Você está na página 1de 18

Introdução à Sociologia

Programação:

1.Contexto sócio-histórico de constituição do conhecimento sociológico


2.A Sociologia como conhecimento científico historicamente situado
3.Émile Durkheim e as possibilidades de integração social na sociedade moderna
4.Karl Marx e as contradições da formação social capitalista
5.Max Weber e os efeitos da racionalização sobre as ordens social, econômica e política
6.Tendências recentes do pensamento sociológico em face de problemáticas contemporâneas

Gibbens - O que é a sociologia?

● A sociologia é o estudo da vida social humana, dos grupos e das sociedades


● Inclui desde a análise de encontro de indivíduos até situações globais
● O trabalho do sociólogo exige o pensamento fora da vida cotidiana
● O café é viciante, assim como o álcool ou a maconha. No entanto, existem sociedades
que veem o café como algo cotidiano, enquanto outras a reprimem e consideram o uso
de maconha como algo normal. Por que isso acontece? - objetivo da sociologia estudar
esses contrastes
● Sociologia investiga o que a sociedade faz e o que nós fazemos de nós mesmos
● Estrutura social: se refere ao fato de que os contextos sociais de nossas vidas são
estruturados ou padronizados de formas distintas, não dependem do acaso
● As sociedades humanas estão sempre no processo de estruturação
● A sociologia nos permite ver o mundo através de pontos de vida diferentes dos nossos,
se compreendemos como os outros vivem, compreenderemos mais facilmente seus
problemas
● A sociologia ajuda no auto-esclarecimento
● Origem da sociologia: duas grandes mudanças radicais - a Revolução Francesa e a
Revolução Industrial
● Comte:
○ Pai da sociologia
○ Queria explicar o mundo social da mesma forma que as leis da natureza
explicavam o mundo físico
○ Acreditava que todas as ciências compartilhavam uma lógica comum
○ Positivismo: aplicar rigorosidade para estudar sociologia, preocupar com
entidades observáveis, conhecidas pela experiência, evidências empíricas
○ Estágios teológico, metafísico (natureza) e positivo (ciência)
● Criação de um consenso moral que ajudaria a regular a sociedade em relação a
desigualdade
● Durkheim:
○ Também acreditava que era necessário estudar o social da mesma forma que as
leis da natureza explicavam o mundo físico
○ Sociologia como ciência empírica
○ Estudou os fatos sociais - aspectos da vida social que modelam as ações dos
indivíduos
○ Os fatos sociais são externos aos indivíduos e criam a sua própria realidade,
tendo força coercitiva
○ As pessoas,no entanto, inserem-se nos fatos sociais, pensando que agem sobre
conta própria, seguindo padrões gerais à sociedade
○ Fatos sociais podem punir, rejeitar ou compreender
○ Para estudar os fatos sociais, deve abandonar os preconceitos e ideologias
○ Sociedade orgânica: dependência econômica das pessoas, divisões de trabalho
○ Sociedade mecânica: culturas tradicionais, com poucas divisões de trabalho.
Estão envolvidos em ocupações similares, sem grandes divergências de
pensamento
○ O suicídio é um fato social, o qual pode ser caracterizado como:
■ Egoístico: ocorre quando um indivíduo está isolado ou tem seus laços
enfraquecidos
■ Anômico: falha de regulação social - rápida mudança ou instabilidade
■ altruístico : quando um indivíduo está integrado demais e valoriza mais a
sociedade que participa do que ele mesmo
■ Fatalista: quando um indivíduo é regulado demais pela sociedade,
opressão
○ Anomia: falta de objetivos, que leva ao desespero, provocado pela vida social
moderna
● Marx:
○ Mudanças com relação a Revolução Industrial
○ Elementos principais do capitalismo: o capital (bens, como dinheiro, máquinas) e
a mão de obra assalariada (trabalhadores que precisam sobreviver trabalhando
para os detentores de capital)
○ Concepção materialista da história: a mudança social é estimulada por
influências econômicas. Os conflitos das classes são o “motor histórico”
● Weber
○ Influenciado por Marx, porém rejeitou a concepção materialista
○ Ideais e valores também devem ser considerados como fatores de mudança
○ Se concentrar na ação social e não nas estruturas
○ a seleção dos objetos são as ideias de valor do investigador
○ Os indivíduos têm condições de agir livremente e mudar o futuro
○ Tipos ideais: modelos conceituais que podem ser utilizados para entender o
mundo, é um ponto de referência
○ Estava acontecendo uma racionalização da sociedade - podia esmagar o
espírito humano ao tentar regular todas as relações sociais
○ Capitalismo: ascensão da ciência e da burocracia
● Harriet Martineau
○ Estudou a sociedade Norte-Americana
○ Concentrar em todos o aspectos de uma sociedade, incluindo instituições
políticas, culturais e sociais
○ Deve incluir a vida das mulheres
○ Olhou para questões anteriormente ignoradas, como as crianças, o casamento,
a vida doméstica e a questão da raça
○ Também disse que os sociólogos têm que atuar na sociedade
○ Contribuiu para adquirir o direito das mulheres e da emancipação dos escravos
● Funcionalismo
○ Relação com Durkheim e Comte
○ Como os órgãos da sociedade trabalham e atuam, mantendo tudo integrado
○ Sociedade é um sistema complexo cujas parte trabalham conjuntamente para
produzir estabilidade e solidariedade
○ Realizar investigação dos indivíduos com a sociedade e da sociedade como um
todo
○ Sociedade como organismo vivo - várias partes do corpo humano, que
trabalham juntas para um todo
○ Consenso moral: compartilham mesmos valores
○ Crítica: não é a sociedade que tem necessidades e propósitos, mas sim os seres
humanos
● Abordagem de conflito
○ Relação com Marx
○ Importância de estruturas dentro da sociedade
○ Questões de poder, desigualdade e luta
○ Interesses separados - conflito
● Interacionismo
○ Relação com Weber
○ Estruturas sociais foram criadas através de indivíduos
○ Preocupação com a linguagem (permite que nos tornemos seres
autoconscientes) e com o significado
○ Dependemos de símbolos e de interações
○ Percepção profunda da natureza das nossas ações
○ Criticado por ignorar questões maiores do poder e da estrutura dentro da
sociedade

24 de agosto - introdução à sociologia

● O que é a sociologia
● A emergência a sociologia
● sociologia e modernidade:
● É uma disciplina fundamentalmente “moderna” fundada pela tentativa de explicar,
antecipar e alterar o mundo em rápida mudança, fazendo isso de modo científico e
racional.
● A desigualdade se torna um problema a partir da modernidade
● a sociologia possui uma agenda socialmente relevante - reflete sobre questões,
problemas e desafios da sociedade contemporânea
● forma de conhecimento: produção rigorosa de conhecimento que possa explicar a
natureza da mudança social e o funcionamento da sociedade
● o que define a sociologia não é o que ela estuda, e sim como ela explica (sociedade
como explicação)
● o que conecta a sociedade é uma longa rede de interdependência, e não horizontais
● olhar sociológico: “distanciamento” - nova forma de olhar que envolve estranhar e
problematizar o que já conhecemos

Durkheim - Fato social

● fenômenos que se dão na sociedade, possuindo um interesse social


● esses fatos são exteriores ao indivíduo e adotam uma força coercitiva e imperativa
● Ex: posso não gostar do jeito que funciona tal banco, mas se eu parar de usá-lo, nada
vai mudar
● Uma criança, por exemplo, é ensinada sobre como deve se comportar, com uma força
coercitiva sobre ela. Se essa força deixa de existir, é porque a criança já adquiriu os
hábitos e costumes necessários
● o fato social é coletivo e geral. Ele está em cada parte pois está no todo, ou seja, se
manifesta nos indivíduos particulares de determinada forma já que faz parte da
sociedade
● um sentimento comum em uma assembléia não exprime o que havia de comum entre
os particulares, mas sim resulta da vida comum - não é espontâneo, e sim resultado de
uma força que move no mesmo sentido, arrastando todos

31 de agosto - fato social

● durkheim pretendia fazer uma sociologia científica, com base na ciência


● responder perguntas: qual é o objeto e qual é o método
● o objeto de Durkheim foi o fato social
● fato social é uma maneira de pensar, agir, sentir, exterior ao indivíduo, dotadas de
coercitividade, impondo-se aos indivíduos
● pode-se escolher entre um rol de possibilidades, mas não dá para escolher algo fora
deles
● ao fato social existe antes do indivíduo nascer, vai continuar existindo depois dele
morrer - uma pessoa não pode modificar o fato social
● ex: educação e socialização da criança
● há fatos que não são comuns na sociedade com um todo. Ex: modo como tal
profissional se comporta
● taxas: técnica que permite isolar a dimensão coletiva do fato social
● O fato social não se caracteriza pela sua generalidade, e sim pela sua característica de
ser comum na média dos dados. Ex: ser destro é comum, pois a maioria das pessoas
são.
● a sociedade não é o resultado da soma de diferentes indivíduos
● não está no todo porque está na parte, mas está a parte porque está no todo
● Nós conhecemos os fatos sociais na medida em que o vivemos, a partir de dentro. Ele
diz que é impossível dizer que os fatos sociais podem ser conhecidos somente
externamente, pelo pensamento, pois os fatos sociais são coisas
● coisas: tudo aquilo de que não podemos fazer uma noção adequada por um simples
procedimento de análise mental, tudo o que o espírito não pode chegar a compreender
a menos que saia de si mesmo, por meio de observações e experimentações
● Para estudar os fatos sociais cientificamente, o pesquisador precisa penetrar no mundo
social como se esse mundo fosse desconhecido para ele, como se desconhecesse os
fatos sociais, suas propriedades e causas – precisa “sair de si mesmo” por meio de
observações e experimentações para conhecer os fatos “a partir de fora”
● regras para observações dos fatos sociais:
○ devemos suspender ao máximo o que já conhecemos sobre algo para estudá-lo
- entender que a nossa opinião não é importante para conhecer o que está
pesquisando, deve-se abrir mão dela - isolar as pré-noções
○ quando for fazer a pesquisa, ter um grupo de fenômenos previamente definidos
por certos caracteres exteriores
● Se o fato social não depende da consciência ou vontade individual, a explicação da vida
social deve ser buscada na própria sociedade
● distinção entre o normal e o patológico
○ normal: tipo médio (ser esquemático que reúne no mesmo todo os caracteres
mais frequentes na espécie em sua forma mais frequente)
○ tipo patológico: aquilo que desvia desse médio
● discutir se o crime é normal ou patológico:
● primeira concepção: o crime está presente em todas as sociedades - “normal” - ligado à
vida coletiva
● se as taxas de criminalidade estão altas, pode ser considerado algo patológico, como
um desvio da normalidade (sociedade é normal com crime, mas não em excesso)
● uma sociedade sem crime seria impossível
○ crime é uma ofensa a sentimentos coletivos - não ter crime significa que esses
sentimentos estariam presente em todos os indivíduos, com força suficiente para
impedir sentimentos contrários
○ o meio físico, antecedentes e influências sociais diversificam a consciência
○ se é inevitável que indivíduos divirjam, é inevitável que alguns apresentem um
caráter considerado criminoso pela consciência comum
○ o crime é, portanto, necessário, pois está ligado a aspectos importantes de toda
a vida social
● o direito e a moral variam de um tipo social a outro e em relação a um mesmo tipo com
um passar do tempo
● para que essa mudança aconteça, é necessário que os sentimentos coletivos não
sejam contra a mudança
● se o crime não é doença, não se pode pensar em uma maneira de curá-lo (criminologia
positiva)

Durkheim - solidariedade mecânica e orgânica

● Solidariedade: fator de grande coesão social em um período específico, faz os


indivíduos sentirem-se parte de um grupo social
● Solidariedade mecânica:
○ Fundada nas tradições
○ Muito presente em sociedades pré-capitalistas, em que as pessoas
desenvolviam as mesmas tarefas
○ Sociedades mais simples
○ Os indivíduos eram independentes, mas muito semelhantes
○ A coesão social é garantida pela tradição, pela moral e pelos costumes, que
possuem uma grande força, capaz de unir os indivíduos - crenças comuns
reunia a sociedade
● Solidariedade orgânica:
○ Gerada na interdependência na produção do trabalho nos moldes capitalistas
○ As tarefas eram dependentes umas das outras, se complementam
○ Sociedades mais complexas
○ Indivíduos mais dependentes, mas diferentes entre si
○ Os indivíduos deixam de compartilhar semelhantes crenças, costumes e hábitos

Durkheim - a função da divisão do trabalho

● A tendência da divisão do trabalho fica cada vez mais evidente com a industrialização
● Essa divisão seria a separação das ocupações e a especialização, em que o todo
depende do coletivo
● Aponta, também, para a modernização agrícola
● O homem deve ser “acabado” ou parte de um todo?
○ Há uma pressão social que leva aos indivíduos para participarem da divisão do
trabalho - se todos executarem irá melhorar a vida de todos
● Durkheim afirma que há, então, uma obrigação moral dos indivíduos de fazerem parte
desse molde e executar a divisão do trabalho
● Quando Durkheim olha para a função do trabalho ele busca entender a quais
necessidades a divisão do trabalho atende

14 de setembro

● Durkheim procura entender os fatos morais, objetivamente


● Será que é preciso consenso moral para ter uma ordem social?
● a divisão do trabalho é um fato generalizado da Sociedade Moderna - não é algo
exclusivo da produção econômica
● a moral varia de acordo com o contexto social
● o que interessa a Durkheim é saber a funcionalidade da divisão do trabalho, para
entender se ela tem caráter moral
● a D.T é uma fonte de civilização - faz com que a sociedade seja organizada
● questiona se a civilização é algo moral
● a ciência, a arte e a economia estão fora da moral
● se os principais elementos da civilização estão fora da moral ela, então, não é moral
● a divisão o trabalho não tem primordial efeito de aumentar a produtividade, mas de
criar a solidariedade entre as partes, funções divididas
● a divisão do trabalho não se refere a apenas um campo (econômico), mas a todos os
outros, com o social, dado que há maior especialização nas esferas política, científica,
artística
● é preciso comparar diferentes vínculos sociais, diferentes formas de solidariedade
● A solidariedade social é um fenômeno completamente moral
● quando a solidariedade social é forte, existem muitas relações sociais entre os
indivíduos e precisa ser regulada por regras jurídicas
● o direito expressa as regras morais vigentes, ainda que possam haver excrepâncias
(exceção)
● O direito reproduz as formas principais de solidariedade social. Assim, pode-se
classificar diferentes espécies do direito para entender diferentes espécies de
solidariedade
● Um importante aspecto do direito é a sanção.
○ sanção repressiva: típicas do direito penal, punição ao crime, tem um caráter
geral e difuso (geralmente já conhecido pelas pessoas), não é um ramo
especializado do direito que se refere apenas a um tipo de área
○ sanção restitutiva ou reparadora: não tem caráter de gerar o mal por um ato,
mas sim por restaurar a normalidade. Também estabelecem a cooperação entre
os indivíduos
● classifica o direito através da sanção para determinar a solidariedade
● sanções repressivas geram solidariedade mecânica.
● As sanções reparativas geram a solidariedade orgânica - reparam a solidariedade
orgânica, que classifica a coesão social pela diferença
● a consciência coletiva é um conjunto de crenças dos membros da sociedade, que forma
um sistema de consciência de vida própria, a qual toda a sociedade precisa ter para se
manter
● existem diferentes tipos de consciência social
● não reprovamos por ser um crime, mas é crime porque reprovamos
● na solidariedade mecânica se estabelece um vínculo pela semelhança
● a consciência coletiva, nessa sociedade, é extremamente generalizada, fazendo com
que haja uma grande força coercitiva contra quem se desvia do padrão
● a solidariedade orgânica não deixa de ter aspectos em comum, assim como a mecânica
não deixa de ter indivíduos que pensam individualmente - é uma questão de graus
● solidariedade orgânica conecta as pessoas pela diferença
● o termo orgânico faz referência ao organismo, o qual tem diversos órgãos diferentes
que, juntos, fazem o corpo humano viver

Capítulo IV - Karl Marx - a transformação do dinheiro em capital


- 21 de setembro
● A produção capitalista consiste no fato de que as condições materiais de produção
encontram-se nas mãos daqueles que não trabalham, ao passo que a massa constitui
apenas a força de trabalho
● Os trabalhadores entregam a sua “liberdade” em troca do trabalho para não passarem
fome
● Não há um capitalismo puro, pois mesmo com uma cidade industrial, há pequenos
camponeses e artesãos
● Dinheiro não é capital, mas sim uma qualidade do meio de circulação
● Fórmula de circulação mercantil: M - D - M (venda de uma mercadoria para a compra de
outra) - o objetivo da circulação é o valor de uso
● O dinheiro transforma-se em capital quando ele é utilizado com o fim de explorar o
trabalho alheio
● Assim, a fórmula geral do capital é: D - M - D+ (compra e venda, com fins de
enriquecimento) - objetiva o aumento do capital
● A força de trabalho se transforma em mercadoria no capitalismo
● O valor da força do trabalho é baseado no tempo do mesmo e no objeto produzido
● A mais-valia é o que o capitalista lucra, ou seja, a diferença entre o valor pago pela
força do trabalho e o valor produzido por essa mesma força. É o resultado do trabalho
não pago ao operário
● Capital variável: relacionado a contratação de operários e a mais valia, que cresce
conforme o tempo
● Capital constante: relacionado às máquinas
● Taxa de mais valia é a relação entre a mais valia e o capital variável
● Mais-valia absoluta: resultante da prolongação do tempo de trabalho
● Depois de diversos movimentos sociais, os quais conseguiram proibir jornadas
desumanas de trabalho, a mais-valia absoluta tornou-se difícil de ser alcançada,
passando assim para a mais-valia relativa
● Pensou-se, então, em como aumentar os lucros sem ser através da maior jornada de
trabalho
● mais-valia relativa, dessa maneira, é a busca por maior produtividade, a partir de
máquinas, a fim de expandir o lucro sem elevar as horas de trabalho
● Mais-valia extraordinária: se dá quando os funcionários são substituídos por máquinas e
métodos mais aperfeiçoados em relação aos empregados

21 de setembro

● estudo sobre o caráter contraditório do capitalismo - o qual é inseparável de tal regime


● as leis econômicas expressam as relações sociais que definem determinado modo de
produção
● inversão do liberalismo - cada indivíduo trabalha pelo interesse da coletividade ao
trabalhar pelo interesse próprio - cada um contribui para o funcionamento necessário e
para a destruição final do regime capitalista
● transformação do dinheiro em capital: depende de uma relação social particular
● fórmula: M-D-M (motivo que impulsiona é valor de uso, varia qualitativamente e não
quantitativamente)
● também tem-se D-M-D (há o valor de troca, valor excedente (mais-valia) - não varia
qualitativamente, mas sim quantitativamente)
● A fórmula geral do capital: acrescenta-se uma mais-valia na troca, fazendo o dinheiro se
valorizar. É um processo, então, que visa a busca de lucros
● A teoria da mais-valia busca explicar da onde vem o lucro
● a troca em si mesmo permite expandir o valor das mercadorias?
○ não, a circulação (própria troca) de mercadoria não pode produzir excedente.
Antes de entrar na esfera da circulação, a mercadoria já precisa ter seu preço
determinado. Então, quando está se fazendo uma troca, há um valor equitativo
○ fora da esfera de circulação, o trabalho aplicado a certa mercadoria poderia
adicionar valor a ela.
○ No entanto, imagine que o preço por acaso aumente em 10% para todos. O
vendedor ganharia um excedente de 10%, mas por ter aumentado para todos, o
vendedor que também precisa comprar, comprará 10% mais caro do que antes.
A equivalência se mantém.
○ Logo a formação da mais valia e portanto a transformação de dinheiro em capital
não é explicada pelo vendedor vender acima do valor ou o comprador comprar a
baixo.
○ Em suma, há uma contradição: nem dentro da circulação e nem fora
consegue-se o dinheiro a mais
○ conclui-se, então, que a mudança no valor da mercadoria tem-se com o uso da
mesma, dada com a força de trabalho
○ o valor da mercadoria é proporcional a quantidade de trabalho
● Se o trabalhador trabalha 12 horas, por exemplo, em 6 horas ele já produziu o
necessário para pagar seu salário. As 6 horas a mais, então, representam a mais-valia,
a quantidade de valor produzido pelo trabalhador além o tempo necessário que
precisaria para pagar o seu trabalho, é o sobre-trabalho
● A busca de capital e por lucro é incessante, por isso procura-se meios de aumentar
esse valor. Há, então:
○ mais-valia absoluta: se o trabalhador trabalhar 12 horas, vão começar a
trabalhar 15, etc. No entanto, há um limite nesse aspecto, pois o ser humano
não conseguiria trabalhar em um tempo exacerbado
○ mais-valia relativa: dada com a tecnologia
● nada disso funcionaria se os trabalhadores não vendessem sua força de trabalho, mas
sim o produto dessa força. No entanto, isso não acontece pois os mesmos não dispõem
dos meios de produção
● diferença entre aparência e realidade: esconde o sobre trabalho, o excedente
● Também é uma aparência que o operário dispõe livremente de sua força de trabalho – a
realidade é a obrigação de vender a força de trabalho
● Manifesto comunista
● A história de todas as sociedades é a história da luta de classes
● A história humana se caracteriza pela luta de grupos humanos
● A burguesia produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Seu declínio e a vitória do
proletariado são igualmente inevitáveis
● Somente o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária: a revolução
proletária marca o fim das classes e do antagonismo da sociedade capitalista – e, com
isso, o fim da política e do Estado

A ideologia Alemã - Karl Marx e Friedrich Engels


- 28 de setembro

● Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência
● “A ideologia alemã” satiriza os hegelianos, como as ideias de Feuerbach (idealista)
● Dizia que os idealistas, ao focalizar na religião e na moral, esquecem-se dos reais
problemas econômicos
● Para marx, não são os pensamentos que governam o mundo, mas sim as relações de
produção, as quais condicionam as ideias
● Ideologia: conjunto de pensamentos desligados de seu contexto material e histórico -
era o que Marx criticava
● Defendia, então, o materialismo histórico

28 de setembro - a ideologia alemã


● Ideologia: Marx e Engels demonstram a existência de um elo necessário entre formas
invertidas e consciência. A relação entre homens tida como relação entre coisas e a
crença na liberdade e igualdade na relação de compra e venda da força de trabalho
distorcem o pensamento e ocultam as contradições sociais (que são sua própria fonte).
Essas inversões ideológicas não são ilusões, mas expressão do mundo real (há uma
inversão da própria realidade
● as inversões de ideologia não são uma ilusão, demonstram uma contradição do mundo
real - a fonte da inversão ideológica é uma inversão da própria realidade
● em “a ideologia alemã” - partir da consciência ao invés de partir da realidade material –
o problema da humanidade não são ideias errôneas, mas contradições reais quando os
homens são incapazes de resolver essas contradições na prática, tendem a projetá-las
nas formas ideológicas da consciência, em soluções espirituais ou discursivas que
ocultam ou disfarçam a existência e o caráter dessas contradições – ocultando-as, a
distorção ideológica serve para sua reprodução e, portanto, serve aos interesses da
classe dominante
● Em “O Capital” - conexão entre a consciência invertida e a realidade invertida é mediada
por um nível de aparências que é constitutivo da própria realidade
● A obra “A ideologia Alemã” critica o caráter conservador da filosofia dos ‘jovens
hegelianos’ que se apresentavam como teóricos revolucionários. Também analisa o
materialismo histórico
○ importância da teoria política: Estado deixa de ser conceituado como entidade
que visa os interesses comuns para ser vinculado aos interesses da classe
dominante
○ crítica à filosofia dos jovens hegelianos, que analisavam a história como
sequência de grandes acontecimentos históricos
■ Marx propõe se perguntar qual a relação entre a filosofia alemã e a
realidade alemã – uma ligação entre a sua crítica e o seu próprio meio
material. Parte-se, assim, das bases reais, de indivíduos reais, suas
ações e condições materiais de existência (verificáveis empiricamente)
● materialismo histórico: ao invés de partir de ideias abstratas, parte-se daquelas
concretas - não os homens isolados e definidos de modo imaginário, mas indivíduos
reais, suas ações e condições materiais de existência
● Como se explica a origem histórica?
● fatos históricos:
○ o primeiro fato é a produção dos meios de subsistência
○ Há também a dependência material dos homens entre si, condicionada pelas
necessidades produtivas
○ O modo de produção, base de toda a história, estrutura a sociedade
○ A linguagem surge como modo de intercâmbio de ideias
● a base social da consciência
○ aquilo que viabiliza a sociedade, as interações - através da linguagem
○ é um produto social, interdependência com outras pessoas
○ A classe detentora dos meios de produção material também detém os meios de
produção intelectual
○ Quando a consciência entra em contradição com as forças existentes, então, é
porque as relações sociais entraram em contradição com a força produtiva
● a divisão social do trabalho
○ permite desenvolver as forças produtivas
○ Como as diferentes formas de trabalho produzem uma estrutura?
○ a propriedade gera uma distribuição desigual do trabalho - existiram diferentes
tipos de organizações - tribal, feudal - todas com distribuição desigual
○ A divisão do trabalho enuncia a atividade, enquanto a propriedade enuncia o
produto dessa atividade
○ há-se fixação da atividade social pela divisão do trabalho - as pessoas são
condicionadas a trabalhar de determinada maneira porque são obrigadas, e não
por um ato voluntário
○ Os indivíduos, dessa forma, não interpretam seu interesse particular como
coletivo, porque a universalidade é uma forma ilusória de coletividade
● Quando a formas de consciência (uma consciência autônoma, que pode explicar a
história e as relações) entram em contradição com as relações existentes é porque as
relações sociais entraram em contradição com a força produtiva

Weber - O Espírito do Capitalismo


- Dia 5 de outubro

● Sobre o livro:
● Como a ética protestante propiciou condições para que o capitalismo se desenvolvesse
● Protestantes pregavam a importância do trabalho, a fim de não se aparentarem ociosos
● Isso fez com que, consequentemente, a economia se desenvolvesse
● Ascese e o capitalismo
● Ascético: abstenção das prazeres e do conforto material, em busca do aperfeiçoamento
ou da perfeição espiritual.
● Autores puritanos condenam o acúmulo de riquezas, já que o mesmo pode acarretar em
ócio (algo muito condenável para eles)
● Logo, se estabelece o trabalho como meio ascético, com fins em si mesmos, como algo
extremamente importante para o protestantismo
● O homem deve usar o trabalho de forma ascética, entretanto, deve-o aprimorar,
beneficiando a sociedade
● A falta de vontade de trabalhar é um sintoma de estado de graça ausente
● A providência divina pôs à disposição uma vocação, a qual terá que se trabalhar. É uma
ordem dada por Deus, a fim de que o indivíduo seja operante por sua glória
● A mudança de profissão não é condenável, desde que o indivíduo faça de forma a
abraçar uma profissão mais agradável a Deus, ou seja, uma profissão mais útil
● A liceidade da alegria proporcionada por bens culturais puramente destinados à fruição
estética ou esporte esbarrava em todo caso em um limite característico: não deveria
custar nada
● O trabalho para Deus, então, na visão puritana, tem importância ao próximo e ao
coletivo, além de possuir capacidade de dar lucro
● O enriquecimento não é visto como algo maléfico, apenas quando gera o ócio
● Uma das consequências da não ostentação e da não ambição pregada foi o acúmulo de
capital, gerando investimento
● Também pregava-se que o salário recebido não era tão importante quanto a virtude do
trabalho, fazendo com que se aumentasse a produtividade, mesmo tendo pessoas que
recebiam extremamente pouco, favorecendo o capitalismo
● Baxter: líder do puritanismo inglês - “chefe dos protestantes”

5 de outubro

● o problema
○ constatação estática: os países economicamente mais desenvolvidos são
aqueles predominantementes protestantes
● Como explica esse fato?
○ os protestantes, como camada dominante ou dominada, mostram inclinação
específica para o racionalismo econômico
● o espírito do capitalismo
○ Weber não quer explicar o capitalismo como sistema econômico, mas sim
historicamente
○ ethos: sentido de ética, que diz como os indivíduos devem se comportar no
capitalismo - investir o dinheiro, ser pontual
○ capitalismo racional moderno: definido pela existência de empresas, em que o
objetivo é auferir o maior lucro possível, tendo um modo de organização racional
○ o ganhar dinheiro, no protestantismo, não é para ter alguma coisa, como viajar,
comer bem, ter bens materiais. O que se visa é o dinheiro com o fim mesmo, ou
seja, ter dinheiro para ganhar ainda mais dinheiro
○ weber questiona a ideia supracitada
○ Weber deseja explicar como surge essa maneira de pensar que é tão
relacionada ao capitalismo, fazendo ele se desenvolver
● protestantismo e vocação profissional
○ chega a conclusão, então, de que o ethos é incentivado pela religião - o
protestantismo
○ observa como o trabalho era visto pelo catolicismo e viu que a forma mais
elevada em relação ao capitalismo está em se retirar do mundo da vida para
acessar o universo divino
○ no luteranismo há uma noção de vocação, ou seja, a pessoa deve aceitar a
situação em que ela se encontra
● protestantismo ascético ou “puritanismo”
○ o calvinismo é um tipo de protestantismo ascético
○ existe um Deus que criou um mundo e não pode ser compreendido pelos
humanos
○ decreto da predestinação a vida eterna
○ o sentido do destino individual é misterioso - o calvinista não sabe se será salvo
ou condenado
○ para ter confiança em si o melhor é o trabalho sem descanso - Deus age nos
escolhidos
● afinidades eletivas
○ existente entre formas de fé religiosa e ética profissional
● o mecanismo de afinidade: ascese e o espírito do capitalismo
● perigos da riqueza
○ condenáveis em aspectos morais
○ condena-se o ócio e a acumulação de bens
○ ascese: abandonar apegos mundanos
● valorização do trabalho:
○ o trabalho é um meio ascético comprovado - preservativo contra as tentações da
vida impura
● lucro:
○ utilidade da profissão - capacidade de dar lucro econômico privado
○ é permitido trabalhar para ficar rico se não for pelos fins da carne
● O mecanismo
● 1. Liberou o enriquecimento e restringiu o consumo
○ o protestantismo, então, rompeu as cadeias que cercavam a ambição de lucro,
não só ao legaliza-lo, mas também ao encará-lo
○ a luta não era contra o ganho, e sim contra o uso
● 2. Favoreceu o acúmulo e investimento do capital
○ o trabalho contínuo e sem descanso como um meio ascético gerou o acúmulo de
capital e seu investimento
● 3. Favoreceu a condução da vida economicamente racial
○ a concepção puritana de vida fez a cama para o homo economicus moderno
● tese: um dos componentes do espírito capitalista e da cultura moderna é a vida racional,
fundada na ideia de profissão como vocação
● as implicações: a jaula de ferro ou a crosta de aço
● aos poucos a busca por Deus começou a se resolver somente no profissional, deixando
a raiz religiosa de lado
● dava aos trabalhadores a ideia que as desigualdades no meio de trabalho deviam ser
aceitas, já que eram de ordem divina
● nos dias de hoje, não há mais implicações do espírito capitalista com o mundo religioso
● posicionamento com relação ao materialismo
Weber - ciência e política: duas vocações
- Aula 26/10 - a dominação legítima e o direito

● Sociologicamente, o Estado não se deixa definir a não ser pelo específico meio que lhe
é peculiar - a coação física
● O Estado se transforma na única fonte do “direito” à violência
● Ou seja, é uma dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento de
violência legítima
● Essa violência é legitimada por três fatores:
○ Pelo “poder tradicional” - costumes santificados pela validez imemorial e pelo
hábito, enraizado nos homens, de respeitá-los
○ Pelo carisma - devoção e confiança pessoal depositada em alguém que se
singulariza por qualidades prodigiosas, de heroísmo
○ Pela legalidade - crença na validez de um estatuto legal e de uma competência
positiva
● A obediência aos súditos, na realidade, também é dada pela esperança e pelo medo
● Pode-se classificar as administrações em duas categoriais:
○ Agrupamento organizado: os funcionários do Estado-maior, de cuja obediência
dependem do detentor do poder, são, eles próprios, os proprietários dos
instrumentos de gestão. Aqui, o soberano só consegue governar por meio de
uma aristocracia independente e, por isso, partilha o poder com ela.
○ Ou quando o Estado-maior é privado dos meios de gestão, no mesmo sentido
que os proletários são privados dos meios de produção. Aqui, o governante
busca o apoio de pessoas marginalizadas, já que as mesmas dependem do
soberano do ponto de vista material.
● O Estado moderno é um agrupamento de dominação social que procurou (com Êxito)
monopolizar a violência física legítima como instrumento de dominação, reunindo na
mãos dos soberanos poder para tal

26 de outubro

● os seres humanos, a partir de seus valores, agem de determinada maneira e, por isso,
entende-se qual o sentido que levou uma pessoa a agir de determinada maneira
● definição de ação social: é dotada de sentido para quem a pratica, se orientando pelo
comportamento de outrem
● nem toda ação é social, como uma ação externa orientada por fenômenos naturais,
uma ação religiosa de contemplação (meditação, reza), simples contato entre duas
pessoas (contato entre duas pessoas que se esbarram)
● se as pessoas que se esbarraram, no entanto, mudam seu caminho depois da batida,
se torna uma ação social
● a relação social e uma conduta de vários, orientando-se pela reciprocidade. Consiste na
produção de efeitos a partir de reações
● ressalva 1: reciprocidade em uma relação social não quer dizer reciprocidade. ex: uma
briga também é uma relação recíproca
● ressalva 2: reciprocidade não significa que os participante atribuirão o mesmo sentido
ao acontecimento
● Weber defende que há uma diferença entre uma concepção jurídica sobre o direito e
uma concepção sociológica sobre o direito
● a concepção jurídica tem uma ideia normativa, como as regras devem operar de uma
maneira logicamente correta, o dever-ser
● A concepção sociológica se importa se a lei e a norma são tidas como válidas entre as
pessoas que fazem parte de determinada sociedade. O conceito de norma, nesse caso,
pode mudar
● para Weber, toda ação social pode ser representada pela ordem legítima, orientada por
certas condutas - essa ordem orienta as ações
● a vigência de uma ordem depende da probabilidade de que a mesma realmente seja
válida entre os indivíduos, condicionada pelo sentimento de dever
● eu me comporto de acordo com uma lei pois tenho o sentimento de dever sobre ela
● uma ordem vigente, então, é aquela que é considerada como obrigatória, como uma
obrigação pelos indivíduos
● o sentimento de dever, então, faz uma norma ser considerada com legítima
● A legitimidade pode ser garantida externamente (através da antecipação de
consequências negativas, pela probabilidade de que o comportamento seja reprovado,
chamado de convenção pelo Weber. Quando a ordem é seguida externamente por um
aparato específico, tem-se o direito) e internamente (quando os indivíduos têm atitudes
internas que os fazem sentir que o certo é seguir a norma)
● Se todos seguissem a norma motivados por um sentimento e dever para seguir a norma
não se precisaria do direito.
● O direito, dessa maneira, é uma ordem legítima, que conta com um aparato coativo, que
pode ter sua ordem em virtude de:
○ Uma tradição: sempre foi assim
○ as pessoas acreditam que há algo novo nas regras, que elas foram reveladas
por um superior, há uma crença superior - crença afetiva
○ Pode ser também a partir da crença nos valores - sigo uma norma pois acredito
que a mesma tem um conteúdo o qual acredito que é de acordo com meus
valores. Ex: direito natural
○ obedecer uma regra ou uma lei em virtude do estatuto existente pelo qual a
legalidade se acredita
● relação de dominação - submeter-se a imposição de uma ordem
● A disposição de se submeter a imposição de uma ordem pressupõe a legitimidade dos
que impõem essa ordem. Assim, precisa-se garantir que as pessoas as quais impõem a
ordem, assim como o sistema, sejam considerados legítimos
● Tipos puros de dominação:
○ dominação legal: a autoridade é entendida como fundamentada na legitimidade.
A obediência se dá as regras, e não a uma pessoa em particular
○ dominação tradicional: autoridade do passado eterno, crença nas tradições -
obedeço uma pessoa por ela representar uma tradição. Ex: chefes de igrejas,
padres
○ dominação carismática: dons pessoais extraordinários de um indivíduo em
particular. Crença no poder heróico de uma pessoa em particular. Ex: Hittler,
Vargas
● tipo ideal: forma que o Weber constrói conceitos, como ele entende que os conceitos
devem ser elaborados. Não coincidem com a realidade, dado que são puros,
meramente concepções lógicas. Não se dá a partir da observação da sociedade, e sim
da abstração
● Estado: é uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada na
legitimidade. O Estado só pode existir sob a condição de que os homens dominados se
mantenham sobre o poder dos homens dominantes
● Em nossa época, devemos conceber o Estado como uma comunidade com seu
território, que reivindica o monopólio da violência física. Não se reconhece o direito do
uso da violência, a não ser que o Estado tolere - o Estado, então, torna-se o detentor do
direito da violência
● O Estado se define pelo seu meio e não pelo seu fim
● o uso da violência é legítima
● Dimensões principais:
○ Violência física
○ Uso legítimo
○ monopólio

QUESTÕES DA PROVA DE 2019: 1ª questão: dominação e legitimidade; tipos de dominação.


2ª questão: solidariedade social e o direito; consciência coletiva em cada sociedade

16 de novembro - Michel Misse

● pensar sobre o processo de como torar um fato crime, construção social do crime
● criminalização: fazer com que um certo comportamento seja considerado um crime,
formalizando isso, legalmente, no código penal
● criminação de um evento: para que algo seja considerado como crime é necessário
várias etapas de interretação. Entra-se, aqui, a políia, todos os dispositivos de polícia e,
até mesmo, a interpretação de pessas leigas
● incriminação: identificar a autoria de determinado crime - fora causado por tal pessoa
● sujeição criminal: selecionar sujeitos que irão compor um tipo social cujo caráter é
propenso a cometer um crime - expectativas de que certos tipos teriam propensão
criminosa - visão social
● como explicar o bandido, sem perder de vista o que é parte da autonomia e o que é
parte das determinações sociais
● o banido é aquele que está em um olhar excluído e não revolucionário, democrático,
voltado ao bem comum
● diz que a sujeição criminal é a constatação de certas práticas criminais entre pessoas e
certos tipos sociais, demarcados por certo pertencimentos sociais, como cor, raça
● estabelecimento social de afinidade entre certas prática sociais - são marginais,
violentos, bandidos
● diferentes possibilidades de reação do indivíduo com o exterior
○ a pessoa pode estar muito identificada com o lugar, a ponto de romper com
todos os valores sociais fora daquele local

Você também pode gostar