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ÍNDICE GERAL

Direitos Humanos Pag. 1


A) Introdução
B) Conceito
C) Constituição Federal
Due Process Law Pag. 2
Bibliografia
Patrulhamento Tático Pag. 3
Procedimentos Operacionais
Procedimentos Básicos de Patrulhamento Tático
Procedimentos Operacionais Individuais Pag. 4
Funções da Equipe Pag. 6
O que todos devem observar no Patrulhamento Pag. 7
01) Em Transeuntes
02) Em Veículos
03) Em estabelecimentos comerciais e bancários Pag. 8
04) Em Caixas Eletrônicos
05) Em Residências
Procedimentos Operacionais em Paradas e Estacionamentos Pag. 9
Geral
Em Estabelecimentos Comerciais
Em Hospitais e prontos-socorros Pag. 10
Em outros Estabelecimentos Públicos
Apresentação das Ocorrências no DP ou PPJM Pag. 11
Observações Gerais
Procedimentos Operacionais e Acompanhamento e Cercos Pag. 12
Considerações Gerais
Fatores
Condições do Terreno Pag. 13
Comandantes
Método
Lei Moral
Procedimentos Básicos Pag. 13
Fuga em Veículos
Fuga de Pessoa a Pé Pag. 14
Durante o Patrulhamento a Equipe Deve Ter Também como
Doutrina Pag. 15
Abordagem Policial Pag. 15
01) Fundamento Legal da Abordagem e Busca Policial
Procedimentos de Abordagem à Indivíduo em Atitudes Suspeitas e
Realização de Busca Pessoal Pag. 16
Procedimento do PM na Busca Preliminar
Procedimentos em Busca Minuciosa
Fundamento Legal do Uso de Algema (Decreto 19.903/50) Pag. 17
Uso de Algema
Bibliografia Pag. 18
Procedimentos Operacionais em Ocorrências de
Grande Vulto Pag. 19
Normas em Vigor
Procedimentos Operacionais
Planejamento de Operações e Ações de Patrulha Tática Pag. 21
01) Oficiais
02) Não Oficiais Pag. 22
O Planejamento no Crime Organizado Pag. 22
As 12 Regras do Bom Bandido Pag. 23
O Patrulhamento Tático da ROTA Pag. 24
História da ROTA
O Perfil do Homem Pag. 25
Do Comandante do Pelotão
Do Comandante de Equipe
Do Motorista Pag. 26
Dos Seguranças
O Treinamento
Formação
Manutenção Pag. 28
A viatura é tão importante que sem ela não existiria a ROTA Pag. 29
Estágio
Estágio de Observação
Estágio de Participação Pag. 30
Policiamento Tático Pag. 31
Abordagem Pag. 32
Abordagem e Busca Pessoal no Indivíduo em Estado de
Suspeição Pag. 33
Uso Crescente de Força
Abordagens Pag. 35
Abordagens de Caminhões
Caminhões Produtos de Ilícito
Abordagem de Rotina Pag. 36
Abordagem de Caminhão (figura) Pag. 37
Automóveis Pag. 38
Considerações Gerais Pag. 40
Abordagem de Veículo “Fase I” (figura) Pag. 42
Abordagem de Veículo “Fase II” (figura) Pag. 43
Abordagem de Coletivos (Ônibus) Pag. 44
Abordagem de Ônibus (figura 1) Pag. 45
Abordagem de Ônibus (figura 2) Pag. 46
Conceito de Operação Policial Militar Pag. 47
Tempo de Duração de Bloqueio
Bloqueio Relâmpago Pag. 47
Esquema de Bloqueio (figura) Pag. 50
Vistoria no Veículo Pag. 51
Liberação dos Indivíduos e do Veículo Pag. 52
Abordagem e Vistoria de Veículos de Passeio em
Bloqueio (fig) Pag. 53
Abordagens de Caminhões Pag. 54
Caminhões Produtos de Ilícito
Abordagens de Rotina em Caminhões
Abordagem e Vistoria de Caminhão em Bloqueio Pag. 56
Abordagem e Vistoria de Coletivos (Ônibus) Pag. 57
Curso de Patrulhamento Tático Pag. 58
Táticas Policiais Avançadas
1. Apresentação
Seleção
Treinamento

2. Princípios Táticos Pag. 58


Uso de Força Letal
Busca em áreas edificadas Pag. 59
Trabalho em Equipe
Proteção de 360º Pag. 61
Disciplina de Luz e Ruídos
Proteções
Cobertura
Abrigo
Perigo Imediato
Cone da Morte
3. Equipamento
Uniforme
Equipamento de Proteção individual Pag. 62
Equipamentos Coletivos
Equipamentos de Observação
Equipamento de Arrombamento
Equipamento de Altura
Equipamento de Comunicação
4. Posições de Arma
Posição Isósceles
Posição Weaver
Posição SAS Pag. 63
Uso de Bandeirola
Técnica do Terceiro Olho
5. Formas de Deslocamento
Composição da Equipe
Formação em Fila Pag. 64
Formação em Diamante
6. Varreduras
Definição
Cobertura
Olhada Rápida
Tomada de ângulo
Uso de Espelhos
Verbalização Pag. 65
7. Formas de Entrada
Hook
Cross
Limitada
8. Entrada Coberta
9. Entrada Dinâmica
Comunicação pôr Gesto
Curso de Patrulhamento Tático Pag. 66
Noções de Criminalística
Criminalística
Histórico
Conceito
Elementos do Conceito
Relações com outras Ciências
Direito Penal e Processual Penal
Criminologia
Sociologia Criminal
Identificação Criminal
Estatística Criminal Pag. 66
Medicina Legal
Vitimologia
Antropologia
Balística Forense Pag. 67
Conceito
As Armas de Fogo
Identificação pelo Calibre
Identificação pelas Raias
Identificação pelas Deformidade do Projétil
a. Normais
b. Acidentais
c. Periódicas
d. Propositais
Lesões Provocadas pôr Arma de Fogo
Dos Orifícios
1. De Entrada
2. De Saída Pag. 68
O Estudo do Trajeto
Exame Residuográfico
Como é Feito?
Sua Validade
Onde é Feito?
Local do Crime Pag. 69
Local da Infração
Conceito
Importância
Isolamento do Local de Infração Pag. 70
Exame do Local
Levantamento Pericial
Finalidade
a. Descrição
b. Desenho
c. Fotografia e/ou Filmagem
Comentários Pag. 71
Observações
DIREITOS HUMANOS

A) INTRODUÇÃO

Hoje em dia, não se questiona mais a justificativa filosófica da existência dos


Direitos Humanos. A sua presença é certa e irreversível na sociedade mundial e, da
mesma forma, na sociedade brasileira. O que se discute é apenas como aplicá-lo, e
quais os instrumentos necessários para a sua difusão e aplicação.

B) CONCEITO

São os Direitos Fundamentais da pessoa humana, arendidos através da


satisfação de outros direitos, tais como os sociais, políticos, religiosos, econômicos,
culturais etc.
Os Direitos Fundamentais são consagrados na Constituição Federal como
cláusulas pétreas, ou seja, não passíveis de supressão, redução ou alteração de seu
conteúdo.

C) CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Há vários direitos e garantias fundamentais inseridos na Constituição Federal,


mormente em seu artigo 5º, dentre os quais destacamos:

“Caput”
• III, XLIII, XLIX – Tortura (Lei 9.455/97) vide Lei de Abuso de Autoridade (Lei
4.898/65)
• IV, IX Veda o anonimato (Lei Complementar 826/97 – Cria a Ouvidoria –
Inconstitucional)
• XI – Casa (Artigo 150, CPB)
• XII – Correspondência
• XV, LXVIII – Liberdade de locomoção, HC, Cabimento nas punições
administrativas (Artigo 142, parágrafo 2º, CF). A existência de recursos deve
suspender o cumprimento da pena, pois, se acolhido, não haverá prejuízo. A
informação de HC é pessoal por parte da autoridade coatora.
• XXXIII, XXXIV – Acesso a informações, direito de petição a qualquer tempo.
Cabe Mandado de Segurança em caso não apreciação da Petição (Bol G
236/96 – Questionável, pois, ato nulo pode ser revisto a qualquer tempo pela
Administração ou pelo Judiciário.
• XXXV – Apreciação do Judiciário.
• XXXVIII – Júri.
• XXXIX – Princípios da legalidade e anterioridade (Cópia da Lei)
• XL – Irretroatividade da Lei Penal (Cópia da Lei)
• XLI, XLII – Racismo (Lei 7.716/89 e Lei 9.459/97 – Injúria Qualificada)
• XLV, XLVI e XLVII – Princípio da individualização das penas (há
inconstitucionalidade na lei de crimes hediondos por ferir este princípio
constitucional).
• XLVIII, XLIX, L, XLI, III – Direitos de Preso (APAC – Associação de Proteção
a Assistência aos Condenados).
• LIV, LV, LVI – Princípio do Devido Processo Legal, Ampla Defesa e
Contraditório.

O “Due Process Of Law” significa:

• Direito à citação válida


• Direito ao arrolamento de testemunhas
• Direito à instrução contraditória
• Admissão somente de provas legalmente constituídas
• Privilégio contra a auto-incriminação
• Indeclinabilidade de acesso ao PJ
• Direito de recurso
• Proteção à coisa julgada

LVII – Presunção de inocência


LXI, LXII, LXIII, LXIV, LXV, LXVI – Prisão Cautelar.
Prisão no Artigo 36 do R-2-PM foi recepcionada pela CF.
Regras para comunicação de prisão no artigo 36 – Bol G 103/95
Mandado de Prisão – Validade 2 anos
LXIX – HD (Lei 9.507/97). Ante de interpretar HD, deve haver pedido anterior à
Administração.
Administração 2 dias para informar sobre a concessão e 10 dias para o
fornecimento.

Bibliografia

• Constituição Federal;
• Revista Direito Militar (Ano I, nº 10 e 11);
• Revista Literária do Direito (Ano IV, nº 19);
• Apostila “Os Direito Humanos e o Ordenamento Jurídico Brasileiro”. CEO
PJM-1/98;
• Código Penal Brasileiro;
PATRULHAMENTO TÁTICO
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE PATRULHAMENTO TÁTICO

Funções dos componentes de uma equipe de patrulhamento tático.

1º Homem (Cmt Equipe) – deve ser no mínimo um 3º Sargento e possuir as seguintes


atribuições;
a. Gerenciador (coordena, disciplina, fiscaliza e soluciona problemas) das
atividades administrativas e operacionais da Equipe;
b. Responsável pela comunicação via rádio;
c. Responsável pela apresentação das ocorrências atendidas a seu superior
imediato e outras autoridades;
d. Responsável por toda documentação de Sv produzida pela Equipe;
e. Nada é feito sem o seu consentimento;
f. Responsável pelo destino dada às ocorrências;
g. Responsável por dar dinâmica ao Sv (Sempre cientificando Cmt Pel);

2º Homem (Motorista) – Cb ou Sd com as seguintes atribuições;

a. Providenciar a manutenção e a limpeza completa da Vtr;


b. Respeitar e legislação de trânsito e as regras de direção defensiva;
c. Cientificar ao Cmt da Equipe as novidades apresentadas pela Vtr;
d. Procurar sempre se atualizar quanto ao conhecimento do local de atuação
(Vias principais, Ps, DP e pontos referenciais).

3º Homem (segurança) – Cb ou Sd experiente com as seguintes atribuições;

a. Auxiliar na coordenação e fiscalização dos atos do 4º e 5º homem;


b. Coordenar a equipagem (armamento, munições, e equipamentos
operacionais) da Vtr;
c. Ao final do Sv coordenar a desequipagem;

4º Homem (Segurança/Anotador) – Cb ou Sd com menos experiência que tem como


atribuições;

a. Providenciar toda a escrituração básica de patrulhamento;


b. Responsável pela localização de logradouros no Guia da Cidade e a
indicação do itinerário, em caso de necessidade;
c. Anotar todos os dados necessários de ocorrências atendidas (Local, Horário,
Apoios, Partes etc.);
d. Auxiliar todos os componentes da Equipe com relação ao material do Sv;

5º Homem (Segurança/Anotador/estagiário) – pode ser um PM que esteja


estagiando no Sv e, quando houver necessidade assume as atribuições do 4º Homem.
Procedimentos Operacionais Individuais

1º Homem (Cmt Equipe)

a. Possui amplo campo de visão à frente e lateral direita (nada rígido);


buscando olhar bem à frente para depois ir aproximando o campo visual
(estabelecimentos comerciais, transeuntes, veículos à direita etc.);
b. É quem efetua o acionamento da sirene e giroflex, quando necessário;
c. Nas abordagens permanece na segurança observando a ocorrência como
um todo;
d. Em princípio, é quem emana as ordens dadas aos suspeitos, sem, como
tudo, tolher a iniciativa necessária dos demais componentes da equipe;
e. Faz uso do farolete no patrulhamento noturno.

2º Homem (Motorista)

a. No patrulhamento, o seu campo de visão é à frente e à direita (principalmente


veículos contra-fluxo).
b. Também faz uso dos espelhos retrovisores externos e inter para auxiliar no
patrulhamento de retaguarda.
c. Fica sempre no QAP do rádio e, em caso de desembarque da Equipe, fica
sempre próximo à Vtr também para fazer a sua segurança (às vezes de
forma ostensiva, outras de forma coberta), e em condições de pronto
conduzi-la.
d. Durante as abordagens faz a segurança, próximo à \vtr;

3º Homem (Segurança)

a. Posiciona-se atrás do banco do motorista; tendo como campo visual a lateral


esquerda (estabelecimento comerciais, transeuntes, veículos que
ultrapassam a Vtr, vias transversais) e o contra-fluxo de trânsito;
b. Nas abordagens é quem executa as buscas, com o auxílio do 4º Homem
quando necessário;
c. Em uma emergência onde haja a necessidade de dividir a equipe, ele será o
parceiro do 2º Homem (Motorista);

4º Homem (Segurança/Anotador)

a. Posiciona-se atrás do banco do 1º Homem (Cmt Equipe), e patrulha atento a


toda lateral direita e à retaguarda (veículos e indivíduos em atitudes
suspeitas que se aproximem, ou afastam ou desviam em relação a Vtr);
b. Nas abordagens em que haja mais de um suspeito, auxilia o 3º Homem,
efetuando as buscas necessárias, caso contrário auxilia na segurança.
c. Faz a pesquisa dos alertas gerais constantes da relação, com ou sem a
solicitação dos demais componentes da Equipe;
d. Em uma emergência em que haja a necessidade de dividir a Equipe ele será
o parceiro do 1º homem (Cmt Equipe);
5º Homem (Segurança/Anotador/Estagiário)

a. Posiciona-se entre o 3º e 4º Homem – somente em Vtr de maior porte


(Veraneio ou Similar) – e, devido a isso, nunca patrulha com a arma fora do
coldre;
b. Tem campo de visão privilegiado de 360º, porém atenta principalmente à
retaguarda onde a Equipe pode se tornar mais vulnerável;
c. No caso de divisão da Equipe é o parceiro do 3º Homem;
d. Assume todas as funções do 4º Homem;

Motorista 2º 1º Cmt Equipe

Segurança 3º 5º 4º Segurança (Anotador)



3º 4º

O que todos devem observar no Patrulhamento?


01) Em Transeuntes;

a. Mudança repentina de comportamento (mudança de direção, param em casas


batendo palmas ou fingem chamar alguém, quando há mais de um e se
separam, agacham, correm Tc);
b. Uso inadequado de tipos de roupas (uso de blusa no calor, moleton mas por
baixo short justo que segura a arma etc);
c. Casais abraçados, parados ou andando (olhar as reações da mulher, se está
assustada, pode estar sendo vítima de algum crime e atentar as mãos do
homem);
d. Homens portanto bolsas de mulher;
e. Tatuagens típicas de cadeias e outros aspectos físicos (sangramentos, marcas
de tiro, roupas sujas, lesões que possam indicar escaladas de muros ou
rastejamentos, etc);
f. Volumes na cintura, tornozelos e em objetos que portam (pochete, jornal,
revistas, embrulho etc);
g. Pessoas que olham a Vtr por trás após a sua passagem;
h. Pessoas que ajeitam algo na cintura;
i. Pequenos volumes dispensados quando a Vtr está se aproximando.

Obs. : Sempre observar as mãos dos suspeitos, principalmente quando da


aproximação dos patrulheiros, pois, é com as mãos que aqueles podem reagir contra o
policial (sacando alguma arma) ou dispensar algum objeto ou instrumento de crime
(porções de entorpecentes ou a própria arma);

02) Em Veículos;

a. Placas velhas em veículos novos;


b. Veículos sem placas;
c. Veículos novos em péssimo estado de conservação;
d. Arrancadas bruscas;
e. Excesso de velocidade e outras infrações de natureza grave;
f. Faróis apagados à noite;
g. Casal no banco traseiro do veículo e o banco do passageiro vazio (Não sendo
TÁXI);
h. Homem conduzindo e um ou mais homens no banco traseiro;
i. Condutores que sinalizam com farol alto ao cruzar com a Vtr;
j. Táxi com passageiro e luminoso aceso;
k. Veículos à frente da Vtr que fazem uso constante de freios (luz de freio), sem
necessidade aparente;
l. Táxi com casal de passageiros em que a mulher vai no banco de passageiros
dianteiro e o homem atrás;
m. Veículo com um passageiro apenas que está sentado atrás do motorista;
n. Pessoa com dificuldade de conduzir o veículo;
o. Em ônibus observar sempre a atitude de pessoas próximas ao cobrador e ao
motorista;
p. Incluir, nos veículos, tudo que possa ser observado em relação aos transeuntes,
já citado anteriormente;
03) Em estabelecimentos comerciais e bancários;

a. Atentar para as cercanias sempre com, pelo menos, algumas dezenas de


metros de antecedência (veículos mal estacionados com as portas abertas,
indivíduos em motocicletas, pessoas paradas à entrada do estabelecimento ou
do outro lado da via pública, pessoas que saem correndo de dentro do
estabelecimento, gritos e estampidos vindos do interior do local etc);
b. Ao passar pelo estabelecimento observar o local onde fica o caixa;
c. Observar o fundo do estabelecimento (balcões, portas, entradas), atentando
para atitudes e expressões das pessoas;
d. Estabelecimentos vazios (especialmente à noite), quando ainda em
funcionamento;
e. Portas abaixadas parcialmente ou totalmente em horário anormal;
f. Pessoas carregando materiais, principalmente de madrugada;
g. Pessoas no caixa e outras aguardando em veículos;
h. Pessoas próximas ao vigia do estabelecimento;
i. Os vigias do banco com os coldres vazios ou todos juntos em um dos cantos do
local;

Obs. : Em caso de averiguação nunca se deve parar a Vtr à frente do estabelecimento,


pois, deve-se evitar deixar a Equipe sem abrigo.

04) Em Caixas Eletrônicos;

a. Número excessivo de pessoas em seu interior;


b. Os mesmos procedimentos referentes aos estabelecimentos;

05) Em Residências;

a. Veículos parados de forma suspeita (mal estacionados, com portas abertas,


condutor aguardando ao volante);
b. Portões e portas abertas;
c. Pessoas carregando objetos (aparelhos eletrônicos como TV, Som,
Computadores etc), para veículos ou mesmo a pé para fora da casa (ou para
dentro);
d. Gritos e outros sons suspeitos vindos de dentro da própria casa;
e. Pessoas paradas na entrada da casa ou próximo a ela;

Obs. : As suspeições podem indicar qualquer tipo de crime que pode estar ocorrendo
no interior da residência (roubo, furto, tráfico de entorpecentes, estupro, homicídio etc).

Procedimentos Operacionais em Paradas e Estacionamentos;

Doutrina: conjunto de princípios que servem de base a um sistema filosófico,


científico etc, .....ensinamento.
Todos os procedimentos operacionais serão melhor aplicados à medida que
seus princípios tornam-se doutrinários, pois, as regras que mais funcionam são
fiscalizadas pelos próprios companheiros do mesmo círculo funcional. Elas são
tratadas como mero capricho, pois, fazem parte dos princípios do policiamento
ostensivo trazendo maior segurança aos patrulheiros, aumentando a sua eficácia e
eficiência , consequentemente, maior produtividade que ocasiona mais credibilidade à
Instituição e seus componentes.

• Geral – Nas paradas e estacionamento os princípios que nos auxiliam são os


seguintes;

a. Sempre atentar para a fiel observância às normas de trânsito, não parando


sobre as calçadas e faixas de pedestres, na contra mão na via pública, em
fila dupla etc.;
b. A Vtr sempre para em condições de pronto deslocamento para em caso de
emergência (com a frente voltada para a rua, ou, quando paralela a guia da
calçada nunca entre dois veículos sem que haja espaço para manobras
rápidas de saída);
c. As janelas da Vtr voltadas para o lado da via pública devem ser fechadas;
d. Sempre deve haver um componente da Equipe próximo à Vtr atento à
segurança e na escuta do rádio;
e. Assim que o Cmt da Equipe retornar à Vtr, o componente que havia
permanecido na escuta do rádio deverá cientificá-lo das novidades, exceto se
for urgente, que deverá ser cientificado de imediato;
f. A Vtr efetua manobras (ré) com a Equipe desembarcada (1º, 3º e 4º Homem)
fazendo a segurança e auxiliando o motorista para a agilização das mesmas
(no máximo, o 4º homem também permanece na Vtr quando há necessidade
de anotar a ocorrências irradiadas pelo COPOM);
g. Não se desembarca da Vtr com a arma empunhada de forma ostensiva;
h. Toda parada e estacionamento deve ser feita em locais que não impeçam ou
atrapalhem a fluidez e segurança do trânsito, devendo estar devidamente
sinalizado quando necessário;

• Em Estabelecimentos Comerciais – Se não for para o atendimento de


ocorrências, é o período suficiente para os patrulheiros satisfazerem suas
necessidades biológicas (alimentação e WC);

a. Antes de efetuar a parada no local, observar a movimentação do local


próximo e no interior do estabelecimento;
b. A Equipe (1º, 3º e 4º Homens) desembarcam antes do local, abrindo em
“leque” e se posicionando em pontos estratégicos antes da Vtr estacionar no
local;
c. Após o estacionamento da Vtr, o Cmt da Equipe e o 4º Homem adentram o
estabelecimento (para lanchar se for o motivo da parada);
d. Ao retornar do 1º e 4º homens, o 2º e o 3º homens adentram o local, ficando
agora aqueles encarregados da segurança e na escuta do rádio;
e. O PM não senta, não tira a cobertura e se posiciona, preferencialmente ao
fundo do estabelecimento, desde que tenha visão de pelo menos um dos
componentes da Equipe que efetuam a segurança;
f. Observar todos os princípios básicos de boas maneiras;
g. Somente adentra ao estabelecimento, em que for lanchar, se possuir a
quantidade de dinheiro suficiente para tal consumo;
h. As paradas só devem ocorrer em locais compatíveis com à função Policial
Militar;
i. Mesmo no interior do estabelecimento, estar com a atenção voltada à
segurança e sem o distanciamento excessivo da Vtr;
j. Evitar parar mais de uma viatura em um mesmo estabelecimento particular;

• Em hospitais e pronto-socorros – principalmente quando se socorre


marginal ferido em tiroteio, pode ocorrer de um número excessivo de viaturas
acorrerem ao local;

a. Ao chegar no local e for observado o número excessivo de Vtr’s, o Cmt da


Equipe deve apenas verificar se há necessidade de algum tipo de apoio pela
outra Equipe e se retirar do local em seguida (arrolamento de testemunhas,
localização de vítimas, preservação do local do fato etc);
b. Não se aglomeram policiais no PS (atrapalham as equipes médicas, os PM’s
passam a conversar alto sobre outros assuntos, começam a dar gargalhadas,
passam a parabenizar os colegas pela ocorrência – são atitudes que
chamam a atenção dos civis);

• Em outros estabelecimentos públicos;

a. Não para em local que possa atrapalhar a entrada e saída de outros veículos
e pedestres;
b. O Cmt da Equipe deve sempre procurar a autoridade ou seus agentes
responsáveis pelo local;
c. O relacionamento com os funcionários deve ser o de camaradagem
profissional e amistoso.

Obs. : Em qualquer local público, os patrulheiros devem sempre evitar as brincadeiras


entre si, as gargalhadas desmedidas, as olhadelas indiscretas para mulheres e
qualquer outro ato de falta de postura e compostura.

Apresentação das Ocorrências no DP ou PPJM

a. Todas as ocorrências atendidas pela Equipe e que irão decorre condução de partes
(DP, PPJM, PS, CPTran etc), deve ser de imediato comunicado ao Cmt Pel.
b. Nas ocorrências de maior complexidade (por exemplo flagrante delito), em que não
haja extrema urgência na condução das partes, o Cmt Pel deverá comparecer ao
local para apoiar a Equipe;
c. Antes da apresentação no DP e PPJM, analisar o tipo penal e ter certeza de que o
fato é crime ou contravenção;
d. Analisar quais órgãos e autoridades deverão ser necessariamente acionados (DP,
PPJM, Corregedoria Civil ou Militar, Cmt Cia, Coord. reg., Perícia etc);
e. Chegando ao DP, antes das partes serem ouvidas com mais detalhes, o Cmt da
Equipe fará ao delegado de plantão uma explanação breve do fato e citará o local
da ocorrência, para que este certifique-se da existência de um fato delituoso, de
pessoas detidas e confirme que o mesmo ocorreu em sua circunscrição;
f. Organizar toda a ocorrência analisando seus aspectos legais e técnicos, como: que
irá figurar como condutor, onde estava a arma e com quem, o que cada testemunha
presenciou , relacionar e qualificar os objetos que serão apreendidos, etc;
g. Ao narrar a ocorrência evitar o uso de termos não técnicos, como: “cano, malaco,
sapecou, desovou, pinote etc;
h. Definir com precisão o local, descrever o crime cometido (Não citar o artigo), a
participação de cada um dos envolvidos (armas, michas etc), e fatos atenuantes e
agravantes (tráfico de drogas em frente a escola, crime contra criança etc.);
i. Se houver sido empregado força física pela Equipe, justificá-la legalmente;
j. Jamais descuidar da segurança do preso enquanto não for recolhido à carceragem,
e, ainda assim, atentar para tentativas de fuga dos presos do distrito policial, não se
descuidando dos possíveis pontos de fuga;
k. Solicitar ao delegado cópia do Auto de Exibição e Apreensão, desde que haja
objetos a serem apreendidos;
l. Após a elaboração dos autos, efetuar a leitura do seu depoimento e estando de
acordo assinar, caso contrário alertar o delegado solicitando correção;

• Observações Gerais;

a. Quando da apresentação de ocorrências, evitar que a Vtr fique estacionada


em local que irá atrapalhar a entrada e saída de outros veículos e pedestres;
b. Nunca descuidar da segurança do preso, da Equipe, da Vtr e dos
equipamentos;
c. Não entregar os instrumentos e objetos a serem apreendidos, sem antes
relacioná-los;
d. Sempre elaborar o BOPM, independentemente dos procedimentos adotados
pela Polícia Civil;
e. Observar a norma Constitucional quanto à voz de prisão em flagrante delito;
f. Se o Cmt Pel não puder contactar com a Equipe no local da ocorrência
deverá fazê-lo no DP quando da apresentação, para prestar os apoios
necessários;
g. Feita a apresentação, o encaminhamento de pessoas ou coisas para exame
ou coleta de dados de cunho investigatório (legitimação, constatação), é de
competência do delegado que deve valer-se de recursos próprios de sua
unidade ou outra da Polícia Civil, sendo-lhe vedado utilizar guarnições da
Polícia Militar, exceto em casos de comprovada urgência desde que
solicitados aos oficiais encarregados do serviço operacional (Resolução SSP
nº 21 de 04 de Abril de 1978 e Despacho nº PM-001/02/1997);
h. Nas ocorrências de crime militar, as partes serão apresentadas à autoridade
policial militar competente que tomará as medidas de PJM. O oficial
presidente do feito cientificará o delegado de plantão da área do fato,
fornecendo cópia dos autos (Portaria nº Correg. PM – 1/130 de 08 de
Setembro de 1992);
i. Deve ser permitido, na delegacia, sempre que solicitado, o contato reservado
do preso com seu advogado (Artigo 7º, III, da Lei 8.906 de 04 de Julho de
1994 – Estatuto da OAB);
j. A ocorrência para a Equipe se encerra assim que todas as partes ouvidas
assinam o Auto de Prisão em Flagrante, e deve ser dado ciência ao Cmt Pel,
através do Cmt Equipe;
k. A prisão não implica obrigatoriamente na lavratura do auto, podendo a
autoridade policial, por falta de dados que embasem a existência de infração
penal ou por entender que não houve situação de flagrância, dispensar a
lavratura do auto e determinar a instauração de inquérito policial, ou apenas
registrá-lo em BO, e providenciar a soltura do preso (TACRESP – RT
679/351);
l. A lei não fixa prazo para a lavratura do auto de prisão em flagrante. Todavia,
o seu caráter de urgência levou os Tribunais a optar por um prazo limite de
24 horas, a contar da prisão, tempo em que será fornecida anota de culpa ao
indiciado (TJSP – RT 567/286 e TACRS – RT 713/354);
m. A primeira pessoa a ser ouvida no auto de prisão em flagrante é o condutor
(Não necessariamente quem efetuou a prisão, mas quem irá apresentar o
preso ao delegado de plantão), seguido das testemunhas, da vítima e, por
fim do indiciado (Norma Processual Penal);

Procedimentos Operacionais em Acompanhamentos e Cercos;

• Considerações Gerais;

O acompanhamento é ocorrência de prioridade?


Para a natureza desse estudo, sim. O acompanhamento que estamos tratando é
a perseguição de natureza policial em que ocorre uma tentativa de fuga (recusa da
ordem de parada). Normalmente, a pessoa que foge de um acompanhamento policial
empreende altíssima velocidade e suas manobras e reações são imprevisíveis. Todo
acompanhamento traz vários pontos sucessivos (dependendo da extensão da tentativa
de fuga). Portanto, quanto mais se estende o acompanhamento, mais ele exige o cerco
para o seu desfecho e conseqüente fiscalização das situações de risco.
As ocorrências de acompanhamento e cerco, geralmente, envolvem todo o
pelotão de patrulha tática e, não raro, necessitam apoio de outros setores (GRPAer,
COE etc).

• Fatores;

Para a realização eficiente do acompanhamento e cerco há de se considerar


cinco fatores principais que influem neste tipo de atendimento de ocorrência;

01) Condições do Tempo – as suas variáveis como: noite – dia, chuva – neblina, verão
(época que as pessoas saem mais às ruas) etc;
02) Condições do Terreno – fatores físicos da área de atuação: tamanho, se é
planificado, desfiladeiros, pontos e vias de fuga (estradas, favelas e matagais etc);
03) Comandantes – a personalidade dos Cmt Pel e Cmt Equipe. Ex. : se é alguém que
instrui corretamente e dá exemplo, se sabe cobrar o cumprimento das
determinações ou não. Disto vai depender a correta execução das planos
estratégicos;
04) Método – A existência prévia de planos estratégicos, com linhas de ação gerais e
específicas. Ex. : onde atuará cada equipe, o que modular na rede de rádio etc;
05) Lei Moral – Há de se ter no consciente os objetivos da atuação: proteção da
comunidade e cumprimento da Lei. Ex. : Existem inocentes envolvidos em toda
perseguição, que são os transeuntes, moradores ou mesmo refém, pois, quem
foge não se preocupa com a segurança de terceiros, esta é uma obrigação de
quem persegue (policial);
• Obs. : A fuga, por si só, não é crime. Matar o fugitivo, por este fato, é
crime!

Exemplos negativos infelizmente não faltam: destroem a carreira e a vida


pessoal dos policiais envolvidos e denigrem a Instituição, além das vidas barbaramente
tiradas (menor sem habilitação, morte de refém, “balas” perdidas que acertam crianças
na via pública e imediações).

Procedimentos Básicos

• Fuga em Veículos

a. O Cmt Pel poderá fazer um croqui resumido da área de patrulhamento


(incluindo vias de acessos principais, DP, PS, favelas e outros pontos de
interesse como pontes e represas) onde se fará a distribuição estratégica das
Vtr’s;
b. Traçar o plano geral de cerco da área,. Recomenda-se analisar este plano
com o Pelotão (principalmente Motorista e Cmt Equipes), pois, poderá surgir
alguma idéia útil por alguém que conhecer determinadas peculiaridades da
área;
c. O cerco inicia-se antes das Vt’s saírem da Unidade, ou seja, elas devem
estar distribuídas estrategicamente e os seus componentes instruídos
(sempre ter Vtr’s próximas das vias de acesso da área);
d. O Cmt Pelotão deve enumerar na instrução as causas possíveis de um
acompanhamento; caráter geral, roubo com REFÉM, pessoa sem habilitação,
embriagues, socorro de alguém ao PS etc);
e. Combinar com os Cmt Equipes a correta verbalização na rede de rádio
evitando-se gritos ininteligíveis e, quando do acompanhamento, modular
características do veículo, local e sentido tomado, quantidade de ocupantes e
motivo da fuga, se souber (caso contrário alertar com “RESERVA” na rede de
rádio);
f. A tentativa de fuga se constata quando, após todos os sinais de parada
serem dados, houver a recusa de parada com o veículo aumentando a
velocidade e tentando despistar a Equipe. Ocorrendo a insistência na fuga,
deve-se solicitar o apoio para o cerco.
g. A Vtr que acompanha transmite os dados, conforme o item “e” acima, e na
pausa das suas transmissões, as demais Equipes deverão modular
informando prefixo, local e rumo que estão tomando;
h. O Cmt Pel, possuindo a disposição geral das Vtr’s, coordena o cerco através
de rede de rádio, sempre promovendo a atualização das localizações das
Vtr’s (inclusive a dele);
i. Deve-se utilizar, também, o artifício de desvio, isto é, ainda que tenha partido
depois do oponente, chegar ao objetivo antes dele, através do conhecimento
que os patrulheiros devem ter da área;
j. Se houver necessidade e possibilidade de outros tipos de apoio, o Cmt
deverá acioná-los (GRPAer, COE etc);
k. Se o veículo estiver em direção a outra área, cientificar o COPOM para
alertar os patrulheiros da área vizinha, com antecedência;
l. O mais importante num cerco não é a proximidade física da Vtr com o veículo
perseguido e sim a sua visualização constante e o envio de informações
precisas e atuais. A velocidade da Vtr tem como razão não perder de vista o
fugitivo através de um deslocamento seguro à Equipe e demais usuários da
via;
m. Em se obtendo êxito na interceptação do veículo e dos fugitivos, proceder
conforme os princípios de abordagem e vistoria de veículos, comunicando de
imediato o fato através da rede de rádio;
n. Ao se confirmar a interceptação do veículo através da rede de rádio, as
demais estiverem muito distantes irão abortar o seu deslocamento para o
local, se não houver determinação para o apoio;
o. O Cmt Pel deverá comparecer ao local e orientar quanto à apresentação e
finalização da ocorrência junto ao órgão competente.
p. Jamais dispor a cabeça e o tronco do corpo para fora da Vtr, nem tampouco,
bater com a mão na lataria da porta durante os acompanhamentos, pois, os
sinais utilizados são a sirene, giroflex, farol alto, buzina, sinais por gestos
com as mãos;

• Fuga de Pessoas a pé;

a. A Vtr poderá ser utilizada até onde for possível o seu deslocamento com
segurança à Equipe;
b. Em caso de desembarque em que haja necessidade de dividir a Equipe,
observar especialmente o princípio da superioridade numérica (e jamais o
policial pode perseguir sozinho) e, também, não permitir que a Vtr fique
abandonada;
c. O componente que permanecer na Vtr, normalmente o motorista, deverá
estacionar a mesma em local seguro, retirar a chave do contato, fechar as
portas e seus vidros, permanecendo coberto e abrigado em local que tenha
ampla visão da Vtr e do local, se possível com uma arma de apoio (Ex.:
Espingarda Cal. 12);
d. Jamais executar o “disparo de advertência”, pois, na quase totalidade dos
casos, o fugitivo tende a aumentar o seu pânico (Adrenalina) e,
consequentemente a sua velocidade de fuga e desespero (além do risco do
projétil atingir inocentes, o próprio parceiro ou o fugitivo sem situação de
legítima defesa);
e. Se a fuga ocorreu em matagal e se perdeu de vista o suspeito, deve-se
acionar imediatamente os apoios necessários para o cerco e a busca;
f. Havendo indícios de que o fugitivo tenha adentrado alguma moradia, procede
o cerco do local e, devidamente abrigado, averiguar solicitando a presença
de moradores e vizinhos;
g. Na perseguição em favela e outros becos similares, atentar para o
progressão com cautela, utilizando-se de cobertas e abrigos (cuidado
também em relação a buracos, varais etc, principalmente à noite);
h. Ocorrendo a captura do suspeito, deve-se averiguar as suas imediações e da
rota de fuga com vistas a algum objeto por ele dispensado;

Durante o Patrulhamento a Equipe Deve ter também como Doutrina

a. Evitar brincadeiras físicas, bem como gargalhadas desmedidas;


b. Não jogar lixo pela janela da Vtr;
c. Evitar olhadelas indiscretas (Paquera) para mulheres;
d. Estar ciente de todas ocorrências passadas pela rede de rádio;
e. Ao atender qualquer solicitante, desembarcar da Vtr;
f. Evitar permanecer com o rosto voltado para dentro da Vtr, mesmo para conversar
com um companheiro;
g. Manter todas as armas em posição de segurança (Não direcionada para ninguém e
dedo fora do gatilho);
h. Não ficar com o braço solto para fora da Vtr;
i. Jamais aceitar qualquer tipo de retribuição material ou pecuniária ofertadas por
civis, em virtude da função;
j. Não fumar enquanto atende solicitantes;
k. Desembarcar da Vtr quando for ser rondado;
l. Apoiar os policiais de outras modalidades de patrulhamento que estejam
necessitando de apoio, dentro de sua área de patrulhamento;
m. Auxiliar as pessoas que necessitem, para prevenir situações de risco à segurança
deles (idosos querendo atravessar ruas de grande movimento, pessoa com
dificuldade para trocar o pneu de carro em local ermo etc);
n. Estar sempre ciente de qual o local exato em que está atuando (observar placas de
endereço e postes com siglas do município);
o. Sempre estar em condições de executar um retorno ágil de mão dupla;
p. Alertar toda a equipe quando qualquer dos componentes observar algo anormal;
q. Estar preparada para atender todos os tipos de ocorrências, principalmente as de
maior gravidade (roubo com refém, catástrofes, troca de tiros etc);

ABORDAGEM POLICIAL

01) FUNDAMENTO LEGAL DA ABORDAGEM E BUSCA POLICIAL;

01) CPP – Artigos 244 e 249;


02) CPPM – Artigos 180 à 183;
03) BOL. GERAL – 111/99

• IMPORTANTE SABER QUE:

Não existem indivíduos suspeitos, mas sim atitudes suspeitas, ou seja, o


comportamento ou a situação de alguém é que, de alguma forma, não se ajusta às
circunstâncias determinadas pelo ambiente (horário, clima, local etc), o que torna
possível de verificação policial.

- Em toda abordagem a Polícia : “Ou ganha um amigo, ou prende um bandido”.

PROCEDIMENTOS DE ABORDAGEM À INDIVÍDUO EM ATITUDES SUSPEITAS E


REALIZAÇÃO DE BUSCA PESSOAL

- Busca Pessoal – Divide-se, quanto à situação do PM, em busca preliminar e busca


minuciosa.

- Busca Preliminar – é a realizada em situação de rotina quando não há fundadas


suspeitas sobre a pessoa a ser verificada, mas em razão do local e da hora de
atuação;

PROCEDIMENTO DO PM NA BUSCA PRELIMINAR


01) Antes de iniciar a busca, evitar que o indivíduo fique de posse de quaisquer objetos
(blusa, sacola, bolsa, pacote, guarda-chuva, jornal etc);
02) Colocar o revistado em pé, com a frente voltada para uma parede ou outra
superfície vertical e as costas para si;
03) Se não houver superfície vertical no local preliminar (campo aberto) deve o policial
ordenar que o revistado coloque as mãos na cabeça com os dedos entrelaçados;
04) Proceder ao porte de armas por trás do revistado, mantendo sempre um braço
apoiado nas costas do revistado e o outro realizando a busca, e ainda uma perna
atrás da outra de acordo com as posições dos braços;
05) Em acordo de reação, escorar ou desequilibrar o revistado;
06) Durante a busca, observar a seguinte seqüência;

a. Tirar a cobertura (corpo, chapéu etc), do revistado. Examiná-lo;


b. Apalpar a garganta, o peito e a cintura, em toda a volta;
c. Apalpar ao longo das costas, desde a área dos ombros até a cintura e daí a
axila direita. A mesma coisa da axila esquerda;
d. Apalpar firmemente ao longo de cada braço, até os dedos, sempre apertando;
e. Apalpar a região pubiana e as nádegas;
f. Examinar todos os bolsos da roupa;

07) Examinar as partes interna e externa de cada perna até o calcanhar;


08) Verificar se não há cheiro de tóxicos. Nas mãos ou picadas nos braços;
09) Verificar todos os objetos e volumes em poder do revistado, inclusive cigarros,
fósforos etc;
10) Nada encontrado de ilegal, agradecer a colaboração, liberando o revistado;

- Busca Minuciosa – é aquela realizada em pessoas altamente suspeitas ou em


delinqüentes;

PROCEDIMENTOS EM BUSCA MINUCIOSA

01) Deverá ser feita, sempre que possível, na presença, no mínimo, uma testemunha
e em local isolado do público;
02) Adotar os procedimentos da busca preliminar e mais;

- Tirar toda a roupa e os sapatos do revistado. Se estiver com ataduras ou gesso,


verificar se não são falsos;
- Verificar todo o corpo do revistado, inclusive orifícios externos. Indagar da
procedência de cicatrizes e tatuagens. Se tiver cabelos muito grandes ou espessos,
passar um pente;
- Verificar a roupa do revistado;

FUNDAMENTO LEGAL DO USO DE ALGEMA


DECRETO – 19.903/50

02) USO DE ALGEMA;

a. Procedimentos do uso da algema;

01) Para conduzir os delinqüentes presos em flagrante delito, desde que ofereçam
resistência ou tentem fuga.
02) Para conduzir os ébrios, os viciados e os turbulentos exaltados na prática de
infração e que devam ser postos em custódia, desde que seu estado de extrema
exaltação torne indispensável o emprego de força;
03) Para transportar de uma dependência para outra, presos que, pela sua
periculosidade, ou tenham tentado ou oferecido resistência, quando da prisão;

b. O abuso no uso da algema, por parte da autoridade ou de seus agentes,


acarretará responsabilidade penal. As dependências policiais devem manter
livro especial. Para registro das diligências em que tenham sido empregadas
algemas, lavrando-se o termo.

c. Cautelas a adotar para algemas em preso;

- Algemar sempre o detido com os braços para trás;


- Partir da posição de busca pessoal;
- Colocar a arma no coldre segurando as algemas com a mão direita;
- Colocar o pé esquerdo apoiando o calcanhar direito do preso e simultaneamente a
mão esquerdas costas do mesmo, pois, isso dará maior percepção dos movimentos
caso haja uma tentativa de fuga, ou reação possibilitando ainda que o PM possa
desequilibrá-lo e imobilizai-lo;
- Aplicar a algema no pulso direito, mantendo-a voltada para fora de forma que o
buraco da fechadura fique para cima;
- Segurando firmemente o punho direito algemado, colocar o pé direito apoiando o
calcanhar esquerdo do preso e simultaneamente segurar a mão do mesmo
trazendo-a em seguida para trás, algemando de forma que o buraco da chave fique
voltado para cima e o dorso das mãos do preso fiquem voltado para si;
- Em seguida utilizar a trava de segurança da algema;
- Ao conduzir o preso o PM deve preocupar-se em mantê-lo do lado oposto ao de sua
arma;

d. Retirada das algemas;

- Deverá ser feita apenas após estar em local seguro;


- Um PM deve fazer enquanto outro permanece dando cobertura;

e. Uso de meios de fortuna – na falta de algema, poderá ser utilizado outro


equipamento para algemar o indivíduo. Ex.: Cordão de segurança (fiel), Cinto
etc.;

BIBLIOGRAFIA

- Manual de Procedimento de Rota;


- M – 14 – PM
- Manual do CFP
- Bol. Geral nº 111/99
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS EM OCORRÊNCIAS DE GRANDE VULTO

Os procedimentos operacionais em ocorrências de grande vulto, como roubos


com reféns, roubos a bancos, rebeliões e ocorrência de confronto armado, que
trataremos dessa unidade didática, dizem respeito ao comportamento de cada Policial
componente de uma Força Tática no tocante ao cumprimento de regras que facilitem a
administração da ocorrência e permitam que uma ocorrência onde sempre haverá a
participação de vários policiais, não só da Polícia Militar, como também de outras
forças como Polícia Civil, Guardas Municipais, Polícia Federal, imprensa, populares e
outras autoridades, não tenha um desfecho com resultados negativos devido a
desorganização e falta de coordenação. Os procedimentos que abordaremos não se
referem as ações promovidas para a solução da ocorrência, pois, essa serão
abordadas na Unidade didática que trata do gerenciamento de Crise, nos
restringiremos as condutas mais simples, mas que no contexto geral se tornam
extremamente importantes para o desfecho positivo das ocorrências.
Alguns procedimentos são regulados por normas e outros são estabelecidos
através da experiência adquirida no atendimento das ocorrências.
devemos nos lembrar sempre que, os objetivos principais dos Policiais nestas
ocorrências são; Salvar vidas e Cumprir a Lei.

Normas em vigor;
Resolução SSP-22/90, BOL. G 74/90 – Ocorrências com reféns que disciplina a
atuação do GER (Grupo Negociador) e GATE (Grupo Invasor).
NI PM 3-001/02/96 alterada pela ORDEM COMPLEMENTAR PM 3-003/02/99
que tratam de Ocorrências de Grande Vulto e com reféns revogando em parte a
DIPLAN-009/02/94 de Março de 1994 principalmente seu item 7.b que exigia
autorização expressa da Autoridade do Poder Judiciário para a ocupação do
estabelecimento prisional.

Procedimentos Fundamentais;
a. Sempre que se chegar em uma ocorrência de grande vulto onde já se tenha
sempre de outras Policias, deverá entrar no sítio da ocorrência apenas o de
maior graduação ou posto acompanhado de um segurança, que fará um
contato com a maior autoridade ali presente para e verificar a necessidade de
apoio e traçar a ação em conjunto se for necessário. Os demais Policiais
aguardam as ordens à distância, para se evitar acúmulo de Policiais que
dificulta a coordenação.
b. Quando deparar-se com uma ocorrência de vulto, tome como uma das
primeiras medidas isolar o local delimitando a área onde não será permitida a
entrada de populares, mídia e outras autoridades que não tenham
competência para ali agir.
c. Não permita p acúmulo de viaturas, mesmo sendo de sua unidade.
d. Defina precisamente quem será o anotador que deverá estar atento a tudo
que ocorre, anotando em ordem cronológica cada passo da ocorrência,
autoridades presentes no local, prefixo de viaturas, testemunhas etc.
e. Em caso da necessidade de medidas extremas como invasão de cadeias
para conter rebelião ou de recintos para liberação de reféns, nunca faça em
conjunto com outras forças, pois, não haverá unidade de comando e os
procedimentos não são iguais. Ex. Caso seja necessário invadir uma cadeia,
exija a retirada do local de carcereiros, investigadores etc.
f. Não se desconcentre da ocorrência, designe um Policial capacitado para lidar
com a mídia e para resolver problemas periféricos à ocorrência.
g. Em ocorrências de roubo, principalmente a bancos, deverá ser designada a
Vtr que irá para o local enquanto as demais deverão se posicionar em vias de
fuga.
h. Em ocorrências onde houver troca de tiro, deverá ser designada a Vtr que
preservará o local, a Vtr que irá a procura de vítimas, a papeleta deverá ser
feita por uma equipe de apoio e depois refeita pela equipe envolvida, a
papeleta só é feita após a liberação do corpo (em caso de morte) ou a
liberação do ferido por parte dos médicos, nunca permita o acúmulo de
Policiais em hospitais onde foram socorridos os feridos, pois, acarreta
prejuízo aos profissionais da saúde ou gera cenas estranhas ao público
externo, como Policiais se parabenizando pela ocorrência ou fazendo
brincadeiras, (devendo sempre lembrar que um ser humano morreu ou foi
ferido), nos hospitais ou pronto socorros deverão permanecer apenas
aquelas Vtr’s que estiverem no apoio se retirando imediatamente após o
encerramento do apoio.
i. No local dos fatos sempre deverá haver algum componente da equipe que
tenha condição de narrar todo o ocorrido aos peritos que ali compareceram.
j. Somente o comandante da equipe é autorizado a narrar o que aconteceu ou
determinar que um outro Policial narre, a menos que haja determinação de
alguma autoridade competente para ouvir algum componente da equipe em
separado.
k. Componente de outra equipe não deverá, em hipótese alguma narrar o fato
ou tomar qualquer atitude que modifique os fatos acontecidos, suas atitudes
se restringirão em apoiar a equipe envolvida. Ex. Ocorrência de tiroteio onde
um estagiário que chegou em uma Vtr de apoio, jogou areia sobre o sangue
que estava no local porque achou que uma cena muito forte para os
populares verem.

Todos esses procedimentos e os constantes nas normas citadas servem de


preparação para a atuação do GERENCIADOR DA CRISE, que deverá agir dentro de
um quadro organizado.

PLANEJAMENTO DE OPERAÇÕES E AÇÕES DE PATRULHA TÁTICA –


IMPORTÂNCIA DE INFORMAÇÕES E ESTATÍSTICAS

A importância de se realizar o policiamento ostensivo, operações e ações de


patrulhamento tático com base em informações oficiais ou não e dados estatísticos,
está no fato de que, assim agindo, saímos do empirismo, do “eu acho”, da situação
onde o Policial inicia seu serviço sem metas e objetivos e o encerra sem saber o que
ele realmente produziu. Para analisarmos se a produção de um Policial é feita com
qualidade, devemos analisar a queda dos índices criminais de sua área de atuação ou
analisarmos a quantidade de flagrantes, armas apreendidas, condenados capturados,
veículos localizados etc e ainda analisarmos o resultado final, se houve condenação
dos detidos ou se a ocorrência gerou a instauração de procedimento administrativo ou
penal contra o Policial. Para se realizar um controle estatístico, pode se utilizar de
programas de computador mas também pode-se utilizar de métodos simples, basta ter
um mapa da área onde se atua e alfinetes de cores variadas para se demarcar o mapa,
sempre separando as ocorrências por tipo e horário.
O Policial que trabalha com informações e estatística deve iniciar o seu trabalho
com as seguintes perguntas respondidas;
- O que Combater? Roubo, Furto, Homicídio, Tráfico.
- Quando Combater? Dia da Semana, Dia do Mês, Horário.
- Onde Combater? Ruas, Praças, interior de Transporte Coletivo, Bares, Taxi, Favela.
- Como Combater e que Meio utilizar? Patrulhando, Realizando abordagens, à Pé,
Motorizado, à Paisana, usando outros meios como Helicópteros, Cães, Cavalos e
quantos Homens empregar.

O Policial dispõe de várias fontes de informação tem tendência a não ser


violento e arbitrário, pois, usa métodos científicos para checar informações e cumprir a
lei.

As informações podem ser oficiais e não oficiais.

01) OFICIAIS:

a. PRODESP – Acesso a base de dados de veículos de toda frota nacional –


RENAVAM; Antecedentes criminais de pessoas com processos no Estado de
São Paulo, pessoas desaparecidas e registro nacional de Carteira de
Habilitação – RENACH.
b. INFOSEG – Banco de dados com antecedentes criminais de pessoas de
todas as Unidades da Federação, RENAVAM e Registro de Armas;
c. P/2 e P/3 dos batalhões e Policias Civil e Federal;
d. CAP (Coordenadoria de analise e planejamento) que funciona junto à
Secretaria de Segurança Pública.
e. SIOPM – Banco de dados de veículos e pessoas alimentado apenas pela
Policia Militar;
f. PROCIC – Programa de orientação e controle de indicadores criminais,
instalado nas Companhias da Capital, permite um acompanhamento diário
pelo Cmt Geral e Secretário de Segurança dos índices criminais.

02) NÃO OFICIAIS:

a. Informações passadas por marginais ou cidadãos da comunidade;


b. Álbuns fotográficos feitos no próprio Pelotão;
c. Imprensa;
d. Outros;

As informações e dados estatísticos referentes a horário, local, tipo de crime e


modus operandi dos infratores possibilitam a realização de um patrulhamento ostensivo
racional, com uma distribuição coerente de homens e viaturas na área de atuação. As
informações vindas de informantes (marginais ou cidadãos) e P/2 permitem uma
atuação repressiva eficiente, pois, nos levam diretamente ao infrator.

O PLANEJAMENTO NO CRIME ORGANIZADO

O planejamento operacional é de tanta importância que até mesmo as grandes


quadrilhas se utilizam de métodos padronizados e informações para realizar suas
ações criminosas. Por isso, para combatê-los devemos também nos organizarmos.
Vejamos alguns trechos extraídos do livro “COMANDO VERMELHO A HISTÓRIA
SECRETA DO CRIME ORGANIZADO“, escrito pelo repórter CARLOS AMORIM, ED.
RECORD, 1995 – Rio de Janeiro.

“.....um grupo organizado de traficantes do Morro da Mineira tinha geralmente,


até cinqüenta “soldados”, cinco “sargentos”, e um “capitão” ou “general” (chefe da
segurança). O traficante ALTAIR DOMINGOS RAMOS, o NAIL, tinha 150 homens sob
seu comando. Na eventualidade de um choque com a Polícia, o enfrentamento não
dura mais do que dois minutos. Nem precisa durar mais. Um tiroteio desse calibre
acontecem imediatamente duas coisas, a polícia para e chama reforços, que demoram
de quinze a vinte minutos para chegar; a população corre pelas ruelas no maior
tumulto, e os policiais ficam com a sensação de que alguns civis podem morrer no
confronto, isso não interessa a nenhum policial, porque a seguir começam os protestos
dos moradores, com ampla cobertura da imprensa. Morte de civil hoje em dia da
inquérito e até cadeia. Sabendo disso, no morro DONA MARTA no bairro de Botafogo,
os traficantes instalaram uma boca de fumo perto de uma creche.....”, página 22 e 23.

“.....a força de choque dos traficante entra em ação para ganhar tempo e
recolher a mercadoria nos pontos de venda da favela enquanto os mais visados
desaparecem, tragados pelo labirinto de ruelas e favelas.....”, página 23.

“.....O Secretário da Boca é uma espécie de relações públicas da quadrilha.


Negocia pequenos desentendimentos. Trata também de empréstimos aos
moradores.....”, página 28.
“.....As ações armadas da esquerda eram cuidadosamente planejada. Num
assalto a banco, por exemplo, o tempo que um sinal de trânsito levava para abrir e
fechar era medido meticulosamente. O grupo ou comando entrava na agência bancária
com o sinal aberto na rua e saia com o sinal aberto novamente. Você está diante de
uma situação crítica se foge de um assalto e dá de cara com um sinal fechado e o
tráfego parado. E dificilmente uma unidade de operações de guerrilha urbana seria
surpreendida dentro de um banco, porque deixava do lado de fora uma força de
choque. O grupo encarregado de conter a repressão na rua usava armamento de
impacto, como as metralhadoras cal. 45 e os rifles cal. 20 ou 12, bombas incendiárias –
tipo molotov – utilizados contra os carros da Polícia.....”, página 67.

“.....Os comandos guerrilheiros usavam um personagem conhecido como “o


crítico”, uma pessoa que não entrava na ação, mas a tudo assistia. Sua tarefa era
apontar os erros na elaboração e execução do plano.....”, página 67.

“.....Nas ações armadas, a esquerda sempre usava carros roubados horas


antes, para que as placas ainda não contassem nos registros da Polícia. Muitas vezes
não eram os automóveis mais potentes. Eram os mais discretos, como as Kombis.
Apesar de não serem os mais velozes, passavam desapercebidos. Os carros eram
sempre posicionados de modo que não houvesse testemunhas do grupo embarcando
neles. Pequenos acidentes também eram provocados intencionalmente para
congestionar o trânsito e retardar o deslocamento da Polícia. Além disso, quando
usavam carros velozes para saírem dos bancos, logo os abandonavam. A mobilização
da Polícia leva em torno de cinco a dez minutos, tempo mais que suficiente para a fuga
se consumar. O que os bandidos comuns fazem hoje é uma paródia de técnicas de
guerrilha urbana.....”, página 68.

AS 12 REGRAS DO BOM BANDIDO

Documento encontrado em poder do bandido foragido do Instituto Penal Milton


Dias Moreira, de nome EDMILSON CONCEIÇÃO;

01) Não delatar;


02) Não confiar em ninguém;
03) Trazer sempre consigo uma arma limpa, carregada, sem demonstrar volume, mas
com facilidade de saque, e munição sobressalente.
04) Lembrar sempre que a Polícia é uma organização e não subestimá-la;
05) Respeitar mulher, crianças e indefesos, mas abrir mão desse respeito, quando sua
vida ou liberdade estiverem em jogo;
06) Estar sempre que possível documentado (mesmo com documento falso) e com
dinheiro;
07) Não trazer consigo retratos ou endereços suspeitos, bem como não usar objetos
com seu nome gravado ou objetos de valor;
08) Andar bem apresentável, com barba feita, evitar falar gírias, evitar andar a pé, não
freqüentar lugares suspeitos, não andar em companhia de “chave de cadeia”;
09) Saber dirigir autos, motocicletas etc, conhecer alguma coisa de arrombamento,
falsificação e noção de enfermagem;
10) Lembrar-se sempre que roubar R$ 100,00 ou R$ 1.000.000,00 resulta na mesma
coisa.
11) Estar sempre em contato com o criminalista e;
12) Não usar em hipótese nenhuma tatuagem.
O PATRULHAMENTO TÁTICO DA ROTA

HISTÓRIA DA ROTA

Nos albores de 1970, os índices de assaltos a estabelecimentos bancários e


similares, bem como as ações terroristas por remanescentes e seguidores desde 1969
de “Lamarca e Mariguela”, continuam a implantar o pânico, a intranqüilidade e a
insegurança na Capital e Grande São Paulo. Ataques a quartéis e a sentinelas,
assassinatos de civis e militares. Estava implantado o terror através de uma Guerrilha
Urbana.
Mais uma vez dentro da história, o 1º Batalhão Policial Militar “TOBIAS DE
AGUIAR”, sob o comando do Ten. Cel. PM SALVADOR DAQUINO, é chamado a dar
seqüência a seu passado histórico, desta vez no combate à Guerrilha Urbana que ora
atormentava o povo paulista.
Havia a necessidade de criação de um policiamento enérgico, reforçado e com
mobilidade e eficácia de ação, diluídas por todo o Estado, principalmente na Capital.
Para fazer frente a esta situação foi criada em 15 de Outubro de 1970, as Rondas
Ostensivas “TOBIAS DE AGUIAR” – ROTA.
Mercê de uma doutrina de respeito à população, energia, firmeza e arrojo no
combate aos criminosos e aos terroristas o novo tipo de policiamento passa a operar
24 horas por dia e em todo o município da Capital e Grande São Paulo.
Assim surgiu a ROTA, um policiamento especializado para atender todo tipo de
ocorrência e em especial as que o policiamento comum não tinha condições de fazê-la.
Um policiamento com doutrina e características peculiares. Uma jornada até nossos
dias por entre esta guerra diária nas ruas de São Paulo, em qualquer circunstância, em
qualquer situação onde; matar ou morrer, se preciso for no cumprimento do dever, em
legítima defesa própria ou de outrem.
Se não possuíam os equipamentos condizentes e necessários (rádios, viaturas
etc), o lema dos policiais do Batalhão era o seguinte; “o bom desempenho profissional
de cada homem tornando-se um todo, suprime qualquer falta de equipamento”, lema
este ostentado até os dias de hoje. E foi assim que tudo começou, o investimento total
de cada um em si mesmo em prol de um ideal.
Eram inacreditáveis a credibilidade, a ética, a perseverança, e a energia positiva
que traziam e que até hoje perduram nesta nossa casa, que teve início em meados de
1888 e concluída em 1892. Foi o terceiro quartel construído no então Corpo Policial
Permanente que a partir desta data passou a denominar-se Força Pública. Projeto de
autoria do notável arquiteto RAMOS DE AZEVEDO e inspirado na arquitetura militar
francesa, teve como modelo um quartel das Forças Armadas Francesas no Marrocos.
Em seu subsolo há uma rede de túneis que faziam ligações com os quartéis vizinhos e
com estações ferroviárias.
O material para sua construção veio de diversas partes do mundo; telhas da
França, tijolos da Itália e pinhos de Riga. Atualmente, o prédio é patrimônio histórico e
está tombado pelo Condephaat. Além do túnel, há uma chaminé, situada do lado
externo próximo ao prédio, que serviu de referencial, guia para os tiros de canhão,
durante a Revolução de 1924.
Recebeu a denominação de “Quartel da Luz” devido ao fato de haver sido
construído no bairro a primeira usina elétrica de São Paulo, que fornecia energia para
toda a Capital.
O efetivo, apesar de insuficiente, demonstrava pela sua capacidade operacional
grande eficiência. Eram homens usando fardas da Corporação, usando capacetes com
coifas camufladas. Tinham como armamento as metralhadores Schemeisser e INA,
Mosquetão e Revólver. Devido aos capacetes, estes homens eram chamados pela
população de “os homens do capacete cor de tigre”. Eis a ROTA, um estado de
espírito. Odiada pelos marginais, admirada pelos cidadãos e bem querida por nossas
crianças.
No dia primeiro de Dezembro de 1970, data do aniversário de fundação do
BATALHÃO TOBIAS DE AGUIAR, foi apresentado ao público uma inovação que viria
caracterizar ainda mais os policiais da ROTA, “a boina negra”.

O PERFIL DO HOMEM

De modo geral, todo integrante do 1º Batalhão de Polícia de Choque “TOBIAS


DE AGUIAR” deve conhecer um pouco de sua história, pois, conhecendo o passado
saberá orientar-se quanto a conduta a seguir em nossa unidade, como preservá-la e
como transmiti-la aos que chegarem posteriormente.
Apresentação, disciplina e postura são qualidades básicas a todo aquele que
deseja servir no BTA.

DO COMANDANTE DO PELOTÃO

01) Manter-se eqüidistante, evitando formar “grupos” dentro do pelotão,


procurando fixar, sempre que possível os policiais mais experientes para
compor sua equipe, pois, a missão principal do Comandante de pelotão é
apoiar as equipes sob seu comando.
02) Proporcionar constante aprimoramento de seus comandos através de
exposições de ocorrências de serviços anteriores, analisando-as; exercícios
de tiro e manejo das armas disponíveis; educação física voltada para a ação
policial; bem como visitas periódicas a órgãos de utilidade pública ligados à
profissão, tais como Museu da Polícia Civil, IML etc.
03) Estimular o companheirismo, através de reuniões sociais extra-serviço;
04) Cuidar constantemente da aparência e postura de seus subordinados;
05) Delegar missões a seus graduados, comandante de equipe;
06) Evitar a todo custo os “estrelismos”, pois, este é um fator importante de
desagregação do pelotão;
07) Lembrar sempre a seus comandados que BOM SENSO é a palavra-chave
para o desempenho da missão policial;
08) Lembrar a todos que a conduta de cada um será sempre alvo de
observação, não só do superior para o subordinado mas também do
subordinado para o superior.

DO COMANDANTE DE EQUIPE

01) Constante aprimoramento individual, bem como o cuidado com a instrução


dos subordinados é primordial;
02) Lembrar sempre que o exemplo, ou seja, a sua própria conduta será o norte
de seus subordinados, portanto, suas atitudes devem ser baseadas no bom
senso, disciplina e justiça.
03) Auxiliar seu comandante, não só obedecendo e transmitindo suas ordens,
bem como emitindo sua opinião profissional, desde que tal ato não fomente
discórdia na tropa;
04) Máxima atenção na orientação dos estagiários;
05) Repetição diária da conduta e dos ideais que movem o patrulheiro da
ROTA, pois, a doutrina sé se consegue com dedicação de todos e a
lembrança constante de nossos ideais;
06) Procurar fortalecer o companheirismo e o sentimento de irmandade entre os
subordinados, tentando ajudá-los, não só profissionalmente mas também
em sua vida pessoal, pois, é evidente que nenhum ser humano consegue
separar sua vida pessoal da profissional;
07) Evitar, desde que possível, a repetição dos seguranças em sua equipe, o
que fatalmente formará “grupos” que tendem a criar a sua própria “doutrina”.

DO MOTORISTA

O motorista da Vtr é, desde que possível, escolhido pelo comandante da equipe,


pois, trabalharão fixos, portanto, devem se entender perfeitamente braço-direito deste
comandante, essencial, sobre ele recai grande parte do serviço, normalmente chega
antes dos demais a fim de verificar os cuidados de primeiro escalão com a Vtr e para
maior eficácia e agilidade deve ser auxiliado pelos estagiários.
Porém, não se deve descuidar de seu preparo técnico e físico, não só na parte
policial como também na parte técnica, com respeito a sua tarefa específica, ou seja,
proporcionando-lhe reciclagens sobre direção defensiva e ofensiva.

DOS SEGURANÇAS

Os Seguranças são os componentes do banco traseiro da Vtr e dividem-se em


três tipos, a saber; 3º, 4º e 5º Homens;
O desempenho e comportamento desse homens devem ser observados não só
pelo comandante de pelotão e comandante de equipe como também pelo seus próprios
companheiros, para que possamos ter uma uniformidade de ações e pensamentos,
fortalecendo assim a doutrina da ROTA.
O empenho no treinamento é fundamental. A disciplina tem de ser consciente e
ter em mente os nossos ideais para que possa professá-los e transmiti-los aos
estagiários.
Cabe a lembrança de que o desempenho dos seguranças depende do
desenrolar da ação, portanto, quanto melhor for o seu treinamento e condições físicas,
melhor será este desempenho.

O TREINAMENTO

É esta a base solidificada que deve nortear constantemente a conduta dos


comandantes e comandados, e será desenvolvida em qualquer hipótese.
Qualquer obstáculo, tais como; excesso de serviço ou falta de tampo hábil
devem ser superados, para que ele não sofra solução de continuidade.
Seu desenvolvimento dar-se-á antes, durante e após o término do serviço.
Compreende o treinamento aspectos técnicos, jurídicos administrativos, operacionais e
aqueles decorrentes da experiência profissional, todos planejados, com o fito de
permitir que o policial militar venha a exercitar sua atribuição com segurança e
propriedade.
FORMAÇÃO

O policiamento executado pelas Vtr’s das RONDAS OSTENSIVAS “TOBIAS DE


AGUIAR” (ROTA), está operacionalmente subordinado ao Comandante do
Policiamento de Choque, sendo executado por três companhias operacionais a saber;

01) A 1º Cia (ROTA NOTURNA), atua no policiamento ostensivo motorizado


das 16h00 às 04h00 da manhã.
02) A 2º Cia (ROTA MATUTINA), atua no patrulhamento de ROTA no horário
compreendido das 07h00 às 19h00; e
03) A 3º Cia (ROTA VESPERTINA), cumpre sua atuação no trabalho de
cobertura nos horários das 11h00 às 23h00.

Cada Cia da ROTA conta com quatro pelotões (exceto a 2º que contém 06 Pelotões)
sob o comando de 1º e 2º Ten PM. Cada pelotão é composto por 05 (cinco) Vtr’s, mais
a Vtr do Oficial (ROTA COMANDO), num total de 06 (seis) Vtr’s.
O dispositivo acima, composto por 06 (seis) Vtr’s, forma um pelotão de choque,
que é o comando mínimo de um Oficial-ROTA-Comando, também conhecido como
Choque Ligeiro.
A Vtr de ROTA (equipe) é composta por 04 (quatro) ou 05 (cinco) homens, a
saber;
A equipe de ROTA sempre será comandada por um St PM ou Sub Ten PM.

01) Um Sd PM ou Cb PM como Motorista;


02) Um Sd PM ou CB PM como Segurança – 3º homem da Equipe;
03) Um Sd PM ou Cb PM como Segurança – 4º homem da Equipe;
04) Um Sd PM ou Cb PM ou Sgt PM Estagiário;

Obs. : É norma da unidade, sempre que houver policias recém chegados à OPM,
comporem equipes de ROTA, como 5º homem, sendo sua função a de aprendizado ou
estagiário, porém, devido à frota atualmente ser tipo Blazer, torna-se inviável o
emprego do 5º homem.
Além dos deveres previstos nos regulamentos da corporação, atinentes aos Sgt e Sub
Ten PM, compete ao comandante de equipe de ROTA.

01) Velar pela postura e compostura de seus subordinados, dentro do quartel e


principalmente durante o patrulhamento, ocasião em que o policial militar
está diretamente em contato com o público, portanto, alvo de crítica que
poderá denegrir o bom nome da ROTA e da corporação;
02) Executar as missões emanadas do escalão superior, por ordem do
comandante do pelotão;
03) Fiscalizar as ações e atitudes dos componentes da equipe durante as
ocorrências, orientando e apoiando seus subordinados em todos os
aspectos;
04) Coordenar e orientar os seus comandados por ocasião de depoimento nos
distritos policiais, fórum, unidades e nos julgamentos no TJM ou na justiça
comum; e
05) Elaborar a documentação das ocorrências dentro do prazo regulamentar e
outros;

São deveres e atribuições do MOTORISTA de uma equipe ROTA;


01) Especialmente, compete ao motorista verificar, no início de cada turno de
serviço o 1º escalão da Vtr, isto é, nível de óleo, da água, calibragem dos
pneus dentre outros;
02) Durante o patrulhamento, procurar conciliar uma bilateralidade de função, ou
seja, dirigir a Vtr e patrulhar com vistas principalmente a veículos em estado
de suspeição;
03) Dirigir defensivamente com cortesia e respeito aos demais profissionais do
volante, aos transeuntes de modo geral, procurando com isto não transgredir
as normas previstas no Código de Trânsito Brasileiro;
04) Dirigir com segurança, mesmo quando a situação operacional ditar
manobras mais bruscas, como em casos de acompanhamento a veículos
roubados e socorro de vítimas acidentadas ou feridas a tiros, facadas ou por
outros meios, e;
05) O motorista de uma equipe ROTA deve ser um homem super equilibrado
emocionalmente, pois, durante uma perseguição a autos roubados ou
socorro de uma pessoa ferida, principalmente se esta pessoa for “policial
militar”, os ânimos da equipe ficam exaltados e o condutor da Vtr passará,
até de uma forma inconsciente, a receber pressões por parte dos integrantes
da equipe, neste caso a solução é a de continuar com calma, sem deixar
que a emoção sobreponha à razão. Somente obedecendo aos princípios
legais e morais, é que então desempenhará suas funções com eficiência e
eficácia;

Compete aos Seguranças de uma Equipe de ROTA;

01) Em geral os seguranças de uma equipe são dois ou três homens com
funções harmônicas, e sempre trabalham em sintonia com os demais
componentes;
02) Terceiro homem da equipe é o segurança com maior experiência profissional
e em regra com mais tempo de serviço na unidade. É aquele que em geral
fica no banco traseiro da Vtr, sentado atrás do motorista e tem como função
específica observar , a certa distância, os veículos que cruzam no sentido
contrário com a Vtr policial, procurando detectar quaisquer tipo de
anormalidades inerentes ao cotidiano do serviço de policiamento de ROTA.
Considerando ser o PM mais experiente, tem a obrigação de passar para o
outro segurança toda sua capacidade profissional e as experiências que o
dia a dia lhe ensinou, e assim teremos uma passagem da cultura profissional
de geração a geração;
03) Quarto homem da equipe é o segurança com menos experiência
profissional, em relação aos demais, e a ele compete;
Elaborar toda documentação referente a ocorrência, ou seja, preenchimento
do BO PM, relação de detidos, anotar e relacionar os materiais a serem
apreendidos, velar pela guarda dos produtos que serão relacionados no Auto
de Exibição e Apreensão e sempre que possível conduzir as pequenas
ocorrências com objetivo de ir tomando contato com delegados da polícia,
promotores, juízes e outros órgãos ligados a nossa profissão.
Deve também aperfeiçoar seus conhecimentos no manuseio do Guia da
Cidade, para auxiliar o comandante da equipe e o motorista por ocasião de
deslocamento em caso de ocorrência de gravidade, tal adestramento o
levará à condição de assumir as funções do terceiro homem da equipe,
dependendo do seu grau de desenvolvimento no campo do tirocínio policial;
e
Todos os componentes da equipe são responsáveis pelos armamentos e
equipamentos da Vtr, e os seguranças ao retirar o armamento na reserva de
armas, devem observar se as armas e munições estão em condições de
uso, e ao término do serviço, descarregar as armas com segurança, dando
ciência, caso venha constatar qualquer tipo de irregularidade com o material;

MANUTENÇÃO

Cabe ao motorista a manutenção de 1º escalão, bem como a limpeza da Vtr.


Seguir as orientações do fabricante quanto aos níveis de água, óleo, fluído de
freios, tensão das correias etc, aumentam a vida útil do veículo e menos
aborrecimentos durante o serviço.
Um veículo limpo causa boa impressão para quem olha e dá maior prazer em
dirigir. Evite usar produtos muito abrasivos ou derivados de petróleo, pois, causam
desgaste na pintura e danificam borrachas.
Não fazer reparos elétricos ou mecânicos dos quais não tenha conhecimento
técnico., você pode causar uma avaria maior ou colocar em risco sua vida e a dos
ocupantes do veículo.

A viatura é tão importante que sem ela não existiria a ROTA

É nela que transportamos criminosos, socorremos enfermos, salvamos vidas,


fazemos partos, passamos momentos alegres e angustiosos.
Todos os policiais que exercem a atividade de patrulheiro devem conhecer um
pouco de seu funcionamento, capacidade de atuação e limitações, mas cabe
principalmente ao motorista desenvolver seu conhecimento técnico, prático e funcional,
tais como;
Painel de controle – relógios e lâmpadas piloto que indicam o funcionamento do
veículo; ex.: nível de óleo, água, carga de bateria, temperatura etc.
Instrumentos de controle; Folga de embreagem, volante com trepidação ou
folga, freios etc.
Verificação periódica do sistema de iluminação e luzes de emergência; ex.: luz
de freio, seta, faróis, ray ligth etc.
Verificação dos vidros e portas; uma porta que não se fecha adequadamente
pode custar a vida de um policial, um vidro que não se fecha pode durante uma chuva
intensa molhar e danificar materiais e equipamentos.
Calibragem de pneus; é aconselhável seguir as recomendações do fabricante
(manual do proprietário), pneus descalibrados reduzem a vida útil do pneu e aumentam
o risco de derrapagem em curvas e freadas.
Não submeter a Vtr a trabalhos “forçados” sem que isso seja extremamente
necessário.

ESTÄGIO

O quinto homem da equipe em regra é um PM estagiário, podendo ser Sd PM,


Cb PM ou Sgt PM, esse PM é recém chegado a unidade, e irá receber toda uma carga
de informações relativas ao serviço de policiamento executado pela ROTA, pois, é
direito do estagiário ser orientado e assistido e dever dos PM’s veteranos adestra-los
profissionalmente. O Estagiário visa preparar o policial militar tática e tecnicamente
para exercer as atividades de patrulhamento ostensivo motorizado nas “RONDAS
OSTENSIVAS TOBIAS DE AGUIAR” (ROTA), tendo em vista as peculiaridades
inerentes ao policiamento executado pela ROTA, o estágio é ministrado na forma que
segue;
Considerando que o estágio visa o preparo psicológico e o adestramento do PM
recém-chegado na unidade, o mesmo foi dividido em estágios de observação e estágio
de participação, sendo que todos os estagiários serão acompanhados por um
preceptor, em regra um PM veterano, podendo ser um Sd PM ou Cb PM e Sgt PM se o
estagiário for também um Sgt PM.

ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO

Tem duração em média de 45 dias aproximadamente e tem como objetivo dar


ao PM as linhas mestras do policiamento executado pela ROTA. Neste período, o PM
estagiário não participa diretamente das ocorrências e apenas observa atentamente
como os PM’s veteranos executam suas atividades relativas ao policiamento. Nesta
fase, o estagiário participa de visitas, tais como; PMRG, Casa de Detenção,
Penitenciária do Estado, Instituto de Criminalística, Delegacias Especializadas (Roubo
a Banco, Denarc e outros). Museu do Crime da Polícia Civil, IML e dentro das
possibilidades, estagiar pelo menos dois dias no GRPA (Grupamento de policiamento
aéreo da PM), sendo ainda incluso em ambos os períodos do estágio, instrução e
adestramento relativos ao controle de distúrbios civis e matérias correlatas.
É nesta fase que o estagiário é muito exigido no aspecto administrativo;
manuseio do Guia da Cidade, preenchimento de Talões de ocorrências e demais
documentações referentes ao policiamento de ROTA.

ESTÁGIO DE PARTICIPAÇÃO

Após a primeira fase do estágio (estágio de observação), inicia-se o estágio de


participação, que tem seu início após 45 dias e se estende por aproximadamente 90
dias, incluindo o estágio de observação.

Obedece os seguintes critérios;

01) Neste período o PM estagiário começa a ter participação nas atividades


diárias do policiamento e executar as funções inerentes aos seguranças da
equipe de ROTA, isto é, fazer buscas ligeiras e minuciosas, vistorias em
autos suspeitos, verificação e localização dos chassis de todos os tipos de
autos como se portar como condutor de ocorrências nos distritos policiais, e
postura e compostura diante de uma autoridade durante depoimento,
julgamento e outras condutas que se fazem necessárias durante o
desenrolar das ocorrências em que se envolve.
02) No final do estágio, dependendo da evolução profissional do PM estagiário,
a critério dos comandantes de pelotão, o mesmo poderá assumir o lugar do
4º homem da equipe (item 9) a fim de ser testada a sua capacidade
profissional, tirocínio, perspicácia e outras qualidades, físicas, morais,
psicológicas e emocionais.
03) Durante o estágio, o recém-chegado trabalha dois dias de serviço com cada
equipe, começando com o Sgt mais antigo até o mais moderno, passando
pela equipe do comando, repetindo este rodízio até o final do estágio.
04) Após concluída a fase do estágio, será marcada uma reunião pelo
comandante do pelotão, e os comandantes de equipe e demais
componentes do pelotão. É nesta feita, uma avaliação final da adaptação do
estagiário para receber o Braçal de ROTA.
05) O estagiário deverá trazer consigo, do início até o final do estágio a ficha de
avaliação profissional e da conduta do estagiário.
06) Uma vez o PM estando apto a receber o Braçal, o comandante da
companhia deverá ser cientificado a respeito e então será marcada uma
data para tal;
07) A entrega do Braçal será feita ao agraciado por outro PM, cuja a escolha
será feita pelo PM que vai recebê-lo, em regra o preceptor;

A partir deste momento o PM passará a integrar o efetivo do pel como 4º


homem, continuando ainda a ser observado, até se definir como bom patrulheiro de
ROTA.

POLICIAMENTO TÁTICO

A maioria das ocorrências atendidas pela ROTA são as deparadas durante o


patrulhamento. As ocorrências passadas via COPOM são as de maior gravidade, onde
há a necessidade do emprego imediato do maior efetivo, armamento e treinamento da
ROTA.
Em ocorrências simples deparadas no patrulhamento (como desinteligência ou
acidente de trânsito sem vítimas), as partes são orientadas a dirigirem-se a repartição
competente (DP ou Cia CPTran). A equipe de ROTA nunca se desfaz, age sempre
como unidade, mesmo em ocorrências com outras Vtr’s e desembarcados, cautelando-
se primeiramente com a segurança da equipe.
Em perseguição a pé, o PM nunca fica em inferioridade numérica, se os
indivíduos fugitivos se dividirem, imediatamente escolhe-se um deles. Este sendo
detido pode levar os PM’s aos demais.
Quando o COPOM passa uma ocorrência ao comando, este, analisando as
variáveis, determina ou não que a Vtr mais próxima atenda. Assim que a ocorrência é
passada as equipes, usando o guia da cidade, conferem suas posições; se alguma
estiver próximo informa o comando e aguarda autorização para o deslocamento.
Mesmo outra equipe que esteja também próxima deve solicitar autorização do
comando para apoiar a primeira Vtr.
Tudo que não puder ser legalmente resolvido no local dever ser conduzido ao
DP da área para confecção do BO ou auto de prisão em flagrante delito, caso o
comandante da equipe vislumbre essa situação, quando então dará a voz de prisão
aos envolvidos. A equipe nunca se envolve na ocorrência.
Se alguma das partes causar problemas, simplesmente é detida e conduzida
presa, ou por desacato, ou desobediência ou resistência.
Em ocorrências violentas, o primeiro dever da equipe é a defesa própria e de
terceiros, posteriormente o socorro às vítimas e detenção dos delinqüentes.
O PM ao atirar, atitude esta a ser utilizada como último recurso, e mesmo em
momento de extrema tensão, deve revestir-se de cuidados especiais para não atingir
um inocente que possa estar próximo. Nessa situação é preferível procurar abrigo e
melhor posicionar-se, mesmo que implique em fuga momentânea do agressor.
Havendo ferimento em PM da equipe, este será socorrido ao PS mais próximo.
Caso haja necessidade de internação, jamais ficará sozinho até sua remoção ao HPM
ou Cruz Azul. Em necessitando preservação do local para perícia, o comandante do
pelotão é acionado e determina outra equipe para este encargo, enquanto que a
primeira apresenta os dados e partes no DP.
Ocorrências que necessitem de diligências serão coordenadas pelo comandante
do pelotão. É sempre importante a coleta de provas, testemunhas e preservação do
local do crime.
Em toda ocorrência que houver condução ao DP é confeccionado o BO PM. Nas
demais, consta-se os dados detalhadamente em relatório de serviço.
Toda pessoa necessitando de cuidados médicos urgentes é imediatamente
socorrida ao PS mais próximo.
Até em ocorrência, toda pessoa que entrar na Vtr será revistada por PM da
própria equipe, mesmo que ele já tenha sido feito por outro PM, participante.
Sempre que uma equipe deixa o patrulhamento para o atendimento de
ocorrência o comando é imediatamente cientificado pelo comandante da equipe, que
informa, cia rádio, a natureza, local e destino.
Sempre, ao se aproximar de local de ocorrência deve-se atentar para suas
proximidades, e não apenas seguir cegamente para o local, pois, os meliantes podem
já estar evadindo-se, e atitudes suspeitas revelarão o ato. Neste caso, dois seguranças
podem deter os suspeitos enquanto o restante da equipe averigua o local. Por isso, é
importante a cobrança junto ao COPOM das características, roupas e veículos dos
indivíduos. No local da ocorrência cuidado com as imediações, pois, podem haver
delinqüentes na escolta e proteção dos demais que estão praticando o crime. quando
se entra em residência, firma ou qualquer estabelecimento onde suspeita-se homiziar-
se criminosos, sempre se usa o colete a prova de balas.
Toda ocorrência conduzida ao DP e acompanhada pelo comandante de pelotão.
Por diferenças operacionais e para evitar problemas de comandante, se Vtr’s da área já
estiverem no local de ocorrência, equipes de ROTA não se intrometem, a não ser se
solicitado seu apoio. Neste caso, mediante ordem do comandante do pelotão, as
equipes de ROTA assumem e a tropa da área se afasta.
Mesmo no calor das partes, em uma ocorrência a postura da equipe é sempre
correta, isenta e tranqüila. Após a chegada da ROTA cessam-se discussões, brigas e
palavreado de baixo calão. É a importância da equipe que impede tais situações. O
comandante da equipe é quem conversa com as partes e decide o procedimento a
tomar. O motorista permanece próximo a Vtr e atento ao rádio, o 3º homem assume a
segurança geral, o 4º homem acompanha o comandante de equipe e faz as anotações
necessárias.
Inclusive o comandante de equipe e o 4º homem estão sempre atentos a todas
as pessoas e detalhes, e não apenas aos elementos da ocorrência. No DP é o
comandante da equipe é quem apresenta a ocorrência ao delegado plantonista. A
postura da equipe é a mesma que em qualquer outra situação. Se o tempo de
permanência no DP for longo a equipe pode revezar-se para descansar na Vtr, pois, o
PM de ROTA não se senta nem descansa em local público. Havendo indivíduo detido,
mesmo já apresentado ao delegado de polícia, continuará sob guarda da equipe até o
término do procedimento ou seu recolhimento a carceragem.
Na apresentação de qualquer ocorrência ao DP é importante a discriminação
correta dos elementos. Ex. : Qual indivíduo portava qual arma; qual dos detidos que
agrediu a vítima; qual dos detidos que carregava o produto do roubo etc.
Mesmo no DP não há relaxamento da segurança, pois, havendo tentativa de
fuga de presos, ou de resgate (invasão do DP), a equipe estará pronta para ação.
Dependendo do horário de término da ocorrência e condições das testemunhas
e vítimas, a equipe de ROTA pode conduzi-las para suas residências, mediante
autorização do comando. Assim que encerrada a ocorrência, o comandante da equipe
informa o comandante de pelotão de retorno ao patrulhamento. Quando a ocorrência
ultrapassa o tempo de serviço, o comandante da equipe pode liberar para retorno ao
BTA as equipes desempenhadas, e continua acompanhando a que permanece. O
comandante de pelotão sempre recolhe à Base Aguiar com a última equipe.

ABORDAGEM

Pelo preparo e doutrina transmitidas as milicianos da ROTA, é certo e sabido


que quaisquer pessoas que se enquadrem nos motivos abaixo serão abordadas e
submetidas a busca pessoal, a saber;

Pessoas que ao avistarem a Vtr se evadem;


Pessoas que ao avistarem a Vtr procuram se desfazer de algum objeto.
Pessoas que, estando agrupadas, permanecem em logradouros, escadarias que
ligam uma rua a outra, becos sem saída, passagens sobre córregos, comum nas
periferias da Capital e Grande São Paulo.
Pessoas que permanecem juntas a pontos comerciais em horários de
fechamento.
Pessoas que estando caminhando, ao perceberam a presença da Vtr, adentram em
qualquer portão de quintal que estejam abertos;
Pessoas que, pela temperatura local, não estejam adequadas para o uso de
blusas.

ABORDAGEM E BUSCA PESSOAL NO INDIVÍDUO EM ESTADO DE SUSPEIÇÃO

A Vtr para sempre que possível, a uma distância de três metros da pessoa ou
grupo de pessoas a serem abordadas, quando então o comandante da equipe avaliará
a situação, antecedentes, local e quadro probatório, e após acurada avaliação de risco
extremado, poderá determinar as pessoas para que permaneçam com as mãos de
modo visível podendo, até permitir apoio destas em obstáculos verticais; tais como
muros, paredes de comércios ou até mesmo na lateral da própria Vtr. A posição do
corpo será levemente inclinada para a frente com as pernas afastadas lateralmente.
A ordem de permanecer com as mãos ou coloca-las apoiadas em quaisquer
obstáculos, deverá vir acompanhada de recomendações no sentido de que pessoas
que porventura estiverem empunhando qualquer objeto ou volume deverão colocá-lo
no chão.
Após todas as pessoas estarem na posição de segurança para a busca pessoal,
o comandante da equipe fiscaliza a busca, o motorista permanece junto à Vtr, na
escuta do rádio, pesquisas, se for o caso, os nomes dos abordados junto ao COPOM
ou Base Aguiar e faz as anotações, um dos policiais do banco traseiro se posiciona em
ponto estratégico para fazer a segurança dos demais, enquanto o outro PM inicia a
busca pessoal.

Os tipos de busca dependendo da situação podem ser;

Preliminar, é aquela busca que geralmente o patrulhamento de ROTA aplica em


pessoas freqüentadoras de locais onde índice de criminalidade é elevado (rotina).
Minuciosa, é aquela busca que geralmente o patrulheiro de ROTA tam fundadas
suspeitas sobre a pessoa. Nesse tipo de busca os policiais, em princípio, procuram
armas e posteriormente outros tipos de coisas ligadas a qualquer tipo de crime, tais
como; entorpecentes, objetos de procedência duvidosa, chave micha (usada para abrir
veículos) e até mesmo documentos não pertencentes à pessoa submetida a busca.

Em seguida, a busca pessoal será feita nas vestes da pessoa suspeita, onde os
patrulheiros vasculham todo tipo de costuras, remendos, bolsos, meias, sapatos e até
mesmo curativos e ataduras existentes no corpo do suspeito.
Também deve-se fazer uma varredura próximo ao local da abordagem, pois, é comum
o delinqüente “dispensar coisas ou objetos que possam incriminá-los.”.

Obs. : O patrulheiro de ROTA deve atentar para que em casos de encontrar uma arma
na cintura da pessoa suspeita, (local mais apropriado), atentar para a possibilidade de
uma segunda arma que poderá estar na perna junto à barra da calça e acondicionada
em coldre apropriado, ou então uma segunda arma no coldre de axila, e se tal falha
ocorrer, a equipe está expondo ao risco de morte, pois, a pessoa foi encontrada
portanto uma arma, logo será colocado no compartimento de presos da Vtr.

USO CRESCENTE DE FORÇA

A atividade de policiamento de ROTA é orientada no sentido de prevenir e reprimir as


infrações penais nos exatos ditames da lei. A força será utilizada em ordem crescente,
iniciando-se pela persuasão através de ordens verbais e claras no sentido de
conscientizar aquele surpreendido em estado de suspeição de que qualquer conduta
reativa está anulada pela presença da equipe.
A moderação deve ser o valor indispensável para que a equipe possa controlar a crise
e evitar qualquer ato de precipitação, intolerância e justificar a prática do delito (legítima
defesa, estrito cumprimento do dever legal, estado de necessidade), e ainda, outras,
que excluem a culpabilidade (menoridade do agente, doença mental ou
desenvolvimento incompleto ou retardado, embriagues fortuita ou completa, erro e
inexigibilidade de conduta diversa); porém o policial militar de ROTA, por sua técnica e
preparo só deverá invocar as autorizantes acima descritas em defesa judicial, jamais
como uma causa pré-existente à solução de uma ocorrência.
Nesse contexto, a força maior a ser empregada, o uso de arma com moderação,
somente será cabível quando se constituir em um último instrumento de defesa de
direito próprio ou de terceiros. Devido a sua natureza de policiamento “pesado”, isto é,
agindo principalmente em ocorrências graves, e por poder realizar um patrulhamento
mais eficiente por não ter o encargo de atendimento de ocorrências rotineiras passadas
pelo COPOM, tem uma incidência maior que as demais unidades em deparar-se com
resistência de meliantes perigosos.
No cumprimento do dever legal de agir em caso de flagrância de crime ou
contravenção, em ocorrendo a resistência à voz de prisão, a agressão por parte do
criminoso, o PM tem o dever de ofício de proteger o cidadão, seus companheiros e, por
instinto primário, sua própria vida.
Ocorrendo, ou na iminência de ocorrer resistência ativa e violenta, a reação da equipe
de ROTA é a necessária para conter o agressor e impossibilitar nova tentativa. A
primeira providência é o socorro as vítimas, PM e o próprio agressor.
Também, em todos os feridos civis a serem socorridos, é feita rápida revista pessoal,
principalmente nos agressores, pois, podem ocultar outras armas. Os feridos são
socorridos o mais rápido possível ao PS do hospital mais próximo do local dos fatos,
pelo motorista e comandante da equipe. Os seguranças da equipe ficam no local com a
missão de preservarem todos os detalhes do sítio da ocorrência para perícia, e impedir
a dispersão de testemunhas e vítimas do crime que estava sendo praticado quando da
tentativa de prisão.
A caminho do hospital, o comandante da equipe informa sucintamente o
comandante do pelotão, via rádio, sobre a ocorrência, local dos fatos e PS para onde
está indo. Neste momento todas as demais Vtr’s do pelotão, exceto uma designada
pelo comando, desloca-se para o local da ocorrência. A Vtr é determinada pelo
comandante, e este próprio, dirigem-se para o PS. No PS, o comandante de pelotão
recebe do comandante da equipe envolvida, faz um relato detalhado da ocorrência e
partem para o local dos fatos. A equipe em apoio permanece no hospital para receber
as papeletas de possíveis mortos ou internados, providenciam a silhueta com os
pontos de entrada, e saída dos projéteis que atingiram os feridos, informa o
comandante sobre o estado dos feridos e conduz os liberados ao DP.
No local dos fatos, o comandante da equipe verifica ou sinais do confronto em
conformidade com o relato das testemunhas, juntamente com a equipe envolvida.
Todos os dados da ocorrência (dados das armas usadas, qualificação de testemunhas,
vítimas e detidos, horários, logradouros etc), já devem ter sido anotados pelo 4º
homem da equipe envolvida, e que permanecei no local apoiado por uma outra equipe
do pelotão.
A equipe do comando e toda a equipe envolvida conduze, as partes e dados da
ocorrência ao DP da área . Uma equipe é destacada pelo comando para permanecer
no local, preservando-o e aguardando a presença dos peritos do IC, ou a liberação do
local pela autoridade competente. As demais equipes apoiam na condução de partes,
ou outra tarefa determinada pelo comando. A Base Aguiar, logo após a liberação da
rede de comunicações (se foi pedido prioridade pela equipe envolvida), aciona os
Supervisores do CPChq e BTA.
O comandante da equipe via COPOM, solicita ciência dos fatos ao comandantes
de cia da área (ou Supervisor Regional), Cmt F Ptr, Correg. PM, e a presença do
plantão PPJM no local de apresentação da ocorrência.
O comandante da equipe juntamente com o comandante de equipe envolvida
apresentam a ocorrência ao oficial PPJM e delegado de plantão de área. O BO PM é
confeccionado pela própria equipe envolvida, cujo comandante ainda consta tudo em
relatório e, posteriormente encaminha uma parte circunstanciada a respeito. A
ocorrência somente se encerra após o término dos procedimentos de polícia judiciária
e liberação do local da ocorrência.

ABORDAGENS

ABORDAGENS DE CAMINHÕES

Pelas dimensões desse tipo de veículo e também pela diversidade de


compartimentos, onde é possível dissimular irregularidades, faz-se necessário sugerir
aspectos gerais de segurança, uma vez que, pormenorizar possibilidades, implicaria
em um novo tratado.

CAMINHÕES PRODUTOS DE ILÍCITO

Neste caso, devemos sempre nos lembrar que invariavelmente existe escolta
realizada por marginais “protegendo” o caminhão. Caso o motorista do caminhão
obedeça a ordem de parada da Vtr, a equipe deverá inicialmente redobrar a atenção
sobre uma possível escolta de marginais.
O comandante de equipe posiciona-se um pouco mais afastado da carroceria do
caminhão, pois, isso possibilitará ao mesmo que visualize melhor o interior da boleia.
Os seguranças “abrem” seu campo de visão no lado oposto ao do comandante
da equipe de tal forma que também possam visualizar o interior da cabina. O motorista
da Vtr para a Vtr totalmente ao lado esquerdo do caminhão, de forma que se este soltar
o freio do mesmo em uma ladeira, não venha a chocar-se contra a Vtr. O comandante
da equipe ordena que todos os ocupantes desçam da boléia pelo lado mais próximo da
calçada, onde estarão realizando a segurança o 3º e 4º homens. O motorista de Vtr é
o responsável pela segurança à retaguarda dos policiais, o que impedirá ações de
quem transita pela via e/ou calçada. Caso o caminhão possua compartimento para que
o motorista durma, este deverá acompanhar o comandante da equipe até a boléia e
com cautela abrir as cortinas para visualização e vistoria desse local. Tal local é
freqüentemente utilizado para esconder pessoas ou produtos de ilícito.
Após as buscas pessoais, deve-se realizar buscas no interior da boléia e na
carroceria ou baú do caminhão, pedindo nesse momento para que um dos ocupantes
do caminhão abra as portas do baú (houve caso em que durante este procedimento,
marginais que se encontravam no interior do baú, ao se abrir as portas, atiraram contra
a Vtr da PM), portanto, durante esse procedimento, deve-se dobrar a cautela. No caso
de tratar-se de produto de roubo ou furto, tanto da carga como do caminhão, o
procedimento é o mesmo que ocorre na detenção de indivíduos que praticarem roubo
ou furto de um veículo pequeno

Obs.: Lembrar-se sempre que a cautela, a utilização de energia necessária e o


trabalho em conjunto da equipe, cada um realizando seriamente sua função, evitam
reações e ou possíveis entreveros desnecessários e perigosos.

ABORDAGEM DE ROTINA

São inicialmente os mesmos procedimentos anteriores, sendo que, ao final,


deve-se conferir documentos normais do condutor, pessoas envolvidas, caminhão e a
carga (nota fiscal com descriminação dos objetos transportados).
Obs.: Caso o veículo de carga não obedeça a ordem policial de parada,
empreendendo fuga, deve-se iniciar o cerco e a parada forçada do caminhão mediante
a criação de congestionamentos em faróis e ruas. Com a parada do caminhão deve-se
proceder como já foi descrito anteriormente, lembrando-se sempre que existe a
freqüente possibilidade de haver escolta, logo, toda a equipe deve atuar com cautela e
atenção para esse fato.

ABORDAGEM DE CAMINHÃO

LEGENDA

S S
S Suspeito


1 Cmt Equipe 1º

2 Motorista 3º

3 Segurança

4 Segurança

2º 1º
rota
3º 4º

ABORDAGEM DE VEÍCULOS

A análise operacional dos fatores de criminalidade apontam o automóvel como


meio de transporte mais utilizado para prática de crime ou garantia de impunidade.
Decorre, então, a necessidade premente das abordagens realizadas terem como objeto
tal meio de locomoção e, por tal, constituem a grande parte da atividade operacional.
AUTOMÓVEIS

Ao avistar o veículo suspeito em sentido contrário, tentar manobrar a Vtr fora


das vistas dos suspeitos para não alertá-los, sendo que os seguranças devem
acompanhar visualmente o auto, orientando o 2º homem da equipe sobre o trajeto que
aquele seguiu. Acompanhar o veículo até um local apropriado para abordagem,
(evitando parar próximo a pedestres, bares, favelas, escolas, pontos de ônibus, trânsito
intenso, sobre viadutos etc.).
Durante este acompanhamento atentar para a reação dos suspeitos, objetos
jogados para fora do auto, atenção a possíveis veículos de escolta, conferir relação de
alerta geral e se houver tempo, pesquisar a placa com o COPOM. O momento da
abordagem de um veículo é um momento crítico, pois, o suspeito geralmente (se for
infrator) tentará fuga ou reação.
O motorista da Vtr deve analisar acionando “high ligth”, piscando faróis altos e
acionando a seta indicando qual lado da via o auto deverá parar, sempre que possível
o lado direito, evitando-se prejuízo ao trânsito.
Os 3º e 4º homens deverão atentar para a retaguarda e laterais, sinalizando por
gestos para evitar que, neste momento, outros condutores acidentalmente se
interponham entre a viatura e o veículo suspeito, ou atrapalhem o estacionamento.
Com o veículo suspeito estacionado, o motorista da Vtr deve pará-la poucos metros
atrás, ligeiramente à esquerda proporcionando melhor visão ao comandante da equipe
e protegendo o auto com sua porta aberta para evitar que outros condutores incautos,
que venham por trás, colidam contra o auto alvo, ou atropelem o PM que fará a vistoria.
Se a abordagem, por motivos excepcionais, se der do lado esquerdo da via, a posição
é inversa.
Os PM’s devem estar prontos para enfrentarem uma reação dos ocupantes, evitar de
se apontar a arma diretamente aos ocupantes (mantê-las para baixo a não ser que haja
certeza ou indícios muito fortes de prática de crime e possível reação).
O comandante da equipe deverá estar com a atenção voltada ao veículo, e
suspeitos, motorista no trânsito e à frente. Os seguranças observam a retaguarda e
laterais, pois, suspeitos podem ter “escolhido” o local para pararem. Com calma e
educadamente, mas com energia, num tom de voz suficiente para ser ouvido, o
comandante da equipe determina que o condutor desligue o motor do veículo, para
evitar tentativa de fuga. Solicita também que todos desembarquem e coloquem-se na
parte traseira do veículo (entre o auto e a Vtr), com as mãos sobre ele, costas voltadas
para a Vtr, sem que nada peguem do interior do auto.
Enquanto, os suspeitos não se posicionarem e se ter completo controle sobre
suas mãos a equipe permanece semi desembarcada, abrigada pelas portas e lataria da
Vtr. Pode haver reação neste momento’o veículo pode arrancar, deixando os PM’s
desembarcados para trás, ou podem atingir algum PM para cessar a perseguição, pois,
então a prioridade será socorrer o ferido.
Se houver, comprovadamente, crime envolvendo os suspeitos, estes, ao
desembarcarem, imediatamente devem deitar-se de frente, para o solo, braços e
pernas estendidos. quando todos estiverem em posição, a equipe aproxima-se, algema
todos, e estando os indivíduos sob o controle da equipe, realiza-se a revista pessoal e
no veículo, se houver refém, somente após a revista pessoal, e completa certeza de
sua condição, é que será desalgemado e tratado como vítima (um delinqüente pode
tentar passar-se por vítima, iludindo os PM’s e tentar reagir libertando a si e os
demais).
Quando os suspeitos estiverem posicionados, a equipe deixa a proteção da Vtr.
Os seguranças rapidamente iniciam as revistas pessoais, após o comandante da
equipe ter rapidamente verificado o interior do veículo (pois pode haver alguém
escondido), e ter-se posicionado na segurança. No primeiro momento, a revista
pessoal deve ser rápida e visar a localização de armamento em todas as partes do
corpo. Nunca empurrar ou chutar os suspeitos, sempre pedir com educação e firmeza.
Em seguida, solicitar aos suspeitos que se coloquem sobre a calçada, voltados para a
rua, mãos para trás, alinhados ao lado do comandante da equipe, o 3º homem assume
a segurança geral, e o 4º homem, de frente para os suspeitos, inicia uma revista mais
minuciosa, procurando objetos ilegais ou entorpecentes em bolsos ou escondidos nas
roupas. O 2º homem sempre permanece próximo a Vtr atento ao rádio e pronto para
pedir apoio se for o caso.
O comandante da equipe com o motorista do auto ao seu lado, solicita
documentação pessoal e as do veículo, também pergunta se está tudo em ordem ou há
irregularidade no veículo ou em seu interior, ou , ainda objetos de valor.
Neste momento o comandante de equipe e o 4º homem devem conversar com
os suspeitos, fazendo perguntas (nome, endereço, local de trabalho, problemas com a
justiça etc), para detectar algum detalhe e distrair os suspeitos, não permitindo a
possibilidade de pensarem e planejarem individualmente uma reação.
Não deve haver conversa entre os suspeitos. Havendo dúvidas, separar os
suspeitos para conversarem separadamente e posterior confrontação das alegações.
Atenção às cicatrizes e tatuagens existentes, pois, podem indicar algum ex detento ou
foragido da justiça. Verificar também a boca do suspeito, que pode ocultar pequenas
porções de entorpecentes. depois da revista pessoal o comandante da equipe autoriza
o 4º homem a iniciar a revista no auto, que se inicia pelo lado em que estão os
suspeitos. O condutor ou proprietário do auto deve ter plena visão da revista, e alertado
a acompanhar visualmente todos os procedimentos. O rádio do veículo deve ser
sempre desligado, para que os PM’s possam ficar atentos ao que ocorre no exterior e
não serem pegos de surpresa numa reação.
O 4º homem verifica a porta (espaço entre a lateral e a lata), e todo um lado
interno do auto (porta-luvas, palade sol, sob tapetes, carpetes descolados, bancos,
laterais soltas, painel, console e teto), ao passar para o outro lado, dá a volta
externamente, deixando a porta aberta para que a visão do proprietário continue plena.
Terminando o interior, verificar motor e porta-malas com os mesmos cuidados e
detalhes. É o proprietário quem deve abrir o porta-malas, pois, pode haver um indivíduo
lá escondido, armado e aguardando a oportunidade para agir e atirar no PM quando ele
abrir a porta.
O 2º homem na Vtr, de posse dos documentos dos abordados e do auto, que o
4º homem lhe entregou antes do início da revista no veículo, anota tudo o necessário
para o relatório de serviço e, junto ao COPOM, faz as devidas pesquisas se for o caso
(falta de documentos do auto, ou em nome de 3ª pessoa, suspeita de indivíduos
procurados pela justiça etc).
Qualquer objeto ilegal, ou entorpecentes encontrado no auto, deve permanecer
onde está, e dado ciência ao comandante da equipe. Objetos de valor e dinheiro são
imediatamente entregues ao comandante da equipe que os repassa ao proprietário,
que deve conferi-los. Em toda situação, a iniciativa e comunicação com os suspeitos
sempre parte do comandante da equipe. Se localizada uma arma, deve esta ser
deixada onde está, e prossegue-se na revista com a mesma cautela, e, assim que
encerrada, esta arma, com toda a descrição possível, imperceptivelmente a todos,
deve ser levada para a viatura, onde será fiscalizada com sua documentação. Tal
discrição com armamento é essencial por:

Se a arma for ilegal, os suspeitos, que podem ainda ter esperança de “enganar”
os PM’s, podem tentar alguma reação, ao verem esse esperançar ruir;
A arma tem que ser retirada do lugar, pois, os suspeitos, em rápida reação,
podem tentar alcança-la ao se verem acuados por qualquer motivo;
Uma abordagem atrai a atenção de pessoas ao redor, e um delinqüente nas
proximidades, ao ver esta arma (se tiver regularizada será devolvida ao término a seu
proprietário) poderá tentar acompanhar os indivíduos após sua liberação, para tentar
roubá-la, portanto, a devolução desta arma também deve ser feita com toda a
descrição. Para se manter a citada esperança aos suspeitos, e para comunicação entre
os PM’s devem ser convencionados sinais discretos entre a equipe, para que todos os
PM’s fiquem a par da situação, e tomem a cautela necessária. No decorrer da revista, o
4º homem deve conferir o lacre da placa e o número do chassi, verificando se confere
com a documentação, e se não há irregularidade com os caracteres. Em qualquer
momento da revista, se constatado indício de crime, todos os suspeitos deitam-se no
solo e são algemados para condução ao DP da área.
O 4º homem deve tomar toda precaução para não causar qualquer dano no
veículo (portas que não se abrem facilmente devem ser acionadas pelo proprietário,
cuidado com estofamento e pintura do auto em contato com o equipamento do PM etc).
Tudo deve ser recolocado exatamente no local em que estava, e as portas fechadas ao
término da revista. O comandante da equipe terá cuidado ao manusear os documentos
sobre poças d'água ou bueiros, pois, podem cair. O próprio suspeito deve retirar os
documentos de plásticos protetores, pois, podem estar colados e rasgar.
Nada constatado, estando tudo em ordem, os documentos são devolvidos e
seus proprietários que devem conferi-los. Armas legalizadas são recolocadas no auto
com todos os cuidados com que foram retiradas, e os proprietários avisados e conferi-
las ao embarcarem.
Também alerta-se o responsável pelo veículo para verificar se está tudo em
ordem. Não se pede desculpas por estar trabalhando na própria segurança dos
indivíduos, mas agradecer a colaboração prestada, e despedir-se cordialmente.
Aguardando o embarque de todos os civis, e a partida do auto antes de reiniciar o
patrulhamento.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nenhum transeunte deve cruzar o sítio da abordagem, excetuando-se quando


for impossível contornar (sempre há a possibilidade do “inocente pedestre” ser
companheiro dos suspeitos, ou ainda, se apenas “inocente”, ser agarrado como refém),
neste caso, após rápida revista superficial a procura de armas, realizada pelo
comandante da equipe ou 3º homem (dependendo da direção de onde venha) deve
passar o mais longe possível.
A boa educação é fundamental, pois, este tipo de ação, por mais bem realizada
e discreta, causa constrangimento ao cidadão honesto, mas a energia é sempre
necessária, pois, uma atitude firme, bem coordenada e treinada, pode inibir uma
possível reação que seria tentada se os PM’s agissem displicentemente.
Também é fundamental a postura de cada componente da equipe. Os PM’s
devem sempre estar com o corpo ereto, cabeça erguida e pernas afastadas. Os que
não estiverem ocupados com vistorias devem manter as mãos para trás (segurando o
revólver se estiver na segurança). O semblante sério e a voz calma e firme. Uma
equipe bem treinada e com boa postura, por si só desestimula reações e demonstração
de contrariedade à abordagem e à revista, por transmitir alto profissionalismo,
conhecimento e adestramento.
Se surgirem situações em que um suspeito alegar impossibilidade física de
desembarcar, o comandante da equipe manda-o colocar as mãos para fora do veículo,
pela janela, e assim permanecer até que a equipe se aproxime e verifique a
veracidade. Mesmo assim, dentro das possibilidades, deve ser revistado, bem como o
local que ocupa no veículo. Algumas abordagens podem ser menos “rigorosas”,
dependendo da situação (pessoas idosas, mulheres e crianças, por exemplo, por
despertarem menos suspeitas são utilizadas para transporte de material ilícito, produto
de crime, ou, mesmo ainda, serem reféns). Também neste caso podem permanecer no
veículo, com o controle de suas mãos. Se algo for constatado, então desembarcam
para uma revista completa.
No local da revista fica-se apenas o tempo necessário, mas sem pressa para
nenhum detalhe importante escapar a atenção. Em constatando-se ilícito arrolar
testemunhas, se houver, e conduzir ao DP da área sem perda de tempo.

Para condução;

01) Se o ilícito for leve e não houver risco para a equipe ou populares, o próprio
responsável pelo auto o conduz ao DP ou Cia CPTran, acompanhado de
dois PM’s, demais indivíduos na Vtr.
02) Caso contrário os indivíduos são todos conduzidos algemados na Vtr, e um
PM habilitado conduz o auto.
03) É comum os suspeitos perguntarem o motivo da abordagem neste caso o
comandante da equipe deve explicar o serviço e atitude da equipe, inclusive
os motivos que fundamentaram a suspeita e conseqüente vistoria,
mostrando aos civis o grau de profissionalismo da equipe.
04) Cuidado com suspeitos agressivos que se recusam submeter à revista e
ameaçam a equipe, podem ser simples ignorantes da atividade policial, ou
estarem tentando intimidar os PM’s ou desviar sua atenção de algo para os
crimes de desobediência, desacato e resistência, por se oporem ao
exercício discricionário do Poder de Polícia, e a vistoria realizada.
05) Em locais abertos, um dos PM’s deve estar sempre voltado para a
segurança da Vtr.

ABORDAGEM DE VEÍCULO

LEGENDA
FASE 1

S Suspeito

1 Cmt Equipe

2 Motorista

3 Segurança

4 Segurança
S S

S S

FASE 2 4º


rota
ABORDAGEM DE COLETIVOS (ÔNIBUS)

Para realizarmos este tipo de abordagem devemos primeiramente posicionar a


Vtr de forma com que o farol dianteiro direito fique na mesma linha que a lanterna
traseira esquerda do ônibus, assim como à abordagem de veículos pequenos. O
comandante da equipe desembarca, posiciona-se rente à lateral esquerda do ônibus,
dirigindo-se até o motorista, ordenando ao mesmo que abra a porta dianteira e, em
seguida desloca-se pela frente do ônibus e entra, ordenando que os homens que se
encontram após a “roleta” desçam, e posteriormente àqueles da parte frontal do ônibus.
Os seguranças da Vtr posicionam-se próximos à porta traseira do ônibus, isto
simultaneamente ao deslocamento do comandante da equipe em direção ao motorista,
de tal forma que possam visualizar os passageiros e suas reações à chegada da
polícia. Após à ordem de desembarque (dada pelo Cmt da Equipe) aos homens do
interior do ônibus, os seguranças direcionam os mesmos para a letral do ônibus,
permanecendo em posição de controle das ações e/ou reações possíveis.
O motorista da Vtr faz a segurança da equipe com relação às pessoas que
transitam pela via e/ou calçada.
Após estarem todos os homens desembarcados, será dada pelo comandante da
equipe ordem para que as mulheres sentem-se todas ao lado oposto ao que está
sendo realizada a abordagem além de manterem suas mãos sobre a barra de ferro do
banco à frente das mesmas. O procedimento é o mesmo para idosos e deficientes
físicos que possam se locomover sozinhos (cegos, pessoas idosas e pessoas com
muletas etc). Tal procedimento visa impedir que haja reação por parte das mulheres,
visualizar as mãos de que, fica no interior do ônibus e resguardar os mesmo de um
possível entrevero entre os PM’s e quem esteja sendo revistado fora do ônibus. Após
estas medidas de segurança, proceder-se-á à revista pessoal normalmente em quem
está fora, tomando as providencias normais caso encontre algo irregular. Ao final da
abordagem, caso nada seja encontrado, os policiais devem agradecer a colaboração a
aguardar que todos retornem aos seus respectivos lugares de início, liberando o ônibus
logo após.

Obs. : O policial militar deve ter sempre em mente que demonstrações de força, por
vezes, desestimulam possíveis reações, como por exemplo; imposição de voz, uso de
armas “pesadas”, grande número de policiais etc,; um tiroteio dentro de um coletivo
pode gerar graves conseqüências, além de ofender a integridade física de terceiros
inocentes.

“Ter educação não é sinal de fraqueza, mas sim uma demonstração de que o
policial está preparado para o tratamento com a comunidade”.

Neste tipo de abordagem poderão ocorrer variações de acordo com o local e o


tipo de situação que se apresente.

ABORDAGEM DE ÔNIBUS



ABORDAGEM DE ÔNIBUS


Conceito de Operação Policial Militar

É a conjugação de ações, executada por fração de tropa constituída que exige


planejamento específico.
A análise operacional dos fatores de criminalidade apontam a automóvel como
meio de transporte mais utilizado para a prática de crime ou garantia de impunidade.
Decorre. então, a necessidade premente das abordagens realizadas terem como objeto
tal meio de locomoção e, por tal constituem a grande parte da atividade operacional.

Tempo de Duração do Bloqueio

A experi6encia nos mostra que normalmente um bloqueio policial tem efetivo


resultado durante um período aproximado de no máximo 01h30, já computados o
tempo de montagem e desmontagem do mesmo, isso em razão de que a notícia da
ação policial naquele local específico é amplamente difundida, sendo assim, os
indivíduos cientes de que poderão ser detidos desviarão e procurarão caminhos
alternativos. Disso decorre também que o tempo de montagem do bloqueio deve ser o
menor possível para assim ampliar o período de efetiva duração do mesmo e
simultaneamente proporcionar o fator surpresa que pode levar a operação ao sucesso
ou insucesso.
Em bloqueios realizados especialmente por Vtr’s de ROTA o que se objetiva
principalmente é a localização de veículos produtos de furto ou de roubo e a detenção
dos meliantes que os estiverem ocupando, bem como indivíduos armados, porém
pode-se destinar a realização do mesmo visando inúmeras outras infrações (Operação
Taxi, Operação Ônibus, Operação Carga, Infratores de Trânsito etc).

BLOQUEIO RELÂMPAGO

Neste tipo de operação deve-se efetuar um planejamento prévio, se providenciando o


material necessário à realização do mesmo, como por exemplo veículo para transporte
de tropa, cones, cordas para isolamento, lanternas, latas com material combustível
para com sua queima identificar aos ocupantes dos veículos onde devem entrar ou
para apenas sinalizar o bloqueio, formulários em abundância para serem preenchidos
com os dados dos veículos e das pessoas vistoriadas, o número necessário de Vtr’s,
devidamente guarnecidas e equipadas, o armamento necessário à segurança da tropa
empregada, coletes à prova de balas, HT’s para comunicação entre os homens etc.
Deve-se ter preocupação com o local escolhido para a realização do mesmo,
procurando executar no mais adequado, que favoreça para que os ocupantes dos
veículos não tenham visão das Vtr’s, a mais de duzentos metros a fim de evitar que
delinqüentes, ocupando um veículo, se utilizem de vias secundárias para a fuga. Em
princípio o local que mais favorece a ação policial é uma via larga bastante, que
favoreça a colocação de obstáculos que limitem o trajeto dos veículos selecionados
formando um “funil” para que os mesmo entrem sendo que este local deve ser
preferencialmente após uma curva, com ângulo razoavelmente fechado que
obrigatoriamente force os veículos a entrarem no local propriamente dito do bloqueio
em velocidade reduzida. Uma Vtr deverá se possível, ficar parada aproximadamente
cem metros antes do local de bloqueio propriamente dito, com os policiais da Equipe
embarcados, a Vtr com o motor ligado, a fim de que possam agir imediatamente em
caso de tentativa de fuga e assim executar a perseguição ao veículo.
Uma outra Vtr deverá se posicionar aproximadamente cem metros após o local
propriamente dito do bloqueio, a fim de que possa agir imediatamente em caso de
algum veículo desobedecer a ordem de parada e “furar” o bloqueio, sendo que também
esta Equipe permanecerá embarcada com a Vtr ligada. As equipes dessas duas Vtr’s
não são empregadas de forma alguma na execução propriamente dita do bloqueio
(vistoria de autos e indivíduos), ficando exclusivamente ali para se deslocarem em
busca de veículos em fuga apenas.
No bloqueio propriamente dito, devem permanecer pelo menos duas Vtr’s, com
os respectivos motoristas embarcados.
O número ideal de homens empregados na operação deve ser entre 18 e 20, já que
menos que isso possibilita a não observância de todos os fatores necessários para a
realização, principalmente no aspecto da segurança, e mais desenvolver as seguintes
missões;
• Um Oficial responsável pela Operação;
• Um Sargento que auxiliará o Oficial;
• Dois PM’s para executarem a segurança coletiva da tropa empregada;
• Um PM selecionador;
• Um PM segurança do PM selecionador;
• Um PM Anotador;
• Dois PM’s para execução da vistoria;

Os selecionadores devem escolher corretamente os autos para a vistoria,


devendo preocupar-se com aqueles realmente suspeitos, que são facilmente
observados pelas características das pessoas que os ocupam. A ordem de entrada no
“funil” do bloqueio deve, durante o dia, ser feita através de gestos e durante a noite
através do uso de lanterna, de forma que não dê margem a que o condutor interprete
de maneira errada o que deve fazer sendo que o selecionador deve ter sempre em
mente que deve antes de mais nada captar a atenção do condutor, depois dar-lhe
tempo e espaço para que realize a manobra necessária que se está ordenando,
lembrando que tanto o PM selecionador como o seu segurança devem, além do colete
à prova de balas, usar também coletes refletivos, caso o bloqueio se realize à noite,
para serem facilmente avistados. Se usar gestos, deve erguer um braço para o alto, a
mão espalmada e a outra apontada para o local onde o veículo deve entrar, se usar
lanterna, deve manter um braço estendido para o alto, com a mão espalmada e a mão
do outro braço fazendo movimentos com a lanterna indicando o local onde o veículo
deve entrar até este ser parado por um PM de vistoria.
Após ser dada determinação aos ocupantes para que saiam do veículo e
se postem à retaguarda do mesmo e após ser realizada a busca pessoal pelos PM’s
vistoriadores, estes devem verificar todas as partes do auto, com vistas a objetos
furtados ou roubados, armas, entorpecentes ou qualquer material que indique suspeita
de ação delituosa por parte dos ocupantes do veículo. Cabe ressaltar a situação de
extremo risco no momento da saída dos indivíduos do veículo, sendo que caso se trate
de marginais, estes neste momento poderão reagir contra os Policiais Militares. Daí a
importância de todos usarem coletes à prova de balas.
Por questões de segurança é preferencial que se vistorie um veículo por
vez, devendo se evitar acumular mais de um veículo no local do bloqueio, a não ser
que se trate de local maior e com efetivo em maior número que possibilite acúmulo de
veículos e ocupantes.
O PM anotador deve após a documentação ser conferida pelo Cmt da
operação, relacionar todos os dados do veículo e de seu condutor, para fins de relatório
e preenchimento de demais impressos da Corporação, e devolver os documentos ao
Oficial após seu uso, lembrando que são documentos de porte obrigatório por qualquer
condutor de veículo a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) o Certificado de Registro
e Licenciamento do Veículo (CRLV) e um Documento de Identidade.
Os PM’s encarregados da segurança devem estar atentos a todos os autos e,
principalmente aos PM’s desembarcados que efetuem seleção, vistoria e anotação, a
fim de se evitar surpresas por parte dos delinqüentes que estacionam o auto na
barreira e o abandonam fazendo uso de armas de fogo contra a tropa empregada.
Lembrar que no caso de o veículo selecionado ser um táxi, ocupado por passageiros, o
PM vistoriador deve antes de qualquer coisa verificar no táximetro o valor apresentado,
para que após a liberação o motorista abata a diferença do valor final da corrida.
Se for possível, deve-se também ter presente no local, do bloqueio uma Vtr
guarnecida do Trânsito ou pelo menos um policial militar daquela especialidade a fim
de confeccionar os Autos de Infração de Trânsito e Autos de Recolhimento necessários
e também pelo menos duas policiais femininas a fim de que se possa fazer a busca
pessoal em mulheres, se for o caso. Em um bloqueio valem todas as regras e técnicas
aplicadas em abordagens e vistorias de veículos, de todos os tipos, com as
peculiaridades de cada tipo.
Esquema de Bloqueio

ROTA

ROTA

B R
L O
O T
Q A
U
E
I
O

ROTA
VISTORIA NO VEÍCULO

O comandante da Operação com o motorista do auto ao seu lado, solicita a


documentação pessoal e a do veículo, também pergunta se está tudo em ordem ou se
há irregularidade com o veículo ou em seu interior ou ainda, se há objetos de valor
(jóias, dinheiro, telefone celular etc), sendo que isso se deve para evitar quaisquer
reclamações posteriores por parte dos ocupantes no sentido de que algo foi “subtraído”
do interior do auto, sendo que caso a resposta do condutor seja positiva ele deve dizer
qual é o objeto de valor e exatamente onde se encontra, sendo este imediatamente
retirado do auto sob suas vistas por um dos vistoriadores e entregue ao Cmt da
Operação que o repassará ao seu proprietário.
Nesse momento, o Comandante da operação e o Sgt auxiliar devem conversar
com os indivíduos, fazendo perguntas (nome, endereço, local de trabalho, problemas
com a justiça, para onde está indo, de onde está vindo etc), para detectar algum
detalhe e distrair os suspeitos não permitindo a possibilidade de pensarem e
planejarem individualmente uma reação.
Havendo dúvidas, separar os abordados para se conversar separadamente e
posterior confrontação das alegações. Atenção à cicatrizes e tatuagens existentes,
pois, podem indicar algum ex-detento ou foragido da justiça. Verificar também a
ocultação de pequenas porções de entorpecentes na boca.
Depois da revista pessoal p Cmt da operação autoriza o vistoriador a iniciar a
revista no auto, que se inicia pelo lado em que estão os suspeitos (direito), sendo que
também poderá a vistoria ser feita simultaneamente pelos dois vistoriadores a fim de
agilizá-la.
O condutor ou proprietário do auto deve ter plena visão da revista e alertado a
acompanhar visualmente todos os procedimentos, isso se fazendo através da porta do
passageiro que estará sempre aberta. O rádio do veículo deve ser sempre desligado,
se for o caso para que o vistoriador fique atento ao que ocorre no exterior, e não seja
pego de surpresa numa reação.
O vistoriador verifica a porta (espaço entre a lateral e a lata), e todo um lado
interno do auto, (porta-luvas, pala de sol, sob tapetes, carpetes descolados, bancos,
laterais soltas, painel, console, teto), ao passar para o outro lado, da a volta
externamente, deixando a porta aberta para que a visão do proprietário continue plena.
Terminado o interior, verifica motor e porta-malas com os mesmos cuidados e
detalhes. É o condutor quem deve abrir o porta-malas, pois, pode haver um indivíduo lá
escondido armado, aguardando oportunidade para agir, e atirar no PM, que ele espera
abrir a tampa.
O anotador de posse dos documentos dos suspeitos e do auto que lhe foram
entregues antes do início da revista no veículo, anote tudo que for necessário para o
relatório de serviço, e, junto ao COPOM, faz as devidas pesquisas, se for o caso (falta
de documentos do auto, ou em nome de 3ª pessoa, suspeita de indivíduos procurados
pela justiça, etc). Qualquer objeto ilegal, ou entorpecente encontrado no auto, deve
permanecer onde está e dada ciência ao Cmt Operação. Objetos de valor e dinheiro
são imediatamente entregues ao Cmt da Operação, que os repassa ao proprietário,
que deve conferir.
Em toda situação a iniciativa e comunicação com os suspeitos sempre parte do
Cmt da operação.
Se localizada uma arma, deve esta ser deixada onde está e prossegue-se na
revista com a mesma cautela, e assim, que encerradas esta arma, com toda a discrição
possível, imperceptivelmente a todos deve ser levada para a Vtr, onde será fiscalizada
com sua documentação. Tal discrição com armamento é essencial por:

a. Se a arma for ilegal, os suspeitos, que podem ainda ter esperança de


“enganar” os PM’s, podem tentar alguma reação, ao verem essa esperança
ruir;
b. A arma tem que ser retirada do lugar, pois, os suspeitos em rápida reação,
podem tentar alcançá-la ao se verem acuados por qualquer motivo;
c. Uma ação policial atrai a atenção de pessoas ao redor e um delinqüente nas
proximidades, ao ver esta arma (se tiver regularizada será devolvida ao
término a seu proprietário) poderá tentar acompanhar os indivíduos após sua
liberação, para tentar roubá-la, portanto, a devolução desta arma também
deve ser feita com toda a discrição.

Para se manter a citada esperança aos suspeitos, e para comunicação entre os


PM’s, devem ser convencionados sinais discretos, para que todos os policiais fiquem a
par da situação e tomem a cautela necessária. No decorrer da revista o vistoriador
deve conferir o lacre da placa e o número do chassis, verificando se confere com a
documentação, e se não há irregularidade com os caracteres.
Em qualquer momento da revista se constatado indício de crime, todos os
suspeitos são imediatamente algemados, ou se for o caso deitados no solo antes, para
condução ao DP da área.
O vistoriador deve tomar toda precaução para não causar qualquer dano no
veículo (portas que não se abrem ou fecha, facilmente devem ser acionadas pelo
proprietário, cuidado com estofamento e pintura do auto em contato com o
equipamento do PM etc).
Todo deve ser recolocado exatamente no local em que estava, e as portas
fechadas ao término da revista.
O Cmt da Operação deve tomar cuidado ao manusear documentos sobre poças
d'água ou bueiros, pois, podem cair, o próprio suspeito deve retirar os documentos de
plásticos protetores, pois, podem estar colados e rasgar.

LIBERAÇÃO DOS INDIVÍDUOS E DO VEÍCULO

Nada constatado, estando tudo em ordem os documentos são devolvidos a seus


proprietários que devem conferi-los.
Armas legalizadas são recolocadas no auto com todos os cuidados com que
foram retiradas, e os proprietários avisados a conferi-las ao embarcarem.
Também alerta-se o responsável pelo veículo para verificar se está tudo em
ordem.
Não se pede desculpas por estar trabalhando na própria segurança dos
indivíduos, mas se agradece a colaboração prestada e despede-se cordialmente.

ABORDAGEM E VISTORIA DE VEÍCULO DE PASSEIO EM BLOQUEIO


ABORDAGENS DE CAMINHÕES

Pelas dimensões desse tipo de veículo e também pela diversidade de


compartimentos, onde à possível dissimular irregularidades, faz-se necessário sugerir
aspectos de segurança, uma vez que, pormenorizar possibilidade implicará em um
novo tratado.

CAMINHÕES PRODUTOS DE ILÍCITO

Neste caso, devemos sempre nos lembrar que invariavelmente existe escolta
realizada por marginais protegendo o caminhão. Caso o motorista do caminhão não
obedeça a ordem de parada do selecionador, deve-se redobrar a atenção sobre uma
possível escolta de marginais.
O comandante da operação e o Sgt auxiliar procuram se posicionar da melhor
forma possível, de maneira que consigam visualizar ao máximo o interior da boléia, já
que os ocupantes deste se encontram em um nível mais elevado do chão se
comparados com os ocupantes de um veículo de passeio. Os vistoriadores “abrem” seu
campo de visão no lado oposto ao do Comandante da operação e do Sgt auxiliar de tal
forma que também possam visualizar o interior da cabina, sendo que os seguranças
devem ter sua atenção redobrada para a possível escolta como dito anteriormente.
O Comandante da operação ordena que todos os ocupantes desçam da boléia
pelo lado mais próximo da calçada, onde há mais segurança.
Os seguranças deverão atentar principalmente para a retaguarda, o que
impedirá ações de quem transita pela via e/ou pela calçada.
Caso o caminhão possua compartimento para que o motorista durma, este
deverá acompanhar o vistoriador até a boléia e, com cautela, abrir as cortinas para
visualização e vistoria desse local. Tal compartimento é freqüentemente utilizado para
esconder pessoas ou produtos de ilícito.
Após as buscas pessoais, deve-se realizar buscas no interior da boléia e na
carroçaria ou no baú do caminhão, sendo que no caso desse último, pede-se nesse
momento para que um dos ocupantes do caminhão abra as portas do mesmo (houve
caso em que durante este procedimento, marginais que se encontravam no interior do
baú, ao se abrir as portas, atiraram contra a Vtr da PM), sendo que durante esse
procedimento deve-se redobrar a cautela. No caso de tratar-se de produto de roubo ou
furto, tanto de carga como do caminhão, o procedimento é o mesmo que ocorre na
detenção de indivíduos que praticam roubo ou furto de um veículo pequeno.

Obs.: Lembrar-se sempre que a cautela, a utilização de energia necessária e o trabalho


em conjunto dos policiais, cada um realizando seriamente sua função, evitam reações
e/ou possíveis entreveros desnecessários e perigosos.

ABORDAGENS DE ROTINA EM CAMINHÕES

São inicialmente os mesmos procedimentos anteriores, sendo que, ao final,


deve-se conferir documentos normais do condutor, das pessoas envolvidas, do
caminhão e da carga (nota fiscal com discriminação dos objetos transportados).

Obs.: Caso o veículo de carga não obedeça à ordem policial de parada, empreendendo
fuga, deve-se imediatamente iniciar-se o acompanhamento do mesmo, o cerco e a
parada forçada do caminhão mediante a criação de congestionamento em faróis e
ruas.
Com a parada do caminhão deve-se proceder como já descrito anteriormente,
lembrando-se sempre que existe a freqüente possibilidade de haver escolta, logo,
todos os policiais devem atuar com cautela e atenção para essa possibilidade.

ABORDAGEM E VISTORIA DE CAMINHÃO EM BLOQUEIO

FASE I FASE II

LEGENDA

CMT OPERAÇÃO :

OCUPANTES :

SGT AUXILIAR :

VISTORIADORES :
ABORDAGEM E VISTORIA DE COLETIVOS (ÔNIBUS)

O comandante da operação, posiciona-se rente à lateral do ônibus, dirigindo-se


até o motorista, ordenando ao mesmo que abra a porta dianteira e, em seguida
desloca-se pela frente do ônibus e entra ordenando que o motorista abra a porta
traseira e que os homens que se encontram após a roleta desçam, e após todos
saírem determina o desembarque daqueles que estão na parte frontal do ônibus.
Os vistoriadores posicionam-se próximos à porta traseira do ônibus e o Sgt
Auxiliar próximo à porta dianteira, isto simultaneamente ao deslocamento do
Comandante da operação em direção ao motorista, de tal forma que possam visualizar
os passageiros e suas reações à chegada da polícia. Após a ordem de desembarque
aos homens do interior do ônibus, os vistoriadores e o Sgt auxiliar direcionam os
mesmos para a lateral do coletivo, permanecendo em posição de controle das ações
e/ou reações possíveis.
Os seguranças fazem a proteção dos policiais com relação às pessoas que
transitam pela via e/ou calçada. Após estarem todos os homens desembarcados será
dada pelo Comandante da operação ordem para que as mulheres sentem-se todas ao
lado oposto ao que está sendo realizada a abordagem além de manterem suas mãos
sobre a barra de ferro do banco à frente das mesmas. O procedimento é o mesmo para
os idosos e deficientes físicos que possam se locomover sozinhos (cegos, pessoas
idosas, pessoas com muletas etc). Tal procedimento visa impedir que haja reação por
parte das mulheres, visualizar as mão de quem fica no interior do ônibus e resguardar
os mesmos de um possível entrevero entre quem está sendo revistado fora do ônibus e
os PM’s.
Após estas medidas de segurança, proceder-se-á à revista pessoal normalmente
em quem está fora, tomando as providências normais caso se encontre algo irregular.
Após as revistas pessoais realizar vistoria no interior do ônibus, procurando
objetos que possivelmente possam ter sido abandonados pelas pessoas assim que
perceberam a presença da polícia militar.
Aqui se permite um complemento a fim de evitar que não se saiba exatamente
quem abandonou objetos ilícitos no interior do coletivo. Pode-se utilizar dois ou três
policiais à paisana, se revezando entre si, a fim de que um ou dois pontos de ônibus
antes, embarquem no coletivo já selecionado, que será parado e vistoriado no
bloqueio, sendo que dessa forma esse policial poderá ver a reação dos passageiros ao
tomarem conhecimento da ação policial e caso alguém dispense alguma coisa ele
saberá quem foi a fim de avisar o Cmt da Operação, sendo que quando de seu
embarque no coletivo outro policial também à paisana discretamente avisará através de
rádio o Cmt da Operação sobre o nome da Empresa de Ônibus e o prefixo do mesmo a
fim de que o selecionador determine sua entrada no local do bloqueio.
Ao final da vistoria, caso nada seja encontrado os policiais devem agradecer a
colaboração e aguardar que todos retornem aos seus respectivos lugares de início
liberando o ônibus logo após.

Obs.: O Policial Militar deve ter sempre em mente que demonstrações de força, por
vezes desestimulam possíveis reações, como por exemplo: imposição de voz, uso de
armas “pesadas”, grande número de policiais etc, sendo que uma troca de tiros dentro
de um coletivo pode gerar graves conseqüências além de ofender a integridade física
de terceiros inocentes.
“Ter educação não é sinal de fraqueza, mas sim uma demonstração de que o
policial está preparado para o tratamento com a comunidade”.
Nesse tipo de abordagem (ônibus) poderão ocorrer algumas variações de
acordo com o local, terreno e o tipo de situação que se apresente.
CURSO DE PATRULHAMENTO TÁTICO

TÁTICAS POLICIAS AVANÇADAS

1. Apresentação

O aumento da criminalidade, principalmente em relação à audácia, organização


e à sofisticação do armamento empregado pelos criminosos exige uma resposta à
altura por parte das forças da lei, que protegem nossas sociedade. O policial comum,
encarregado de patrulhar diariamente as ruas pode deparar-se com situações
extremamente violentas e perigosas, onde o seu equipamento e o seu treinamento não
são adequados para atender de maneira segura e eficiente àquela ocorrência. A força
de Patrulha Tática deve ter condições de da apoio e suporte para as guarnições de
Polícia Comunitária, nas missões e situações em que for necessário.
A Força de Patrulha Tática, é formada através do seguinte trinômio: Pessoal,
Equipamento e Treinamento. É necessário selecionar realmente o pessoal, treiná-los
constantemente, sempre manter suas técnicas atualizadas, e equipá-los com todo o
equipamento necessário para cumprir as missões de forma eficaz e segura.

Seleção

Os critérios para a seleção do pessoal de uma Força de Patrulha Tática


baseiam-se no voluntariado, no preparo físico adequado às missões que lhes serão
atribuídas, no preparo psicológico, onde o homem deve já ter um perfil psicológico
apropriado, preparo profissional, com experiência policial de trabalho de patrulhamento
nas ruas de no mínimo 02 anos, capacidade moral, com elevado senso de
responsabilidade, dedicação ao serviço, lealdade e honestidade. Deve ser avaliado
freqüentemente, tanto física, psicológica quanto tecnicamente, com um padrão de
qualidade pré-definido, a fim de se verificar se ele deve permanecer ou não no grupo.

Treinamento

O treinamento deve ser iniciado com um curso básico onde o pessoal irá
aprender os fundamentos, técnicas e táticas individuais e de ações em equipe. Este
será o treinamento de formação. O treinamento de manutenção será periódico,
seguindo um programa onde todos os tópicos serão abordados. O homem deve ser
treinado tanto individualmente quanto em grupo. O treinamento deve ser o mais
próximo do real, submetendo o homem á situações de stress. A atualização constante
é essencial, devendo haver troca de informações e intercâmbio para cursos com outras
polícias, tanto no Brasil quanto no exterior.
2. Princípios Táticos

Uso de força letal (triângulo do perigo), responsabilidades, trabalho de


equipe, proteção de 360º, disciplina de som e de luzes, proteções, perigo
imediato, cone da morte.

Uso de força letal:

Uma das principais obrigações da polícia é preservar vidas, devendo ser


legalista, respondendo com a força necessária e proporcional contra à agressão
injusta, real ou iminente. Só deve ser usada a arma de fogo quando os outros meios
disponíveis não puderam surtir efeito. Para atirar, o policial deve encontrar três fatores;
o perigo, a capacidade e a intenção, que formam o chamado triângulo do tiro. A
capacidade é a disponibilidade de meios (uma arma de fogo carregada, por exemplo),
nas mãos do agressor e a intenção e a vontade do agressor de fazer mal à alguém.
Ò objetivo principal dos policiais deve ser o de neutralizar o criminoso armado.
Neutralizar significa retirar a capacidade desse criminoso de ferir alguém, isto pode
ocorrer desde a rendição do indivíduo perante a simples presença da polícia ou até
mesmo o uso de armas de fogo contra o marginal, se não houver outra alternativa.
O policial deve sempre se preocupar em preservar vidas, sejam elas do público
(transeuntes, moradores, curiosos etc), dos próprios policiais e sempre que possível,
até mesmo a vida dos criminosos. Para minimizar o perigo a polícia deve ter, em uma
situação de risco, superioridade de efetivo, devidamente treinado e comandado,
superioridade de armas e equipamentos, tirar proveito do terreno e utilizar se possível o
elemento surpresa. O criminoso deve ser convencido que resistir poderá custar-lha a
vida, e não há possibilidade de fuga sendo único caminho, render-se e ser preso.

Busca em áreas edificadas:

A realização de buscas em locais edificados é uma atividade rotineira da


atividade policial militar, sendo também uma das que mais trazem riscos à sua
integridade física. Motivo pelo qual se faz necessário o emprego de técnicas
específicas para minimizar tais riscos.
Definição : Podemos definir áreas edificadas como sendo aquela ocupada por
construções, exemplo: casas, prédios, estacionamentos comerciais etc.

Acionamento: A ação em locais edificados pode se iniciar por iniciativa do


próprio policial, no caso de suspeitar que algo anormal está acontecendo no local; por
acionamento direto de algum cidadão ou por acionamento através da central de
comunicações. Em qualquer dos casos, o patrulheiro deve procurar obter o maior
número possível de informações, tais como:
* Endereço exato (bairro, rua, número, apartamento etc);
* Ponto de referência;
* Situação (pessoas utilizando entorpecentes, suspeita de ladrão em residência,
ocorrência de ladrão em residência confirmada, tomada de reféns etc);
* Número e características dos suspeitos;
* Número e características das vítimas;
* Uso de armas pelos suspeitos;
* veículos utilizados pelos suspeitos;
* características do local;
* vias de acesso;
* vias de fuga;
* Outras informações que possam auxiliar no atendimento da ocorrência.
Esses dados deverão ser colhidos do solicitante central de comunicações e
passadas ao patrulheiro ou diretamente por estes no local da ocorrência. Sendo
importante confirmá-los com mais de uma pessoa.
Chegada ao local: Caso haja necessidade de um deslocamento rápido ao local,
as Vtr’s deverão se deslocar com os sinais luminosos e sirene acionados, entretanto,
deverão desligá-los quando estiverem próximas, a fim de manter a vantagem da
surpresa e evitar a tomada de reféns.
As Vtr’s não poderão parar em frente ao local da ocorrência ou passar em frente.
Devendo estacionar em local que os suspeitos não possam vê-las, permanecendo sob
vigilância de patrulheiros designados para tal fim.
Ao chegar no local, os policiais não devem entrar de imediato no local edificado,
devem cercar a área e isolá-la, não se permitindo a entrada de pessoas não
autorizadas e mantendo a vigilância sobre os locais onde possa haver fuga dos
suspeitos. Nessa fase o patrulheiro confirma as informações que possui com o
solicitante e com outras pessoas, bem como as complementa. Essas informações
devem ser repassadas ao comandante imediato e à central de operações.
O policial militar mais graduado assumirá o comando da situação e tomará as
seguintes providências;
* recolher todas a informações disponíveis;
* Identificar todos os patrulheiros presentes no local; dividindo-o em grupos de
isolamento, vigilância, entrada e outros que se fizerem necessário;
* Escolher o local por onde se fará a entrada, que deve ser apenas um, a fim de
se evitar um possível fogo cruzado;
* Providenciar vigilância para os locais onde possa haver fuga dos suspeitos;
* Realizar a entrada e busca no local;

Entrada : Para se efetuar a entrada em locais edificados, deve-se observar os


seguintes conceitos:

01) Equipamento : Todos os patrulheiros envolvidos na ação devem estar


utilizando colete balístico, podendo o grupo de entrada usar outros equipamentos de
proteção, como escudos, capacetes etc. É importante que o grupo de entrada utilize
equipamentos portáteis de comunicação, para manter contato com os demais
patrulheiros e com o centro de operações;

02) Basicamente teremos cinco fases da operação;


* Cerco e isolamento. Cercar os criminosos para que eles não fujam ou
façam nova vítima. Isolar o local permitindo apenas a entrada de pessoal autorizado
dentro do perímetro primário para facilitar a ação da Polícia.
* Planejamento e preparação. Colher todas as informações, planejar a
operação e providenciar os meios de execução e apoio.
* Organização e Proteção. Estabelecer quem faz o que, e como e
quando deve ser feito. Explicar a todos os envolvidos como será executada a
operação, e se possível, realizar um treinamento o mais próximo possível do real, antes
da execução.
* Assalto. Executar a operação;
* Reorganização. Reunir a tropa empregada e colher todos os dados
sobre a operação. Quantos detidos, quantas armas apreendidas, se foi disparado
algum tiro etc.

03) Durante a operação deve haver comando, controle, coordenação e


comunicação entre os policias;

Trabalho em equipe:

Todo o integrante de uma Força de Patrulha Tática tem responsabilidades


individuais que devem ser cumpridas, para a segurança e eficiência do trabalho de todo
o grupo. Durante uma situação de risco que envolva marginais armados deve haver
uma padronização de táticas e de procedimentos para minimizar os riscos.
Para tanto é necessário bom senso dos policiais e trabalho de grupo/

Proteção de 360º:

Durante a ação é responsabilidade de cada integrante da equipe de cobrir um


ponto ou uma direção que não está sendo coberta por outro homem do grupo, de forma
que todas as direções (360º) estejam protegidas.

Disciplina de luz e ruídos;

Nenhum barulho pode ser feito ou luz deve ser acesa se não for estritamente
necessário, pois, isso pode denunciar prematuramente a presença ou a posição da
equipe.

Proteções;

O policial durante o seu deslocamento ou durante a própria ação deve sempre


procurar estar protegido, utilizando cobertura ou um abrigo.

Cobertura: É qualquer coisa que proteja o policial do campo de visão do


oponente, mas não o protege de possíveis disparos efetuados contra ele.

Abrigo: Protege do campo de visão e dos disparos efetuados, dependendo do


calibre de arma usada contra o policial.

Perigo Imediato:

Durante o deslocamento por um corredor, uma escada ou quando adentrar a um


cômodo o perigo imediato é qualquer ameaça à integridade física do policial ou de
pessoas inocentes, podendo ser um indivíduo ou um local onde uma pessoa possa
estar escondida ou de onde possa sair. Uma porta, uma janela ou um corredor podem
ser locais de onde algum marginal pode aparecer.

Cone da Morte:
O policial deve evitar expor-se diante da aberta de uma janela ou de uma porta,
e permanecer o mínimo de tempo possível na entrada do cômodo, pois, torna-se um
alvo fácil.

3. Equipamento

Equipamento de uso individual, uniforme, equipamento de proteção


individual, acessórios, armamento. Equipamentos de uso coletivo, equipamento
de proteção coletiva, de observação, de arrombamento, de altura, de
comunicação e de primeiros socorros.

Equipamentos de uso individual.


Uniforme:

O uniforme deve ser de duas peças, resistente, folgado e leve, com vários bolsos. Pode
ser todo preto ou camuflado conforme o local onde vai ser empregada a equipe. O cinto
de equipamentos deve ter um coldre apropriado, sendo aconselhável também a
utilização de um colete com vários bolsos (colete utilitário).

Equipamento de proteção individual.

O equipamento de proteção individual é obrigatório, pois, irá proteger o policial


contra acidentes ou ferimentos provocados por armas de fogo, o que pode
comprometer a eficácia da equipe durante a ação.
Os principais itens de proteção individual são; Colete à prova de balas,
capacete, óculos, balaclava de Nomex (tecido resistente a chamas), luvas
também de Nomex, cotoveleira e joelheira.

Equipamentos de uso coletivo.

Um equipamento essencial de proteção coletiva é o escudo à prova de balas.


Pode ser usado tanto em um deslocamento quanto em uma invasão, para
proteção da equipe contra disparos de armas de fogo.

Equipamentos de observação.

São os equipamentos utilizados para verificar a presença ou movimentação de


indivíduos hostis. Como exemplos temos o espelho, o binóculo e os vários tipos de
luneta, bem como equipamentos de visão noturna.

Equipamentos de arrombamento.

Para arrombar portas ou janelas trancadas para realizar-se a invasão são


necessários certas ferramentas como o aríete, o pé de cabra, a marreta e o alicate.

Equipamentos de altura.

Os equipamentos mais utilizados para trabalhos em altura são o cinto para rapel,
o mosquetão e o freio oito e os diverso tipos de cabos.

Equipamentos de Comunicação.
Cada integrante de equipe deve possuir individualmente um rádio-transmissor
portátil (HT), de preferência que possua um sistema de fone de ouvido e microfone,
para deixar as mãos livres.

4. Posições de Arma.

Posição Isósceles, posição Weaver, posição SAS, uso de bandoleira, técnica do


terceiro olho, tiro ajoelhado, tiro deitado.

Posição Isósceles

Os dois braços estão estendidos e as duas pernas estão paralelas, formando um


triângulo isósceles.

Posição Weaver.

Criado por um policial americano chamado Jack Weaver, nos anos 60,
caracteriza-se por estar o atirador com o braço que segura a arma estendido e o braço
de apoio flexionado, bem como o atirador deve estar com uma das pernas em posição
à frente da outra. Esta posição é mais prática e dinâmica do que a posição isósceles.

Posição SAS.

Posição de arma criada pela força de elite inglesa, o Special Air Service - SAS,
principalmente usada com as armas longas. Basicamente divide-se em três situações;
posição de pronto alto (high ready position), posição de pronto baixo (low ready
position) e posição de pronto (ready position).

Uso de Bandoleira.

Toda arma deve ser usada apoiada no ombro e com bandoleira, que facilita o
transporte da arma, auxilia na firmeza da posição do armamento e no caso de o policial
ter que utilizar ambas as mãos para, por exemplo, pular um muro, é só deixar a arma
em bandoleira, No caso também de se fazer a chamada “transição, isto é, se houver
algum problema com a arma longa, é só solta-la, pois, estará presa pela bandoleira e
passar a usar a arma que está no coldre.

Técnica do terceiro olho.

Quando o policial está na situação de possibilidade de um confronto, deve estar


com a arma em posição de tiro, apontando a arma para a direção que ele está olhando,
fazendo uma busca no ambiente à procura do perigo.

Posição Ajoelhado e Posição Deitado.


Quando for necessário aproveitar uma proteção ou diminuir a exposição do
corpo é necessário o policial ajoelhar-se ou deitar-se rapidamente e estar em
condições de atirar com precisão.

5. FORMAS DE DESLOCAMENTO

Composição da equipe, formação em fila, em linha, em diamante, velocidades de


deslocamento, comunicação por gestos.

Composição da Equipe:

O número de componentes da equipe irá variar e depender de necessidade da


situação tática ou da disponibilidade de pessoal. O mínimo de componentes de um
equipe de assalto é de três homens.
Atualmente um equipe de assalto não utiliza mais os componentes com funções
fixas, como o ponta, o ala, o full, o volante e o piloto, mas sim de acordo com a posição
que qualquer um dos homens esteja dentro da formação no momento do
deslocamento. O homem que está na frente é o ponta com a responsabilidade de fazer
a exploração e esclarecimento do que se encontra à frente no sentido de deslocamento
da equipe, bem como deve prover a segurança naquela direção. O cobertura, é o
policial que vem atrás do ponta, variando seu número de acordo com o número de
homens que compõe a equipe, sendo sua obrigação prover a cobertura ao ponta
quando este estiver executando o esclarecimento, além de fazerem a segurança das
laterais da equipe. O retaguarda, ;e o último homem na formação, devendo fazer a
segurança da retaguarda da equipe.
A função de líder é do policial de maior posto ou graduação que fizer parte da
equipe de assalto, sendo ele que irá determinar a direção do deslocamento ou o recinto
a ser invadido. Cabe a ele também a responsabilidade de controlar todas as novidades
relativas às condições dos reféns e dos marginais, verificando se há feridos, mortos ou
detidos e se houve armas ou objetos apreendidos, devendo transmitir e manter
informado o comandante da equipe tática. O sub-líder é o segundo mais antigo,
cabendo a ele assumir as funções do líder no caso de impedimento deste ou no caso
de sub divisão da equipe de assalto.

Formação em Fila:

Utilizada para deslocamentos curtos da equipe por um local aberto, como uma
rua ou para realizar uma varredura dentro de um grande recinto em uma área edificada
(um galpão por exemplo) ou um terreno.

Formação em Diamante:

Utilizada para deslocamento em áreas abertas onde seja necessária uma


cobertura de 360º.

6. VARREDURAS

Definição, cobertura, olhada rápida, tomada de ângulo, uso de espelhos,


verbalização.

Definição:
Varreduras são procedimentos adotados pelo grupo tático para detectar a
presença de elementos hostis durante o deslocamento ou antes de adentrar a um
recinto, evitando de expor desnecessariamente os policiais.

Cobertura:

Quando a ponta for realizar uma varredura o restante da equipe deve estar
posicionada para fornecer a cobertura necessária.

Olhada Rápida:

Na olhada rápida o policial irá olhar para dentro do cômodo ou do corredor


rapidamente, expondo-se o mínimo possível, verificando a existência de um possível
perigo ou local onde poderia estar uma ameaça, só entrando após verificar se é
seguro.

Tomada de ângulo:

Na tomada de ângulo o policial irá distanciar da esquina da parede ou do vão da


porta e através disso terá um ângulo de visão privilegiado, vendo o interior antes
mesmo de ser visto, sem se expor.

Uso de Espelhos:

Com o uso de equipamento apropriado o policial poderá ver o interior do cômodo


de forma mais completa e segura.

Verbalização:

No caso de achar uma pessoa suspeita, deve ser usada uma voz de comando
firme, clara e enérgica para fazer o suspeito sair do local.

7. FORMAS DE ENTRADA

Entrada em Hook, Entrada em Cross, Entrada Limitada:

Para realizar a entrada de maneira segura, rápida e eficaz e evitar o perigo de


cone da morte existem formas de entrada apropriadas. São elas em Hook, em Cross e
Limitada.

8. ENTRADA COBERTA
Dependendo da situação tática será realizada a entrada coberta para ocultar a
presença da equipe, e onde há tempo disponível e a velocidade não é essencial. Deve
haver disciplina de luzes e ruídos e a comunicação será feita por gestos. A localização
dos alvos é desconhecida e a progressão deve se feita usando constantemente abrigos
e coberturas. A busca e a varredura serão detalhadas e sistemáticas. A proteção é de
360º, usando sempre espelho e escudo.

9. ENTRADA DINÂMICA

Quando for necessário a localização do alvo e se tem informações prévias e


houver a necessidade de controlar pessoas e oportunidades de reação através da
velocidade, surpresa e ação de choque usando verbalização e vozes de comando
enérgicas, necessitando agressividade.

Comunicação por Gestos:

Enquanto a disciplina de ruídos tiver de ser respeitada é necessário evitar ao


máximo conversas entre a equipe, devendo todas as ordens serem transmitidas
através de comandos por gestos, previamente definidos.

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