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Histórico I

4.1 A Antiguidade e a Sociedade Medieval


• Internacionais são:
• atos celebrados entre Estados (convenções),
• reuniões de Estados (conferências ou congressos),
• entidades por eles criadas (Organizações
Internacionais ou forças de intervenção), ou
• procedimentos que colocam face a face dois ou
mais Estados (negociações, arbitragens, conflitos).

• Além disso, também são internacionais os


fenômenos que, fisicamente se encontram ligados a
dois ou mais territórios de Estados (fronteiras, rios,
pontes, hidrelétricas, gasodutos, etc.) e também
aqueles que se iniciam num território e terminam em
outro (viagens, transportes e compra e venda).
• Porém, nem sempre foi possível ligar o termo
internacional a fenômenos ligados exclusivamente aos
Estados, principalmente antes do século XVI.

• Será muito difícil considerar internacionais as relações,


guerras ou alianças elaboradas na Antigüidade Clássica,
durante o Império Romano, ou mesmo durante toda a Idade
Média ou o Renascimento.

• Quando muito, tratava-se de relações entre sociedades mais


ou menos homogêneas ou, nas palavras do Professor Guido
Fernando Silva Soares “unidades políticas autônomas”.

• No entanto, são elas que se encontram na origem, na gênese


do DIP e que passaremos a estudar
O exemplo grego
• Hostilidade entre os gregos e outros povos (em especial os persas).

• Entendimento geral era de que a guerra era o estado normal da relação


entre os povos, entrecortado por pequenos períodos de paz.

• Cada cidade grega era governada por um “deus particular” e, se era


verdade que tais deuses gregos não falavam com os deuses bárbaros, entre
eles – deuses - havia um intenso relacionamento.

• Havia períodos em que eles, se reuniam no Monte Olimpo para um


entendimento comum e, nessas ocasiões, os ódios municipais eram
superados em favor da afirmação dos valores comuns da helenidade
através da realização de diversos eventos:

• Jogos Olímpicos,
• representações das tragédias e comédias gregas,
• sessões de cura no templo de Epidauro,
• arbitragens intermunicipais,
• situações de concessão de asilo a perseguidos políticos de outras cidades.
• Havia também as “anfictrionias”:
• assembléias anuais de delegados das cidades que, apesar
de suas grandes diferenças políticas, conseguiam amaina-
las.
• Num primeiro momento aconteciam reuniões de caráter
religioso e depois acabou dando origem a pactos militares
contra os persas e os medas.

• Entre eles os mais famosos certamente foram:


• a Confederação de Delos, de caráter marítimo (VII a.C.) e
• a de Delfos que se reunia nesta cidade ou em Termópilas,
esta última constituída por 12 cidades da Grécia
continental (VII e VI a.C.) e que contava com um tribunal
de caráter supramunicipal.
Os gregos tiveram grande contribuição também na valorização de
certas normas de DDHH-mito de Antígona e Creonte
• Finda a guerra entre Eteócles e Polinices pelo trono de Tebas,
os dois irmãos morrem em combate mútuo
• Eteócles é enterrado com todas as honras de herói tebano,
enquanto Creonte, tirano da polis e tio de ambos proibe que
sejam dispensadas quaisquer atenções a Polinices.

• Antígona – irmã dos dois - infringe o Decreto de Creonte e


insiste em dispensar a Policines as mesmas honras concedidas
a Eteócles, por entender que:

• há uma lei divina, universal, que transcende o poder de um


soberano, que diz respeito a um mínimo de dignidade que
merece um ser humano, independentemente de culpa e que

• há valores universais que não se submetem aos caprichos


de um déspota, por mais esclarecido que ele possa se achar
O exemplo romano
• Capacidade de adaptar normas jurídicas primitivas, de cunho religioso e
privativas dos cidadãos romanos em suas relações recíprocas - o jus civile
– às situações que envolviam os relacionamentos privados com os estrangeiros
(peregrini), aos quais, paulatinamente a cidadania romana seria estendida,
dando origem ao jus gentium. (Constutio, Imperador Caracalla, 212 d.C)

• O jus gentium original não era o que hoje denominamos Direito Internacional,
nem o que em séculos posteriores denominou-se Direito das Gentes:

• Era um corpo de normas que regulava, no interior do Império Romano, os


direitos dos indivíduos (personalidade, capacidade, etc), relacionamenrtos
interpessoais (família, sucessões, contratos, efeitos dos atos lícitos e ilícitos),
algum aspecto do direito criminal e, sobretudo

• as normas sobre a atividade de produzir a norma jurídica (a jurisdictio, que


pressupunha a existência e atuação de um magistrado especializado em
questões que envolvessem estrangeiros : praetor peregrini).

• Originalmente aplicável apenas aos cives romani, foi estendido aos povos
conquistados, sistematizado (Bizâncio – Imperador Justiniano – Corpus Juris
Civilis) e constituiu matéria de estudo das primeiras universidades medievais.
• Do encontro dessa vocação universal do Império Romano com o
universalismo cristão (da Pax Romana à Pax Christiana) decorreriam
contribuições expressivas para as normas que regulam as relações entre as
unidades políticas soberanas:

• interferência da Igreja nas relações entre os povos (Império do


Ocidente e Império do Oriente-Missão Diplomática) e

• mediando (arbitragem) litígios entre príncipes, barões medievais ou


mesmo entre ordens religiosas (detentoras de grandes extensões de terras).

• Por exemplo, as quatro bulas do Papa Alexandre VI, de 1493, nas disputas
entre Portugal e Espanha sobre terras descobertas ou a serem descobertas
em partes além da Europa =>Tordesilhas

• No entanto, no universo medieval, ainda não existia a característica


fundamental do Estado Moderno: o conceito de que um ordenamento
jurídico existe para ser aplicado em determinado espaço físico para o
qual foi concebido – o território.
Idade Média (476-1453)
• Na chamada Idade Média:
• poder era atomizado e
• as discussões maiores não eram sobre tratados ou atos celebrados em
tempos de paz, mas sobre justificar a guerra (justus bellum).
• O desejo maior era de construir um mundo a partir de modelos ideais e
éticos de uma comunidade de entidades políticas relativamente
autônomas.

• Com a emergência dos monarcas absolutistas e seu crescente poder, a


Reforma Protestante (dividindo a autoridade papal) e a consciência de
novos territórios por conquistar, começou a ruir o universo medieval.
• Destas ruínas emergem:
• o Estado Moderno, centrado na figura de seu governante exclusivo e
também,
• as primeiras manifestações do DIP, que adotaria a denominação de
Direito das Gentes, como um direito que seria possível de ser oposto
àquela vontade incontrastável dos soberanos.
Alguns Doutrinadores
• Frei Francisco de Vitória (1483–1546): dominicano, espanhol,
considerado o fundador do DIP e que adotaria a denominação de “Direito
das Gentes”.

• Em suas Relectiones defende a existência de normas e princípios


jurídicos de tal forma inerentes à natureza humana, que são dotados de
uma superioridade hierárquica com relação às normas expedidas pelo
monarca.

• Foi ele que trouxe para o campo jurídico as discussões sobre o Direito
Natural, até então restritas aos domínios da Teologia Moral, ao falar sobre
normas de proteção aos direitos dos índios americanos, enquanto seres
humanos e integrantes do corpo jurídico imanente à natureza humana,
realidade criada por Deus. Tais normas seriam superiores a quaisquer
outras, mesmo aquelas editadas pelos reis.

• Foi ele também que primeiro discutiu a legitimidade do recurso à guerra


transportando também este tema da teologia para o que se denominou de
“Escola Espanhola de Direito Internacional” .
• Francisco Suarez (1548-1617) : religioso jesuíta,
professor de Teologia em Salamanca, Roma e
Coimbra, dá continuidade à visão imanentista do
Direito das Gentes e à concepção de Francisco de
Vitória
• Acrescentaria a ela, outra realidade: além de
imanentes, as normas que regem a comunidade
internacional podem ser criadas pela vontade dos
governantes manifestada expressamente em
tratados, ou implicitamente, através dos usos e
costumes internacionais.
• Sua principal obra, De legibus ac de Deo legistatore,
iria influenciar os estudos de Filosofia do Direito por
toda a Europa (católica e protestante)
• Hugo Grotius (1583-1654): leigo, holandês, jurista,
filósofo, teólogo, músico, astrônomo, poeta, e
historiador é considerado por muitos o fundador do
DIP.
• Sua obra - De jure belle e seu De jure praedae - teve
enorme influência na doutrina jus-internacionalista
que se seguiria.
• Apesar de profundamente religioso, em sua obra
afirmou que o DI existiria, ainda que Deus não
existisse.
• A partir dele, o DIP deixa de ser um conjunto de normas
cogentes próprias na natureza humana e independentes da
vontade dos soberanos, para transformar-se e firmar-se como
um conjunto de normas que apenas tais soberanos haveriam
de exprimir, seja de maneira expressa (TRATADOS) ou
implícita (COSTUMES).
4.4 Grócio e sua importância para o DIP
• Fica o DIP, a partir de Grotius, e até hoje, de certa forma, caracterizado
como normas de um sistema de natureza contratual entre entes
soberanos (os Estados), com um conteúdo bastante negativo que é o de
conferir a tais entes soberanos a permissão para tudo, exceto os
comportamentos que estivessem, de maneira clara, expressamente
proibidos pelo Direito Internacional.

• Segundo esta concepção histórica, do DIP, os Estados seriam entidades


soberanas, e em seus territórios exerceriam com legitimidade um poder
exclusivo sobre as pessoas neles postadas e, portanto, poderiam dispor
livremente de seus domínios territoriais (através de atos unilaterais ou
bilaterais de seus governantes, inclusive pactos familiares).

• Outro postulado é de que seriam independentes e juridicamente iguais


entre eles e, embora possam reconhecer de boa-fé, a existência de normas
de Direito das Gentes, guardariam o direito exclusivo de interpretar tal
direito e de determinar sanções a seu arbítrio.

• Isto faz com que desapareça o questionamento sobre guerra justa,


consagrando-se o princípio da autotutela que, por si, legitima o uso de
represálias ou da guerra a partir das denominadas “razões de
Estado”, ou seja de interesses superiores e egoísticos de cada um deles.
4.2 Surgimento dos Estados Nacionais: 4.3 O

sistema de Westphalia
O Estado moderno sacramentou-se no Congresso de Westfália, em 1648,
e que colocou fim à Guerra dos Trinta Anos entre soberanos católicos e
protestantes, tendo sido testemunhado por Hugo Grotius, na qualidade de
Embaixador do Rei da Suécia.
• Foram dois Tratados assinados em duas cidades distintas: Münster (entre
príncipes católicos) e outro na cidade de Osnabrück (entre os príncipes
protestantes).
• A paz de Westfália consagraria a regra a ser conhecida como hujus régio, ejus
religio (na região dele, a religião dele), ou seja: na região (território) sob o
império de um príncipe, que seja vigente uma única ordem jurídica, a sua
ordem jurídica.
• Foi a consagração do princípio que passaria a dominar toda a concepção
moderna sobre eficácia (existência e aplicabilidade) das normas nos sistemas
jurídicos nacionais: a territorialidade do direito.
• Vale dizer que o Estado nasceria tendo como condição essencial para a sua
existência, uma base territorial e o sistema jurídico que dele se origina
seria também territorial.
• Isso quer dizer que, o antigo sistema de se considerar que as normas
acompanham o indivíduo passaria a ser exceção e dependeria de anuência
expressa do sistema jurídico onde fossem invocadas. Substituía-se o princípio
da personalidade do ordenamento jurídico pelo da territorialidade da norma.
4.5 A disciplina no Século XVIII
• Os controles democráticos das relações internacionais tinham
pouco reflexo no DIP da época, mas, pouco a pouco foi se
fazendo sentir a presença de limitações à autoridade absoluta
dos monarcas.

• Exemplo disso são os conceitos introduzidos por Émeric Vattel


(Le Droit des Gens, 1758), entre os quais se expressa que os
privilégios concedidos aos agentes diplomáticos dos Estados
deveriam ser reconhecidos não em razão da sacralidade da
pessoa dos governantes que os enviavam, mas a fim de não
prejudicar as funções públicas que eles exerciam.

• A partir daí o DIP começa a refletir as mutações dos


conceitos jurídicos que passavam a ocorrer dentro dos
próprios Estados, como por exemplo:
• o fundamento da origem do direito na vontade do povo e
• o estabelecimento de controles democráticos e constitucionais
para sua aplicação.
4.6 O surgimento do conceito de soberania popular

• Decorre da Escola contratualista (1650-1750);

• Principais doutrinadores:
• Thomas Hobbes (1588-1679),
• John Locke (1632-1704) e
• Jean Jacques Rousseau (1712-1778).

• “Todos postulavam que os indivíduos escolhem entrar em um contrato


social um com o outro, abrindo mão voluntariamente de alguns
direitos em troca de proteção contra os perigos e riscos de um estado
natural”.

• Pensamento central:
• A legitimidade do governo ou da lei está baseada no consentimento
dos governados.

• Trata-se da doutrina básica da maioria das democracias.


• O trabalho dos teólogos espanhóis já citados -
Francisco de Vitória e Francisco Suarez - além
de Altuzio, Marsilio de Padua, Soto, Molina,
Mariana, entre outros - é considerado um
desenvolvimento paralelo e precursor de uma
teoria da soberania popular
• Como os teóricos do direito divino dos reis
viam a soberania como emanada
originalmente de Deus mas passando
igualmente de Deus para todas as pessoas, não
somente para os monarcas.
• Criaram o que denominaram teoria do direito divino providencial:
• O poder público vem de Deus, sua causa eficiente, que impõe a
inclusão social do homem e a conseqüente necessidade de governo;
• No entanto, os reis não recebem o poder por ato de manifestação
sobrenatural da vontade de Deus, mas por uma determinação
providencial da onipotência divina.
• O poder civil corresponde com a vontade de Deus, mas decorre da
vontade popular - omnis potestas a Deo per populum libere
consentientem.

• Suarez defendeu a limitação da autoridade e o direito de resistência do


povo, fundamentos do ideal democrático.
• Molina, apesar de reconhecer o poder real como soberania
constituída, ressaltou a existência de um poder maior, exercido pelo
povo, que denominou soberania constituinte.
Século XVIII
• Ideais iluministas (liberdade econômica + fim das
amarras políticas do poder monárquico)

• Nobreza e clero X classe proletária

• Derrotas da França + péssimas colheitas no final do


século XVIII + independência americana (1776)

• Revolução Francesa

• Constituição Republicana
Império Napoleônico
• Crise no governo revolucionário
• Napoleão é escolhido pela burguesia francesa
para solucionar
• Em 1799, Napoleão dá um golpe de Estado,
( 18 Brumário)
• Inaugura-se o Consulado: Constituição
republicana é suprimida e substituída por
outra, autoritária, concentrando todo o poder
nas mãos do primeiro-cônsul, cargo que
Napoleão passa a ocupar.
• 1804: plebiscito e nomeação como Imperador
• 1812: Napoleão inicia campanha contra a Rússia
• Problemas com setores descontentes
• Coalizão européia contra a França
• Napoleão é obrigado a abdicar.
• 1814: Tratado de Fontainebleau exila Napoleão na
ilha de Elba
• 1815: fuga de Napoleão, reconquista do poder e
Governo dos 100 dias
• Europa coligada retoma sua luta contra o Exército
francês.
• Napoleão entra na Bélgica mas é derrotado pelos
ingleses na Batalha de Waterloo e abdica pela
segunda vez, pondo fim ao Império Napoleônico
4.7 O Século XIX e o sistema do conceito europeu: 4.8
Características do período; 4.9 O século dos Congressos e as
Conferências de Haia
• O Congresso de Viena (1815) reúne as potências vitoriosas
(Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia) com o objetivo de
reorganizar o mapa político da Europa.
• São restauradas dinastias e fronteiras alteradas pelas guerras
napoleônicas.
• A Santa Aliança (Inglaterra, Prússia, Rússia, Áustria, França,
Espanha, Suécia e Portugal) , organização política
internacional, é criada para impedir novos movimentos
revolucionários (burgueses)
• Princípios: a livre navegabilidade dos rios internacionais,
sobretudo para fins comerciais, e a restrição ao tráfico de
negros africanos
• Eurocentrismo: visão de mundo que tende a colocar a Europa
(assim como sua cultura, seu povo, suas línguas, etc.) como o
elemento fundamental na constituição da sociedade moderna,
sendo necessariamente a protagonista da história do homem.
• as forças incipientes do primeiro capitalismo
industrial não são suficientes para romper com a
soberania política absoluta dos Estados nacionais
em favor da construção de uma ordem
internacional;
• São poucas as instituições intergovernamentais
surgidas na primeira metade do século 19
• Primeiras instituições internacionais - questões
eminentemente práticas:
 cooperação técnica no terreno das comunicações -
telegráfica, ferroviária e postal –
 uniões de defesa da propriedade intelectual -
União de Paris, sobre propriedade industrial
 União Internacional de Bruxelas para a
publicação das tarifas aduaneiras.
• As Convenções da Haia de 1899 e 1907
estão, juntamente com as Convenções de
Genebra, estão, entre os primeiros tratados
internacionais sobre leis e crimes de guerra.
Foram estabelecidas na Primeira e na Segunda
Conferências de Paz, na cidade da Haia
(Holanda) Oficialmente são chamadas:
• Convenção sobre a Resolução Pacífica de
Controvérsias Internacionais (1899);
• Convenção sobre a Resolução Pacífica de
Controvérsias Internacionais (1907).
Criação da CPA – Corte Permanente
de Arbitragem
• Mediação de disputas internacionais
• 29 de julho de 1899
Textos complementares

• Presença de Rui Barbosa em Haia. Magalhães, Rejane


Mendes Moreira de Almeida:
http://rubi.casaruibarbosa.gov.br/xmlui/handle/20.500.11
997/876

• Nossa água em Haia:


https://www.gov.br/turismo/pt-br/entidades-vinculadas/ca
sa-de-rui-barbosa/acesso-a-informacao/institucional/rui-b
arbosa/pdfs/nossa-aguia-em-haia.pdf/view
1860 a início do século XX
• várias organizações intergovernamentais foram fundadas em diversas áreas de interesse
econômico (Uniões)

• "a segunda revolução industrial criou ou exacerbou todos os conflitos que levaram
à Grande Guerra. O dinamismo das economias industriais da Europa começou a
ameaçar a velha ordem social ao mesmo tempo em que a nova economia criava
ressentimentos na periferia próxima do centro industrial europeu e um
desenvolvimento desigual entre os poderes industriais. Todos esse conflitos
combinaram-se para garantir que uma modalidade competitiva de nacionalismo
oficial tomaria o lugar do nacionalismo benigno antecipado pelos liberais do século
19. Na medida em que a Europa se endurecia em dois blocos competitivos, as
instituições do século 20 criadas para enfrentar conflitos internacionais tornaram-se
ineficazes. A maior parte das instituições cooperativas da sociedade civil não eram
simplesmente voltadas para gerir um mundo no qual conflitos de interesse inerentes
tomaram o lugar da harmonia implícita de interesses; assim as Uniões Públicas
Internacionais pouco puderam fazer para evitar a crise final" (Murphy)
FIM

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