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Obrigações Alternativas

Capítulo IV - Das Obrigações Alternativas


▪ Classificação das obrigações quanto à quantidade de objetos da
prestação
o Simples: só um ato ou só uma coisa (ainda que seja uma
universidade)
o Cumulativas:
• Cumulativas próprias:
- Conjuntas: têm por objeto mais de uma prestação e todas
devem ser cumpridas (ex.: contrato de empreitada de materiais
e mão de obra)
• Cumulativas impróprias:
- Alternativas a critério do credor (ou disjuntivas): têm por
objeto mais de uma prestação e o devedor se libera
cumprindo apenas uma delas a critério do credor (ex.: CDC,
em caso de vício; art. 18: reparo em 30 dias ou substituição,
restituição do valor ou abatimento, a critério do consumidor)
- Alternativas a critério do devedor (ou facultativas): têm por
objeto mais de uma prestação e o devedor se libera
cumprindo qualquer uma delas a seu critério (ex.: seguradora
- reparar o veículo ou entregar um veículo novo)

▪ Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se


outra coisa não se estipulou.
§ 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma
prestação e parte em outra.
§ 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade
de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo
unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado
para a deliberação.
§ 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não
puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre
as partes.

▪ Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de
obrigação ou se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.
o Ex.: possuo um contrato alegando que devo entregar 1 kg de
orégano, ou 1 kg de maconha, logo, eu entregarei 1 kg de
orégano. O contrato não irá tornar-se totalmente ilícito, pois
possui neste partes lícitas

▪ Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das
prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado
a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e
danos que o caso determinar.
o Ficando impossível as duas, ele indeniza pelo segundo perdido.
o Ex.: deveria ser entregue uma moto ou um carro, e o carro foi
batido, tem-se o dever de entregar a moto. Se o devedor perecer
os 2 objetos, paga o equivalente do último.

▪ Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações


tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir
a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por
culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis,
poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da
indenização por perdas e danos.
o Você não perde a escolha independente do que houver.
o Ex.: o indivíduo bateu o carro, portanto, o credor possui o direito
ao valor do carro, se a escolha é sua, e o devedor bateu o carro e
o bem pereceu, o credor tem direito ao dinheiro de um, ou do
outro item.

▪ Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do


devedor, extinguir-se-á a obrigação.
o Distinção entre obrigação alternativa e obrigação de dar coisa
incerta (ver art. 246)

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