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 Medidas do rei tentando enfraquecer a igreja X Medidas da igreja

 Alta idade média: ordalios, juízos de Deus


 Julgamento pelos Deuses => Juiz como intermediário
 Presença dos Deuses que tudo sabiam
 Posterior aos ordalios, deu-se juízos bilaterais: vencia aquele que possuía a
razão
 Processo acusatório (ordalios) substituído por Processo Per Inquisitionem
 Dentro da Igreja para julgar seus próprios eclesiásticos
 Se dava por depoimento pessoal e de testemunhas
 Posteriormente é aplicado a todos fieis
 Provas racionais
 Todavia, forma de obtenção das provas não era legitima => uso da
tortura
 Havia crença de que o demônio poderia manipular o depoimento
pessoal, por isso permitiu-se a tortura => levava a confissão.
 Importância da confissão: possível que a alma seja salva
 Crença que a salvação viria do reconhecimento do próprio mal
 Condenam que confessou para: 1. Servir de exemplo 2. Aquele que
cedeu ao mal poderia fazê-lo novamente.
 Justificam punições por classes e tipo de acusação.
 Processo começa a cessar no sec. 12 mas só acaba após Revolução Francesa
 Auge da inquisição: sec. 16 => rei se acha no direito de julgar crimes, como aqueles
contra sua figura
 Uso da tortura permitido em 1252 pela bula papal Ad extirpanda (Inocêncio IV)
 FASE DE JULGAMENTO: Sistema tarifário de provas => provas com valor
previamente estipulado (CONFISSÃO PROVA PLENA)
 “O Inquisidor deve ser diligente e fervoroso no seu zelo pela verdade religiosa, pela
salvação das almas e pela extirpação das heresias. Em meio às dificuldades
permanecerá calmo, nunca cederá à cólera nem à indignação [...] Nos casos
duvidosos, seja circunspeto, não dê fácil crédito ao que parece provável e muitas
vezes não é verdade; também não rejeite obstinadamente a opinião contrária, pois o
que parece improvável frequentemente acaba por ser comprovado como verdade [...]
O amor da verdade e a piedade que devem residir no coração de um juiz, brilhem
em seus olhos, a fim de que suas decisões jamais possam parecer ditadas pela
cupidez e a crueldade.”
 Igreja proíbe participação de padres no processo acusatório => acreditava nas provas
racionais (confissões, testemunhos, documentos = ordalios [provações a qual o
acusado passa])
 FASES DO PROCESSO
 Investigação
 Interrogatório
 Coleta de provas
 Julgamento: audiência
 Auto de fé em caso de condenação: fase posterior a condenação onde
sentença é lida em praça publica
 Execução
 Processo inquisitivo: insere elementos no processo penal importantes para o atual
processo
 Ideia de racionalidade traz reflexão iluminista acerca do processo.
 Excomunhão: ninguém pode se relacionar com o excomungado.
 Idade moderna: uso frequente dos estados nacionais do processo inquisitivo – meio
de perseguição politica
 Condenados a inquisição judeus, mulçumanos, quem emprestou dinheiro ao rei.
 Audiência secreta: somente envolvidos e eclesiásticos
 Ouvida as duas partes e ocorre julgamento.

27/05

 Grau de romanização variava


 Interesse em construir um direito diferente do romano
 Interesse em descentralizar o poder do rei
 Em algumas localidades o CIC é bem mais recepcionado
 Recepção pratica: jurisprudências, formulação de leis
 Recepção teórica: universidades
 Por meio da Lei das Sete Partidas, a adoção entre no código civil brasileiro.
 Conhecimento do Corpus fluía de maneira rápida aos tribunais, influenciando o
direito das cidades.
 A recepção do CIC é fundamental para formação do ius commune
 É longa (influência de 500 anos) se considerar os estados influenciados
 Escola Pandectas: formula conceitos jurídicos; ideia de personalidade e
capacidade; estuda CIC
 IDADE MODERNA
 Começa com movimento racional
 Estudo de diversos autores (Socrates, Platão…)
 Valorização da razão humana
 Filosofia se diferencia da ciência pela primeira vez
 Radicalização da razão; iluminismo
 Busca por instrumentos que possam traduzir segurança/verdade.
 Descartes: O Método
 Escola das Pandectas: um dos movimentos racionais do direito
 De forma dedutiva se estrai conceitos abstratos
 Abstração do Direito: aumenta número de casos que podem ser
trabalhados pela mesma norma.
 Diminui-se leis especifica, vigoram leis amplas.
 Humanismo: primeiro movimento racional a influenciar a área do Direito
 CIC não é perfeito; mas apropriado a época e ao povo => não pode ser
aplicado a comunidade europeia devido a diferença de costumes
 Realidade difere e necessita de direito especifico
 O utilizam mais como análise histórica, do que como documento valido a
realidade
 Humanisão CIC
 Dividem os períodos, nomeiam o nome de CIC devido a reunião das
quatro coletâneas; críticas ao CIC.
 Decompõem o CIC para tentar reconstituir leis
 Interpolações: medidas utilizadas por elaboradores do CIC para dar
coerência ao texto final por meio de acréscimos ou supressões
 Confronto com outras fontes/ textos compilações
 Descobrem comentários falsos
 Recepção resiste as criticas
 Legislações tem estruturas semelhantes ao corpus
 Direitos regionais persistem embora há influência do CIC
 Importância do direito canônico decrescente
 Monarcas tentam afastar influência política da igreja
 Contrato Social: estado com significado humano, poder emana do povo,
que escolhe seus representantes
 Surgimento da divisão direito público e privado: estado tem deveres
como garantir a segurança
 Criação de um ente que possa fazer a garantia de direitos: zelar pelos
direitos
 Mos Gallicus: costume da galia; método crítico de contextualização
utilizado pelos humanistas no estudo do CIC; Método francês
 Ruptura com a noção de mundo do cidadão
 Noção restrita de espaço; religião

 RECEPÇÃO DO DIREITO ROMANO


 O grau de romanização variava muito de país a país, mas nenhum escapou
completamente à sua influência. Portanto, o direito romano das universidades
medievais modelou e orientou o desenvolvimento do direito por toda a Europa.
[1]

 Liber Augustalis, promulgado pelo Imperador Frederico II em 1231 (Itália)


 Siete Partidas, outorgadas por Afonso X, o Sábio, em Castela, entre os anos de
1256 e 1258.
 Em finais do século XV, várias cidades alemãs reformaram (Reformationen) seu
Direito sob a influência do Direito Romano.
[1]
CAENEGEM, R. C. van. Uma introdução histórica ao direito privado. Trad.
Carlos Eduardo Lima Machado. São Paulo: Martins Fontes, 2000. (Ensino Superior)
p. 95.

A CODIFICAÇÃO CIVIL BRASILEIRA


 Direito natural não da segurança aos negócios burgueses.
 O conteúdo das reivindicações iluministas (liberdade, igualdade, propriedade
privada, separação estado e igreja) levou a codificação
 Estado Frances vem reconhecer direitos civis dos cidadãos
 Teoria da codificação utilizada
 1824: Constituição do Império do Brasil prevê a elaboração de um Código Civil e
de um Código Criminal
 1830: Código Criminal do Império
 A Demora na codificação civil (Orlando Gomes): resistência da elite brasileira
que viva da mão de obra escrava; personalidade já conhecida em outros países a
todos seres humanos
 Edição de um código comercial: 1850
 1855: Teixeira de Freitas escolhido para consolidar as normas civis brasileiras
 Trabalha reunindo normas, leis, cartas regias, alvarás regulamentos
 1857: CLC fica pronta
 1.333 artigos
 Parte geral e parte especial
 1858: aprovação da CLC pelo Governo
 Obra doutrinária: Teixeira fazia comentários teóricos
 Longa exposição de motivos e metodologias, também expõe não colocação
de normas escravistas.
 VIDE CITAÇÃO
 1859: Ante projeto de Codigo Civil
 1860: 1º Parte do esboço de ante projeto do CC
 Justificava artigos e própria forma de organização do CC
 1861: tempo de elaboração prorrogado
 1865: A comissão revisora é nomeada para revisar o trabalho pronto
 Esboço com 4908 artigos
 Trabalha de abril a agosto (vê apenas 15 artigos) => considera
descaso por TF
 1866: Nabuco de Araújo deixa o Ministério da Justiça, substituído por
Martim Francisco
 Nomeia uma comissão para adaptar projeto de TF
 Teixeira de Freitas renuncia
 Não aceita pelo Ministério da Justiça, projeto fica inacabado.
 Martin queria a revisão do Código Comercial
 TF queria unir toda a matéria de Direito Privado em um só Código
 Esboço mesmo não pronto tem muitos méritos doutrinários e
sistemáticos => organização elogiada
 Serve como parâmetro para elaboração de muitos projetos, até na
Europa
 O governo rescindiu com TF que faleceu em 1883.
 1872: Thomaz Nabuco de Araujo Filho é contratado para redigir o
anteprojeto, mas falece em 1878, deixando-o incompleto.
 1881: Joaquim Felicio dos Santos apresentou o “Apontamentos para o
Projeto do Código Civil”, que foi rejeitado.
 Termina sem conclusão.
 Enquanto não se promulgava o CC, eram fontes do direito civil brasileiro:
 Ordenações Filipinas: preenchimento de lacuna, o uso do CIC
 Costumes
 Alvarás
 Direito Romano
 Direito Canônico

Invasão holandesa ao brasil: devido as colônias portuguesas fazerem parte do domínio


espanhol => intenção de incomodar a Espanha

AS ORIGENS PORTUGUESAS DO DIREITO BRASILEIRO

 O Berço português
 Origem do Direito brasileiro: instituições portuguesas
 Não influencia dos costumes indígenas
 1096: Fundação do Condado Portucalense
 Influência do direito português por muito tempo, já que aqui não havia direito
próprio
 1139: Após vencer a batalha de ourique, Afonso Henriques torna-se rei. Seu
primo, Afonso VII, de Leão, não o reconhece.
 1143: Tratado de Zamora, Afonso VII, reconhece o título de rei de D. Afonso
Henriques.
 1179: com a bula Manifestis Probabum o Papa Alexandre III reconhece a
soberania de Portugal, reconhece título de rei a Afonso, mas deve obediência ao
papa.
 Fundação da Universidade de Lisboa, em 1289
 1537: Faculdade (todas) e de Direito se transfere definitivamente para
Coimbra
 Importante centro de comentadores na Europa
 Recepção do Direito Romano pela Universidade
 As Sietes Partidas
 Traduzidas e validada em Portugal.
 Restauração em 1640 – dissolução da União Ibérica
 Grande proximidade do Direito português e suas instituições com as
instituições políticas e jurídicas espanholas.
 Portugal e alguns reinos da Península Ibérica tinham Direito escrito = viviam
sob a compilação do direito romano = CIC
 Direito PT e ESP caminham junto até a restauração
 Desaparecimento de D. Sebastião => Tio Avô => morre => crise sucessória
 D. Felipe da Espanha reivindica
 Ambos sob o mesmo governo: 1580
 1640: Restauração; afirmação da soberania portuguesa sobre a
Espanha => distanciamento
 Ordenações Afonsinas
 Mandada compilar por Dom Afonso V
 Forte influência do direito comum
 CIC e Direito canônico
 Baseadas na divisão do Liber Extra
 Ainda garantia, mesmo que eu desigualdade, direitos a judeus e mouros.
 Ordenações Manuelinas
Revisão das Ordenações Afonsinas
Objetivo: fortalecer o poder absolutista central
 Reduzir influência da igreja e senhores locais
 Nova versão em 1521 em estilo decretório
 Insatisfeito manda refaze-la que fica pronta em 1521
 Revogação das liberdades concedidas a mouros e judeus
 Ordena que se convertam ou saiam do território português
 Reino português instaura inquisição
 Analisa sinceridade da conversão
 Capitanias: não precisavam de ampla legislação; davam autonomia
legislativa aos senhores.
 Dificuldade de aplicação do código
 Coleção de Leis Extravagantes – Código Sebastianico
 Ordenações Filipinas
 Crise sucessória
 Elaborada a mando dos reis espanhóis que governavam em PT devido
crise.
 Reorganização da legislação extravagante
 Razões políticas e pragmáticas que fundamentaram sua elaboração
 Afastamento do direito canônico
 Tentativa de centralizar poder
 Necessidade de reafirmar próprio direito romano a importância do direito
romano erudito
 Atualização das Ordenações Manuelinas
 Conteúdo tipicamente português
 Medida para tranquilizar nobreza PT de que o direito espanhol não será
aplicado e privilégios seriam mantidos
 Promulgação do CC português e sua vigência em 1867
 Independência do Brasil 1822
 Reafirmação da legislação PT
 Revalidada até ordenação nacional
 CC (código civil) brasileiro de 1916
 Vigência do código que o direito português perde por completo sua
aplicação
 Mesmo ao direito romano
 Normas do corpus poderiam ser aplicadas em caso de lacuna

A REPÚBLICA

 Constituição traz consigo poder monárquico


 Consolidação
 Reunião do direito já existente
 Sem novidades
 Por Teixeira de Freitas
 Falava da duplicidade das leis civis
 Anteprojeto do Código Civil e do Código de Direito Privado

 Anteprojeto: proposta que ainda não é legislativa (pronto mas não


encaminhado)
 1889: Proclamação da República
 Estado Laico
 1890: Coelho Rodrigues elabora anteprojeto
 Não recomendado por comissão revisora
 Sem código civil
 Clovis Beviláqua: 1899
 Elabora anteprojeto completamente novo
 1900 começa a tramitar
 Comissão dos 21
 Aprovado em 2 anos na câmara dos deputados
 Há comissões fixas no senado e na câmara
 Comissão especifica pro Código Civil
 1902: Projeto de CC chega ao senado
 Rui Barbosa apresenta parecer em que comenta mais de 300 artigos com
erros de forma (linguagem) ao projeto de Beviláqua
 Rebatido por Carneiro Ribeiro
 Tramitação se torna demorada
 Modificação do texto que veio da câmara
 Muito Liberal
 Modificação conservadorista
 Aprovado somente em 1912
 Vai a câmara para mudanças serem analisadas
 Recusam mudanças e querem manter seu texto
 Jogo entre ambos durante anos até 1915
 Aprovado e sancionado pelo presidente Wenceslau Bras em 1916
 Vacatio legis até 1917
 Ultratividade da lei: possibilidade da lei reincidir mesmo após sua
revogação.
 1969: Início de um novo código por Miguel Reale
 Convida juristas importantes da época para integrar comissão formadora da
época
 Comissão termina em 1972
 Encaminhado para outra comissão de juristas que propõe mais de 700
mudanças que são incorporadas
 Anteprojeto só chega na câmara dos deputados em 1975
 Aprovado em 1983 (período de tramitação)
 Enviado para o senado, começa tramite em 1984 (20 anos de
golpe militar)
 Maior movimento contra governo militar
 Diretas Já
 Anistia
 1985: Eleição para primeiro presidente civil
 Tancredo Neves e Sarney
 Neves morre antes da posse
 Sarney assume
 1987: Primeiro governo civil
 Necessidade de nova constituição
 Eleição para assembleia nacional constituinte
 Nova constituição em 1988
 Código do Consumidor e ECA pós constituição
 Código Civil atual: 2002
 Unificação do direito das obrigações
 Obrigações comerciais e civis

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