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Sociologia

Natália Marra
Roteiro
• Conceitos gerais
• Evolução Histórica
• Comte
• Saint Simon
• Spencer
• Durkeim
• Marx
• Weber
A ideia Social
• Dois tipos de fenômenos: o físico e o social. 
• Sociologia: fruto de várias formas de conhecer
e pensar sobre a natureza humana.
• Finalidade das ciências sociais: explicar,
compreender as relações do HOMEM com
outros sistemas. História – Homem x tempo;
Economia - Homem x recursos; Direito -
Homem x Normas.
• O ser humano é a única criatura do reino
animal capaz de criar e manter cultura. Cada
sociedade humana possui sua cultura própria,
de maneira que os membros de uma
sociedade comportam-se diferentemente dos
membros de qualquer outra sociedade, com
relação a alguns aspectos significativos de
comportamento.
SOCIOLOGIA – HOMEM X HOMEM.

•Conceito de sociologia: Ciência que estuda os


fatos sociais para sua melhor compreensão.

- socie do latim = pessoa;


- é a maneira de pensar, sentir e agir de um grupo
ou uma sociedade.
Revolução Industrial
•  Área econômica, capitalismo, liberalismo: Utilização
da máquina ao invés da manufatura, concentração
do capital, novas formas de produção e de utilização
do trabalho, divisão do trabalho, grandes empresas.
• Modificações sociais: Desemprego, êxodo rural,
crescimento demográfico, urbanização crescente e
desorganizada . 
• Modificações políticas: Surgimento do proletariado e
sua consciência de classe. Momento em que o
homem perde sua capacidade de produção total e
vai para as fábricas. Desaparecimento dos artesãos
independentes, pequenos produtores proprietários.
Revolução Francesa
• Poder político, burguesia. Rompe com a sociedade feudal.
Transformações sociais.

• Surge o positivismo: reflexões sobre as consequências da


revolução. São pensadores de afirmação dessa nova ordem social,
freiam cada possível revolução dos trabalhadores apaziguando-os.
São contrários aos Iluministas, sendo seu lema Ordem e Progresso.

• Outros fatores: Mudanças na forma de pensamento, renunciando


as explicações teológicas e adotando posturas racionais. (séc. XVII
-> racionalistas -> avanço científico).

• Iluministas: Eram contra o sistema feudal, criticavam as


instituições.
Sociologia como ciência:
• A sociologia clássica surgiu com “Augusto Conte” com a Teoria do
Positivismo.

• POSITIVISMO: Segundo esta teoria os estudos da sociedade só


deveriam ter validade quando feitos com caráter científico.
• Os estudos da sociedade devem basear-se em observações reais e
não em meras especulações.
• A ciência não tem emoção, como a Física Social.

• Considerou a sociedade sob dois aspectos: o estático e o dinâmico.


Estático: são as instituições permanentes que mantem uma
sociedade (Ex.: família, linguagem, religião, Estado,...) e o
Dinâmico: transformações necessárias às mudanças (mudança das
normas, criação de novas instituições,...). Daí , o Estático é a
Ordem e o Dinâmico é o Progresso.
OBJETO: Fato Social: - Verdade/Realidade social

Características do Fato social:


•EXTERIORIDADE: Porque não nasce com o
indivíduo, portanto está fora de nós;
•COERCITIVIADE: Porque exerce uma pressão ou
controle sobre os indivíduos, pois são dotados de
força moral;
•GENERALIDADE: Porque é comum a todos os
indivíduos inseridos no mesmo contexto.
COMTE
• Isadore Auguste Marie François Xavier Comte
• Montpellier, França, 1798 – 1857
• Entrou para a faculdade de Medicina aos 16 anos,
mas foi expulso devido as suas ideias.
• Fundador do positivismo e da sociologia.
• Secretário do filósofo socialista Saint Simon
(romperam depois).
Contexto:

•O desenvolvimento científico permitiu os avanços


tecnológicos que se seguiram durante a Revolução
Industrial. Esses avanços tornaram-se agentes de
modificação profunda nas sociedade europeias
(êxodo rural, cidades inchadas).
•Contexto marcado por desordem, revoluções,
insatisfação da população com a politica.
• Apreensivo, Comte observava a decadência do
feudalismo e a emergência da sociedade moderna e
urbana na Europa.
• Essas transformações não foram serenas, mas
marcadas por grandes conflitos relativos à adaptação
dos indivíduos e instituições às novas formas de
organização do trabalho e da vida coletiva.
• Para Comte, a crise deriva da falta de um consenso
coletivo, que antes existia devido à religião organizar a
vida. O jeito era acelerar a formação de um novo
consenso baseado no pensamento científico.
• Comte contrapunha o iluminismo, que contestava as
instituições sociais e q ameaçavam a liberdade do
homem.
• Comte queria organizar a realidade e não modificar.
Uma evolução ordeira, incompatível com revoluções e
mudanças bruscas.
• 1848- Criou uma Sociedade Positivista (quase uma
religião e chegou a cogitar a instalação de templos
para venerar o ser humano, não uma divindade).  

• Sistema de política positiva – instituía busca pela


unidade moral humana, por meio da “religião da
humanidade”.

• Lema: Amor como princípio, ordem como base e


progresso como objetivo. Inspirou as Forças
Armadas brasileiras e a bandeira do Brasil: ordem e
progresso.
Lei dos Três Estados (3 fases de desenvolvimento da ciência, a história do
pensamento humano). 

•Teológica: observações positivas e o uso da ciência como forma de


construção do conhecimento eram precários. Por isso os indivíduos se
apegavam a formas mais imaginativas de explicação dos fenômenos do
mundo. Diante da complexidade do mundo natural, só é compreendido por
crenças religiosas ideias de deuses ou espíritos. 

•Metafísica: tem como exemplo o Renascimento. O pensamento humano


passou a ver o mundo a partir de termos naturais. Ainda que fossem
problemas abstratos, a metafísica substituiu a imaginação, desenvolveu o
questionamento e não a aceitação de explicações baseadas em noções
sobrenaturais.

•Fase Positiva: estudar a sociedade humana e formular suas leis universais.


Subordinação da imaginação e da argumentação pela observação. O processo
de construção do conhecimento humano deve ocorrer a partir da
experimentação, própria do método científico.
Conde de Saint-Simon
• França(1760-1825)
• Trabalhou com Comte e romperam por seguirem ideologias distintas.
• Descendente de família aristocrática. Com 17 anos entrou para o serviço militar.
Foi enviado para ajudar as colônias americanas na guerra da independência contra
a Inglaterra. Retornando à França tornou-se um republicano, durante a Revolução
Francesa (1789).
• Na América percebeu um desenvolvimento diferente e percebeu 4 fatores para
isso que não haviam na Europa: tolerância religiosa, ausência de privilégios sociais,
noção de que poder econômico e político não podem se confundir e aceitação
universal de uma filosofia baseada no pacifismo, na indústria. América mais liberal
e democrática que a Europa.
• Em 1793, Saint-Simon foi preso, acusado de especulação, quando comprava por
baixo preço, terras recentemente nacionalizadas pelo governo revolucionário.
• Libertado em 1749, se vê com uma posição financeira confortável com a
valorização de seus bens. Os luxuosos salões de sua casa recebiam pessoas
importantes de todas as áreas.
• O Conde de Saint-Simon fez viagens para a Alemanha, Reino Unido e Suíça. Nessa
época escreveu seu primeiro trabalho “Lettres d’um Habitant de Genève” (1802),
em que propôs que os cientistas tomassem o lugar dos padres na ordem social.
• Com os gastos desordenados chegou à beira da
falência. Em 1808 estava pobre e voltou a estudar.
Dedicou-se a escrever vários artigos científicos e
filosóficos, procurando ganhar apoio para suas ideias.
• Em 1823, em uma crise nervosa, Saint-Simon tentou se
matar com uma pistola, mas o tiro lhe tirou um dos
olhos.
• Em 1925, escreve seu principal trabalho “Nouveau
Christianisme”, onde proclama uma fraternidade do
homem que deve acompanhar a organização científica
da indústria e da sociedade.
• Saint-Simon foi considerado um notável socialista
utópico, o primeiro a admitir a necessidade de uma
economia planificada. Dava grande importância a uma
produção abundante e eficiente, a utilização do
conhecimento científico e tecnológico voltados para a
produção, em benefício ao interesse geral.
• Saint-Simon divide a sociedade em "ociosos" e "produtores",
achava que a direção do Estado caberia aos industriais (entre
os quais Saint-Simon incluía empresários, artesãos e
operários), que deveria promover o bem-estar da "classe
mais pobre e mais numerosa da sociedade". Mas não
acreditava (e não propunha) uma sociedade totalmente
igualitária. As pessoas não eram dotadas de forma igual.
• Ele acreditava na livre empresa e no capitalismo, no governo
de produtores (de operários a gerentes, etc), desde que esses
concordassem em assumir certas responsabilidades sociais.
• Atacou a exploração dos trabalhadores na medida em que
esses estavam sujeitos a um sistema que se baseava no
direito de propriedade.
• Percebia um individualismo imoderado, doentio e selvagem,
resultante da quebra da ordem e da hierarquia.
• Por outro lado, acreditava que a sociedade estava se
desenvolvendo e tinha os elementos necessários para dar a
volta por cima, através da colaboração tecnológica.
HERBERT SPENCER
• 1820-1903 Inglaterra 
• Fundador da teoria do darwinismo social, onde as classes diferenciadas formariam
a seleção natural na sociedade. Teve grande influência em estudiosos como
Durkheim.
• Evolucionismo nas Ciências Humanas. Ele que é o autor da famosa expressão da
‘sobrevivência do mais apto’.

• Biografia:
• Não frequentou escola, foi educado pelos pais. Era filho de um professor, mas
mesmo assim, não frequentou a escola de forma regular. Por isso, desenvolveu
aversão ao ensino tradicional, preferindo ser um observador dos fatos externos.
• Personalidade anticonformista. Aos 13 anos, tentou fugir da educação oferecida
por um tio que era pastor protestante, mas teve que voltar à escola, onde se
manteve até os 16. Depois disso, deu continuidade sozinho a sua formação, com
leituras que se concentraram acima de tudo em ciências.
• Queria ser inventor e acabou, pelo conhecimento que adquiriu sozinho,
trabalhando como engenheiro ferroviário.
• Paralelamente, começou a publicar artigos em que já defendia
idéias liberais, argumentando que a ação dos governos não
deveria ir além de garantir os direitos naturais dos cidadãos.
• Em 1848, tornou-se subeditor da revista The Economist, onde
trabalhou até 1853, quando recebeu uma herança do tio e passou
a se dedicar apenas a escrever livros - atividade que manteve até a
morte, em 1903.
• Trabalhou como engenheiro, geólogo, biólogo e assessor de jornal
de economia.
• Em sua obra, Princípios de Psicologia, se antecipa a Charles Darwin
no tratamento do princípio da seleção natural. Tinha foco
diferente, no aspecto social.

• 1860 – Princípio da filosofia sintética. Estruturação de um sistema


coerente de toda a produção científica e filosófica, centrada na
evolução.
• Princípio segundo o qual a evolução se processa: a) do mais
simples para o mais complexo, b) do mais homogêneo para o mais
heterogêneo, c) do mais desorganizado para o mais organizado.
• Esse princípio influenciou toda a ciência da época. (final séc. XIX).
• Spencer aderiu ao movimento do biologismo
sociológico.
• Define a sociedade como um organismo. Por analogia
destaca processos de crescimento, expressos através
de diferenciações estruturais e funcionais.
• Sublinha a importância dos processos de
interdependência entre as partes, bem como a
existência de unidades (células) nos organismos e na
sociedade (indivíduos).
Tal como nos organismos observa-se na sociedade
fenômenos de assimilação, circulação, regulação, etc.

• No quesito filosófico, nomeia sua tese como


incognoscível (impossível de ser toda conhecida), sob
argumentos psicológicos e históricos. Ele apenas
fornece evidências de que sua tese existe.
 
• Diferente de Comte, dividiu a ciência em três
esferas conforme a abstração:

1- as ciências abstratas (que estudam a forma dos


fenômenos/ matmática, lógica),
2- as ciências concretas (que estudam os próprios
fenômenos/astronomia, psicologia, geologia,
biologia),
3- as ciências concreto-abstratas (mecânica, física,
química).
• EXERCÍCIO SPENCER E COMTE
ÉMILE DURKHEIM
• França 1858-1917
• Família judia muito religiosa, mas não ele. Em boa parte dos
seus trabalhos, procurou demonstrar que os fenômenos
religiosos tinham origem em acontecimentos sociais.
• Pai da sociologia moderna e da Escola Sociológica Francesa.
• Foi o primeiro professor universitário de Sociologia.
• Muito influenciado por Comte e o positivismo.
• Dedicou sua trajetória intelectual a elaborar uma ciência que
possibilitasse o entendimento dos comportamentos
coletivos.
• Sua grande preocupação era explicar os elementos capazes
de manter coesa a nova sociedade que ia se configurando
após a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. 
• A sociologia de Durkheim dá ênfase nas instituições
sociais, seu surgimento e funcionamento.
• As instituições, para ele, são instituídas pela
coletividade que refletirá nas crenças e
comportamentos.
• A vida coletiva não é a soma dos indivíduos, mas
um ser distinto, mais complexo e irredutível às
partes que o formam.
• Os fenômenos sociais (aquilo que aparece
socialmente) têm sua origem na coletividade e não
em cada um dos seus participantes.
• Entende-se o fato social como uma “coisa” que
exerce força de coerção sobre os sujeitos,
independente de sua vontade ou ação individual.
• O fato social se impõem na direção da sociedade
para o indivíduo e se estabelece de forma a
homogenizar e padronizar os comportamentos
particulares, garantindo que sejam coletivos.
• Propositalmente, Durkheim chama o fato social de
“coisa” para ressaltar que ele é um objeto no
sentido científico, isso é, algo que pode ser
observado, definido e explicado pelo cientista
social.
• O fato social é algo dotado de vida própria, externo
aos membros da sociedade e que exerce sobre os
mesmos uma autoridade que os leva agir, a pensar
e a sentir sob determinadas maneiras.
Segundo Durkheim, os fatos sociais possuem três
características principais:

•São externos ao indivíduo, ou seja, os fatos sociais


existem independentemente de nossas vontades
individuais,
•São de natureza coercitiva, o que quer dizer que
eles possuem força para nos “obrigar” a agir de
determinada maneira sob a ameaça de punições
como o isolamento social, por exemplo, no caso de
um comportamento socialmente inaceitável,
•São também generalistas, ou seja, atingem a todos
sem exceções.
• São exemplos de fatos sociais a família, a escola, a
religião, as Leis, o sistema financeiro, vestimentas
de um povo, a forma de organização cultural e
política, etc.
• Um exemplo bem prático é você observar uma
pessoa religiosa: a entonação da voz é diferente, há
vestimentas específicas, a forma de pensar e de
expor suas ideias seguem um padrão, os
comportamentos e as falas são específicas para
cada momento, etc. Ou seja, há uma internalização
de determinas maneiras de ser e agir do indivíduo
ao ser exposto neste tipo de instituição que o difere
dos demais.
Preocupado com a coesão social e com a integração social na
sociedade industrial, Durkheim vai desenvolver o conceito de
solidariedade mecânica e orgânica.

•Mecânica: é um tipo de solidariedade pertencente as sociedades


tradicionais, nas quais os indivíduos se identificam por meio da
família, da religião, da tradição, dos costumes. É uma sociedade que
tem coesão porque os indivíduos ainda não se diferenciaram e
reconhecem os mesmos valores, os mesmos sentimentos, os
mesmos objetos sagrados, porque pertencem a uma coletividade.

•Orgânica: surge nas sociedades mais complexas e modernas, onde


existe uma maior divisão do trabalho e uma maior individualidade,
pois as pessoas criam autonomia em relação à consciência coletiva.
Por meio da divisão do trabalho social, os indivíduos tornam-se
interdependentes, garantindo, assim, a união social, mas não pelos
costumes e tradições. Assim, o efeito mais importante da divisão do
trabalho não é o aumento da produtividade, mas a solidariedade que
gera entre os homens.
• Esse conceito traz a ideia de que a sociedade industrial
mantêm-se em um funcionamento relativamente
harmonioso, possibilitado pelo fato de que cada grupo
ou indivíduo ocupa uma função diferente, cumprindo
cada um seu papel na sociedade através da divisão
social do trabalho.

• No livro "Da Divisão do Trabalho Social" (1893), ele


estabeleceu as bases da sociedade comparando a um
organismo vivo, onde cada parte funcionava como um
órgão biológico que agiria de forma dependente.
Assim, numa sociedade "doente", que ele denominava
de anomia, a cura para o melhor funcionamento social
seria a solidariedade orgânica.
Importância dos fatos morais na integração dos
homens à vida coletiva.

•Moral: é tudo que promove a solidariedade, tudo que


força o indivíduo a contar com o seu próximo, sem se
levar pelo seu egoísmo. É um sistema de normas de
conduta que prescrevem como o sujeito deve
conduzir-se em determinadas circunstâncias.

•Portanto, quando há conflitos na sociedade é devido


a anomalia, isto é, ausência de instituições capazes de
regularem valores, normas e regras capazes de manter
a integração social.
Suicídio Egoísta: é aquele em que o ego individual se afirma demasiadamente
face ao ego social, ou seja, há uma individualização desmesurada. As relações
entre os indivíduos e a sociedade se afrouxam fazendo com que o indivíduo
não veja mais sentido na vida, não tenha mais razão para viver;

Suicídio Altruísta: é aquele no qual o indivíduo sente-se no dever de fazê-lo


para se desembaraçar de uma vida insuportável. É aquele em que o ego não o
pertence, confunde-se com outra coisa que se situa fora de si mesmo, isto é,
em um dos grupos a que o indivíduo pertence. Temos como exemplo os
kamikazes japoneses, os muçulmanos que colidiram com o World Trade Center
em Nova Iorque, em 2001, etc.;

Suicídio Anômico: é aquele que ocorre em uma situação de anomia social, ou


seja, quando há ausência de regras na sociedade, gerando o caos, fazendo com
que a normalidade social não seja mantida. Em uma situação de crise
econômica, por exemplo, na qual há uma completa desregulação das regras
normais da sociedade, certos indivíduos ficam em uma situação inferior a que
ocupavam anteriormente. Assim, há uma perda brusca de riquezas e poder,
fazendo com que, por isso mesmo, os índices desse tipo de suicídio
aumentem. É importante ressaltar que as taxas de suicídio altruísta são
maiores em países ricos, pois os pobres conseguem lidar melhor com as
situações.
Durkheim x Marx
•Diferente de Marx, ao analisar os conflitos sociais do final do
século XIX, devido a relação capital e trabalho, vai defender que
estes surgiram por causa da anomia, isto é, ausência de
instituições e normas integradoras que permitissem a
integração da sociedade através da divisão social do trabalho,
que estava nascendo e se desenvolvendo. Falta da
solidariedade.
•Apontava que Marx cometeu um grande equívoco ao achar
que a economia era o que estruturava a organização entre os
homens. Na concepção durkheimiana, o Mercado não possui
efeito aglutinador das relações entre as pessoas.
•São várias as instituições de relevância na sociedade
contemporânea como a família, a escola e a religião, com
normas, regras e valores.
•O Estado aparece na obra de Durkheim como a instituição
responsável por organizar essa divisão do trabalho, exercendo
uma força capaz de garantir sua unidade.
• Exercício: Analise as charges abaixo e redija um
texto relacionando-as aos estudiosos Conde de
Saint Simon, Spencer e Durkheim.
KARL MARX
• Alemanha 1818 – 1883 (Londres)
• Família de Judeus de classe média. Pai se converteu
cristão para poder exercer sua profissão. Judeus eram
perseguidos e tinham pouca liberdade.
• Estudou direito.
• Dos 7 filhos que teve, dois morreram por doenças
simples, derivadas da situação de pobreza na qual
viviam. Os recursos do sogro Barão eram insuficientes
para manter a numerosa família. Engels ajudou muito.
• Questionava que até então os filósofos tinham feito
muito para interpretar o mundo. Agora deviam
Trasnformá-lo!
• Teoria MATERIALISTA HISTÓRICA
• Pensar uma saída para o capitalismo, buscando novas
formas de produção e distribuição econômica que
igualasse os homens em suas condições materiais e
sociais, liberando-os da alienação, foi um dos maiores
esforços da teoria de Marx.
• Fomento revoluções (URSS) e uma nova linha científica:
Marxismo.
- Objeto de estudo: Relações de produção, classes sociais
e contradições da sociologia.
- Definição de sociologia: Teoria ligada à prática. A prática
seria a ponte entre a teoria e a realidade.
- Função da sociologia: Contribuir para a transformação
da sociedade, onde a teoria deve estar ligada à prática
revolucionária.
- Método: Materialismo dialético.
• Materialismo: 1ª Materialidade do mundo: Todos os
fenômenos são materiais.
• 2ª A matéria é anterior à consciência
• Na base do pensamento de Marx está a idéia de que
tudo se encontra em constante processo de mudança.
• O motor da mudança são os conflitos resultantes das
contradições de uma mesma realidade.
• O conflito que explica a história é a luta de classes. As
sociedades se estruturam de modo a promover os
interesses da classe economicamente dominante.
• No capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e
aquela que vende sua força de trabalho e recebe
apenas parte do valor que produz é o proletariado. 
• O marxismo prevê que o proletariado se libertará dos vínculos com
as forças opressoras e, assim, dará origem a uma nova sociedade.
• O conflito de classes já havia sido responsável pelo surgimento do
capitalismo, cujas raízes estariam nas contradições internas do
feudalismo medieval.
• Em ambos os regimes (feudalismo e capitalismo), as forças
econômicas tiveram papel central. "O moinho de vento nos dá uma
sociedade com senhor feudal; o motor a vapor, uma sociedade
com o capitalista industrial", escreveu Marx. 
• Para Marx, as estruturas sociais e a própria organização do Estado
estão diretamente ligadas ao funcionamento do capitalismo. Por
isso, para o pensador, a ideia de revolução deve implicar mudanças
radicais e globais, que rompam com todos os instrumentos de
dominação da burguesia. 
• Por causa da divisão do trabalho - característica do industrialismo,
em que cabe a cada um apenas uma pequena etapa da produção -
o empregado se aliena do processo total. 
• Além disso, o retorno da produção de cada homem é uma quantia
de dinheiro, que, por sua vez, será trocada por produtos.
MAX WEBER
• Alemanha (1864-1920)
• Teoria COMPREENSIVA: as ações em si não tem um
sentido próprio, mas o sentido que nós, como sujeitos
modernos, atribuímos a elas. Para Weber, o papel do
sociólogo deve ser compreender esses sentidos, que
são dados pelos sujeitos mas não podem ser
apreendidos de forma imediata por eles (o que
justifica a necessidade da reflexão sociológica).
• A Sociologia Compreensiva de Max Weber auxilia-nos
a entender o mundo social com base nas ações dos
indivíduos inseridos no contexto.
• Obra A ética protestante e o espírito do capitalismo:
investiga a influência da religião na formação do
capitalismo ocidental. Os fundamentos dessa religião
– que prega a intensa dedicação ao trabalho e não
condena a acumulação de riquezas – favoreceram a
consolidação do capitalismo nos países onde sua
influência era grande.
• Max Weber alinhava-se à visão de Marx em relação
ao tratamento do desenvolvimento do capitalismo
no mundo moderno e às investigações em torno dos
sistemas anteriores de produção e das lógicas de
relações sociais que se estabeleciam em volta deles.
• Contrariamente ao pensamento de Marx, Weber não dava a
mesma importância ao conflito de classes e também não
submetia suas análises comparativas à noção de materialismo
histórico dos trabalhos marxistas.
• Weber buscava, assim como seus predecessores, entender as
mudanças sociais advindas da Revolução Industrial que ainda se
desenrolavam em seu tempo.
• Weber acreditava que as motivações das ações dos indivíduos
em seu convívio diário eram os principais fatores que
determinariam os rumos dos processos de mudança social.

- Objeto de estudo: Ações humanas. Ações entre os indivíduos


assumem formas duráveis que constituem o fundamento das
estruturas sociais.
Ação Social: qualquer ação realizada por um sujeito em um meio
social que possua um sentido determinado por seu autor. 
Weber estipulou quatro tipos ideais de ações
sociais: 

•Ações racionais com relação a fins (objetos a


serem alcançados).
•Ações racionais com relação a valores (ético,
poético, religiosos).
•Ações afetivas (emotivas).
•Ações tradicionais (costumes).
• Weber afastou-se dos determinismos sócio-históricos
de Karl Marx e do fatalismo da noção de um sistema
externo e independente do indivíduo que Émile
Durkheim.
• Propôs a noção de um ser humano livre para agir,
pensar e construir sua realidade.

• Mudanças profundas, como a gradual construção do


capitalismo e a monstruosa explosão do crescimento
dos meios urbanos, que se tornaram as bases da
reordenação das organizações tradicionais que
predominavam até então.
• A preocupação de Weber estava em tentar apreender
os processos pelos quais o pensamento racional, ou
a racionalidade, impactou as instituições modernas,
como o Estado, os governos e, ainda, o âmbito cultural,
social e individual do sujeito moderno. O INDÍVÍDUO.
• Racionalização: é vista por Weber como algo que
nos leva ao desencantamento do mundo, quando
as formas místicas e religiosas de pensar perdem
espaço para a burocratização.

• Capitalismo: Expressão da modernização e uma


forma de racionalização crescente.
• Burocracia: Baseia-se na racionalidade e
converte-se no destino inelutável da sociedade.
Leva a um mundo intelectualizado e artificial.
-Definição de sociologia: Ciência voltada para a compreensão interpretativa
das ações sociais e, por essa via, para a explicação e os efeitos das mesmas. O
grau máximo de evidência de uma ação é compreendido de uma ação racional.

-Função da sociologia: Compreender os motivos das ações individuais,


desenvolvimento da racionalidade na administração da sociedade.

-Método: Histórico comparativo, propondo o tipo ideal, que serve para


determinar o sentido subjetivo da ação. O tipo ideal serve para perceber os
desvios no desenvolvimento esperado da ação racional.

-Desigualdade social:

•Dominação racional, baseada em leis. A sua forma típica seria a burocracia.


•Dominação tradicional, baseada nos costumes, teria como forma típica a
gerontocracia (idosos), patriarcalismo (pai) e patromonialismo (soberanos).
•Dominação carismática seria através do carisma, tendo como forma típica os
profetas, chefes guerreiros.
 
Exercício: Analise as imagens abaixo e relacione-as à
ideia de controle social de Marx e Weber.

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