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INSTRUMENTO NORTEADOR PARA INICIAR E FOCAR NA MATERIA DO MATSUDA, são referencias e anotações de 3 livros por ele
sugerido.

1.Quais os elementos que contribuíram para o advento das civilizações da Mesopotâmia e do Egito?

Identifique as características, enfatizando semelhanças e diferenças. R: surgimento das cidades, invenção e domínio da escrita, advento
do comércio e da moeda metálica. Sociedades urbanas abertas a troca materiais e intercâmbio de experiências políticas, mais dinâmica
e complexa. Ambas as civilizações urbanizam-se e adotam escrita em períodos próximos. Proximidade de bacias hidrográficas. Solo
propício à agricultura. Navegação fluvial. Diferença: condições climáticas desfavoráveis na antiga Mesopotâmia. Ambas desenvolveram
monarquia como forma de governo. Diferença: experiência centralizada do antigo Egito. Mesopotâmia: experiência política fundada
nas cidades com alto grau de independência. Diferença: papel conferido aos soberanos. Egito (monarca próprio deus). Mesopotâmia:
caráter mais humano. Mesopotâmia dependia mais do comércio em relação ao Egito.

2. Qual o papel do Direito e da Justiça nas sociedades pré-clássicas? Característica comum: justificação no princípio da revelação divina.
Direito: grau de complexidade exigia direito mais abstrato do que simples costume ou tradição religiosa. Justiça identifica-se à vontade
dos deuses cujas razões escapam à compreensão dos homens.

3.Como se deu a formação dos primeiros códigos na Mesopotâmia? Surge no período compreendido entre 2140 e 2004 a.C na região
da Suméria. Meio termo entre o direito concreto das sociedades arcaicas (pensado para o caso em discussão) e as formas abstratas e
gerais que caracterizam o direito moderno. Texto do Código de Ur-Nammu (divisão das classes em homens livres e escravos). Código de
Lipit-ishtar (1934-1924 a.C). Código de Esnunna (simbiose entre matéria civil e penal).

4.Quais as principais características do Código de Hammurabi? Organização da sociedade nos padrões do Código de Ur-Nammu, família
monogâmica, delimitação de salários e preços, extrema centralização do poder nas mãos do soberano, regulamentação do direito
privado (contratos de compra e venda, arrendamento, depósito).

5.Como se operava o princípio da justiça na aplicação do Direito no Egito antigo? Operava-se com base na busca do equilíbrio de modo
que as partes saiam do tribunal satisfeitas, conferindo ao faraó a responsabilidade de estabelecer a justiça, a paz, o equilíbrio e a
solidariedade social e cósmica da sociedade terrrena. Jurisdição titularizada pelo faraó que poderia delegar funcionários especializados
para a tarefa de decidir questões concretas.

6. Qual a dimensão do legado deixado pelas sociedades da Mesopotâmia e do Egito para a História do Direito? Contribuição para os
povos da Europa clássica. Sistema sexagesimal de medida, calendário solar, celebração de espécies diversas de contratos e
centralização administrativa.

7.Como se caracteriza a História do Direito Hebraico? Sistema único. Fonte da civilização hebraica no conjunto de 24 documentos
conhecidos como Bíblia hebraica (velho testamento) para cristãos ou Tanahk para judeus

8.Qual era o sistema de leis e códigos do Israel antigo? Sistema patriarcal de um povo nômade. Períodos da história: Patriarcal,
Confederação, Reino Unido, Reino Divido, Vassalagem. Torah(livro de Êxodo). Textos legais: leis apodíticas (ex: dez mandamentos) e
leis casuísticas (definição de caso concreto). Característica mais específica: caráter religioso (maldições, juramentos etc). Sistema de
ordálias (lançar a sorte). Crença monoteística.

9.Como se realizava a administração da justiça no Direito Hebraico antigo? Líder do clã (patriarca) exercia todas as funções públicas
(estrutura tribal) para organização nacional. Não existia em Israel idéia de “rei divino”. Centralização da justiça no período da
confederação, sendo poder atribuído a tribunal. Tribunais locais formados por juízes especiais atuando junto a anciãos locais como
tribunal de primeira instância e em Jerusalém havia tribunal superior formado por sacerdotes.

10.Descreva as relações civis dos israelistas. Sociedades patriarcais: principais bens (touros, jumentos, ovelhas, servos e servas).
Contratos formais e escritos são raros. Juramento forma mais comum de compromisso. Casamentos contraídos dentro do grupo
familiar. Viúva tornava-se esposa do irmão do marido falecido. Liberação da viúva (remoção da sandália).Proteção da propriedade do
grupo familiar.
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11.Qual o pensamento jurídico hebraico acerca dos crimes e punições? Ato punível (pecado). Violação de lei divina. Lei judaica
proveniente de Deus. Ofensa ao próprio Deus. Lei mosaica. Tribunais hebraicos não puniam ascendentes e descendentes do
transgressor. Distinção entre crime voluntário e involuntário.

12.Como é dividida a história romana? Período de 12 séculos. Marco inicial 753 a.C (fundação da cidade de Roma) até Queda do
Império Romano Oriental em 476 d.C. Divisão formas de governo: realeza (da fundação de Roma até substituição do rei por dois
cônsules em 529 a.C). Período republicano de 529 até sagração de Otávio Augusto como imperador em 27 a.C. Período imperial: alto
império ou principado (até inicio do governo do imperador Dioclesiano em 284 d.C) e baixo império (de Dioclesiano até morte do
Imperador bizantino Justiniano em 565 d.C).

13.O que levou ao colapso da república romana? Imobilismo da aristocracia patrícia (privilégios incompatíveis com império
cosmopolita). Descaso com a tropa e o povo. Exclusão das demais aristocracias italianas dos cargos consulares e senatoriais.

14.Quais as características do direito romano primitivo ou arcaico?

Direito consuetudinário com pouco uso da escrita (falta de registros judiciais e legislativos). Não havia diferenciação entre o direito e a
religião (o direito não era mais do que uma das faces da religião). Lei das XII Tábuas (449-451 a.C)

15.Qual a importância da jurisprudência romana no processo de construção do direito romano clássico? Doutrina: Estudo das regras de
direito e sua aplicação na prática forense, sem maior preocupação na sistematização do seu ordenamento. Pareceres dos jurisconsultos
vinculavam os magistrados nas decisões.

16.Enumere as características da atividade jurisprudencial nos séculos XIII e XIV: Unidade e ordenação das diversas fontes do direito
(direito romano-justinaneu, direito canônico e direitos locais), unidade do objeto da ciência jurídica (jurisprudência romano-
justinianéia), unidade quanto aos métodos científicos empregados pelos juristas, unidade quanto ao ensino jurídico (comum por toda
Europa continental) e difusão de literatura especializada, escrita em língua comum (latim).

17.Identifique os fatores culturais, econômicos, políticos, sociológicos e epistemológicos para o ressurgimento do Direito Romano no
final da Idade Média:

Integração do território europeu ao mundo clássico. Memória e prática do direito romano. Capitalismo mercantil (relações econômicas
emergentes). Direito romano fonte subsidiária. Mias adequado ao desenvolvimento da burguesia européia. Direito comercial
desenvolvido. Readmissão da jurisprudência clássica. Poder político centralizado sujeito à discricionariedade do monarca – Estado
monárquico absolutista. (estrutura semelhante ao baixo império ou dominato). Liberdade outorgada aos agentes econômicos privados.
Processo de burocratização do Estado como causa de readmissão do direito romano à época medieval. Surgimento de classe
profissional (juristas laicos). Fatores de ordem institucional (surgimento das universidades, tomismo (santo tomás de aquino) –
harmonia entre fé e razão (fim do clericalismo jurídico). Advento do jusracionalismo.

18.O que é juridicismo histórico? Idéia de que o direito existe separado dos fatos sociais (séc XIX), desempenhando função ideológica
de legitimação da ordem social burguesa. Postulado da dogmática jurídica como resultado da evolução desinteressada das questões
político-sociais que compõem o contexto histórico. Saber erudito hermético. Construção dogmática como evolução da consciência
jurídica.

19.Quais os pilares para a sustentação política intercontinental do Império Romano? Explique. Proteção militar da população, incentivo
ao comércio e facilidade de comunicação com todos os lugares.

20.Quais fenômenos abalaram a harmonia do Império Romano? Modo de produção escravocrata (deixava sem trabalho os homens
livres) e cristianismo como religião oficial (clero corpo opulento e influente no baixo império e aparecimento de seitas heréticas que
traduziam o descontentamento da plebe com sua política autoritária.

21.Como o Direito Germânico foi utilizado na Idade Média? Instrumento privilegiado na resolução dos conflitos por suas características
próprias quanto pela ausência de poder judicial organizado (baseado na sistemática da prova). Objeto de provar a influência social de
quem participava da provar. Vínculo de autoridade baseado no carisma de um líder guerreiro.
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22.Qual o papel da jurisdição eclesiástica na Idade Média? Com a falta de um poder judiciário organizado os tribunais seculares
passaram a julgar litígios a partir do direito canônico, ampliando-se a competência da jurisdição eclesiástica.

23.O que são cânones? Regras jurídico-sagradas que determinavam de que modo deveriam ser interpretados e resolvidos os vários
litígios. São leis. Verdades reveladas por um ser superior, onipotente cuja desobediência representava (pecado). São desígnios de Deus
transformados em regras a serem seguidas sem questionamento pelos homens. Marca o início da história da sacralização do Direito na
Idade Média.

24.Como se desenvolveu o Direito Canônico? Igreja monopoliza produção intelectual jurídica na idade feudal. Jurista canônico e
vontade política do poder eclesiástico em fazer seus comandos. Materialização do poder abstrato herdado da revelação divina.
Compilação de decretos, leis, pareceres e decisões de autoridades eclesiásticas é feita por Graciano (monge professor de Teologia em
Bolonha). Desenvolvimento do Direito Canônico por decreto papal, interpretação oficial e julgamento de litígios nas cortes
eclesiásticas. Modelador e censor da realidade que incomodava a instituição eclesial. Direito como estrutura dogmática e como
instituição de repressão/formação de condutas na sociedade. 25.Como se realizava o poder senhorial no feudalismo?

2º Questionario

Questões relacionadas aos itens 1 a 4 do plano: Conceitos introdutórios; Palavra direito, moral, religião; Conceito de direito romano:
utilidade, métodos e fases; Período da realeza.

 Qual a diferença entre o Civil Law e o Common Law? A grande diferença entre o sistema romano-germânico e o da Common Law é a
de que: o primeiro funciona "de cima para baixo" (o legislador preceitua uma lei geral, cuja regra abstrata é aplicada pelo juiz a um caso
concreto), enquanto que o segundo opera "de baixo para cima" (as decisões judiciais em casos concretos - jurisprudência - formam
uma espécie de regra geral que é aplicável no futuro a outros casos concretos semelhantes).

Porque estudar direito romano? Três são as razões históricas trazidas pela doutrina do porque estudarmos direito romano, são
elas: A primeira, de ordem histórica, pelo fato de que nenhum povo da antiguidade construiu monumento tão completo, como o
corpus juris civilis.A segunda, de ordem prática, é o fato de que numerosos institutos do direito romano não morreram, subsistem e
são imprescindíveis ao direito comparado.E, por fim, a razão de ordem técnico-jurídica, ou seja, o fato de que o estudo do direito
romano é essencial para formação do verdadeiro jurista.

 O que é direito?

A palavra direito, como nós conhecemos atualmente, não era utilizada pelos antigos romanos. Directus, para eles, referia-se aquilo que
é conforme a linha reta, e não este regramento jurídico que temos. O vocábulo utilizado na época que traduz o nosso atual direito é,
em latim, o vocábulo jus. Este vocábulo pertence a raiz do verbo jubere, que significa ordenar; e do verbo jurare, jurar. O Jus é,
portanto, este conjunto de normas escritas para uma sociedade, um grupo de pessoas (Ubi societas, ibi jus).

 O que é a Jurisprudentia? Jurisprudentia é a ciência do direito, o estudo deste conjunto de normas que acaba mesclando elementos
humanos, religiosos, filosóficos e morais, e não, como se poderia imaginar, a nossa jurisprudência de hoje, que são decisões reiteradas
sobre determinado assunto.

 Segundo Ulpiano, quais os três preceitos do direito? Ulpiano, importante jurista, escreveu que 3 são os preceitos do direito: viver
honestamente, não prejudicar a outrem e dar a cada um o que é seu.

 Diferencie direito de moral e religião. Muito embora tenhamos visto que a jurisprudentia, ciência do direito, acaba mesclando em seu
estudo elementos da religião e da moral, o direito romano já deixava transparente a existência de uma distinção entre eles. O jus,
direito, é de domínio dos homens; enquanto que o fas, é domínio de Deus. Então, nesta época remota o Jus regula a relação entre os
homens sob a sanção do estado; e o fas, designa aquilo que é direito conforme a vontade dos deuses. A distinção realizada pelos
romanos entre o Jus e a moral, fica muito bem representada pelo pensamento do jurista Paulo que escreve: “nem tudo que é
permitido é honesto”. Ou seja, apesar de o direito permitir não quer dizer que esteja de acordo com a moral. Portanto, é moral aquilo
que é socialmente aceito, e Direito, o que é permitido pela legislação.
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 Qual a diferença entre direito público e privado? Direito público, ou jus publicum, são as normas de organização da república romana;
e direito privado, ou jus privatum, as normas que dizem respeito ao interesse dos particulares. Portanto, se a norma visa o interesse
geral é público; se o particular, é privado.

 Como se dividia o direito privado? Diferencie. O direito privado era subdivido pelos romanos em jus civile, jus gentium e jus naturale,
divisão esta trazida por Gaio. O jus civile, também chamado de jus quiritium, é o direito próprio e peculiar do cidadão romano, mais
antigo e mais rígido, que predominou nos primeiros tempos. O jus gentium, surge mais tarde, e tem um âmbito mais amplo, aparece
quando Roma estende suas conquistas e entra em contato com outros povos. É o direito comum dos povos, direito das gentes. O jus
naturale, direito natural, por sua vez, que contrapõe os dois primeiros, é uma lei verdadeira, segundo a natureza, espalhada entre
todos os homens, constante e eterna. Uma providência divina.

 Qual o conceito de direito romano? Explique. Três são os conceitos trazidos pelos doutrinadores para o Direito Romano:

Primeiramente, há quem o conceitue como o direito que vigorou por 12 séculos. Ou seja, o conjunto de regras jurídicas que vigoraram
no império romano por 12 séculos, desde a fundação da cidade (em 753 a.c), até a morte do imperador Justiniano (em 565 d.C). Num
segundo sentido, há quem o conceitue como o direito privado romano, excluindo, portanto, o ramo do direito público, já que este não
atingiu o mesmo grau de desenvolvimento e perfeição daquele em Roma, como eles mesmos diziam: gigantes no privado e pigmeus no
público. E, por fim, há uma terceira corrente que o conceitua como o direito do Corpus Juris Civilis, ou seja, a expressão direito romano
designa as regras jurídicas deste código, conjunto ordenado de leis e princípios, reduzidos a um corpo único.

 Como é divido em períodos o direito romano? Para facilitar o estudo do direito romano, uno e maciço, os romanistas costumam dividi-
lo em períodos, preferindo cada autor por critério diferenciado. Girardi, baseado na história política de Roma divide em 4 períodos, e a
doutrina mais moderna, entre elas a de José Cretella Júnior, aderiu ainda um quinto período a esta história, são eles: 1. Realeza (753 a
510); 2. República (510 a 27); 3. Alto Império (27 a 284); 4. Baixo Império (284 a 565); e, 5. Bizantino (565 a 1453).

 Quais os métodos de estudo do direito romano? Explique.

Quatro são os métodos trazido pela doutrina para o estudo do Direito Romano, são eles: O exegético, vem do grego exégesis que quer
dizer explicação (ex=para fora, egésis=orientação), foi seguido pelos glosadores, que explicavam ou comentavam (glosae) o Corpus
Juris Civilis na famosa escola de Bolonha. O método dogmático, também chamado escolástico, era utilizado por Bártolo e seus
seguidores (bartolistas) que entendiam ser o Corpus Juris Civilis a verdadeira razão escrita, utilizando-o como fonte nos tribunais e para
resolver casos. O método histórico, com rigor mais científico, os adeptos deste em vez de interpretar de forma prática o direito
romano, adaptando-o aos novos tempos, restituíam aos textos seu valor real, dentro da própria vida romana. E, por fim, o método
moderno, estuda o direito romano como um sistema jurídico do passado, sem procurar aplicá-lo.

 Quais as classes sociais existentes em Roma na realeza? Explique.

Os habitantes de Roma estavam divididos em duas categorias bem distintas e opostas: os patrícios e os plebeus. Os patrícios eram
homens livres, filhos de homens livres, que se agrupavam em clãs familiares do tipo patriarcal, as gentes. Eram a classe privilegiada,
detentora do poder e de todas as vantagens. Os plebeus, de origem discutida, constituem a plebe, separada e independente dos
patrícios, mas em evidente posição de inferioridade: não fazem parte das gentes. or fim, há ainda um terceiro grupo, dos clientes. São
grupos de pessoas agregadas aos patrícios, vivendo sob proteção do pater familias. São estrangeiros refugiados em Roma ou escravos
manumitidos pelo pater.

 Qual a extensão do período da realeza?

Segundo os cálculos de Varrão, e embora contestados por críticos, é o mais aceito atualmente pela doutrina, Roma foi fundada em 753
antes de Cristo, e foi governada neste período, até 510 a.C., por 7 reis: Rômulo; Numa Pompílio; Tulo Hostílio; Anco Márcio; Tarquínio,
o antigo; Sérvio Túlio; e, Tarquínio, o soberbo.

 Qual a organização política de Roma na realeza?


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A organização política de Roma estava organizada em 3 elementos: o rei (rex), o senado (senatus) e o povo (populus romanus). O rei
era o detentor do poder absoluto, imperium. O senado (composto de 100 e depois 300), nomeado pelo rex, era detentor da autoritas,
ratificava a lei votada pelo povo. O povo romano é, no inicio, composto pelos patrícios.

 O que é fonte de direito? A expressão fonte do direito retrata o ponto originário de uma norma jurídica, ou seja, o lugar onde nasce
uma regra jurídica ainda não existente. É estudar o modo como nasceu o direito romano em cada um dos períodos.

 Quais as fontes de direito romano na realeza? Explique. As fontes de direito romano na realeza são duas: o costume e a lei. Costume é
o uso repetido de norma, jamais proclamada pelo poder legislativo. Ulpiano conceitua como: consentimento tácito do povo,
envelhecido por longo hábito. É o chamado jus non scriptum, direito costumeiro, consuetudinário. A lei, ao contrário, resulta de
declaração do poder competente, com autoridade atribuída pelo acordo formal dos cidadãos.

 Anotações

*JURISPRUDÊNCIA- É uma definição criada por um tribunal, para julgar determinado fato, ou seja, é uma norma com poder de lei.

*COMMOM LAW- A lei comum, Leis que não são escritas e são passada de geração a geração. Leis baseadas em costumes

Introdução ao direito (ESTUDO DETALHADO DO LIVRO INTRODUÇÃO AO DIREITO)

*FINALIDADE DO DIREITO- O direito existe para manter a ordem e a paz em uma sociedade, sendo apenas um bem das pessoas, não
podendo o direito ser o bem de animais e coisas.

* (THOMAS HOBBES)- O fim atribuído ao direito não é o de criar uma ordem ideal, mas uma ordem real de convivência.

*DIREITO NATURAL- O direito natural não é escrito, não é criado pela sociedade, é o direito a qual todos os homens têm por
legitimidade. EX: Direito a vida, Direito a liberdade.

*DIREITO POSITIVO- o direito positivo é aquele que é criado de acordo com a sociedade e institucionalizado pelo estado. EX: Código
penal, código de transito, constituição.

*Direito objetivo e direito subjetivo, não são duas coisas distintas, mas duas versões para uma mesma coisa. Exemplo de direito
objetivo: constituição, código penal Exemplo de direito subjetivo: Maria tem direito ao reembolso por danos morais.

DIREITO OBJETIVO: O DIREITO E NORMA DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL, OU SEJA, O DIREITO EM SI.

DIREITO SUBJETIVO: CORRESPONDE AO PODER DE AGIR QUE A ORDEM JURÍDICA GARANTE A ALGUÉM.

LEI- São apenas umas das formas de expressão das normas, que se manifestam também pelo direito costumeiro e, em alguns países
pela jurisprudência. A lei é o direito positivo são as mesmas coisas.

NORMA JURÍDICA- É a conduta exigida ou o modelo imposto de organização social.

DIFERENÇA ENTRE DIREITO, MORAL, REGRAS DE TRATO SOCIAL E RELIGIÃO: (ESTUDO DETALHADO DO LIVRO INTRODUÇÃO AO
DIREITO)

DIREITO (OBRIGATORIEDADE): Bilateral

MORAL (OBRIGATORIEDADE): Unilateral


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REGRAS DE TRATO SOCIAL (OBRIGATORIEDADE): Unilateral

Religião (OBRIGATORIEDADE): Unilateral

DIREITO (ORIGEM): Estado

MORAL (ORIGEM): Costume e valores

REGRAS DE TRATO SOCIAL (ORIGEM): Costume e valores

RELIGIÃO (ORIGEM): Costume e valores da doutrina religiosa

DIREITO (SANÇÃO [PENA]): Coerciva (obrigatória)

MORAL (SANÇÃO [PENA]): Incoerciva (Não obrigatória)

REGRAS DE TRATO SOCIAL (SANÇÃO [PENA]): Incoerciva (Não obrigatória)

RELIGIÃO (SANÇÃO [PENA]): Incoerciva (Não obrigatória)

DIREITO (FINALIDADE): Coexistência e segurança

MORAL (FINALIDADE): Melhorar o homem para agir segundo o justo, bom, correto

REGRAS DE TRATO SOCIAL (FINALIDADE): Melhorar o convívio social

RELIGIÃO (FINALIDADE): Atingir a felicidade eterna

TRIDIMENSIONALIDADE DO DIREITO (ESTUDO DETALHADO DO LIVRO INTRODUÇÃO AO DIREITO)

O Fenômeno jurídico (DIREITO) é a interação de três fatores: FATO, VALOR, NORMA.

Que definiram se uma lei será considerada saudável ou apenas uma letra morta.

FATO: Acontecimentos sociais a qual a norma julga.

VALOR: Ponto de vista de uma sociedade em relação a um fato

NORMA: Conjuntos de leis vigentes imposta à sociedade pelo estado

FONTES DO DIREITO (Estudo Detalhado sobre LIVRO INTRODUÇÃO e PAULO NADER)

*Fontes do Direito

As fontes se dividem em matérias e formais, sendo está última subdividida em Estatais e Não-estatais

ESTATAIS- São geradas pelo estado (Poderes Judiciários, Executivos, Legislativos)


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Não-ESTATAIS- São geradas por costumes sendo subdividido em:

-SECUNDUM LEGEM (Secundo a lei): é o costume de interpretar a lei impondo a mesma a pratica social

-PRAETER LEGEM (Além da lei): é usada em casos de lacunas na lei, onde o juiz pode a vim usar Tendo como base doutrinas e normas

-CONTRA LEGEM (contra a lei): Quando há praticas sócias contrarias a lei, mas essa suprema não pode validar tal costume, pois a lei só
pode vim a ser revogada por outra.

INTEGRAÇÃO DO DIREITO

Direito e leis caminham juntos, porém não são as mesmas coisas, Poderão existe lacunas formais, ou seja, casos que a lei desconhece,
mas nunca haverá lacunas matérias, ou seja, o direito terá sempre uma resposta para tudo independentemente se há ou não leis.

O direito não se baseia apenas nas leis, lógico que o primeiro ponto a ser analisado será a existência da lei, porém caso não haja tal
artifício o direito poderá se basear em outros pontos seguindo sempre essa mesma linha de hierarquia:

LEI, ANALOGIA, COSTUME, JURISPRUDÊNCIA ou DOUTRINA

DOUTRINA: É o pensamento de um juiz ou desembargador baseada na experiência de vida do mesmo e que pode a vim ser usado
como fonte secundaria, ou seja, abaixo da lei.

ANALOGIA: É quando não existe uma lei específica para determinado fato, porém existe uma lei similar ou que englobe o tal fato,
podendo ser usado como artifício jurídico

"A REGRA DE ANALOGIA SÓ NÃO É APLICADA NO CASO DE DIREITO PENAL, POIS INFRINGE UMA REGRA ESPECIFICA DELE, ENTRETANTO
A ANALOGIA PODE A SER APLICADA CASO SEJA PARA UNICAMENTE BENEFICIAR O RÉU"

Obs.: O praete Legem é o único dos três costumes que pode ser verdadeiramente associado ao direito, pois não se baseia em leis.

JUSNATURALISMO E JUSPOSITIVISMO (assunto independente)

Jusnaturalismo: O Jusnaturalismo iniciou aparti do século XVI, com o principal alvo de derrubar os conceitos de direito da idade média
e escapar do ambiente teológico aplicado a época Na época do Jusnaturalismo, os princípios apenas ocupavam um valor informativo e
não tinha força de lei, mas aparti do século XIX com o surgimento do estado muitos dos fundamentos incorporaram ao direito positivo.
Podendo ser traduzido como uma fonte de inspiração do direito positivo.

Juspositivismo: O juspositivismo nasceu com a ambição de torna a lei mais cientifica, intencionalmente garantidora de cumprir a lei, da
mesma forma ao qual está escrito, sem a possibilidade de revisão de caso, equidade. Porém para alguns estudiosos, o direito positivo
sem o juspositivismo é apenas autoritarismo travestido de justiça.

RELAÇÃO JURÍDICA, DIREITO SUBJETIVO, DIREITO JURÍDICO: Relação jurídica só pode ocorrer entre duas pessoas. O fato jurídico
administra os fatos sociais e nem sempre na historia da humanidade seres humanos eram portadores de direito, podemos citar, por
exemplo, os escravos e as mulheres da nossa antiga sociedade, porém hoje em dia qualquer pessoa tem direitos deste que esses
tenham nascido vivo, ou seja, para o governo brasileiro só é considerado vivo quem tenham respirado.

Personalidade Jurídica: É um conjunto de características que identificam um determinado individuo da sociedade. Ex: estado civil, Cor
da pele, olhos, altura, etc.

Pessoa Jurídica: Quando um conjunto de pessoas ou um conjunto de bens adquire personalidade jurídica, logo ela passa a ser
detentora de direitos e deveres.
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Personalidade civil: São os direitos e deveres dado aquele que nasce vivo, ou seja, quem respira essa por sua vez é dividida em outras
duas:

Capacidade de Fato: Adquirida na maioridade, quando o indivíduo pode de fato se responsabilizar pelos seus atos.

Capacidade de Direito: Adquirida no nascimento juntamente com a personalidade jurídica.

Relação jurídica: É quando uma pessoa exige seus direitos obrigando à outra a cumprir com o seu dever.

Para que se haja relação jurídica é necessário existir uma correlação entre direitos e deveres.

Relação Jurídica:

Direito objetivo

Sujeito ativo  |OBJETO| Sujeito passivo

(Detentor de direito) (Detentor de Deveres)

Vinculo de Atributividade

PROCESSO LEGISLATIVO

A câmera dos deputados posicionada na câmera baixa, ou seja, na câmera Convexa é o responsável por representar os interesses da
sociedade, podemos citar como exemplo a lei Maria da penha.

Senado Federal tem a responsabilidade de representar os interesses do governo, está situada na câmera alta, isto é, na cúpula
côncava. Podemos citar como exemplo os royalts da Petrobrás como um dos seus interesses. O chefe do executivo, isto é, o presidente
da república em casos especiais também pode criar leis que são chamadas de medidas provisórias ao cabe ao senado votar, com
urgência, caso isso não ocorra, o projeto do presidente, tranca a pauta isso significa que nenhum outro projeto de lei pode ser votado
antes dele.

Para que um projeto de lei possa se torna lei, ela deve passar por seis etapas sendo a primeira a comissão CCJ (Comissão
constitucional jurídica) que julga a constitucionalidade da lei, para depois dependendo da lei passar pelas outra comissão especifica do
assunto da lei, ao termino desse processo parti para o plenário caracterizando a fase iniciativa. A fase Discursiva é caracterizada
quando o presidente da mesa abre a pauta. Perguntado ao plenário perguntado sobre os possíveis pontos negativos e positivos do
projeto em questão. Essa fase é muito caracterizada pela pressão social, que pode interromper a tramitação desse projeto arquivando-
o. A fase de votação é a fase em que a maioria absoluta (para leis que modifiquem a constituição) ou maioria relativa( para leis
consideradas ordinárias.) A maioria absoluta se caracteriza pelo total de parlamentares da casa em questão e são exigidos 50% mais
uma cadeira para aprovação, nesse sistema de votação às vezes, pode ocorrer falta de participantes, o qual o projeto é adiado por falta
de coro. A maioria relativa é quando não são exigidos todos os participantes, e a votação pode ser feita pela quantidade presente no
recinto, sendo a maioria vencedora. A fase da sanção ou não do presidente, o presidente da república decide se aprova ou não o
projeto, caso ele não aprove, o mesmo pode vetar o projeto total ou parcialmente, caso isso ocorra, o projeto volta para pauta e as
duas casas em conjunto (Senadores e deputados) revisam, apenas a parte a parte vetada. A fase da promulgação Enfim o projeto se
torna lei nessa fase ganha um número de identificação seguido pelo ano da promulgação, porém ainda não tem efeitos legais, isto é,
ela é valida, mas não obrigatória. A fase da publicação, essa fase é caracterizada como final, a lei ao ser publicada no diário oficial
dependendo da vacatio legis é considerada legal e obrigatória. *vacatio Legis: tempo entre a publicação da lei e ao qual a mesma
demora para ser posta em vigência, existindo três formas. -Imediata: Quando no ultimo parágrafo da lei está escrito: Está Lei entrara
em vigor na data de publicação. A mesma passa a ser obrigatória imediatamente. - Programada: Quando no último parágrafo da lei
está escrito: Está Lei entrara em vigor numa data especifica. -Não definida: Quando for omissa sobre a data que ela entrara em vigor, é
determinado segundo o código civil, um prazo de 45 dias sendo para leis nacionais e 90 dias para leis cujo sua objetividade é destinada
a países estrangeiros.
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EFICÁCIA DA LEI NO TEMPO E ESPAÇO. (ESTUDO DETALHADO DO LIVRO INTRODUÇÃO AO DIREITO)

Eficácia da lei no tempo: A lei começa a envelhecer a parti da sua data promulgação a duração das leis são variáveis, algumas leis
podem a vim a se tornarem muito longas como, por exemplo, a constituição norte americana que é data de 1787 ou o código comercial
brasileiro datado de 1850, ambos vigente nos dias atuais. Outras têm durações consideradas normais e são substituídas ao decorrer
das modificações sofridas com o passar dos anos, muitas vezes essas leis se modificam de uma forma que perde o sentido original,
passando a ser indispensável uma criação de uma nova lei, caso contrário, corre o risco da lei caducar, isto é, perde a sua autoridade,
torna-se uma letra morta. Outras podemos considerar como natimortos, ou seja, leis que antes mesmo de saírem da fase de
promulgação já são consideradas caducas, podemos citar como exemplo o código penal brasileiro de 1969, que foi revogada no seu
período de vacatio legis, antes mesmo de se torna obrigatória.

A perda de vigência pode ocorrer nas seguintes hipóteses:

*Revogação por outra lei; *Decurso do tempo, quando a lei perde o seu valor para a sociedade; *Desuso, quando não há meios para
garantir a ação da lei.

A Lei pode ser revogada por ab-rogação e derrogação, isto é, total ou parcialmente, também pode ser expressa ou táctica, Expressa
quando a lei nova determina especificamente a revogação da lei anterior. Revogação táctica se subdivide em dois, quando a lei nova
dispõe de maneiras diferentes sobre assunto contido na lei anterior, caso isso ocorra há um conflito entre as ordenações, que por sua
vez é corrigida pelo critério do axioma Lex posterior derogatpriorem (lei posterior revoga a anterior). A outra forma de revogação
táctica é aplicada quando a lei nova disciplina inteiramente os assuntos abordados na lei posterior, sendo conhecido como o principio
da hermenêutica, porém existe uma ressalva a lei geral não pode revogar a de caráter especial. Caso a lei revogadora perca sua
vigência, isso não quer dizer que a antiga lei, pela qual por ela foi substituída, volte a vigorar, esse fenômeno de retorno à vigência,
tecnicamente denominado de repristinação é condenado do ponto de vista teórica, porque haveria um regresso e a sociedade seria a
principal vítima, pois teoricamente a lei deve avança em pró da sociedade e não regredir, seguindo valores democráticos e éticos.

E também é condenada pelo código de introdução ao código civil, assim como dispõe o art. 2ª

“Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.”

§ lº A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando se incompatível ou quando regule inteiramente a
matéria de que tratava a lei anterior.

§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

§ 3º Salvo disposições em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

Conflitos da lei no tempo: Ocorre quando um fato jurídico decorrente de uma lei produz efeitos além do tempo da lei vigente, ou seja,
quando não há mais a antiga lei para se basear, gerando uma série de indagações.

Podemos citar um exemplo para melhor ilustra esse tema; se ocorrido um crime, ao qual a antiga lei o considerava como ilegal e previa
pena de reclusão, porém o julgamento fora adiado e com o passar do tempo uma nova lei a revogasse e instituísse uma pena mais
severa a pena de morte. Seria justo condená-lo? O individuo cometeria esse crime se soubesse que seria punido com a pena de morte?
A pessoa em questão também faz parte da sociedade, ela não seria vitima dessa revogação? Contrariando a teoria que as leis devem
ser em pró da sociedade. Esses conflitos são conhecidos como direito intertemporal e vale ressaltar algumas disposições pertinentes ao
assunto que devem ser consideradas.

Principio da irretroatividade: Baseada no direito Romano, que previa pelo qual uma lei nova não alcança os fatos produzidos antes de
sua vigência, esse principio foi adotado pelo papa Gregório IX, e podemos considerar como uma ressalva de outro principio o axioma
Lex posterior derogatpriorem, já citado. Podemos encontrar as reposta sobre as questões citadas acima no art. 5ª da constituição
federal brasileira.

“Art. 5ª Dos direitos e garantias fundamentais“


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XXXVI- “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”

XL- “A lei penal não retroagirá, salvo para beneficia o réu.

Porém contratidoriamente também se encontra nas nossas leis casos que a retroatividade da lei é aceitável.

a) no Direito Penal, quando as disposições novas beneficiam aos réus na exclusão do caráter delituoso no ato ou no sentido de
minorarem a penalidade, ou seja, quando um indivíduo é beneficiado pela revogação da lei, a antiga lei volta a ser imperativa.

b) no tocante às leis interpretativas, quando a nova lei, não é suficientemente clara e objetiva e abre espaço para interpretação, logo
para antiga lei pode voltar a ser dominante.

c) quanto às leis abolitivas, que extinguem instituições sociais ou jurídicas, incompatíveis com o sentimento ético da sociedade como
ocorreu com a abolição da escravatura, ou seja, quando a nova lei, oprime a sociedade ou toma uma atitude antiética para com a
mesma.

Teoria sobre a irretroatividade:

Teoria da doutrina clássica: concebida pelos juristas da escola de exegese, sendo Blondeau o seu primeiro expositor no inicio do século
XX, porém foram com Chabot e Merlin que a teoria tomou lineamentos mais amplos e científicos. Foram essa teoria parte de uma
distinção entre faculdade, expectativa e direito adquirido. A faculdade foi conceituada como a possibilidade jurídica de se praticar atos,
como o de emancipação de filho, por exemplo. A expectativa não passa de uma esperança, como Merlin situou, de se adquirir um
direito caso venha a realizar-se um acontecimento futuro, que lhe dará efetividade. É a situação em que se encontra uma pessoa, por
exemplo, em relação à herança de um parente próximo, tendo em vista o que dispõe a legislação vigente. Diante da circunstância da
época, não há que se falar ainda de direito sucessório, mas apenas expectativa que se transformará em direito caso não haja alteração
na ordem sucessória e o fato venha a se consumar. Segundo Merlin, “direitos adquiridos são aqueles que entraram em nosso domínio
e, em conseqüência, formam parte dele e não podem ser desfeitos...”. Podemos perceber que a teoria da doutrina clássica se compara
com a teoria do jurista brasileiro Miguel Reale em 1968, Sobre a tridimensionalidade do direito.

Teoria da situação jurídica concreta: Situação jurídica é a posição de uma pessoa em relação à lei. Bonnecase parte da distinção entre
situação jurídica abstrata e concreta. A primeira se caracteriza quando a pessoa não é alcançada pela regra o fato jurídico que a
colocaria sob os efeitos da lei não se realizou. E a condição do solteiro, por exemplo, em relação à instituição do matrimônio. A situação
jurídica concreta é definida por Bonnecase como “a maneira de ser de uma pessoa determinada, derivada de um ato ou de um fato
jurídico que a faz atuar, em seu proveito ou contra si; as regras de uma instituição jurídica, e a qual ao mesmo tempo lhe têm conferido
efetivamente as vantagens e as obrigações inerentes ao funcionamento dessa instituição”. Em outras palavras Teoria da situação
jurídica concreta é o mesmo que a teoria da personalidade jurídica, isto é, um conjunto de características que identificam um
determinado indivíduo da sociedade caracterizando como uma pessoa física ou um conjunto de pessoas ou conjunto de bens,
considerada este uma pessoa jurídica.

Teoria dos Fatos Cumpridos: Exposta por Windscheid, Dernburg e Ferrara o importante para essa concepção não é a verificação da
existência de direito adquirido, mas a constatação se o fato foi cumprido durante a vigência da lei anterior. De acordo com a orientação
de seus expositores, haveria retroatividade apenas quando o ato legislativo atingisse o fato jurídico realizado no passado, desfazendo-o
ou alterando os seus efeitos produzidos na vigência da lei revogada.

Teoria de Paul Roubier: O jurista francês partiu da distinção dos possíveis efeitos da lei em relação ao tempo: efeito retroativo (ação
sobre atos e fatos do passado); efeito imediato (ação apenas sobre o presente); c) efeito diferido (quando a lei vai alcançar o futuro).
Para o autor da teoria o ponto principal do problema radica na distinção entre efeito retroativo e efeito imediato. Em seu
entendimento a lei somente deve alcançar os fatos do presente, respeitando os fatos pretéritos. Igualmente não admite que a lei
estenda os seus efeitos sobre o futuro, à concepção pelo qual entendi esse tema é que para o filosofo Francês Roubier, pensava que
uma comunidade não tinha o direito de criar leis para o futuro, sem o prévio conhecimento da moral vigente da sociedade em relação
ao futuro.

A Concepção de Planiol - Análogo à tese de Paul Roubier é o critério proposto por Planiol: “A lei é retroativa quando atua sobre o
passado, seja para apreciar as condições de legalidade de um ato, seja para modificar ou suprimir os efeitos de um direito já realizado.
Fora de tais casos não há retroatividade, e a lei pode modificar os efeitos futuros de fatos ou de atos anteriores, sem ser retroativa”.
11

O Princípio “Ratione Materiae”: Ao disciplinar o problema da irretroatividade da lei, o sistema jurídico pode optar pela adoção de
determinadas teorias, fixando-se assim em princípios gerais e abstratos, como o fez o legislador brasileiro, ou optar pelo
princípio ratione materiae, isto é, pela particularização de assuntos, ou seja, a equidade do direito. Entre os códigos que seguem essa
orientação encontram-se os da Alemanha, Suíça e Itália.

Eficácia das leis no espaço: o conflito de leis no espaço caracteriza-se pela concorrência de leis pertencentes a diferentes Estados
soberanos em decorrência da mobilidade do homem entre os territórios. Esse problema é mais comum em países que seguem a
corrente do common Law, é o exemplo dos Estados unidos, onde existe uma constituição, mas os estados são independentes para criar
suas próprias leis. Se todos os fatos jurídicos fossem uniespaciais, ou seja, caso se consumasse integralmente em um só Estado, sob a
vigência de um sistema único não haveria conflitos, para Paulo Nader a centralização do poder judiciário mundial seria uma solução
viável para não existir, como por exemplos os direitos humanos ou mesmo a convenção de Haia, denominamos esse ramo do direito
como interespacial que, ao lado do Direito Intertemporal, são denominados superdireitos, uma vez que não aplicam normas de
conduta, mas indicam um sistema judiciário aplicável ao direito, isto é, a essência que inspira os rumos do direito.

O principio básico dessa corrente do direito é a Lexnnnvalet extra territorium, significa que a lei a ser aplicada é a do território,
analogamente podemos citar um exemplo do livro o “casos dos exploradores de caverna”, que em resumo também explica
interespacidade da vigência da lei, uma pessoa pode ou não ser condenada por leis que não estão vigência no local onde os indivíduos
estão, ou seja, um direito que está acima do direito legal, também chamado de legitimo ou direito natural.

Logo podemos concluir que esse conflito surgiu ao decorrer que a humanidade passou ao sedentarismo, pois era impossível criar leis
de espaço, visto que a sociedade não passava tempo suficiente para estabelecer relações com o ambiente para com outras pessoas.

Uma parcial solução para Nader contratidoriamente se opõe a essência da democracia, isto é, centralização do de problemas pelo
único ponto de vista, não favorecendo o pluralismo jurídico, como ele afirma. “Teoricamente a solução poderia ser encontrada
conforme Agenor Pereira de Andrade menciona, pela unificação do Direito Privado. Essa fórmula, mais tarde sugerida por Jitta,
internacionalista holandês, além de difícil execução, do ponto de vista da teoria do Direito significaria apenas a eliminação do
problema.”

2ª Parte

ROMA

1. DIREITO ROMANO: INTRO

 PERGUNTA 1: teve o Direito romano codificado por Justiniano aplicação no império romano?
 Não na parte ocidental do império (que estava caindo), todavia ele teve aplicação no oriente.
 PERGUNTA 2: Como então ele chegou até nós?
 Graça aos glosadores na idade média, que ficavam estudando Direito Romano nas universidades (essas nascidas no século XI).

2. Direito romano durante o domínio bárbaro

 Com a queda de Roma, a parte ocidental do império é dominada por povos “bárbaros”, que estavam no equivalente ao período arcaico romano.
 Logo nós tínhamos Direito romano aplicado aos romanos e aos “bárbaros” era aplicado o Direito costumeiro. O Direito romano era utilizado e misturado
ao Direito dos povos germânicos. Tanto que esses povos de origem germânica realizaram 6 compilações do Direito romano, sendo que alguma delas
continuou tendo aplicação até o século XIV.
 Com o feudalismo tivemos a supressão e reclusão do Direito romano à igreja. Aqui temos um Direito costumeiro.
 Com o fim da alta idade média, temos o ressurgimento das cidades e do comércio, formando sociedades mercantis. Para resolver os conflitos dessas
sociedades temos o ressurgimento do uso do Direito romano justinianeu.
 Esse Direito teve um alto desenvolvimento nas universidades católicas, que tratavam esse Direito como um Direito universal, das gentes.
 Por isso se diz: Direito romano germânico canônico.
 Como o Direito justinianeu chegou ao ocidente? Devido ao maior contato com o ocidente (causado pelo crescimento do comércio e das cruzadas)
somado ao estudo do Direito romano em larga escala pelas universidades.

3. Roma
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 Dos antepassados
 Para os romanos um dos valores centrais é o apego aos antepassados. Tanto que uma lei feita por um antepassado jamais era revogada (com os
problemas óbvios que isso gerava).
 Do Estado
 Roma se delimitava a duas coisas: a. Manutenção da lei e da ordem. b. Cobrança de tributos. A espinha dorsal dessa comunidade acabava sendo
exército. Afinal, você precisava de força para conseguir impor as duas coisas acima. Além disso, havia as autoridades locais que eram responsáveis pelos
jogos, religiões, etc.
 Observação: a economia romana era agrária e no limiar da subsistência.

4. Relação com os gregos

 As influencias entre os povos se dá entre a educação, principalmente. Os gregos foram essenciais na educação (lembrando da herança filosófica grega)
dos romanos. Além disso, os romanos copiavam os gregos na língua, roupa, tentava-se casar as elites entre gregos e romanos. Havia o culto ao
imperador… Menos para os (hábeis diplomatas) judeus.
 Relação com helenismo
 Da cultura helênica os romanos tiraram a argumentação e as especulações filosóficas sobre a justiça e o bem viver

5. Ética

 As relações interpessoais eram pautadas na ética. Quando se pedia algo a um romano ele se sentia obrigado a fazer.

6. Lei das doze tábuas

 Elas eram o Ius Civile, mas esse era insuficiente para todos os problemas de Roma, logo se criou o Ius Honorarium. Todavia a lei das doze tábuas nunca
foi abolida (pelo respeito aos antepassados) 2. A lei das doze tábuas está no final do caderno para os interessados. Curiosidade: elas eram originalmente
10, mas viraram doze. Houve uma adição de duas.

7. Direito processual romano

 O Direito romano foi construído ao longo dos séculos através de práticas processuais. Sua formação não possuía a ideia de direito subjetivo, já que eram
povos não afeitos à abstração. Logo quando alguém se sentia prejudicada ela entra com uma ação. Claro que vimos que Direito subjetivo existia para os
romanos; todavia a ideia de que ação está vinculada ao direito objetivo em Roma devido a interpretações pelo Savigny.
 Ressalta-se que hoje nos temos a separação do direito objetivo e subjetivo, sendo que você pode entrar com ação sem ter Direito algum.

8. Privatismo

 A justiça romana é em sua maioria privada (isso chega a nós pelas institutas do Gaio). Essa fase privada se chama Ordo Iudiciarum privatorum. Com o
passar do tempo ela é substituída por uma justiça pública.
 Como ela funcionava: as partes entram em conflito; buscam um magistrado chamado pretor (que tinha vários poderes [inclusive militares]) que
organizava o caso, fazia um sorteio de jurados, jura pela boa ordem, controla o tempo, sugeria uma solução; e passa para um jurado selecionado em
lista (Iudex) e esse dava a solução. Ora, isso demonstra que a justiça privada não é absolutamente privada, já que ela tem um pretor que encaminha ela
para um cidadão. Se a pipa fosse entre romano e estrangeiro o magistrado não era o pretor, mas sim o peregrino.
 As actios do primeiro momento são:
 1. Sacramentum: são as actios para problemas gerais que, se pedidas de má fé, poder-se-ia ser multado em uma quantia x.
 2. Iudices postulatio: era usada em situações de estipulatio.
 3. Condictio: era usada para a cobrança de dívidas.
 4. Manus inictium: usada para promover a execução.
 5. Pignores capio: para quem não pagou fisco, aluguel de animal, etc.

9. Era de ouro

 Já no segundo momento (segundo Gaio) tínhamos as fórmulas (primeiro eram orais, depois ficavam marcadas em tábuas brancas), que com as
seguintes partes (dependendo do caso, claro):
 a) Demonstratio: o pretor ouvia as partes e fazia um relato dos fatos juridicamente relevantes ao juiz.
 b) Intentio: aqui o pretor declarava o direito.
 c) Adjucatio: o pretor vê se pode entregar a coisa (transferência de propriedade)
 d) Condenati: o pretor escrevia se o iudex poderia absolver ou condenar o réu a prestação necessariamente pecuniária (sim, tinha de ser pecuniária,
mesmo que para entregar coisa específica). A. Havia, entretanto, uma clausula específica nas fórmulas que permitia ao réu entregar a coisa desejada
pelo credor ao invés de pagar prestação pecuniária (que poderia ter valor superior ao da coisa).
13

 As partes iam ao pretor, que ouvia as partes e escrevia tudo em uma tábua e a entregava a estas. Elas vão ao Iudex e esse lê as tábuas e toma uma
decisão, como se fosse um manual de instruções (uma fórmula – daí o termo formulário). Poderíamos ter prescriptio que eram orientações prévias ao
pretor em que havia mais de uma ação que prescrevia.
 Se você tinha uma actio como se opor a uma pretensão infundada de outrem?
 Para isso havia uma exceptio (não a contestação) que era uma actio em sentido contrário para se opuser a ação. A mais famosa é a exceptio doli e a
exceptio metus.
 Isso deu origem aos vícios do negócio jurídico (dolo, coação, etc)
 Observação: o termo jurisdição vem do termo jurisdictio (dizer o Direito) que significa que alguém é dotado da capacidade de dizer o Direito.
 Aqui tivemos o momento de inovação, de equidade, de correção dos abusos e das lacunas da lei; tudo isso feito pelos pretores através de seus éditos.
Estes se subdividiam em eternos (feito de ano em ano, no inicio da magistratura) e repentinos (feitos quando surgisse alguma pipa imprevisivel ao longo
da magistratura). Depois Tivemos o edito perpetum (com sentido de eterno) que era uma coletânea de editos. Com ele o pretor ficou proibido de criar
novos editos.

10. Público: Sistema do cognitio extraordinarium

 No Direito romano temos um processo de publicização. Isso é exemplificado, por exemplo, com o paterfamilis; esse tinha poder de vida ou morte sobre
a família e resolvia os problemas em casa. Com o passar dos anos a solução de conflitos passa a ser assumido pelo Estado. O Direito romano se publiciza
e acaba o pretor. O Iudex vira um juiz estatal especialista em direito romano e fixo. A decisão desses Iudex poderia ser recorrida ao imperador (cuja
galera ao redor resolvia os problemas). Com o passar do tempo às fontes do Direito vão se restringindo até que a única fonte remanescente sejam as
leis imperiais. Logo as mudanças se riam resumíveis em:
 Direito Romano
 Ordem dos Juizos privados: primeira fase; ele não tinha um sistema de Direitos, mas sim um sistema de ações. Os juizos eram privados pois as ações
eram privadas e coordenadas pelo pretor. Com o passar do tempo a justiça se publiciza.
 Ações da lei: aqui é a primeira fase dessa etapa, na qual os pretores decidiam quando ocorreriam ações.
 Processos formularios: o Pretor fazia um formulário e dizia: quem tiver uma situação com tais características, tem ação.
 Cognição Extraordinaria: Segunda fase, as ações adquirem um carater público.
 O imperador augusto selecionou cinco deles para dar caráter de lei oficial as suas opiniões.

11. Nota rápida sobre a jurisprudência

 Os jurisprudentes eram “profundos” conhecedores do direito romano aos quais a população buscava auxilio para responder aos seus
problemas/dúvidas jurídicos. Eles eram como os doutrinadores atuais (escreviam até manuais).

12. Direito penal romano: Da família para o Estado

 Cuidado: os romanos não tinham a ideia de direito penal que temos hoje: esse é de origem iluminista (Beccaria e Bentham).
 O Direito penal romano (incluindo cobrança de tributos) veio do Direito de família e cabia ao Estado romano (esse poder foi sendo tirado aos poucos do
paterfamilis).
 Os delitos eram ações ameaçadoras a ordem pública romana. Logo era importante ao Estado (não mais o paterfamilis) cuidar deles. Esse Direito penal
começa com a lex valeri. Ela organizou algumas questões tirando da família e passando para o pretor.
 Exército
 O direito penal romano tinha algumas questões particulares em relação ao exército:
 1. Exército indo: para manter a disciplina das guerras em campanha não se admitia os furtos e estupros entre soldados. Se alguém fizesse essas coisas
tinha-se pena de morte.
 2. Quando exército ganhou um território: quando o Estado ganhava um território esse se chamava província (vincia que é o equivalente a vencer). Na
província tínhamos o pretor e o governatum (quem comanda a província, é o indivíduo que venceu a mesma). Este dava a jurisdição organizando e
administrando a justiça penal; eram juízes agindo em nome de Roma.
 Nessas regiões não se aplicava o Ius civile, quem aplicava eram as cortes, cuja execução era feita pelo magistrado romano. Este dava o imperium
(ordenando o suplício – execução da pena).

13. Delitos

 O principal era o perduellio (mal guerreiro): inimigo de Roma. O representante de Roma era o imperador (maiestatis – imagens) e aqui nasce o crime de
lesa-majestade (lesa maiestatis).
 Nessa categoria foram sendo incorporadas outras condutas criminosas:
 a) Heresia.
 b) Homicidio
 c) Falsificação
 d) Delitos sexuais.
 e) Compulsão: exigir vantagem sendo funcionário público.
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 f) Etc.
 Como toda guerra feita pelos romanos era justa, perduellio era inimigo da pátria. Para isso a pessoa: poderia ser desertora, ter relações sexuais com
inimigo, fomentar desnecessariamente uma guerra contra Roma, dar aos edifícios públicos o próprio nome, recursar-se ao serviço militar, atrasar-se
para o senso, insubordinação, má gestão da coisa pública, recusar entrega do mandato no fim do ano. A pena aqui era de morte. Como matavam:
cortavam a cabeça ou tinha o suplício. Elas eram a crucificação, jogar ao fogo, matar com a espada, colocar no saco e jogar na agua, fazer um
espetáculo.
 Outros crimes:
 Heresia (não prestar culto aos deuses romanos, depois ficou como não prestar culto a Jesus);
 peculato e compulsão (crimes contra a administração pública – quando funcionários públicos realizavam extorsões ou eram corrompidos) para estes
havia até uma actio pública para recuperar o dinheiro público

[História do Direito ] Aula 3 | Roma

BUROCRAS

 Sobre seminários em sala: tem que procurar no moodle um arquivinho com as questões orientativas relacionadas a leitura;
 Em sala, vamos nos reunir nos grupos que montamos e, em uns 30min, debater sobre a leitura. Depois, abre para plenária. Debate na sala em uns
40min;
 Após o debate, monitores vão entregar questões/síntese. Respondeu, entregou e partiu.

1. ROMA

o Romanos: tinham um grande apego pelos antepassados;


o Isso significa que eles acreditavam que a sociedade romana estava em degenerescência. No passado, as coisas eram melhores. Os caras que começaram
Roma eram os moralmente corretos e o que eles deixaram de legado era uma coisa boa;
o Devido ao respeito aos antepassados, você não podia questionar o que vinha do passado;
o Cícero fala em algumas passagens que a sociedade romana é imoral #mimimi
o É tipo papo de vó, “Ah, no meu tempo era tão bom…”
o Estrutura de poder se assentava em dois pontos: os Romanos davam certa autonomia às cidades que conquistavam, as autoridades só se preocupavam
com a manutenção da lei e da ordem #lawandorder
o E o segundo ponto, o que importava na expansão do império é a cobrança de tributos. Dai a César o que é de César, “até Jesus pagou uns tributos para
César”;

Sobrevalorização da honra: havia uma teia de relações que ajudava a estruturar politicamente esta sociedade a partir da realização de favores ─
porque não fazer algo que lhe pediam era desonhoroso. “Honra deu origem a palavra honorário ─ e o ius honorarium”;

Participar da estrutura pública do poder também era algo que garantia a honra;

 EXTRA Weber e os tipos de dominação. Dominação burocrática/legal e seus requisitos: weber coloca a burocracia como um meio de funcionamento do
sistema que independe de um controle. A burocracia funciona até quando o Estado está em ruínas. Dá estabilidade ao Estado. O burocrata era um
funcionário público, alguém que ia trabalhar em pró da sociedade ─ e também deveria trabalhar em exclusividade. Para isso, precisaria ganhar um
salário ─ não dá para esperar qualidade achando que esse cargo é só honroso, honorário, “pra ficar bem na fita ─ mas não vai escrever bem na fita na
prova porque senão eu vou riscar!”;
 EXTRA 2 Tem serviço público por honra hoje? SIM! Ser jurado no tribunal do juri. “Se escolher que vai ser, tem que ficar lá, incomunicável”. Você fica
quantos dias forem necessários e não leva nem um real ─ “mas ganha um certificado honorabilidade, serve até de desempate em concurso público”.
Outro serviço: mesário nas eleições
 Quem são as autoridades? Os magistrados (magis: mais). Só que tinham magistrados com um poder chamada Impérium e outros sine-imperium. Estes
eram funcionários de administração da cidade. Já os caras com impérium era os que tinham o poder de mandar em nome do povo romano.
 Um desses que tem impérium é o pretor. Sua atribuição: manter a lei e a ordem. Administrar a justiça, mas ele não julgava, não era o decisor do
conflito. Quem decidia o conflito era o cidadão honrado e escolhido para decidir, o iudex!
 EXTRA Como no tribunal do juri, quem decide é o juri, a decisão dele é soberana.
 Se dizia que a justiça romana era uma justiça privada (Ordo Iudiciorum Privatorum). Não 100% privada porque o pretor participava na administração da
justiça (lado dir. público), mas quem julgava era o iudex;

2. “PROCESSO” ROMANO

Ações da lei. Romanos não conheciam direito subjetivo, conheciam o conceito de ação; –> meios de exercer ou satisfazer seu interesse que estava
prejudicado por um conflito

o Se desse alguma treta, eles iam ao pretor e o pretor dava ao cara o direito de ação. Ação da lei porque a lei fonte era a lei das XII tábuas;
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o As tretas dos romanos eram resolvidas por 5 ações


o 1. Sacramentum: ação geral. Tenho um problema?;
o 2. Iudices Postulacium: quando havia descumprimento de uma stipulatio;

3, Condictio: reaver o que você pagou e não recebeu;

 4. Manus Iniectio (in actio?): quando havia descumprimento de uma ação, havia essa ação de “execução”, arraca os trem da pessoa;

 5. Pignoris Capio: cobrar dívida de um soldado ─ ou para cobrar impostos

 “Estava um dia dando aula, vi uma tábua e tinha críticas a mim, meu modo de ser e meu modo de dar aula. Eu não tenho que falar porque não preciso
me humilhar a todos, mas pegava pesado. O que me chamou atenção é que eu estava em primeiro lugar no ranking de críticas. Desde então, parei de
ditar” #desabafo

Roma foi crescendo e essas 5 ações não davam conta de resolver todos os conflitos. Na Lei das XII Tábuas, teve um conflito relacionado com madeira
(tábua 6). Tinha treta, não conseguia resolver, deram uma ignorada na Lei das XII Tábuas e criaram leis, a Lex Ebutia / Lex Julia;

o Com essas leis, se deu liberdade pra que os pretores criassem mais ações. Como fazia? Divulgava no edito qual era a ação. “Para esse problema, a ação
é essa…”;

 Processo formular/formulário. Não havia mais ações da lei, mas sim, processos no formato de “fórmulas”, as formas que o pretor publicava no edito;

 Mas quem ia julgar, era o iudex. Pretor fazia uma demonstratio, um resumo do caso, bem didático e de boa para o sr. iudex, que não era um cara da lei
(intentio, perguntas feitas para o iudex ir se guiando no caso). Eventualmente, se o pretor percebesse alguma mutreta, ele podia colocar instruções
preliminares (prescriptio) antes da demonstratio. Por isto, por causa de todas as instruções que o pretor dava para o iudex, é que esse processo
chamava-se processo formular (meio parecido com o tribunal do juri de hoje);
 “Aquilo que é bom a gente copia!”. Quando um pretor fazia um edito bom e funcionante, o amiguinho copiava e ia passando de um pra outro até que,
no sec. II, Salvo Juliano, por ordem do imperador, elaborou um digesto dos editos e transformou todos eles no edito perpétuo, único que seria usado
dali para frente;
 Em dado momento, Roma acabou com o esquema de justiça do pretor-iudex. Em dado momento, o iudex se tornou um magistrado que faria a cognitio,
ia ouvir as partes e dar o julgamento ─ está no código teodosiano (espécie de constituição do império, tem várias coisas sobre a organização da
administração pública);
 EXTRA E se o iudex errar? Recurso (supplicatio) da decisão do iudex Cognitio extraordinaria que ia lá pro imperador e sua equipe

RESUMO

 Ordo Iudiciorum Privatorum é o direito dos caras. Fases:


 1. Ações da lei;
 2. Processo formular;
 3. Cognitio extraordinaria

ROMANO 2 | ÚLTIMA AULA | Concordata

O “PACTUM UT MINUS SOLVATUR”

Precedente romano da concordata (mercantil) moderna

1. CONCORDATA

o Direito comercial “surge” na Idade Média – ‘surge’ porque é uma evolução do que já era o direito comercial, regido por aqueles contratos clássicos de
sempre, ‘compra e venda’ e afins;
o Institutos do direito comercial que ‘surgiram’: cheque, sociedade limitada, etc;
o Dentre esses institutos: concordata mercantil. Teria surgido na Idade Média;
o (Concordata no Brasil = Recuperação Judicial. Ficou bem sofisticado hoje);
o Concordata, o que é? Instituto típico do direito comercial. Só vale para comerciante (individual ou empresa);
o Remédio para evitar a morte jurídica do concordante, a falência;
16

 No que constitui? Benefício da lei representado pela remissão/perdão de parte das dívidas do comerciante – OU – Concedia-se uma dilação de prazo,
que não estava em contrato, para pagar as dívidas;

o Com isso, o comerciante poderia tentar sobreviver e evitar a falência;


o Desde Id. Média, prevaleceu a concordata coativa/forçada. Já que havia possibilidade de evitar falência e os credores teriam que renunciar parte dos
seus créditos, decisão dependia de uma votação/eleição entre os credores;
o EXTRA Como era a votação da concordata? Votação tinha peso proporcional à divisão da dívida. Quem tinha mais dívida a receber tinha peso
proporcional na votação.
o EXTRA Credores privilegiados não eram afetados pela concordata (privilegiados = fisco)
o A Concordata romana (precedente para moderna) só valia para um tipo de devedor: o herdeiro de herança falida;

 Herança: morrendo alguém, o herdeito o suscede/o substitui nas mesmas relações jurídicas, do lado ativo e do lado passivo. EX Se o morto tinha direito
real de propriedade, herdeiro o substitui. Se o defunto deixou posições contratuais na qual ele é devedor, o heredeiro o substitui nessas posições;

o Herdam-se não só bens, mas o patrimônio: ativos e passivos;


o Foi com Justiniano, fim do direito romano, que concedeu-se o benefício do inventário. Tem que ser aberto até 30 dias após a morte. No inventário, o
advogado basicamente faz trabalho de administração e lista os bens e dívidas do defunto;

 Benefício do inventário: nós, heredeiros, temos o direito de não receber um passivo maior que o ativo;

2. RESPONSABILIDADE DO HERDEIRO PELAS DÍVIDAS HEREDITÁRIAS

o Tipos de herdeiros
 a. Heres Necessarius (na época, tinha sentido negativo; era o herdeiro que necessariamente tinha que receber a herança, sem opção de escolha –
mesmo com passivo maior)

 Heres suis et necessarius

 Remédio: beneficium ABSTINENDI (surgiu como um instituto pretoriano. Se a herança a receber for de passivo maior que ativo, herdeiro pode
se abster de tocar a herança. Nesse caso, uma ficção é criada na qual o morto não teria herdeiros. A consequência disso é que teria que ser feito o
processo de falência: vende tudo, arrecada uma grana em leilão, se desfaz de tudo. A falência não interessava nem a sociedade e nem a pessoa que
morreu, pois tal processo gerava pena de infâmia, que sujava a memória do defunto)

 Heres necessarius tantum

 Remédio: beneficium SEPARATONIS

 b. Heres extraneus (ou voluntarium)

 Remédio: simples renúncia

3. A concordata romana

o Os instrumentos de atuação

 1. Aditio Mandatu Creditorum;

 2. Promissio Indemnitatis (Stipulatio);

 3. Pactum Ut Minus Solvatur;

ROMANO 2 | AULA 24 | Fontes dos Delitos – parte final

FONTES DOS DELITOS. PARTE FINAL

 Tinha começado na última sexta (aula que eu faltei #ops). Já tinha rolado:

 Furto
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 Roubo
 Iniura: delito contra pessoa.

Ficou sobrando:

1. Damnum Iniuria Datum

o Dano contra a coisa, que não é tirada da pessoa;


o É um dano dos direitos privados do direito romano que continuam hoje como direito privado (furto e roubo, hoje, foram para esfera criminal;
o Vem deste as responsabilidades extracontratuais;
o Em nenhum dos delitos/institutos jurídicos que vimos até agora vimos nomes de lei. Lei, como fonte do direito, teve relevância muito pequena na
formação do direito romano (o contrário do que vemos hoje. Nosso direito quase todo é fundamentado em leis. Lei quase é sinônimo de direito). No
direito romano, as leis era usadas para regulamentar detalhes;
o Jurisprudência romana e formulação de institutos dos juízes romanos é que fundavam o direito romano;
o MAAAAAAS não foi assim o que acontece com o DANO. Lá pros lados do sec. 4 a.C., um plebiscito fundou a LEX AQUILIA;
o É chamada de LEX, embora tenha sido um plebiscito;
o (LEX HORTENCIA equiparou plebiscito às leis);
o LEX AQUILIA dizia: se alguém causou morte de escravo ou animal alheio, essa pessoa estava obrigada a pagar indenização equivalente ao maior valor
que o objeto/animal/coisa tinha valido no último ano;
o Para outros tipos de danos, de coisa incorpórea ou que não causou a morte (“URERE, RUMPERE, FRANGERE [queimar, romper, estragar]”), pessoa tinha
que pagar maior valor na coisa nos últimos 30 dias;
o Note e anote: indenização a ser paga não era equivalente ao dano, mas sim, equivalente ao valor da coisa. Por quê? Porque a finalidade dessas ações de
dano não era ressarcir a vítima, mas punir o autor do dano;
o RESSALVA. Ação da Lex Aquilia era a ACTIO LEGIS AQUILIAE. Actio de Bona Fides. Não tem as carateríricas das Actio Penales (pq não é penal). Essa ação
tinha um caráter misto: restituição e punição;
o Pressupostos para poder propor uma ação da lex aquilia:
 Tem que existir e comprovar um dano;
 Mas também não é qualquer dano, é um damnum corpori corpore datum. Dano causado a um corpo por um corpo. Tem que ter algum contato físico
(bateu, botou fogo, etc). Excluiam casos em que não houvesse contato direito entre dois corpos (por exemplo, por omissão);
 Era uma espécie de garantia do nexo causal;

 Iniuria: não entender a iniuria como injúria. “Quem exerce direito próprio, não se pode dizer que esteja lesando alguém”;

 Culpa ou dolo. Delito de dano pode ser feita com simples culpa – não precisa ser dolo. No caso de Lex Aquilia, até culpa levíssima é caso de L.A.;

 Dolo é necessário para furto e roubo, mas aqui na Lex Aquilia, culpa já é levada em conta;

 EX: Tício deu uma facada no escravo do Caio e o matou. Responderia pela Lex Aquilia. Mas, se Tício tivesse trancado o escravo num quartinho para ele
morrer de fome, ele não responderia, originalmente, à Lex Aquilia – só depois, a jurisprudência romana estende a interpretação de nexo causal para
esse exemplo;

 EX Caso de legítima defesa contra o escravo alheio que vem me atacar. Se não tem iniuria, não é caso de Lex Aquilia;

 Só se aplica delito de iniuria se houver animus iniuriandi. Para furto, tem que haver animus furandi. Se não tem intenção de furto, não existe furto;

QUASE-DELITOS

 Quase, em latim, traduz-se “como se fosse”; São obrigações que nascem “como se fosse um delito”; Ius Honorarium;

 EX: Um prédio. Do alto do prédio, cai um objeto numa pessoa que passava na rua. Pessoa precisará ser indenizada por seu dano. Problema: não se sabe
nem de onde veio e nem quem foi! Pensando na Lex Aquilia, tem corpori, corpore datum, mas como saber que teve iniuria e culpa ou dolo? Assim,
quem vai responder, nesse caso, será o condomínio;

Quais são os quase-delitos?

 Effusum ver deiectum. Quase-delito derramado/lançado. É no caso da coisa que cai; Positum ver suspensum. Coisa posta ou suspensa na janela, que
pode cair mas que ainda não caiu. Pretor considerava essa coisa que poderia cair como já um delito. Paga-se essa penalidade para quem iniciava a ação
– que podia ser qualquer pessoa :. Hoteleiros ou transportadores marítimos respondiam por furtos que aconteciam nas suas dependencias. Afinal, era
difícil pessoa provar que foi negligência do hotel ou que funcionário roubou.;
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 Si iudex litem suam fecerit. Caso em que o juiz foi parcial, em que ele prejudicou alguém. (Lembrando que o juiz era uma pessoa do povo nomeada pelo
pretor). À sentença desse juiz não cabia recurso. Se ficasse provado que houve parcialidade do juiz, não se anulava a decisão, mas movia ação contra o
juiz.

Família/Matrimônio

DIREITO DE FAMÍLIA

 Casamento no direito romano: extremamente livre;


 Casamento é o grande veículo de cidadãos romanos. Os casados produzem filhos/cidadãos romanos;
 Casamento, após o cristianismo, ficou bem mais restrito – e sacramentado;

Pra que serve casamento?

 Para produzir cidadãos romanos! – por isso, é interessante para o direito público;
 Matrimônio em Roma não depende de formalidade. Vale o princípio geral do direito: se precisa de meio formal para adquirir, também precisa de
formalidade para desfazer;
 Em Roma, divórcio também era livre – e também era muito comum;
 Requisitos para o casamento:
o Passar da puberdade;
o A vontade permanente para estar no estado de casado – o consensus / consentimento. Compromisso de fidelidade e desejo de ficar com o outro pra
sempre;
o Ambos ostentam publicamente que são casados

Efeitos juridicos dessa situação de fato

 Casamento é uma questão de fato, mas que gera inúmeros direitos;


 Casamento romano é monogâmico. Tem que cumprir com fidelidade;
 Filhos que nascem no patrimônio, se os dois têm conúbio, são cidadãos romanos.

Mulher

 O casamento “normal” do direito romano é o casamento consensus, sem formalidade;


 MAS a mulher pode romper com a família do seu pai, com seus parentes agnatícios (irmãos, tios, etc.). Se morre algum desses parentes, ela não vai
herdar mais. Isso acontece no casamento cum mano;
 A mulher entra para a família do marido, mas em posição submissa à mão do marido (ela se torna alieni iuris do marido);
 EXTRA Curiosidade. Tipos de casamento cum mano: confarreatio (bolo da noiva), (“sequestro” da mulher, levando-a para o leito nupcial), coemptio
(“compra e venda” da mulher, no estilo mancipatio), usus (usucapião. 1 ano. Isso no direito antigo);

Direito romano

 Como o direito romano clássico era dividido? Pessoas, coisas e ações;


 Não tinha direito de família;
 Visão romana de direito: as pessoas que são feitas para o direito, não o contrário
 Direitos reais;
 Direitos obrigacionais;
 Ações: o processo e como ele funciona;
 EXTRA 2 Cidadania: era muito expandida. Princípio da cidadania universal. Caracala: abrir a cidadnia;
 O QUE PERCEBO ESSA HORA: Chicouto fazendo uma pergunta que incluia a frase “ não é muita desonestidade intelectual…” #pans! #shocking
 “Direito, antes de tudo, é um sistema. Sistema se mantém. Qualquer que seja sua visão: é um sistema (como sistema linguístico). Princípios, conceitos e
normas. Princípios são estáveis, eles quase nunca se alteram – como os princípios linguísticos. Conceitos, por exemplo, de furto, no direito romano, é o
mesmo conceito de furto nos países do sistema romano-germânico. MAS, o que muda muito são as normas

Nascituro

Direito de Família: mais introduções

 Adoção: era para aumentar o poder da família;


 Adoção: não era por motivos humanitários – estilo Angelina Jolie;
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 “Estado nada mais é do que a projeção dos poderes da família mas numa família maior”;
 Por isso que a sociedade é dominada pelos pais mais velhos ->senes -> Senado. Administração da coisa pública como administração do núcleo familiar;

Família: unidade política. Poderes do Pater Familias;

 Família: quem administra? A manus (a mão); (depois desenvolve-se para conceitos de manuscipere, mancipatio);
 Vínculos: clientela / patronato
 Pater famílias: poder de vida e morte sobre os escravos (e inicialmente até sobre a esposa). Por que?
 Na ausência de uma autoridade, quem julgava, no caso de crimes, era o prórpio pater familias. Por isso ele tinha direito de vida e de morte;

Direito romano individualista?

 Dir. Romano acusado como individualista;


 Mas nem por isso;
 Direito de família, ao mesmo tempo, direito privado e direito público;
 É judiciário, é militar (manda os soldados da família para guerra), é público (senado), é chefe religioso. Família é uma unidade onde o pater familias é o
administrador das coisas;

Propriedade e família

 Propriedade

 Usar, fruir e abusar de um bem com exclusividade. Só aparece no sec. 2 a.C.;


 Mesmo no direito clássico romano, não podia fazer o que queria com o bem. Vide direito das sucessões. Quando o pai morre, o que muda é quem
administra os bens – porque, quando ainda estava vivo, os bens já PERTENCIAM também aos filhos;

 Família

o Direito de família é público e privado ao mesmo tempo;


o Adoção era muito comum;
o Também tinha a ADRROGAÇÃO: “adoção” de um pater familias, para que ele administrasse minhas coisas depois da morte (no caso de eu não ter
filhos/descendentes);

Estado democrático de direito

 Quem manda hoje no mundo? Poder econômico.


 Quem administra as grandes financeiras de hoje? São administradas democraticamente? Não!
 Não é uma questão de despotismo – porque o mal pater familias era destituído;
 Ramos público/privado nunca foram separados no direito romano (ver Digesto, tradução do Hélcio);
o “Função social da propriedade em Roma era muito maior do que hoje”;
 Família também. Pra um pai matar um filho (porque ele cometeu um crime, por exemplo), tem que reunir o conselho famíliar;
o “Hoje a família está esvaziada de poderes! Só tem obrigações”; “Tiramos o poder político da unidade familiar” #desabafo

Fontes dos Contratos

CONTRATOS: HISTÓRIA

 Direito de família, mesmo na prova, é várzea


 Obrigações é mais importante

PRINCÍPIOS DOS CONTRATOS

 PRINCÍPIO dos contratos no direito romano: Tipicidade contratual

 PRINCÍPIO hoje: “Se não está proibido, então é permitido”.

FORMALISMO CONTRATUAL
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 Primeira fase dos contratos no direito romano: formalismo contratual


 Nexium, esponsio (que foram extintas por volta do período pré-classico) e STIPULATIO (princípio oral);
 Stipulacio bombava. Só vai ser extinta em 478 d.C. Foi só depois desse período que começou a se aceitar que o acordo de vontade, mesmo feito sem
formalismo (stipulacio) precisavam serem cumpridos;
 No começo, não havia necessidade dos contratos. Eles surgem porque parecia pesado demais chamar alguém que não cumpriu um acordo de
“criminoso”

CONTRATOS REAIS

o Segunda fase: realismo contratual


o Nasce o primeiro contrato real. A forma que era sempre exigida foi substituída pela datio
o Contratos reais: mútuo, fidúcia, comodato, depósito e penhor;
o Alguém entrega alguma coisa para outra pessoa e está esperando a devolução;

 Mútuo: entrega a propriedade. Foi o primeiro que apareceu (na época que ainda nem existia moeda);

 Qual o problema do contrato real: temor da prova

CONSENSUALISMO CONTRATUAL

 Terceira fase dos contratos no direito romano;


 Vai valorizar o contrato por consenso;
 Surgem 4 contratos consensuais – o simples acordo de vontades gera o dever de cumprir a obrigação;
 Compra e venda, locação, sociedade e mandato
 Nos 4, o acordo, sobre os elementos definidos na lei, gera a obrigação;
 EX: Na compra e venda, tem que fixar o preço e a mercadoria, senão não vale;
 Efeitos contrários vindos do consensualismo: quanto mais aberto ficam os pactos, mas várzea vira. Partes começam a estabelecer novas cláusulas
exlcusivas;

PRAGMATISMO CONTRATUAL ( Não tem no Thomas Marky)

o Tentativas de abertura contratual;


o Nascimento dos PACTA VESTITA e dos CONTRATOS INOMINADOS/ATÍPICA;
o Princípio romano era de que os pactos não geravam obrigação – MAS, quando chegamos no alto império, abrem-se essas “exceções”;
o “O PACTO NU NÃO GERA OBRIGAÇÃO – A NÃO SER QUE TENHA EXCEÇÕES” (tem uma frase em latim belíssima pra isso);

 Contratos de boa fé (bona fides): além das partes estabelecerem as partes essenciais dos contratos, as partes vão poder estabelecer pacta
adjecta(adjetivos, acrescentados); EX Compra e venda nasceu. Logo, foram admitidos alguns acordos dentro da compra e venda, como, por exemplo, do
vendedor se eximir de eventuais defeitos do produtos / ou / possibilidade de recisão de contrato no caso de não gostar do produto dentro de X dias –
isso não gerava obriagação, mas sim, exceção!;

 Teoria de Labeão: no alto império, deu pareceres de que. se alguém tivesse feito um acordo de vontades, e se houvesse entre as duas partes
contratantes um sinalagma justo (equivalentes) para os dois, então esse contrato vai valer – DESDE QUE alguma das partes já tenha cumprido sua
prestação. Convencio + Sinalagma (troca justa entre os dois) + Uma das partes realiza a prestação, Na prática, contratos de troca (uma coisa pela outra),
troca de coisa por um serviço. EX: Antes do contrato inominado, num caso de troca, por exemplo, quando um credor entrega um objeto e o outro não
entrega o outro de volta, não existia meio oficial de fazer essa entrega (só de pedir de volta o que foi entregue) . Depois do contrato inominado, aí sim a
outra parte terá obrigação de entregar o segundo objeto da troca;

 Pacta praetória

 Pacta legítima

 EX Compromisso arbitral. Se houver um litígio entre duas partes e escolhemos que, se der merda kkkk, quem vai resolver é um terceiro, nesse período
do direito romano, essa vontade seria respeitada; Contratos só vão bombar e abrir de vez nos liberalismos – sec. 18

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