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História do Direito

16 de agosto

● direito é um fenômeno social


● estuda a origem e a transformação das normas jurídicas de um povo, por isso é
importante conhecer o contexto histórico em que o direito se insere
● pode-se dividir a história do direito em:
○ história externa ou da fonte: surgimento e ordenamento das normas
○ história interna ou das instituições: evolução dos institutos jurídicos
● metodologia - aspectos fundamentais:
○ Mentalidade histórica: capacidade de nos desprendermos das circunstâncias dos
dias (preconceitos) para mergulhar em uma época passada
○ as épocas (marcos temporais) são escolhidas através de eventos marcantes
○ as fontes são fundamentais no estudo na história do direito, diz respeito ao
conhecimento dos fatos humanos ocorridos no passado
○ Do passado ficou a memória e certos traços nas coisas (documentos, narrações
de contemporâneos)
○ fontes podem ser:
■ primárias: diz respeito às leis e costumes
■ Complementares: doutrinas e documentos que se relacionam ao jurídico,
como contratos e testamentos.
■ não jurídicas: literárias, históricas ou monumentais

23 de agosto

● Direito na Grécia:
● a maioria das fontes, a princípio, não são jurídicas, e sim literárias (obras de
historiadores, peças teatrais), históricas, filosóficas e fragmentos de orações
● as fontes jurídicas estavam na lei e na papirologia
● Na grécia não havia grande unificação das informações do direito, como em Roma, por
exemplo
● no período das Cidades-Estado, então, não havia uma unidade de direitos
● OBS: fontes filosóficas → retratam um sistema ideal (não podem ser consideradas
como o que acontecia na realidade)
● OBS 2: fragmentos das orações → importantes para a reconstrução das situações
cotidianas, uma vez que os oradores usavam seus discursos para convencer a
população de algo.
● Os gregos foram os primeiros no mundo antigo que desvincularam as leis da religião
● atenas é utilizada como modelo, pois é a cidade em que se tem mais fontes e
informações, além de ter o desenvolvimento do direito, da moral e da retórica
● O centro da vida se desloca da família para a cidade, a medida que a cidade se
desenvolve (espaço público - pólis)
● Assim como a cidade, as leis também se desenvolvem nesse período, como a
Legislação de Sólon - para o comércio, abolindo a disposição corporal do devedor e a
servidão por dívidas
● Leis de Drácon: primeiras leis a serem criadas. Âmbito penal e punições (maioria pena
de morte)
● os tribunais interpretam as leis para cada caso singular
● o jurista era um filósofo, orador
● discussão sobre liberdade, política e ética (reflexão sobre a natureza da lei e da justiça)
● a pior consequência para quem descumprisse a ordem era o exílio, visto que o homem
era deixado de ser considerado como tal, sendo visto como um animal
● Organização executiva:
○ Participavam 500 cidadãos, 50 de cada tribo escolhidos por sorteio
○ Mandato anual
○ Elaboraram decretos e cuidavam de questões militares, religiosas e financeiras
● Organização legislativa:
○ Assembleia popular: Eclésia
○ Participantes maiores de 18 anos
○ Envolvia política externa, interna e a aplicação de penas
● Organização judiciária:
○ Areópago: órgão político e corte de justiça. Perde, depois, sua função de órgão
público, julgando apenas casos de homicídio
○ tribunal dos Heliastas: veio depois do areópago, cuidando de questões civis e
penais
● magistrados judiciários:
○ demarca: verificavam se as decisões judiciais foram cumpridas
○ polemarca: questões em que uma das partes era estrangeira
○ eisagogueis: específicos para julgar causas comerciais
○ Tesmotetas: revisão de leis e presidiam pleitos de ordem pública

Parte 2 da aula

● Jurisprudência, Justiça e Jurista deriva da palavra “ius”


● Antigamente jurisprudência não tinha o significado que vemos hoje (conjunto de
decisões majoritárias), mas sim correspondia ao estudo do direito
● etimologicamente falando, o direito tem várias maneiras de ser escrito, mas vem de
“derectum”, remetendo à balança, medindo a justiça
● o direito tem vários significados:
○ Ciência
■ especulativa: espelha uma determinada realidade sem, contudo, fazê-la.
Ex: conheço muito sobre pinturas, mas isso não significa que sei pintar
■ prática: saber, realmente, fazer algo. Ex: Neymar, que sabe jogar futebol,
esse porém não entende teoricamente sobre
■ o jurista tem conhecimento prático e especulativo, visto que conhece o
direito e também tem que praticá-lo
○ Objeto: direito objetivo (o que está na lei) - romanos tinham essa ideia e direito
○ norma: sentido positivo
○ faculdade: subjetivo
● a arte do direito consiste em satisfazer a necessidade de justiça em um caso concreto
● juiz sentencia (aquilo que corresponde a cada uma das partes, o que lhe é devido) -
ideia de justiça
● Justo é tratar todos igualmente, naquilo em que são iguais, e de modo diferente, mas
proporcional, aqueles que são diferentes

13 de setembro
● direito em roma
● fontes:
● Monarquia - período arcaico:
○ costumes
○ ligação do direito com a religião
● Período clássico (república e principado):
○ plebiscitos
○ editos dos pretores - como os pretores iriam se comportar durante seu mandato
○ lei (XII tábuas)
○ costumes: perdem a posição de fonte primária
○ separação de direito e religião
○ leis importantes:
■ lei canuleia: permite casamento entre patrícios e plebeus
■ lei poetelia papiria: abolição da disposição corporal do devedor
○ No principado os senatus-consultos (deliberações do senado) se tornam fonte
○ Responsa prudentium: pareceres de juristas que auxiliavam o imperador
○ Constituições imperiais
■ Edicta: deliberações gerais
■ Decreta: casos excepcionais
■ Mandacta: resposta a controvérsias
■ Rescripta: dada a funcionários subalternos
● Baixo império (dominato) ou pós-clássico
○ Jurisprudência como fonte
○ Lei das citações: regulamentar a jurisprudência clássica desse período
○ reinado de Justiniano
○ processo totalmente público
● Fontes de cognição
● Documentos pelos quais se pode conhecer as fontes do direito romano
● Período pré-justinianiano
○ Legis e iura: breviário de alarico, edito de teodorico, código visigótico
● Justinianeias
○ Corpus iuris civile
● Pós-justinianeias
○ Paráfrase de teosio
○ basílica
● direito processual civil romano
● ordem dos juízos privados - período pré-clássico e clássico
○ primeira fase:
■ in iure - perante o magistrado judiciário (pretor)
■ parte pública
○ segunda fase: árbitro particular escolhido pelas partes - confere uma sentença à
controvérsia
■ OBS: pretores não julgavam, apenas organizava a controvérsia e a
remetia ao setor privado, para este julgar
● processo das ações da lei:
○ Período arcaico
○ processo formal e ritualista (semelhante ao religioso)
○ Somente se verificava na lei - o pretor se limitava em verificar se o pedido estava
ou não na lei (se existia bases para resolver determinado caso)
● Processo formulário:
○ Em alguns casos o pretor podia vir a complementar a ius civile
○ Não se baseava em ações, mas em modelos, fórmulas que eram encontradas
nas decisões dos pretores - a fim de seguir a aequitas
○ Na primeira parte dos editos haviam decisões já concedidas pelos pretores, e na
segunda parte havia novas situações trazidas
● Processo extraordinário:
● Se assemelha ao processo moderno
● O imperador julgava ou reavia a decisão no processo formulário
● Somente uma fase
● O imperador contava com a ajuda de juristas
● Fases:
● Vingança Privada: os litígios eram resolvidos por meio da violência. O agressor recebia
sua pena diretamente por parte da vítima, por meio de agressão.
● Arbitramento Facultativo: facultava-se à vítima optar pela agressão ou indenização
pecuniária. Assim, a vítima poderia “trocar” seu direito de vingança por algo que lhe
traria maior utilidade.
● Arbitramento Obrigatório: o Estado passa a obrigar as partes a se comporem e
alcançarem um acordo. A justiça, no entanto, mantém seu caráter privado, uma vez que
é alcançada exclusivamente pelos particulares.
27 de setembro - Idade Média

● Antes da queda do Império Romano do Ocidente (marco da idade antiga para a média),
vários povos bárbaros chegaram ao solo romano
● Após a queda, vários reinos bárbaros foram se formando no território
● Dentre os vários povos, destacam-se os visigodos devido ao seu maior contato com os
romanos. Assim, eles absorverem uma grande parte da cultura romana, o que influi nas
compilações que fizeram.
● características dos Bárbaros:
○ Nômades
○ vidas em clãs ou tribos lideradas por um chefe guerreiro
○ resolução de questões em assembléias tribais
○ Direito costumeiro e oral
● fase de adaptação:
○ conciliação da convivência de diferentes povos
○ em um primeiro momento, foi aplicado o princípio da personalidade - cada
indivíduo aplicaria em suas relações jurídicas o direito do grupo social a que
pertencesse, contribuindo para a preservação do Direito Romano pós-clássico -
para que fosse possível, era preciso que aqueles que julgassem conhecesse o
Direito Romano, contribuindo com sua manutenção no Ocidente
○ ex: cidadão romano - aplica-se o ius civile, para os estrangeiros usa-se o ius
honorarium
○ predominava-se, também, os costumes em determinadas regiões
○ Por outro lado, no campo do direito público, todos estavam submetidos à
autoridade de um mesmo rei ou monarca. Em razão disso, o direito romano se
preservou nos primeiros anos de ocupação bárbara.
○ Para a aplicação do principio personalidade, era necessário que os monarcas
entendessem o direito romano. Assim, monarcas e imperadores bárbaros
realizaram compilações com fins de poder aplicar o direito romano. Eles também
passaram o seu direito costumeiro e oral para a forma escrita. Assim, temos
compilações bárbaras do direito romano (acompanhadas com nome do povo que
determinou aquela compilação – Lex Romana Barbarorum) e compilações do
direito costumeiro desses povos (Leges Barbarorum)
○ Nesse contexto, tem-se o Latim Vulgar: adaptado para as províncias do império -
evolução do Direito Romano em contato com os costumes locais dos povos
germânicos
○ Direito Romano sofreu alterações ao entrar em contato com os germânicos
○ temos, em cada reino bárbaro, leis feitas para os bárbaros e leis bárbaras feitas
para os romanos, como:
■ legis barbarorum (leis populares)
● Lei Sálica - regras de direito penal e processo, vinda dos
visigodos
● Código de Eurico: Direito Público e Privado, sofrendo influência
romano. Primeira compilação feita pelos visigodos
■ Lex romana barbaroum
● Iniciativa dos monarcas para compilar o Direito Romano
● Edito de Teodorico: feito por ostrogodos, mistura de Direito
Germânico e Romano, com bases em fontes romanas - bem
romanizado
● Breviário de Alarico ou lex romana visigotorium- compilação
apenas romana, feita pelos visigodos
● Lex romana barbarotum
● Código Visigótico - foi a última compilação dos visigodos. Com
esse, passa a prevalecer dentro do reino visigodo a aplicação do
princípio da territorialidade (aplicação do direito a todo o reino).
○ Ao longo desse período muitos dos reinos bárbaros se convertem ao Catolicismo
para que seus monarcas pudessem contar com o apoio da Igreja Católica no
processo de fortalecimento de seu poder. Antes da conversão visigótica oficial,
gradativamente alguns visigodos abandonam sua crença ariana e se convertem
ao Catolicismo voluntariamente
○ depois ocorreu a conversão do reino visigótico ao Catolicismo e tal ideia de
unificação também irá se comparar ao direito, elaborando o Código Visigótico, o
qual tinham por base o breviário de alarico, o código de eurico e o direito
canônico
○ Com isso, teve-se o princípio da territorialidade

4 de outubro - direito canônico

● origens:
● Em um primeiro momento o cristianismo não era aceito em Roma
● O orientador espiritual tentaria resolver o caso de acordo com os princípios que
norteavam a fé cristã - ex. conduta moral
● À medida que os casos aumentam, surge a denominação de tribunal do bispo
● O tribunal foi aumentando a ponto de o orientador espiritual responsável pela mediação
não ser mais capaz de lidar com todos sozinho.
● Dessa forma, os conflitos passaram a ser resolvidos pelo chefe regional da Igreja, o
bispo.
● Nos julgamentos realizados neste Tribunal, não há a aplicação do Direito Romano, mas
sim de princípios decorrentes da fé cristã e do comportamento do fiel em seu cotidiano.
● Com o aumento gradativo do número de litígios, começa-se a extrair princípios das
primeiras decisões do Tribunal para orientar as decisões futuras. Assim,
tem início a formação de um corpo de regras cristãs, denominadas em conjunto de
Direito das Regras ou Direito Canônico, que só se consolida como ciência na Baixa
Idade Média.
● Período de aceitação e adoção do cristianismo (constantino, ano 313 - Edito de
Milão)
● liberdade de culto
● Estabelecimento do Cristianismo como religião oficial do Império Romano - com
Teodósio
● Oficialização do tribunal do Bispo como uma instituição pública oficial do império
romano (ano 318)
● Dentre as fontes que poderiam ser aplicadas ao tribunal da igreja havia também os
costumes, direito romano, desde que não fosse contra os princípios cristãos
● A decisão tomada no tribunal do bispo era irrecorrível
● Isso será importante porque, após a queda do Império Romano, a Igreja Católica
chegará à Alta Idade Média extremamente bem organizada e estruturada nos moldes
romanos
● Posteriormente, no governo do imperador Honório, em 398 d.C, teremos certa
restrição ao Tribunal, passando a exigir que ambas as partes manifestassem vontade
de serem julgadas por ele.
● Imperador teodósio I: Religião oficial (380 - Edito de tessalônica)
● Estruturação da igreja passa a ser organizada nos moldes do império romano
● Com o fim do Império romano, a igreja leva esse direito canônico para os povos
germânicos formados
● Alta Idade Média
● O poder da Igreja Católica como instituição perde força na medida em que há um
retorno ao paganismo e uma descentralização do poder, de modo que sua esfera de
atuação passou a ser principalmente local e moral
● A figura do papa perde muito poder político, vira mais uma referência moral.
● Baixa Idade média
● Período de supremacia da igreja, a partir da reforma de Gregório VII no século XI, que
moraliza a igreja, mas trás um conflito entre igreja e o sacro império romano germânico.
● A reforma de gregório VII
● 27 proposições revolucionárias - buscam centralizar o poder
● Algumas delas:
○ adoção do celibato, o que faz com que os bens permaneçam na igreja
○ Somente o bispo de roma tinha poder de legislar
○ Estimulado o estudo do direito da igreja, procurando separá-lo dos sacramentos
○ compilação do direito da igreja
○ Origem da ciência jurídica da igreja (canonistica estudo dos cânones da igreja)
○ Investidura nos cargos - separação das investiduras, imperadores não podiam
mais intervir nas investiduras aos cargos (ex, imperador não pode intervir na
nomeação do bispo)
● Sua modernidade se dava no sentido principalmente de produção de provas racionais,
existência de uma classe de funcionários treinados para o processo e de um processo
totalmente escrito com fases processuais muito bem delimitadas (fase de apresentação
do pedido, convocação do réu, apresentação de defesa, produção de provas e
apresentação, provas testemunhais, sentença fundamentada), possibilidade de recurso
de até três vezes para que se fizesse coisa julgada e surgimento da figura do advogado
(mas não como aliado de uma das partes).
● Além disso, notamos a existência de princípios que serão herdados para o processo
civil moderno, como o princípio da conciliação, da valoração das provas, da ampla
defesa
● A igreja na Baixa Idade Média era bem estruturada e organizada, com a figura
centralizada do Papa.
● no século XV, com a Reforma Protestante e a formação dos Estados Modernos, perde
sua posição de instituição supranacional, restringindo-se a cuidar somente de questões
espirituais.
● Fontes do Direito Canônico
● Fontes de produção
● Fontes de Direito Divino:
● são imutáveis e norteiam as demais fontes de direito humano.
● Sagrada Escritura (Novo Testamento);
● Tradição: escritos dos doutos da Igreja, como São Tomás de Aquino e Santo Agostino.
● Fontes de Direito Humano:
● São fontes vivas de produção, em constante desenvolvimento, tendo por objetivo
disciplinar a vida cristã.
● Decretos: decisões tomadas nos concílios ecumênicos e nos concílios regionais
(somente na Alta Idade Média) da Igreja provenientes da figura do Bispo.
● Decretais: são manifestações, respostas a consultas e orientações dadas pelo Papa
aos bispos ou a outras autoridades eclesiásticas. Passaram a ser muito usadas a partir
da Reforma de Gregório VII como forma de o Papa legislar.
● Constituições Pontificiais: constituições produzidas pelo Papa.
● Constituições reais: o Direito Canônico influencia o Direito produzido pelos imperadores,
principalmente com a incidência da moral cristã em alguns aspectos. Exemplos:
algumas constituições tentam limitar o poder dos patronos sobre os escravos e
estabelecimento de alguns óbices para a concessão do divórcio (impedimentos para
que houvesse a ruptura do matrimônio).
● Costumes
● Direito Romano
● Encíclicas (Bulas): manifestação do Papa com orientações aos bispos ou a
comunidade. Ganha muita importância a partir do século XVI como forma de a Igreja
● Fontes de cognição
● Decreto de Graciano (decretum gratiani), de 1.140: obra privada feita por iniciativa do
monge Graciano. A obra reúne todo o direito antigo da Igreja desde o início de seu
desenvolvimento presente em mais de 3.800 textos, eliminando também suas
controvérsias. Deu o pontapé inicial para o estudo da Canonística. Embora tenha sido
reconhecida pela Santa Sé, após sua publicação, a Igreja proibiu a realização de obras
de cunho particular, exigindo que as demais devessem ser de iniciativa oficial.
● Decretais de Gregório IX (1.230): compilação oficial contendo já o direito novo e
elaborada em cinco livros. Serviu como modelo para as ordenações do reino de
Portugal.
● Livro Sexto (Liber Sextus), de Bonifácio VIII em 1.298: complementa as Decretais de
Gregório IX, inclui as decretais posteriores a esse Papa.
● As Clementinas (Clementinae): inclui as decretais apenas do Papa Clemente V.
● Extravagantes: foram acrescentadas em 1500 à coleção original por iniciativa do editor
para incluir decretais novas. Foram reconhecidas pela Igreja como obras oficiais. Foram
adicionadas as decretais de João XXII e as Comuns, de papas subsequentes.
● O Corpus Juris Canonici é o conjunto de todas as obras supracitadas em 1580
● Permaneceu como legislação viva até a elaboração do Codex Iuris Canonici em 1917
● Codex Iuris Canonici de 1983, que contém o direito mais moderno da Igreja, com as
modificações do concílio do Vaticano II (ordenado por João XXIII).

18 de outubro - Estudo do Direito na Europa

● O direito que se manteve na idade média, inicialmente, foi o pós-clássico.


● Na Baixa Idade Média, no contexto de renascimento urbano e comercial, novos desafios
surgiram, que não eram previstos pelo direito local e não poderiam ser resolvidos pelo
Direito Canônico. Tornou-se necessário a busca por um direito adequado: o Direito
Romano Justinianeu - o qual era muito estudado nas universidades
● Universitas personarum - Sociedades - União de pessoas com personalidade jurídica
própria por ficção
● Universitas rerum - Fundações - conjunto de bens com personalidade jurídica própria
(ficção)
● Surge então a universitas studiorum - universalidade de conhecimentos - estudo de
várias ciências
● Como se dá o desenvolvimento das universidades e centros de estudos?
○ Em primeiro lugar, devemos ressaltar que: os locais de estudo não eram fixos;
os centros de estudos surgem de um ato espontâneo, em razão da busca pelo
saber e conhecimento (iniciativa dos alunos ou mestres); e interesse prático na
formação profissional e técnica.
○ Essa forma espontânea de centro de estudo (Bologna, Paris e Oxford) vão ser
tomadas como modelos para outros centros de estudos que se disseminarão
pela Europa.
○ O estudo se dividia em artes mecânicas - profissionalizantes e artes tradicionais
- humanística
○ Também se tinha o:
■ Trivium: estudo da dialética (lógica), retórica e gramática, se
enquadrando dentro das duas primeiras o direito
■ Quadrivium: estudo da aritmética, geometria, astrologia
● Escola de Bolonha
○ Mestre Inério
○ Estuda o direito como um todo lógico e coerente
○ Visão científica do direito
○ Era feito através do método das glossas
○ Tinham o intuito de interpretar os textos romanos para que os juristas medievais
compreendessem o real sentido dos preceitos romanos e os aplicassem na
prática
○ os estudantes de Bolonha escreviam comentários amplíssimos sobre eles
○ Um discípulo de inério elaborou uma grande compilação, denominada Magna
Glossa
○ não conseguiram conferir aplicabilidade ao Direito Romano. Isso porque seus
esforços se traduziram somente na tentativa de dar maior claridade aos
conceitos e princípios da obra de Justiniano
● Escola dos comentadores
○ Examinaram a Magna Glossa e tirariam dela seus preceitos principais, a fim de
aplicá-los nos problemas concretos da sociedade
○ Método de estudo dos comentaristas era dialético, pois sempre se partia de uma
questão controvertida, e, assim, fazia-se todo um trabalho para que se
eliminasse contradições, até que se chegasse a uma síntese que representaria
uma solução para tal caso
○ Além disso, nos debates sobre questões controvertidas, os doutrinadores se
valiam do Direito Romano, do Direito Canônico e dos direitos locais, buscando
uma conciliação. Tem-se, então, a formação de um direito comum (ius
commune)
○ O Direito Comum representava, primeiramente, uma opinião dos juristas, depois
passou a representar a opinião de uma maioria - Communes opinio
○ Ele conferiu unidade e harmonia aos direitos locais, tendo legitimidade
principalmente por conta do apoio da Igreja Católica e do Sacro Império Romano
Germânico
○ Possuía aplicação apenas subsidiária, nas lacunas deixadas pelos direitos locais
○ Sua recepção variou na Europa conforme o nível de romanização do local
○ Em áreas mais romanizadas, a recepção e adaptação foi mais rápida, ao passo
que em locais menos romanizados, o processo foi mais lento, mas ocorreu
○ Assim, o Direito Romano justinianeu foi retomado em toda a Europa, menos na
Inglaterra, que desde o século XI já se encontrava no processo de formação do
Common Law.
● Escola culta
○ O direito romanos e torna cada vez mais prático e surgem críticas ao método
dos comentadores
○ Nessa escola, estudava-se o direito romano através de fontes diretamente
romanas, umas até esquecidas - queriam retornar ao Direito Romano Clássico
○ Direito Romano deveria ser estudado como um direito histórico, possibilitando a
sua livre interpretação, sem vinculação ao argumento de autoridades
○ Críticas que faziam
■ Estudo do Direito Romano fora de seu contexto, visando à aplicação
prática, aplicando-o como se fosse um direito vivo e muitas vezes
fazendo interpretações errôneas, causando distorções no direito romano
■ conclusões forçadas para que se conseguisse resolver uma determinada
questão
■ latim vulgar (a Escola Culta utilizava o latim clássico, pois prezava pelo
resgate do Direito Romano clássico)
● O direito comum decai com o jusnaturalismo

1 de novembro - jusnaturalismo e codificações modernas

● Contexto Histórico:
● Maior centralização política, caminhando para o Absolutismo e para a formação dos
Estados Modernos: necessidade de unificação territorial e do direito;
● Renascimento cultural: progresso das ideias humanistas; racionalismo de Descartes;
● Reforma Protestante, rompendo com a unidade cristã e com a compreensão cristã do
homem e da convivência humana;
● Contato com outras culturas a partir das Grandes Navegações, despertando a
necessidade de lidar com o diferente;
● No campo do Direito: Humanismo (Escola Culta): valorização do homem e da natureza
(antropocentrismo, contra o teocentrismo medieval), individualismo (contra o coletivismo
medieval), uso da razão livre e do método científico (racionalismo, contra o
conhecimento obtido com base na opinião de autoridades).
● Essas ideias serão disseminadas mais facilmente com o advento do Iluminismo
● Direito passou a adotar maior simplicidade (linguagem clara e objetiva) e o método da
razão para a obtenção do conhecimento.
● Direito Natural:
● Na Idade Média, o direito natural decorria da revelação divina, e não do homem. Já na
Antiguidade, como podemos ver nas obras de Aristóteles, o direito natural se
encontrava na natureza
● São Tomás de Aquino, ao retomar o pensamento aristotélico, conseguiu aproximar a fé
da razão, mostrando sua importância para a compreensão divina e da lei humana, é o
primeiro a aproximar o direito natural da razão. Interligou o pensamento medieval e
moderno, trazendo a concepção de que o direito natural está dentro do homem
● O direito natural afirmava direitos inerentes ao homem, perceptíveis pela própria razão
humana e que deveria regular todas as relações sociais, com universalidade na
aplicação.
● Suas regras, então, deveriam ser sistematizadas para que o Direito fosse muito mais
simples, de mais fácil apreensão pela população.
● Direito Comum perderá força e será aplicado somente no que convergir com o direito
natural, tornando-se, assim como o direito romano, um direito histórico.
● Inicialmente, na primeira geração da Nova Escolástica, teremos a utilização do direito
natural dentro da esfera teológica
● A partir da segunda geração da Nova Escolástica, já caminhamos gradativamente para
a aplicação do direito natural moderno, já que não havia como o direito comum e o
direito romano regulamentarem as novas situações.
● Alguns exemplos de autores da segunda geração da Nova Escolástica:
○ Francisco de Vitória (1480 – 1546): dominicano; utilizou o direito natural na
defesa dos índios e como maneira de regulamentar quando uma guerra seria
justa ou não.
○ Francisco de Suarez (1548 – 1617): jesuíta; faz uso do direito natural
○ cristão.
○ O precursor definitivo da laicização do direito natural é Hugo Grotius (1583 –
1645), filósofo holandês iluminista considerado o pai do Direito Internacional
Público.
■ Apresentará o direito em uma ordem lógica, fazendo uma mutação
radical da forma do direito.
● Partindo de Hugo Grotius, teremos vários outros filósofos que desenvolverão os
postulados de sua obra e novas teorias sobre a relação entre os homens, a organização
e funcionamento dos Estados, pautado especialmente na questão da soberania, do
regime representativo e da separação dos poderes tendo a lei como fonte principal.
● Declarações de Direitos do século XVIII:
○ Bill of Rights (1689)
○ Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)
○ Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776)
● Códigos
● Bavária - primeiro código
○ Código Criminal: ainda condenava crimes de feitiçaria, tortura, penas cruéis etc.
○ Código Civil: reforma compilando o direito comum aplicado na região, não tendo
a pretensão de ser um código completo. Não se enquadram na categoria de
códigos modernos porque não se afastam do direito comum e do uso do direito
supletivo, não contando também com ideias humanitárias e nem conteúdo
jusnaturalista.
● Códigos modernos:
● Prússia:
○ Foi elaborado por iniciativa do monarca com o intuito de unificar o território e o
direito
○ Pautado na concepção jusnaturalista
○ Código extenso - público e privado
○ Usava uma linguagem clara e objetiva para acabar com a diferença de
tratamento, deixando de lado as discussões doutrinárias para os juristas e
evitando-se a casuística
○ Trazia a ideia do justo absoluto, da onipotência do legislador e do juiz como a
boca da lei - mero aplicador
● Áustria:
○ Regulamenta somente o Direito Privado
○ Foi feito por iniciativa do monarca com a ideia de unificação do direito e do
território
○ Possui conteúdo jusnaturalista, linguagem clara e acessível;
○ É mais voltado ao direito romano e à tradição da utilização do direito comum;
○ Na hipótese de lacunas na lei, poderia ser utilizada a analogia e os princípios
naturais.
● França
○ Código Civil
○ Inspirado pelo jusnaturalismo, Cambacérès é protagonista da primeira fase da
codificação na França
○ Os códigos por ele apresentados eram sucintos, com poucos artigos, no intuito
de apenas propor os princípios gerais naturais que deveriam reger o direito
○ O projeto que entrará em vigor é resultado de uma comissão instaurada por
Napoleão, cujo figurante principal é Portalis
○ tem bastante caráter do direito comum romano e de direito consuetudinário
○ Fontes:
■ Direito costumeiro
■ Direito romano
○ O objetivo era limitar o máximo possível que o juiz fizesse qualquer interpretação
do Direito, sendo que ele deveria ser a boca da lei
● Alemanha:
○ Feito por conta da necessidade de unificação do território e do direito
○ Savigny ressaltava que, como o Corpus Juris Civilis já existia, bastava realizar
um estudo moderno de acordo com as necessidades da Alemanha à época do
direito romano
○ Savigny também diz que não há momento certo para a codificação
○ Thibaut, por sua vez, acreditava que uma boa legislação apresenta dois
requisitos fundamentais: perfeição formal (regular todas as relações possíveis) e
perfeição substancial

8 de novembro - Common Law

● é o direito comum que foi adotado na Grã-Bretanha (inglaterra) a partir do século XI, em
contraposição aos direitos locais
● história
● Período Anglo-Saxônico - antes da invasão normanda
○ povos não absorveram intensamente o Direito Romano, predominando-se um
direito costumeiro e local
○ O direito romano deixa de ser aplicado na inglaterra aos poucos
○ Os direitos locais eram aplicados nas County Courts, tribunais locais compostos
por homens livres.
○ Com a aplicação das leis bárbaras, inicialmente foi adotado, ainda que de
maneira bem fraca, o princípio da personalidade/pessoalidade e, posteriormente,
o princípio da territorialidade (lei válida em todo o território) para facilitar a
conciliação entre povos romanos e bárbaros.
● Período da formação - conquista Normanda
○ século sexto ao onze
○ posterior a dominação romana
○ conquista da normanda - Guilherme, o Conquistador
○ o direito romano não tinha tanta influência nessa região quanto tinha em outras,
focava-se mais nos costumes e na legislação
○ Em um primeiro momento o rei não fez grandes alterações no âmbito do direito
○ Com o passar do tempo, o monarca fortalece seu poder, devido a aproximação
com os nobres
○ esse fortalecimento foi essencial para a formação da Common Law
○ Gradativamente os tribunais locais, diante do aumento do poder real, serão
substituídos pelas Cortes Senhoriais, que continuaram a aplicar os direitos
locais, havendo o surgimento também de jurisdições eclesiásticas (aplicação do
Direito Canônico)
○ Paralelamente, o rei passa a ser consultado algumas vezes sobre grandes
questões e casos.
○ Com o aumento do número de casos que chegavam ao rei, seus auxiliares
começaram a se especializarem em algumas matérias e adquirirem
gradativamente autonomia
○ o tribunal do rei (Curia Regis) tratava sobre finanças do reino, posse e
propriedade de terras e crimes contra a paz do império
○ O tribunal real era mais procurado do que o local, já que:
■ as partes e as testemunhas eram convocadas a aparecerem no tribunal
■ Provas racionais - testemunhais
■ as deliberações eram mais cumpridas
■ era julgado de acordo com a moral religiosa. Os 12 homens de respeito
os quais ficavam nos tribunais faziam menção aos 12 apóstolos de
Jesus.
○ writ: autorização real para que o tribunal funcionasse em cada caso
○ cada writ correspondia a uma forma de ação, a qual ditava os atos que o
processo deveriam seguir, que tendiam a uma decisão final
○ não importava a regra aplicada, e sim que o tribunal funcionasse com o writ caso
fosse selecionado
○ dessa maneira, percebe-se que o importante era a decisão, e não seu conteúdo
(se era justa ou injusta)
○ para um particular obter um writ, pagava uma taxa a chancelaria e entregava o
pedido para uma autoridade, o qual, posteriormente, seria levado ao rei
○ se fosse de interesse do reino, o writ era concebido
○ Com isso, os tribunais reais foram aumentando cada vez mais suas
competências, esvaziando o poder dos tribunais locais. Por isso, os senhores
feudais começaram a pressionar o rei cada vez mais para diminuir seus poderes
e limitar o número de writs, através do poder da Magna Carta, que fora criada
○ depois, um acordo em Westminster defende que os tribunais reais poderiam
continuar existindo, mas não poderiam conceber novos writs, apenas para casos
não inéditos
○ No entanto, o poder dos tribunais reais não diminuiu, já que ainda foi possível
aumentar suas competências concedendo writs para casos semelhantes.
● período de rivalidade com a Equity
○ século XV
○ os particulares estavam insatisfeitos com as decisões dos tribunais e do seu
formalismo
○ por conta disso, o rei utilizava regras estranhas a Common Law, o que ampliou
ainda mais o seu poder
○ as partes, para solicitar intervenção real e recursos das insatisfações que os
tribunais causavam, recorriam ao chanceler, o qual se tornou, com o tempo, um
jurista (primeiro levavam o processo (insatisfações) aos reis, mas com a alta
demanda começaram a resolver por conta própria)
○ dessa maneira, surgiu o Tribunal da Chancelaria, o qual se opunha ao tribunal
real, se dando de forma escrita
○ com seu crescimento, as intervenções nos tribunais reais passaram a ser mais
constantes, criando uma segunda forma de jurisdição, a Equity
○ no século XVII, o Parlamento da Inglaterra e o rei firmaram um acordo que
estabelecia limites para o Tribunal da Chancelaria, não podendo intervir nas
decisões dos tribunais reais, a não ser os que já tivesse julgado
○ havia, então, uma dicotomia: o Tribunal da Chancelaria, o qual atuava com base
em seus precedentes e os tribunais reais, baseados na Common Law
● Período moderno
○ século XIX
○ momento de profundas reformas que visam trazer maior segurança jurídica ao
sistema
○ tinha-se o sistema de precedentes, uma modernização do sistema, tirando seus
entraves, como o formalismo,
○ houve também a supressão da distinção formal entre os tribunais do Common
Law e da Chancelaria: todo e qualquer tribunal poderia julgar com base no
Common Law e na Equity. O que diferenciaria é a matéria para aplicação da
regra
○ Obrigação para um olhar atento aos precedentes
● Common Law vs Civil Law
● Common Law:
○ não há codificação, é dado de formas naturais
○ universidades não influenciaram tanto nesse direito
○ se desenvolve a partir de tribunais reais e baseados na jurisprudência
○ vai do concreto para o concreto
○ particular para o geral
● Civil Law:
○ abstrato para o concreto - lei é criada sem se aplicar em um caso concreto, só
depois é aplicada
○ geral para o partiular - dedutivo
○ se dá por compilações, como a de Justiniano, e codificações
○ É um direito ordenado, racional, sistematizado, com princípios
○ elaborados pela doutrina e codificado
○ importância das universidades
○ leis e costumes como fonte

Sobre os seminários:

Para aristóteles:

● Justiça universal: excelência moral


● Justiça particular: boa distribuição de bens
● Ideia de tratar desigualmente os desiguais - justiça distributiva
● As virtudes aristotélicas são compreendidas como um meio-termo, ajustes de medida. A
virtude está sempre entre dois extremos: a falta e o excesso
● A razão pela qual Aristóteles considera a justiça como a virtude perfeita é que ela não
possui um meio-termo
● A equidade, segundo o autor, é uma ferramenta que permite o ajuste da previsão
abstrata da norma para as especificidades do caso concreto

Seminário sobre Roma

● Fórmulas: encaixar o caso na mesma, a fim de lhe dar uma resolução concreta
● Aequitas é aquilo que, segundo uma época, é justo e comum para todos
● Nesse sentido, corresponde a algo ético, fundamentando o direito natural

Seminário sobre as universidades

● Surgiram na baixa idade média


● É importante lembrar que o Direito, para São Tomás de Aquino e para os pensadores
anteriores, era uma parte da moral, não sendo algo separado e ou algo que apenas se
relacionava com ela
● Segundo este, o intelecto deveria vir primeiro, logo em seguida da vontade - a lei natural
não viria mais da inteligência, mas da vontade, de modo que as coisas seriam do jeito
que são porque Deus quis
Seminário sobre a codificação

● A racionalidade, a qual ditou a necessidade da criação de um código, é bancada por um


Estado central, interessado em legitimar sua autoridade, e influenciado pelo sistema
econômico, interessado na previsibilidade.
● Muitas leis - fruto de corrupção
● Escola da exegese: valorizava ao extremo o código, dizendo que ele era perfeito e
jamais precisaria ser modificado, pois as leis foram formuladas de forma correta. É
nesse contexto que encontramos o Código Napoleônico (1804), que, com
características iluministas, carecia de caráter técnico, sendo extremamente claro,
objetivo e curto para que todo cidadão pudesse entendê-lo.
● Escola histórica: Savigny fazia parte, se opunha à codificação e dedicou parte de sua
produção a esse assunto.
● Para Savigny, os códigos eram a fossilização do direito, ou seja, a codificação era o
engessamento do direito, impedindo as forças históricas e a consciência coletiva para
“acompanhar” o ordenamento jurídico. Portanto, de acordo com o autor, a codificação
seria prejudicial à evolução do direito.
● Para o filósofo Thibaut a Alemanha estava há muitos séculos paralisada, e os alemães
estavam separados por um labirinto de costumes heterogêneos. Por esse motivo, uma
codificação civil se apresentaria como uma forma de unir todo o país, fugindo das regras
do direito natural e dando maior segurança jurídica ao povo.
● Para sustentar seu pensamento, Thibaut enunciava a importância de normas jurídicas
claras e precisas, e que regulassem todas as relações sócias, e isso só seria possível
com uma legislação geral

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