é a convenção pela qual a
execução da prestação de uma parte depende da execução de contraprestação da
outra parte
● ex: se é realizado acordo sobre alimentos, porque uma das partes reconhece que a
outra delas necessita, não há contrato bilateral. Assim, uma vez cessada a necessidade
do alimentário (causa final), cessa também a eficácia do acordo
● a causa pode até mesmo ocorrer sobre contratos unilaterais e influenciar na sua
eficácia. Ex: criação de uma fundação, cujo fim deva ser a descoberta de um remédio
contra o câncer. O negócio deve ser considerado ineficaz se, antes da criação, o
remédio contra o câncer for descoberto
16 de agosto
23 de agosto:
● Ato-fato jurídico: vontade não é relevante, a lei impõe efeitos jurídicos. Pontes de
Miranda: é um ato produzido pelo homem, mas nem sempre segue sua vontade. Fato
jurídico qualificado pela vontade humana, ou seja, há uma vontade humana, mas o
valor maior está no fato, na previsão da lei.
● eles são classificados em:
○ atos-fatos indenizatórios: surge uma obrigação de indenizar sem que haja,
necessariamente, uma ilicitude
○ atos-fatos reais: considerados apenas pelo seu resultado, independente da
vontade
○ estado de necessidade: conduta praticada para se livrar de uma situação de
perigo
○ atos-fatos extintivos de caducidade: se extingue um direito pelo decurso do
tempo, como a prescrição (extinguir da outra parte uma obrigação) e a
decadência (direito de exercer um poder, sendo que a outra parte não é obrigada
a nenhum tipo de prestação, condição potestativa). Ex: usucapião extraordinário
- decurso do prazo gera a aquisição. Em todo esse caso, o fato será o tempo
● atos jurídicos em sentido estrito: não coloca-se maior sentido no fato, e sim na vontade
(?)
● negócio jurídico: ato de vontade que visa negócios jurídicos (definição pela gênese,
teria voluntarista) ou um preceito que tira validade de uma norma
● Junqueira diz que as definições voluntaristas são imperfeitas de acordo com a lógica,
pois se pensa-se somente na vontade, para definir o negócio jurídico, sendo que
existem várias vontades que não podem produzir um negócio jurídico. Assim, a vontade
não é elemento para a existência do negócio jurídico, sendo que, na realidade, o
negócio tem efeito pela declaração, e não com a vontade. Assim, um negócio jurídico
seria melhor definido pelo elemento objetivo (declaração) do que por um elemento
subjetivo (vontade)
● Junqueira também diz que é uma visão muito unilateral olhando apenas pela vontade,
visto que, por exemplo, em uma declaração de contrato, há mais de uma vontade
● para junqueira, então, o negócio jurídico deve ser analisado pela existência, validade e
eficácia
● negócio jurídico categorial - visto através da declaração de vontade, que é uma
manifestação de vontade que, pela suas circunstâncias, é vista socialmente como
destinada a produzir efeitos jurídicos
● Junqueira também traz a visão da função social, sendo importante olhá-la no negócio
jurídico - concepção estrutural
● elemento do negócio jurídico é tudo aquilo que compõe a sua existência
30 de agosto
13 de setembro
● no plano de vaidade
● anulabilidade:
○ interesse “privado” de parte prejudicada
○ depende da provocação
○ ocorre prescrição ou decadência
○ sanável
○ ex: nunc
● nulidade:
○ interesse e prejuízo coletivos
○ insanavel
○ pode ser reconhecida de ofício
○ não ocorre prescrição nem decadência
○ ex: tunc
14 de setembro
20 de setembro - monitoria
● o centro do momento em que vai se fazer a interpretação não diz respeito ao ânimo das
partes, mas sim algo que socialmente é aceitável
● a boa-fé, na interpretação do negócio jurídico, é objetiva
● a boa-fé subjetiva tem haver com o Estado de consciência, intenção do agente - está
ligada com a posse - para usucapião, por exemplo, analisa-se a boa-fé subjetiva
● A boa-fé objetiva está relacionada àquilo que seria esperado em determinadas
circunstâncias - confiança no contrato, expectativa de atuação, comportamentos
esperados. Assim, quando se faz um contrato de compra e venda tem-se o que espera
do credor e do devedor. É aspecto de interpretação do negócio jurídico
● teoria da aparência: leva em conta um erro comum, analisando a boa-fé do terceiro.
Reconhece-se um comportamento considerado “natural”, a qual seria feita por um bom
pater-familia
● requisitos para se considerar da teoria da aparência:
○ fato gerador: materialidade
○ imputação ao titular de um direito
○ obrigação de fazer ou não fazer
○ existência de um nexo causal entre o fato da aparência e a conduta do terceiro
○ existência de boa-fé por parte do terceiro
○ âmbito de atuação de aparência circunscrito a atos ou negócios jurídicos
onerosos
● teoria da aparência: uma situação de fato que manifesta como verdadeira uma situação
jurídica não verdadeira e que, por causa do erro escusável de quem, de boa-fé, tomou o
fenômeno real como manifestação de uma jurídica verdadeira, cria um direito subjetivo
novo, mesmo à custa da própria realidade
● casos que já têm uma solução: aparência NO direito)
● casos que não têm solução: teoria da aparência
● não se pode obrigar um terceiro a fazer uma avaliação preventiva da realidade
● hipóteses de aplicação para a teoria da aparência:
○ representante aparente
○ expiração do mandato dos administradores e eles continuam mandando
○ se os administradores ultrapassam seu poder
● A teoria da aparência tem relação com a simulação, mas a ultrapassa
4 de outubro
● dolo, erro, coação - constatação de um vício no processo volitivo (vontade) - art 138 a
165
● não deve-se buscar a vontade geral, e sim a declarada - teoria
● há exceções, pois em alguns defeitos no negócio a vontade é investigada, como na
simulação e na fraude contra credores
● o sistema jurídico brasileiro é bem equilibrado em relação a declaração de vontade e
vontade real
● Erro:
○ deformação do conhecimento, relativo às circunstâncias da manifestação da
vontade. A declaração seria diferente se houvesse conhecimento dos fatos
○ Deve ser substancial - causar impacto relevante para o negócio jurídico - e
perceptível por pessoa com capacidade normal
○ Erro próprio: tomar o que é verdadeiro por falso ou falso por verdadeiro
○ Erro obstativo: erro entre a deliberação e a execução de um ato
○ Erros de fato: erro quando a natureza do negócio, objeto ou quanto as
informações essenciais
○ Erro subjetivo: quando a identidade física ou moral da pessoa com quem se
contrata
● Dolo:
○ agir com má-fé, intencionalmente, por ação ou omissão.
○ Dolus bonus: relacionados ao comércio e “perdoados” pela jurisdição. Ex:
propaganda que seduz a vítima
○ O dolo deve ser um elemento essencial, se for acidental se preserva o negócio e
a parte responde por perdas e danos
● Coação: declaração que não seria manifestada se o agente não estivesse sob uma
pressão externa irresistível, sendo ela moral ou física
● Estado de perigo: assumir obrigação excessivamente onerosa para salvar a si ou outro
membro da família de grave dano
● vícios de consentimento:
● Gera anulabilidade - plano de validade
● erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão - ruptura entre a vontade real e a vontade
manifestada
● Vício social:
● Também gera anulidade
● fraude contra credores - desfazer-se de bens de seu patrimônio de forma que
prejudique credores. Aqui não há problema quanto o processo volitivo, mas sim uma
dificuldade de reconhecer a vontade real
● Simulação: na doutrina não se trata de anulação, mas sim de nulidade
18 de outubro - representação
● “posso adquirir direitos por ato próprio ou de outra pessoa” - quem pratica o ato é
representante, no direito do representado
● em uma representação legal, sempre deve se atuar no interesse do representado
● a representação voluntária pode ser diversa - às vezes defende o interesse próprio do
representante
● Hipóteses decorrentes da lei: pais, tutores, curadores
● Hipóteses decorrentes de negócios jurídicos (convencional): em regra, por meio da
procuração - outorga uma procuração para determinada atuação - a atuação do
representante dependerá das circunstâncias, podendo ser no próprio interesse -
procuração em causa própria
● representação indireta - participante age em nome próprio, mas por conta alheia,
adquirindo primeiramente o representante os direitos somente mais tarde o
representado vindo a recebê-los. Ex: pesquisar
● pode-se falar em representação no negócio jurídico ou dentro do direito de família -
devido a isso, a representação está na parte geral, já que pode aplicá-la em várias
partes do direito civil
● Representação vs mandato:
● Representação é mais ampla do que o contrato de mandato
● A representação está muito presente no mandato
● Onde mais aplicamos a representação? Nos negócios jurídicos, por isso ela está muito
presente no mandato. Ex: dá a representação para um comerciante e, depois, o
mandato de que ele atue em determinada região
● a base para se ter a representação é a autonomia privada - as partes poderão delegar
poderes a um representante que agirá em seu nome
● há na representação a substituição de uma pessoa por outra na prática de um ato
jurídico ou negócio jurídico
● a atuação deve conceder dentro dos limites concebidos - caso o ultrapasse, poderá cair
em anulação
● Tem-se 180 dias para pedir a anulação, ao contrário, cai-se em caso decadencial
● A pessoa que for representante deve-se se identificar ao realizar seu mandato
● mandato: contrato por meio do qual alguém recebe de outrem poderes para, em seu
nome, praticar atos ou administrar interesses, sendo uma modalidade do contrato de
prestação de serviços
● Pode-se ter mandato sem representação, como quando a pessoa age em nome próprio,
mas no interesse do mandante
● a representação pode ser
○ legal: dependente da lei, pressupondo a incapacidade (ainda que relativa) do
representado (tutor) ou deficiência mental (curador). Tem-se que conservar o
patrimônio do representado
■ Ex: representação sindical
○ voluntaŕia: surge da vontade do representado, que emana outra pessoa praticar
negócios em seu nome, definindo limites de atuação. Depende da capacidade
de ambas as partes.
■ A representação voluntária surge a partir da procuração, em que se
passa poder para outra pessoa atuar - há um desdobramento da
capacidade de fato da pessoa. É dada a partir da autonomia privada e
necessita-se de capacidade para exercer tal função. Não depende da
autorização do outorgado (unilateral), apenas deve ter ciência
● Se diferencia no mandado, já que neste todas as partes devem
aceitar (bilateral)
● pluralidade de representantes na procuração: pode atuarem
conjuntamente ou cada um individualmente
● Apesar de não precisar de aceitação, a mesma pode ser tácita.
Ex: praticar atos que confirmam que aceitou a procuração
● Incapazes só podem fazer parte caso acione o direito público
○ imprópria: típica a entes abstratos, tais como pessoas jurídicas, que não detém
capacidade volitiva própria e, portanto, não pode fundar duplicidade de vontade
○ especial (gestão de negócios): quando gestor age em nome alheio sem ter
recebido poder ou competência para tanto.
○ Judicial: quando o juiz decide. Ex: inventário
● em um inventário, o representante, escolhido pelo juiz, representa os
interesses daqueles no inventário e, para isso, deve ter capacidade
● O que pode e não pode ser feito dentro da representação?
● o representante não pode alienar bens, apenas sob poderes especiais
● representante responde por excesso de poder e precisa demonstrar os limites de seus
poderes
● O representado responde apenas por aquilo que foi estabelecido, aquilo que está nos
limites
● a aceitação da representação pode ser tácita: quando uma pessoa começa a praticar
um ato e a pessoa “aceita”
● Poderes gerais: administração voluntária de bens, não podendo aliená-los, salvo
contrário em disposição
● Poderes especiais: analisados e entendidos em favor do representado
25 de outubro
1 de novembro
8 de novembro - responsabilidade
● em toda a manifestação pode-se olhar para a responsabilidade, mas, aqui, olharemos
apenas para a responsabilidade no âmbito jurídico
● é a obrigação de assumir as consequências jurídicas de uma determinada atuação
● tem ligação com a obrigação derivada - descumprimento de uma obrigação primária,
gerando uma obrigação derivada
● pode vir do dever - não causar dano - ou do contrato - descumprí-lo
● responsabilidade: obrigação de reparar danos
● Funções
○ Reparar o dano
○ Punir o agressor
○ Dar exemplo, mostrar a reprovabilidade da conduta
● tipos de responsabilidade:
○ obrigação ampla (bifurcada posteriormente): reparar um dano causado por
outrem, vem do descumprimento de um dever, podendo ser omissiva ou positiva,
vinda até mesmo de acontecimentos naturais
○ natural ex: o motorista de um ônibus sofreu um infarto, um acidente. A empresa
terá que responder, já que a finalidade (chegar ao destino com segurança) fora
descumprida
○ outro ex: fábrica que produz algo perigoso em um lugar propício a acontecer
fenômenos naturais
● responsabilidade contratual e extracontratual
● responsabilidade civil de forma estrita: extracontratual - ato ilícito - bater o carro, não se
conhece a pessoa
● negócios jurídicos: responsabilidade contratual - quebra de um contrato, geralmente as
pessoas já se conhecem
● Responsabilidade objetiva e subjetiva:
● Na subjetiva analisa-se o que a pessoa pensou na hora. Leva-se em conta a conduta, o
dano, o nexo e a culpa
● Na objetiva não se importa com o que a pessoa pensava. Há somente a conduta, o
dano e o nexo. A culpa pode até existir, mas não se considera a mesma no julgamento
● responsabilidade ampla bifurcação:
○ negocial: art 389
○ extracontratual - ato ilícito > sentido estrito
● responsabilidade em sentido estrito - ligação com dano
● três máximas: viver honestamente, dar a cada um o que é seu e a ninguém se deve
lesar
● na responsabilidade tem-se o prejuízo e o dano-evento
● dano-evento é a previsão de que um dano poderá ocorrer
● art 186 do CC - quando se causa um prejuízo a outrem, terá que reparar esse dano
● art 187 do CC: quem comete abuso de direito também comete ato ilícito. Ex: chaminé
para tirar sol o vizinho
● responsabilidade civil (ideia de dano moral, dano material, ideia de retornar ao estado
de antes, recompensar - mesmo que haja danos não compensáveis) e penal (lógica
mais pessoal, quem praticou o crime é punido)
● Defesa:
○ Direta: se ataca o fato - inexistência do fato (provar que nunca houve calúnia) ou
inércia de autoria (provar que o cliente acusado de homicídio não estava no
local)
○ Indireta: se ataca um dos quatro elementos geradores de responsabilidade. São
eles: legítima defesa, estado de necessidade, culpa exclusiva da vítima,
exercício regular do direito, cláusula de não indenizar e caso fortuito ou força
maior