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SOCIOLOGIA

CAP. 2: FUNDADORES

1º ANO-MAT.
Para entender o contexto

• A Sociologia é uma disciplina científica recente,


sistematizada e institucionalizada somente no
séc.XIX, graças aos esforços de alguns
pensadores que se dedicaram a estudar a
sociedade.
• Acontecimentos históricos que impulsionaram
o aprimoramento da Sociologia como ciência:
Revolução Francesa (1789-1799), Revolução
Industrial (1760-1840), substituição das
monarquias absolutistas por regimes
republicanos ou monarquías constitucionais.
Para entender o contexto
• Revolução Francesa – pôs fim à
monarquia absolutista e instaurou a
república, um governo de natureza
laica, eleito pela população e com
mandato de tempo determinado,
promovendo a rotatividade dos
representantes no exercício do
poder.
• Alguns pensadores contribuintes
desse período: Montesquieu,
Rousseau, Tocqueville.
Para entender o contexto

• Revolução Industrial –
instaurou as fábricas e o
trabalho assalariado,
estabelecendo novas relações
de produção, também
incentivou os filósofos a
pensarem sobre a distribuição
da riqueza, as bases da
propriedade de bens e o bem-
estar dos trabalhadores.
• Pensadores que participaram
desse período: John Locke e
• A própria história desse período chamado
de Modernidade (séc. XV à séc.XX)
desenvolveu o pensamento voltado às
questões sociais, amadurecendo o debate
acerca da liberdade humana, da justiça e
do exercício do poder.

• No séc.XIX, três pensadores lançaram


bases de um pensamento profundo e
sistemático sobre a sociedade: Émile
Durkheim (1858-1917), Karl Marx (1818-
1883), Karl Marx (1818-1883).
Émile Durkheim (1858-1917)

• Influenciado pelo positivismo de Auguste Comte,


Durkheim prosseguiu no objetivo de dar contornos e
conteúdos à disciplina recém-criada, a Sociologia.
• Durkheim procurou garantir à Sociologia condições de
legitimidade científica, das quais desfrutavam as
Ciências Naturais e Exatas.
• Orientado pelo conjunto de princípios da Biologia,
que prega a objetividade e neutralidade do cientista,
Durkheim dedicou-se a desenvolver de forma
sistemática a teoria sociológica e seu método de
pesquisa. E para isto, valeu-se de seus conhecimentos
em História, Direito e Filosofia.
• Durkheim entendia a Sociologia como
uma disciplina científica voltada à
pesquisa empírica e considerava dever do
sociólogo de submeter seu conhecimento
à comprovação e às evidências.
• Propôs que o cientista se voltasse a seu
objeto de pesquisa – os fatos sociais – de
forma imparcial e despido de interesses
pessoais, emoções e ideologias, de
maneira a preservar e garantir a
objetividade científica.
Fatos sociais
• Fatos sociais – são as formas de agir,
pensar e sentir que são externas ao
indivíduo e a ele se impõem, mas que
orientam seu comportamento, muitas
vezes sem que ele perceba que está
sendo influenciado.
• Ex.: o idioma de um país não
depende de nossa escolha nem de
nossa vontade e impõe-se à nossa
maneira de agir, como uma força
externa a nós.
• Aprendermos o idioma e nos
expressarmos por meio dele resulta
do poder coercitivo dos fatos sociais
sobre nosso comportamento e nossa
forma de ser.
• Hábitos alimentares, maneira de vestir, formas de relacionamento, em dada
sociedade, impõe-se a nós, independentemente de nossa vontade.
• Para entender como as forças sociais atuam, o sociólogo precisa analisar as
manifestações e as regularidades dos fatos sociais, pois em si mesmos, eles
são inapreensíveis.
• Durkheim distingue dois tipos de fatos sociais: fatos normais e fatos
anormais.
• Fatos sociais normais são aqueles cuja regularidade atinge a média da
população.
• Fatos sociais anormais são aqueles que parecem ser uma anomia, isto é, um
desregramento social, um sintoma de falta de regras, limites ou normas.
• Essa categorização não depende do valor moral dos fatos observados.
• Durkheim distingue dois tipos de fatos sociais:
fatos normais e fatos anormais.
• Fatos sociais normais são aqueles cuja
regularidade atinge a média da população.
• Fatos sociais anormais são aqueles que parecem
ser uma anomia, isto é, um desregramento
social, um sintoma de falta de regras, limites ou
normas.
• Essa categorização não depende do valor moral
dos fatos observados.
• Para avaliar a normalidade ou generalidade dos
fatos sociais as estatísticas são uma ferramenta
indispensável de apreensão do social.
Indivíduo e Coletividade

• Durkheim distingue a consciência individual da


consciência coletiva.
• Consciência individual - é o lado peculiar dos indivíduos
que marca a sua subjetividade de maneira específica, no
sentido da singularidade que marca.
• Consciência coletiva - é o conjunto de sentimentos e
crenças comuns aos membros de uma mesma sociedade.
Ela resulta da união das consciências particulares que
agem e reagem umas sobre as outras e dão origem a
uma realidade nova, mais rica e desejável do que a
condição individual de cada identidade particular.
• O social transcende o individual.
O estudo do suicídio
• Durkheim analisou as taxas de suicídio na
França do séc. XIX e percebeu que o
suicídio é um fato social, pois depende de
forças sociais mais do que a situação
individual do suicida.
• 4 categorias do suicídio:
• Egoísta - é aquele em que o ego individual
se afirma demasiadamente face ao ego
social, ou seja, há uma individualização
desmesurada. As relações entre os
indivíduos e a sociedade se afrouxam
fazendo com que o indivíduo não veja mais
sentido na vida, não tenha mais razão para
viver.
• Anômico - é aquele que ocorre em uma
situação de anomia social, ou seja, quando
há ausência de regras na sociedade, gerando
o caos, fazendo com que a normalidade
social não seja mantida.
• Em uma situação de crise econômica, por
exemplo, na qual há uma completa
desregulação das regras normais da
sociedade, certos indivíduos ficam em uma
situação inferior a que ocupavam
anteriormente.
• Assim, há uma perda brusca de riquezas e
poder, fazendo com que, por isso mesmo, os
índices desse tipo de suicídio aumentem.
• Altruísta - é aquele no qual o indivíduo
sente-se no dever de fazê-lo para se
desembaraçar de uma vida
insuportável. É aquele em que o ego
não o pertence, confunde-se com
outra coisa que se situa fora de si
mesmo, isto é, em um dos grupos a
que o indivíduo pertence (kamikazes
japoneses, os muçulmanos que
colidiram com o World Trade Center
em NY, em 2001).

• Fatalista – é aquele no qual o


indivíduo se sente excessivamente
massacrado pela regulamentação
social e que aspira dela se libertar com
uma súbita interrupção da vida.
Solidariedade mecânica e Solidariedade orgânica
• Influências do Positivismo e das Ciências
Naturais – estudos comparativos da sociedade
– apreensão do seu desenvolvimento e as
tendências de sua evolução.
• As principais forças da vida social estavam nas
tradições e nos costumes que alicerçam os
deveres mútuos dos membros de uma mesma
comunidade.
• Três instituições colaboram para intensificar
essa integração social: a Família, o Estado, as
corporações profissionais, bem como as leis
que costuram e legitimam direitos, deveres e
reciprocidades.
• Os indivíduos desenvolveram relações de
solidariedade, cuja função permite distinguir dois
tipos de sociedade:
• Sociedades de solidariedade mecânica:
característica das sociedades pré-capitalistas e
alguns grupos sociais do meio rural.
• Os indivíduos se relacionam principalmente por
meio da família, da religião e dos costumes.
• Divisão social do trabalho simples ou quase
inexistente.
• Consciência coletiva tem maior poder de coerção
sobre os indivíduos.
• Sociedades de solidariedade orgânica: típica
das sociedades capitalistas, do meio urbano
e industrial.
• Indivíduos interdependentes, unidos pela
intensa divisão social do trabalho.
• Complexa divisão social do trabalho.
• Laços impessoais que substituem a
integração pessoal e familiar das sociedades
agrárias.
• Consciência coletiva enfraquecida.
• Simultaneamente, os indivíduos se tornam
mutuamente dependentes e cada um se
especializa em determinadas áreas.
• Maior autonomia pessoal.
• Valorização da distinção entre os indivíduos.

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