Você está na página 1de 10

Resumo Filosofia Política.

- FILOSOFIA POLÍTICA.

A filosofia se lança no campo da política para pensar os desafios do convívio


social e político, para compreender a lógica de regras que estão presentes nas
relações políticas, para avaliar o confronto de valores dentro da esfera pública e se
debruçar sobre as formas de Estado. Para isso, a Filosofia reflete acerca do poder,
dos limites do poder e da natureza da justiça.
Além disso, a Filosofia política levanta questões sobre a legitimação e a
justificação do Estado e do governo, sobre as relações entre sociedade, Estado e
moral, e sobre as relações entre a economia e a política.

• A Política diz respeito ao estado, ao governo e aos negócios públicos. Ela


resulta da atividade dos homens na vida em sociedade.

• Um regime é legítimo quando: além de legal, é justo (as leis são feitas segundo
a justiça e são aceitas pela comunidade).

• Um regime é ilegítimo quando a lei é injusta ou quando é contrário à lei, é ilegal


ou não possui lei alguma.

• A política é a arte de administrar, cuidar e regular a vida pública na cidade e no


estado. Ela é comandada por alguém, seja uma pessoa ou um grupo.

• Política é poder, é um local de poder, de comandar, de gerir, debater, decidir,


fazer e executar. É necessário articulação e convencimento para a imposição
das ideias e teorias de dominância para se manter no poder.

• QUALQUER RELAÇÃO HUMANA NA QUAL UMA DAS PARTES VISA


ALCANÇAR UM FIM TRATA-SE DE POLÍTICA!!

FORMAS DE GOVERNO.
HISTÓRIA DA FILOSOFIA POLÍTICA

• A palavra política é de origem grega (ta politika), vinda de pólis.


• Pólis era a cidade, uma comunidade organizada e formada pelos cidadãos, os
homens nascidos no solo da cidade, livres e iguais, com dois direitos:

⮚ a isonomia: Igualdade perante a lei

⮚ a isegoria: o direito de expor e discutir em público opiniões sobre ações


que a cidade deve ou não deve realizar.
• Ta politika: Seriam os negócios públicos dirigidos pelos cidadãos, costumes,
leis, bens públicos, organização da defesa, administração dos serviços
públicos (abertura de ruas, estradas e portos, construção, obras de irrigação) e
das atividades econômicas da cidade (moeda, impostos e tributos, tratados
comerciais).

• Civitas: é a tradução latina de pólis, é a cidade como ente público e coletivo.

• Res publica: Significa a coisa pública, os negócios públicos dirigidos pelos


patrícios ou cidadãos livres nascidos no solo de Roma.

• Pólis e civitas seriam o Estado através do conjunto das instituições públicas


(leis, erário público, serviços públicos) e sua administração pelos membros da
cidade.

HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA…

Aristóteles…

• No seu livro, Política, ele apresenta suas ideias sobre a cidade, o estado e a
vida em sociedade. Acreditava que a cidade deve ser a concordância entre as
pessoas com ideias semelhantes e interesses comuns, daí a importância da
educação ética para preparar o homem para viver em comunidade. Defendia
que a ética precede a política.

• A justiça e a amizade são virtudes fundamentais para a unidade da cidade.

• A razão prevalece sobre as paixões, ela é o princípio que rege a ação dos
cidadãos.

A justiça política consiste em respeitar o modo pelo qual a comunidade, definiu a


participação no poder.

Considera boas as formas quando visam o interesse comum; e más, se


corrompidas.

um monarquia tirania
poucos aristocracia oligarquia

Muitos Politeia Democracia

Ele prefere a última forma por constatar que a tensão política deriva da luta entre
ricos e pobres e essa forma vai tentar conciliar o antagonismo para assegurar a paz
social.

Para ele, o homem é naturalmente um animal racional e político, destinado a viver


em sociedade.

FILOSOFIA POLÍTICA MEDIEVAL

Período da Idade Média (600 a 1500 d.C.)

Apogeu do poder da Igreja no mundo.

O poder pertence a Deus (Teocrático) e dele vem aos homens.

O poder é um fator divino onde o governante representa Deus diante dos


governados.

O governante é um sacerdote ou o papa que se diz enviado por Deus para


governar. É uma monarquia teocrática e a comunidade política é submissa ao rei
que traz a lei no peito.

• As leis são os mandamentos divinos.

• A comunidade é a assembleia dos fiéis.

• A igreja é designada como reino de Deus. Ela possui o poder religioso, o poder
econômico e intelectual.

• O fim da política teocrática é a busca do BEM e a JUSTIÇA terrena e espiritual


é a salvação do súditos.
FILOSOFIA POLÍTICA MODERNA…

O período da Filosofia Moderna predomina entre 1500 e 1832.


A filosofia política moderna focaliza o ser homem e seu agir a partir da instabilidade
e lutas dadas na convivência da experiência humana.

Se para os antigos a política era oriunda da natureza humana, nos modernos será
um artifício criado para evitar o mal individual e coletivo e para garantir a vida, a
propriedade privada e a liberdade individual.

Na filosofia política moderna, a convivência humana não busca o supremo bem,


mas evitar o supremo mal e a aglutinação feroz de uns em relação aos outros a
partir do controle racional externo, um artifício coercitivo a partir do estado e suas
leis e fiscais de leis.

• Maquiavel, político italiano, inicia o rompimento do ideal da política clássica


anterior quando rechaça a moral cristã como fundamento e finalidade da
política, teorizando a construção de uma moral própria da natureza passional
humana aplicada a como conquistar e manter a unidade e governo do estado e
a permanência no poder.

• Nicolau Maquiavel

• Responsável pelo surgimento da política moderna.


• Era contrário às ideias de poder divino defendido pelo período medieval a partir
do poder da Igreja.
• Nascido em Florença, Itália, durante uma época de agitações.
• Defendia que o governante, se necessário, deve ser cruel e fraudulento para
obter e manter o poder, dizia que “os fins justificam os meios”.
O contratualismo
• Diz respeito as teorias políticas que acreditam que a origem da sociedade e o
fundamento do poder político (chamado de governo, soberania, estado) se
definem num contrato, isto é, em um acordo entre a maioria dos indivíduos.
• Acordo que assinala o fim do estado natural e o início do estado social e
político (estado civil).

• Estas teorias partem do exame da condição humana na ausência de qualquer


ordem social estruturada, o chamado estado de natureza. Nesse estado, as
ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu poder e sua
consciência.

• Os defensores das teorias do contrato social tentam explicar como foi do


interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que possuiria no Estado de
natureza para obter os benefícios da ordem política do estado civil.

• As teorias sobre o contrato social nos séculos XVI e XVIII visam explicar ou
postular a origem legítima e as concepções políticas dos governos.

• Thomas Hobbes (1651)


• John Locke (1689)
• Jean-Jacques Rousseau (1762)

Estes são os famosos teóricos do contratualismo.

O ESTADO DE NATUREZA

• O estado de natureza foi uma situação hipotética criada para tentar explicar a
situação na qual seriam encontrados os homens antes de se organizarem em
sociedade, antes de qualquer regramento social.

• O estado civil: É criado pelo homem de maneira artificial.


• Ele cria o poder político, as leis e legitima os governantes e governos e os
fiscais das leis. É estado com leis, território e um povo.

Thomas Hobbes
• Thomas Hobbes, teórico político e filósofo inglês, é o autor do livro Leviatã e do
Cidadão.

• No seu livro Leviatã, ele apresentou suas ideias sobre a natureza humana e
sobre as sociedades e os governos .

• Para ele, no Estado natural, alguns homens são mais fortes ou mais
inteligentes do que outros, mas nenhum se ergue tão além do medo de que o
outro homem lhe possa fazer mal.

• O indivíduo tem direito a tudo, e como as coisas são escassas, existe uma
constante guerra de todos contra todos, no qual o homem é o lobo do próprio
homem.

• No entanto, todos os homens têm um desejo de seu interesse, que é de acabar


com a guerra em busca da paz, e por isso, formam sociedades, entrando num
contrato social.
• Para Hobbes, o soberano pode ser um rei absoluto que promulga e aplica as
leis.

• Veja a seguir sua concepção sobre o estado de natureza e o estado civil.

ESTADO DE NATUREZA:

O homem não é dado a sociabilidade.


O homem é o lobo do homem.
Constante estado de guerra.
Medo recíproco da morte violenta.
Não há progresso.

ESTADO CIVIL:

Criado através de uma espécie de contrato social.


Pelo pacto passam a constituir um corpo político.
Concedem o poder a um terceiro.
É possível alcançar progresso.
Garante propriedade privada, que é um direito civil.

Você também pode gostar