Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula 12
– plano da validade;
– plano da eficácia.
Elementos estruturais do negócio jurídico. A
Escada Ponteana
Sobre os três planos, ensina Pontes de Miranda que “existir,
valer e ser eficaz são conceitos tão inconfundíveis que o fato
jurídico pode ser, valer e não ser eficaz, ou ser, não valer e ser
eficaz. As próprias normas jurídicas podem ser, valer e não ter
eficácia (H. Kelsen, Hauptprobleme, 14). O que se não pode dar
é valer e ser eficaz, ou valer, ou ser eficaz, sem ser; porque não
há validade, ou eficácia do que não é”.
1º Degrau - Plano da Existência
• Onde estão os elementos mínimos, os pressupostos de existência. Sem eles, o
negócio não existe. Substantivos (partes, objeto, vontade e forma) sem
adjetivos. Se não tiver partes, objeto, vontade e forma, ele não existe.
Para demonstrar como o erro não precisa ser mais escusável, o que
ampara a primeira corrente, consubstanciada no enunciado
doutrinário. Imagine-se que um jovem estudante recém-chegado do
interior de Minas Gerais (Nanuque) a São Paulo vá até o Viaduto do
Chá, no centro da Capital. Lá, na ponta do viaduto, encontra um
vendedor – na verdade, um ambulante que vende pilhas – com uma
placa “Vende-se”. O estudante mineiro então paga R$ 5.000,00
pensando que está comprando o viaduto, e a outra parte nada diz.
Do erro e da ignorância
Prevê o art. 144 C.C. que o erro não prejudica a validade do negócio
jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige,
oferecer-se para executá-la na conformidade da vontade real do
manifestante. Nesse último dispositivo, em sintonia com a
valorização da eticidade e da operabilidade, no sentido de efetividade,
procurou a nova lei preservar a manifestação de vontade, constante do
negócio jurídico (mais uma vez incidente o princípio da conservação
contratual), desde que respeitada a intenção real dos negociantes.
Do erro e da ignorância