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História do Direito

Grécia
Dividida em períodos
- Arcaico ~ VIII à VI a.C. ~ Guerras pérsicas;
- Clássico ~ V à IV a.C. ~ Helenístico;
- Romano - Guerra de Cleópatra e Antônio x August.

Deram origem às cidades-estados, as pólis. A partir delas que tivemos os primeiros indícios
de lei.

legisladores
Os primeiros legisladores:
- Drácon, redigiu o primeiro código de leis de Atenas (rígidas);
- Solon, altera o código de Drácon.

Alfabeto
O grego cria um alfabeto simplificado, tendo uma escrita fonética, servindo de base
para todas as línguas europeias.

Justiça
Na Grécia a justiça é concreta separadamente do indivíduo, eles vivem em um
mundo concreto, prático, então ele cria uma unidade monetária.

Tem poucos registros de como faziam justiça. As práticas de justiça na Grécia eram orais,
suas transmissões de conhecimento eram passadas através da oralidade, eram baseados
na retórica - A arte de falar.

Forte divisão entre o mundo público polis e o mundo privado da oiKos


- Pólis: tratava de assuntos comerciais, tributários e corrupção. (âmbito público);
- Oikos: casas/sítios que abrigavam as gens (derivam de um ancestral comum), o
indivíduo defende seus interesses particulares. (âmbito particular).

Nas Oikos existia um “direito privado” organizado pelo chefe, mas posteriormente por causa
do aumento de conflitos houve mais cargos. Critérios de escolhas eram feitos de maneira
particular em cada Oikos, e havia uma forma de regras/direitos dentro de cada uma. Nas
Oikos a morte era uma forma de justiça.

Em caso de conflito entre membros de diferentes Oikos, podiam:


- Resolver sozinhas;
- Chamar um "árbitro";
- Testemunho , disputa podendo ser corrida de cavalo ou duelo;
- Levado para a polis (vergonha levar problema privado para o meio público),
composto pelos cidadãos da polis, pode chegar a 501, as duas partes são
convidadas a argumentar.
Religião
Determinava todo saber e fazer. A religião fornecia uma base moral, estabelecia rituais e
práticas.
- Social: Unia a comunidade;
- Família: moldava as estruturas familiares;
- Jurídico: Influenciava a tomada de decisões judiciais.

Acreditavam que a adesão dos princípios religiosos promovia a coesão social, a ordem
divina e a harmonia na vida cotidiana.

Cada família/gen seguia sua própria crença dentro da religião, se diferenciando uma das
outras e da pólis.

Romanos
Não foi um grande império e sim uma grande civilização que durou 12 séculos.

Períodos
1º ⟶ Período da Realeza, constituição da civilização (510 A.C)
2º ⟶ Período da República (27 A.C) = Apogeu Roamano/ maior conquista territorial.
3º ⟶ Período do Principado ( 285 D.C) Início da derrocada romana, crise dos imperadores
4º ⟶ Período do Baixo Império (285 D.C Até 585 D.C - Morte de Justiniano)

Leis
As leis valérias e pórcias foram leis que livraram os cidadãos romanos de formas de
punição degradantes ou vergonhosas, como a flagelação ou a crucificação.

A Lei das Doze Tábuas foi um conjunto de leis elaboradas no período da República
romana, por pressão dos plebeus.
- Tábua I: Estabelece as normas dos processos
- Tábua II: Acredita-se que continuava descrever os procedimentos no direito
processual
- Tábua III: O julgamento e as penas que deveriam ser aplicadas aos
devedores.
- Tábua IV: Expõe os poderes do chefe de família.
- Tábua V: Caracteriza as heranças e tutelas.
- Tábua VI: Esta descrevia como deveria ser a compra e a venda de
propriedades.
- Tábua VII: Aborda os delitos cometidos contra a propriedade
- Tábua VIII: Estabelecia as medidas entre as propriedades vizinhas e regras
de convivência entre os vizinhos.
- Tábua IX: Assegurava as regras do direito público
- Tábua X: Estabelecia as leis onde se garantia o respeito aos túmulos e aos
mortos.
- Tábua XI: Determinava a proibição do casamento entre patrícios e plebeus.
- Tábua XII: Questões do direito privado.
Economia
Romanos só ficam em um território enquanto gera benefícios a eles, modelo de
dominação puramente econômico. Vive da exploração econômica dos outros, não mantém
a sua pois é caro, inventa então a tributação.

O direito de Propriedade
Com os romanos a ideia de privado, no sentido de coisas, começa a se rascunhar.
Tábua V, Tábua VI, Tábua VII, Tábua VIII e Tábua XII falam sobre isso.

Era um direito de nascença, direito natural, algo até sagrado.

Toda propriedade deve ter:


- Res Habilis = Ter uma utilidade, tem que ser destinada a algo.
- Títulos = Documento que prova que a res está no seu domínio (romanos burocráticos).
- Fides = Tem sentimento de dono, zelo sobre a coisa, Cuidado que só o dono tem.
- Possessio = O dono tem a posse do seu bem.
- Tempus = Sempre por um lapso de tempo.

CORPUS IURIS CIVILIS


É a coleção de:
Codex: Constituições imperiais
Digesto: Compilação das obras dos juristas romanos
Institutas: Manual de Direito Romano para uso dos estudantes de Direito.
- Quatro tipos de livros: direitos reais, obrigações, ações e das pessoas.
Novellae: Novas constituições imperiais promulgadas após o Código de Justiniano.

Influenciou:
- Sistematização do direito nos países Europeus;
- Formação do direito civil, por meio da Institutas criou a base do Direito Privado;
- Jurisprudência, método jurídico utilizado influenciou o desenvolvimento;
- Direito Medievo, através do estudo dos Glosadores.

Ordem Jurídica Medieval


Visão cosmológica/teocêntrica de mundo
O mundo foi criado por Deus, sendo o mesmo a fonte de sabedoria e de todo o
conhecimento. Tudo que existe, existe por Deus.

Deus é o criador, os seres do mundo são organizados pelo divino, o mundo


ordenado cuja ordem dos seres vem de Deus. O Papa é o primeiro servo de Deus, o
primeiro vassalo.

A igreja tenta comprovar Deus pela junção da razão e da fé, surgindo os


pensamentos Patrísticos e a Escolásticos de Santo Agostinho e de Tomás de Aquino.
Cristianização das condutas
Ocorreu uma cristianização das condutas de vida por toda a Europa.

Constantino cria uma religião-estado, depois dele o cristianismo muda totalmente,


ele cria a igreja católica apostólica romana, na qual incorpora os rigores imperiais dentro do
cristianismo.

Até Constantino ditar as regras, as normas em relação a religião, cada região pratica
o cistianismo de uma forma.

A igreja começa a fazer santificações estratégicas para a cristianização.

Sociedade Estamental
Representa a estrutura social típica do sistema feudal medieval, dividida nos
estamentos (grupos sociais).

Quase não existe mobilidade social, ou seja, a posição do indivíduo na sociedade


dependerá de sua origem familiar. Nasceu servo, morrerá servo.

Descentralização das relações de poder


Ocorreu uma ruralização da europa, cidades vão se tornando vazias. As pessoas
migram para pequenos pedaços de terra.

O poder foi descentralizado entre os senhores feudais.


Assim começa os feudos.

Feudalismo
Baseava-se em grandes propriedades de terra, chamadas de feudos, que
pertenciam aos senhores feudais, e a mão de obra era servil.

Seguia as relações de Vassalagem e Suserania, possuíam um teor cooperativo, o


vassalo recebia terra de seu suserano e em troca, o vassalo devia oferecer fidelidade
absoluta e proteção ao seu suserano.

Essas relações eram um jogo político, o maior suserano é aquele que mais tem
acordos de suserania e vassalagem.

Pluralismo Jurídico
Por conta dessa divisão em feudos e das múltiplas fontes de justiça, além da Ordem
Sociais que geraram as Ordens Jurídicas.

Fontes de Justiça:
- Igreja católica;
- Costumes locais;
- Direito romano;
- sistema feudal.
As ordens sociais também delimitam o tipo de justiça aplicada, criando uma Ordem
Jurídica.
- Nobre X Nobre: Lei dos nobres
- Servo X Nobre: Lei dos nobres, havendo raras exceções

Tudo depende da importância, não existe igualdade na idade média, cada lei é
adaptada.

Propriedade Medieval
Deus é o criador e proprietário de tudo, os homens têm a posse.

A igreja, como representante de Deus na terra, legitima a posse dos homens.

Ordenações mais utilizadas no medievo


Corpus iuris Civilis
- coleção de, Codex, Digesto, Institutas e Novellae

Corpus iuris Canonici


- compilação de fontes relevantes de direito canónico da Igreja Católica, as Leis da
igreja

Ius Gentium
- compunha-se das normas de direito romano que eram aplicáveis aos estrangeiros

Ius Commune
- Direito Comum, compilações de casos comuns no direito.

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