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Programação:
● O que é a sociologia
● A emergência a sociologia
● sociologia e modernidade:
● É uma disciplina fundamentalmente “moderna” fundada pela tentativa de explicar,
antecipar e alterar o mundo em rápida mudança, fazendo isso de modo científico e
racional.
● A desigualdade se torna um problema a partir da modernidade
● a sociologia possui uma agenda socialmente relevante - reflete sobre questões,
problemas e desafios da sociedade contemporânea
● forma de conhecimento: produção rigorosa de conhecimento que possa explicar a
natureza da mudança social e o funcionamento da sociedade
● o que define a sociologia não é o que ela estuda, e sim como ela explica (sociedade
como explicação)
● o que conecta a sociedade é uma longa rede de interdependência, e não horizontais
● olhar sociológico: “distanciamento” - nova forma de olhar que envolve estranhar e
problematizar o que já conhecemos
● A tendência da divisão do trabalho fica cada vez mais evidente com a industrialização
● Essa divisão seria a separação das ocupações e a especialização, em que o todo
depende do coletivo
● Aponta, também, para a modernização agrícola
● O homem deve ser “acabado” ou parte de um todo?
○ Há uma pressão social que leva aos indivíduos para participarem da divisão do
trabalho - se todos executarem irá melhorar a vida de todos
● Durkheim afirma que há, então, uma obrigação moral dos indivíduos de fazerem parte
desse molde e executar a divisão do trabalho
● Quando Durkheim olha para a função do trabalho ele busca entender a quais
necessidades a divisão do trabalho atende
14 de setembro
21 de setembro
● Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência
● “A ideologia alemã” satiriza os hegelianos, como as ideias de Feuerbach (idealista)
● Dizia que os idealistas, ao focalizar na religião e na moral, esquecem-se dos reais
problemas econômicos
● Para marx, não são os pensamentos que governam o mundo, mas sim as relações de
produção, as quais condicionam as ideias
● Ideologia: conjunto de pensamentos desligados de seu contexto material e histórico -
era o que Marx criticava
● Defendia, então, o materialismo histórico
● Sobre o livro:
● Como a ética protestante propiciou condições para que o capitalismo se desenvolvesse
● Protestantes pregavam a importância do trabalho, a fim de não se aparentarem ociosos
● Isso fez com que, consequentemente, a economia se desenvolvesse
● Ascese e o capitalismo
● Ascético: abstenção das prazeres e do conforto material, em busca do aperfeiçoamento
ou da perfeição espiritual.
● Autores puritanos condenam o acúmulo de riquezas, já que o mesmo pode acarretar em
ócio (algo muito condenável para eles)
● Logo, se estabelece o trabalho como meio ascético, com fins em si mesmos, como algo
extremamente importante para o protestantismo
● O homem deve usar o trabalho de forma ascética, entretanto, deve-o aprimorar,
beneficiando a sociedade
● A falta de vontade de trabalhar é um sintoma de estado de graça ausente
● A providência divina pôs à disposição uma vocação, a qual terá que se trabalhar. É uma
ordem dada por Deus, a fim de que o indivíduo seja operante por sua glória
● A mudança de profissão não é condenável, desde que o indivíduo faça de forma a
abraçar uma profissão mais agradável a Deus, ou seja, uma profissão mais útil
● A liceidade da alegria proporcionada por bens culturais puramente destinados à fruição
estética ou esporte esbarrava em todo caso em um limite característico: não deveria
custar nada
● O trabalho para Deus, então, na visão puritana, tem importância ao próximo e ao
coletivo, além de possuir capacidade de dar lucro
● O enriquecimento não é visto como algo maléfico, apenas quando gera o ócio
● Uma das consequências da não ostentação e da não ambição pregada foi o acúmulo de
capital, gerando investimento
● Também pregava-se que o salário recebido não era tão importante quanto a virtude do
trabalho, fazendo com que se aumentasse a produtividade, mesmo tendo pessoas que
recebiam extremamente pouco, favorecendo o capitalismo
● Baxter: líder do puritanismo inglês - “chefe dos protestantes”
5 de outubro
● o problema
○ constatação estática: os países economicamente mais desenvolvidos são
aqueles predominantementes protestantes
● Como explica esse fato?
○ os protestantes, como camada dominante ou dominada, mostram inclinação
específica para o racionalismo econômico
● o espírito do capitalismo
○ Weber não quer explicar o capitalismo como sistema econômico, mas sim
historicamente
○ ethos: sentido de ética, que diz como os indivíduos devem se comportar no
capitalismo - investir o dinheiro, ser pontual
○ capitalismo racional moderno: definido pela existência de empresas, em que o
objetivo é auferir o maior lucro possível, tendo um modo de organização racional
○ o ganhar dinheiro, no protestantismo, não é para ter alguma coisa, como viajar,
comer bem, ter bens materiais. O que se visa é o dinheiro com o fim mesmo, ou
seja, ter dinheiro para ganhar ainda mais dinheiro
○ weber questiona a ideia supracitada
○ Weber deseja explicar como surge essa maneira de pensar que é tão
relacionada ao capitalismo, fazendo ele se desenvolver
● protestantismo e vocação profissional
○ chega a conclusão, então, de que o ethos é incentivado pela religião - o
protestantismo
○ observa como o trabalho era visto pelo catolicismo e viu que a forma mais
elevada em relação ao capitalismo está em se retirar do mundo da vida para
acessar o universo divino
○ no luteranismo há uma noção de vocação, ou seja, a pessoa deve aceitar a
situação em que ela se encontra
● protestantismo ascético ou “puritanismo”
○ o calvinismo é um tipo de protestantismo ascético
○ existe um Deus que criou um mundo e não pode ser compreendido pelos
humanos
○ decreto da predestinação a vida eterna
○ o sentido do destino individual é misterioso - o calvinista não sabe se será salvo
ou condenado
○ para ter confiança em si o melhor é o trabalho sem descanso - Deus age nos
escolhidos
● afinidades eletivas
○ existente entre formas de fé religiosa e ética profissional
● o mecanismo de afinidade: ascese e o espírito do capitalismo
● perigos da riqueza
○ condenáveis em aspectos morais
○ condena-se o ócio e a acumulação de bens
○ ascese: abandonar apegos mundanos
● valorização do trabalho:
○ o trabalho é um meio ascético comprovado - preservativo contra as tentações da
vida impura
● lucro:
○ utilidade da profissão - capacidade de dar lucro econômico privado
○ é permitido trabalhar para ficar rico se não for pelos fins da carne
● O mecanismo
● 1. Liberou o enriquecimento e restringiu o consumo
○ o protestantismo, então, rompeu as cadeias que cercavam a ambição de lucro,
não só ao legaliza-lo, mas também ao encará-lo
○ a luta não era contra o ganho, e sim contra o uso
● 2. Favoreceu o acúmulo e investimento do capital
○ o trabalho contínuo e sem descanso como um meio ascético gerou o acúmulo de
capital e seu investimento
● 3. Favoreceu a condução da vida economicamente racial
○ a concepção puritana de vida fez a cama para o homo economicus moderno
● tese: um dos componentes do espírito capitalista e da cultura moderna é a vida racional,
fundada na ideia de profissão como vocação
● as implicações: a jaula de ferro ou a crosta de aço
● aos poucos a busca por Deus começou a se resolver somente no profissional, deixando
a raiz religiosa de lado
● dava aos trabalhadores a ideia que as desigualdades no meio de trabalho deviam ser
aceitas, já que eram de ordem divina
● nos dias de hoje, não há mais implicações do espírito capitalista com o mundo religioso
● posicionamento com relação ao materialismo
Weber - ciência e política: duas vocações
- Aula 26/10 - a dominação legítima e o direito
● Sociologicamente, o Estado não se deixa definir a não ser pelo específico meio que lhe
é peculiar - a coação física
● O Estado se transforma na única fonte do “direito” à violência
● Ou seja, é uma dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento de
violência legítima
● Essa violência é legitimada por três fatores:
○ Pelo “poder tradicional” - costumes santificados pela validez imemorial e pelo
hábito, enraizado nos homens, de respeitá-los
○ Pelo carisma - devoção e confiança pessoal depositada em alguém que se
singulariza por qualidades prodigiosas, de heroísmo
○ Pela legalidade - crença na validez de um estatuto legal e de uma competência
positiva
● A obediência aos súditos, na realidade, também é dada pela esperança e pelo medo
● Pode-se classificar as administrações em duas categoriais:
○ Agrupamento organizado: os funcionários do Estado-maior, de cuja obediência
dependem do detentor do poder, são, eles próprios, os proprietários dos
instrumentos de gestão. Aqui, o soberano só consegue governar por meio de
uma aristocracia independente e, por isso, partilha o poder com ela.
○ Ou quando o Estado-maior é privado dos meios de gestão, no mesmo sentido
que os proletários são privados dos meios de produção. Aqui, o governante
busca o apoio de pessoas marginalizadas, já que as mesmas dependem do
soberano do ponto de vista material.
● O Estado moderno é um agrupamento de dominação social que procurou (com Êxito)
monopolizar a violência física legítima como instrumento de dominação, reunindo na
mãos dos soberanos poder para tal
26 de outubro
● os seres humanos, a partir de seus valores, agem de determinada maneira e, por isso,
entende-se qual o sentido que levou uma pessoa a agir de determinada maneira
● definição de ação social: é dotada de sentido para quem a pratica, se orientando pelo
comportamento de outrem
● nem toda ação é social, como uma ação externa orientada por fenômenos naturais,
uma ação religiosa de contemplação (meditação, reza), simples contato entre duas
pessoas (contato entre duas pessoas que se esbarram)
● se as pessoas que se esbarraram, no entanto, mudam seu caminho depois da batida,
se torna uma ação social
● a relação social e uma conduta de vários, orientando-se pela reciprocidade. Consiste na
produção de efeitos a partir de reações
● ressalva 1: reciprocidade em uma relação social não quer dizer reciprocidade. ex: uma
briga também é uma relação recíproca
● ressalva 2: reciprocidade não significa que os participante atribuirão o mesmo sentido
ao acontecimento
● Weber defende que há uma diferença entre uma concepção jurídica sobre o direito e
uma concepção sociológica sobre o direito
● a concepção jurídica tem uma ideia normativa, como as regras devem operar de uma
maneira logicamente correta, o dever-ser
● A concepção sociológica se importa se a lei e a norma são tidas como válidas entre as
pessoas que fazem parte de determinada sociedade. O conceito de norma, nesse caso,
pode mudar
● para Weber, toda ação social pode ser representada pela ordem legítima, orientada por
certas condutas - essa ordem orienta as ações
● a vigência de uma ordem depende da probabilidade de que a mesma realmente seja
válida entre os indivíduos, condicionada pelo sentimento de dever
● eu me comporto de acordo com uma lei pois tenho o sentimento de dever sobre ela
● uma ordem vigente, então, é aquela que é considerada como obrigatória, como uma
obrigação pelos indivíduos
● o sentimento de dever, então, faz uma norma ser considerada com legítima
● A legitimidade pode ser garantida externamente (através da antecipação de
consequências negativas, pela probabilidade de que o comportamento seja reprovado,
chamado de convenção pelo Weber. Quando a ordem é seguida externamente por um
aparato específico, tem-se o direito) e internamente (quando os indivíduos têm atitudes
internas que os fazem sentir que o certo é seguir a norma)
● Se todos seguissem a norma motivados por um sentimento e dever para seguir a norma
não se precisaria do direito.
● O direito, dessa maneira, é uma ordem legítima, que conta com um aparato coativo, que
pode ter sua ordem em virtude de:
○ Uma tradição: sempre foi assim
○ as pessoas acreditam que há algo novo nas regras, que elas foram reveladas
por um superior, há uma crença superior - crença afetiva
○ Pode ser também a partir da crença nos valores - sigo uma norma pois acredito
que a mesma tem um conteúdo o qual acredito que é de acordo com meus
valores. Ex: direito natural
○ obedecer uma regra ou uma lei em virtude do estatuto existente pelo qual a
legalidade se acredita
● relação de dominação - submeter-se a imposição de uma ordem
● A disposição de se submeter a imposição de uma ordem pressupõe a legitimidade dos
que impõem essa ordem. Assim, precisa-se garantir que as pessoas as quais impõem a
ordem, assim como o sistema, sejam considerados legítimos
● Tipos puros de dominação:
○ dominação legal: a autoridade é entendida como fundamentada na legitimidade.
A obediência se dá as regras, e não a uma pessoa em particular
○ dominação tradicional: autoridade do passado eterno, crença nas tradições -
obedeço uma pessoa por ela representar uma tradição. Ex: chefes de igrejas,
padres
○ dominação carismática: dons pessoais extraordinários de um indivíduo em
particular. Crença no poder heróico de uma pessoa em particular. Ex: Hittler,
Vargas
● tipo ideal: forma que o Weber constrói conceitos, como ele entende que os conceitos
devem ser elaborados. Não coincidem com a realidade, dado que são puros,
meramente concepções lógicas. Não se dá a partir da observação da sociedade, e sim
da abstração
● Estado: é uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada na
legitimidade. O Estado só pode existir sob a condição de que os homens dominados se
mantenham sobre o poder dos homens dominantes
● Em nossa época, devemos conceber o Estado como uma comunidade com seu
território, que reivindica o monopólio da violência física. Não se reconhece o direito do
uso da violência, a não ser que o Estado tolere - o Estado, então, torna-se o detentor do
direito da violência
● O Estado se define pelo seu meio e não pelo seu fim
● o uso da violência é legítima
● Dimensões principais:
○ Violência física
○ Uso legítimo
○ monopólio
● pensar sobre o processo de como torar um fato crime, construção social do crime
● criminalização: fazer com que um certo comportamento seja considerado um crime,
formalizando isso, legalmente, no código penal
● criminação de um evento: para que algo seja considerado como crime é necessário
várias etapas de interretação. Entra-se, aqui, a políia, todos os dispositivos de polícia e,
até mesmo, a interpretação de pessas leigas
● incriminação: identificar a autoria de determinado crime - fora causado por tal pessoa
● sujeição criminal: selecionar sujeitos que irão compor um tipo social cujo caráter é
propenso a cometer um crime - expectativas de que certos tipos teriam propensão
criminosa - visão social
● como explicar o bandido, sem perder de vista o que é parte da autonomia e o que é
parte das determinações sociais
● o banido é aquele que está em um olhar excluído e não revolucionário, democrático,
voltado ao bem comum
● diz que a sujeição criminal é a constatação de certas práticas criminais entre pessoas e
certos tipos sociais, demarcados por certo pertencimentos sociais, como cor, raça
● estabelecimento social de afinidade entre certas prática sociais - são marginais,
violentos, bandidos
● diferentes possibilidades de reação do indivíduo com o exterior
○ a pessoa pode estar muito identificada com o lugar, a ponto de romper com
todos os valores sociais fora daquele local