Você está na página 1de 2

AULA 3

1. Requisitos de Validade do NJ

 Capacidade do agente:

 Incapacidade absoluta x relativa

 Legitimação: ex: outorga conjugal

 Licitude, possibilidade e determinação do objeto

 Impossibilidade inicial: v. art. 106

 Forma prescrita ou não defesa em lei

 Vontade livre, consciente e desembaraçada

2. Nulidade x anulabilidade

 Nulidades: v. arts. 166 a 170

 Anulabilidade: v. arts. 171 a 177.

 Prazo: arts. 178 e 179.

3. Defeitos do NJ: vícios do consentimento e vício social (exógeno)

 Erro ou Ignorância: falsa (ou ausência de) percepção sobre a pessoa, o objeto ou o
próprio negócio. Para anular o negócio precisa ser substancial, real e escusável* (o
erro imperceptível às pessoas com diligência normal).

 *Divergência doutrinária:

 Pela exigência da escusabilidade: “Além de substancial, o erro deve


ser escusável. Quer dizer, a falsa representação da realidade não
pode ser produto de falta de empenho da pessoa em se informar
adequadamente antes de praticar o negócio jurídico. É escusável o
erro que não poderia ser percebido por pessoa de diligência normal.”
(Fábio Ulhoa Coelho); e “[...] continua a prevalecer no nosso direito,
como requisito fundamental à anulação do negócio jurídico sob a
alegação de erro do vício, a escusabilidade, mesmo que a lei atual a
ela não faça referência, não se admitindo a sua desconstituição em
havendo erro indesculpável, grosseiro, que decorra de suprema
ignorância ou de excessiva negligência por parte do declarante, pois
do contrário o legislador estaria beneficiando a vítima do próprio
desleixo, tudo a contrariar a essência do defeito ora debatido ao lado
da nova exigência legal, baseada na Teoria da Confiança, do
reconhecimento do erro por parte do declaratário.” (Luiz Paulo Vieira
de Carvalho)

 Pela inexigência da escusabilidade (teoria da confiança): Enunciado


n.° 12, I JDC: “Na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não
escusável o erro, porque o dispositivo adota o princípio da confiança.”

 Erro substancial x erro acidental (art. 139)

6
 Error in negotio

 Error in corpore

 Error in persona

 Error in quantitate

 Falso motivo: só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão


determinante.

 Na hipótese de ocorrência de erro essencial na manifestação de


vontade do servidor ao requerer sua exoneração com base em falso
motivo, caracterizado pela sua nomeação para assumir outro cargo,
depois tornada sem efeito, é cabível a invalidação do ato de
exoneração, com a reintegração do servidor ao cargo anteriormente
ocupado. Aplicação do disposto no artigo 140 do CC/2002. (REsp
870.841/RS, Rel. Ministra Maria Thereza De Assis Moura, Sexta Turma,
julgado em 07/05/2009, DJe 25/05/2009)

 Erro de direito: engano a respeito da existência de determinada norma jurídica


ou pela sua interpretação equivocada. Semelhante ao falso motivo, só é
causa de anulação se for o motivo único ou principal do negócio jurídico e se
não implicar recusa à aplicação da lei.

 V. Art. 3°, LINDB: Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não
a conhece.

 Transmissão errônea da vontade: se dá por meios interpostos (art. 141)

 Erro de cálculo: retificação

 Princípio da conservação dos negócios jurídicos (art. 144)

 Dolo

 Coação

 Estado de Perigo

 Lesão

 Fraude Contra Credores

 Prazo para anulação: 4 anos, contados da cessação da coação ou da celebração


do negócio (prazo decadencial)

Tópicos geradores: Em que circunstâncias um negócio jurídico pode ser inválido?

Metas de compreensão: Identificar os vícios do negócio jurídico; Contextualizar a representação


com os defeitos do negócio jurídico.

LEITURA COMPLEMENTAR:
GAMA, Guilherme Calmon Nogueira da; SILVA, Karina de Oliveira e. Lei de Inclusão das Pessoas
com Deficiência e seus impactos nos contratos. Civilistica.com. Rio de Janeiro, a. 11, n. 3, 2022.
Disponível em: <http://civilistica.com/lei-de-inclusao/>.

Você também pode gostar