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A REQERENTE nos autos em epígrafe, vem, à presença deste douto Juízo, por seu

advogado infraassinado,
REQUERER A REMESSA DE OFÍCIO AO MINISTÉ RIO PÚ BLICO DA
COMARCA DE NERÓ POLIS ou DELEGACIA DE POLÍCIA RESPONSÁ VEL, para que tal
ó rgã o possa analisar as possíveis prá ticas de atos ilícitos.

Excelência, tal medida se faz necessá ria para a averiguaçã o de atos


e condutas que ficaram demostradas no processo em tela, sã o intrínsecas aos
presentes autos, sendo fonte primá ria para aná lise.
Requer que tais ó rgã os possam analisar as possíveis prá ticas de
atos ilícitos, sã o eles:

1 – RECEBIMENTO DOS VALORES E NÃ O ENTREGA DO


QUE FORA CONTRATADO;

(Stands Comerciais/Parte Hipossuficiente/Relaçã o de


Consumo)

Descumprimento de contrato – esfera cível providência já


adotada.

2 – APROPRIAÇÃ O INDÉ BITA NO CASO DOS STANDS


COMERCIAIS QUE FORAMUTILIZADOS PARA
CONSTRUÇÃ O DO VAPT VUPT.

(Duas das unidades da consumidora, ora 1º requerida,


foram destruídas e utilizadas para a construçã o do
Vapt Vupt); (Confessado em interrogató rio);

3 - VENDA EM DUPLICIDADE DE UM DOS STANDS;


(Confessado em interrogató rio);
4 - ENRIQUECIMENTO ILÍCITO;

Observaçõ es importantes:
A autora já registrou ocorrência policial para apurar o
caso conforme informa a sentença: f. 20 – (m. 5, a. 2).

 Da inicial, constou que a autora registrou ocorrência policial: BO nº 60/2011.


Segue cópia do BO 60/2011 (F. 76, m. 3, a. 1)
   Estelionato

        Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

       Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de
réis.    (Vide Lei nº 7.209, de 1984)

        § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a


pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.

        § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:

           Disposição de coisa alheia como própria

        I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como


própria;

PRESCRIÇÃO 171 do CP: 109 do CP:


     III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a
quatro anos e não excede a oito;

Data do fato: se contar a partir do descumprimento


(inauguração do Centro comercial em 30/06/2010 –
prescrição para o estelionato em 30/06/2022.
      Apropriação indébita

        Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:

        Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

      IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a


dois anos e não excede a quatro;

Fato constatado possivelmente em 2015, conforme


notificação extrajudicial feita pela autora ao Centro
Comercial de Nerópolis.

Art. 109. A prescriçã o, antes de transitar em julgado a


sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste
Có digo, regula-se pelo má ximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redaçã o
dada pela Lei nº 12.234, de 2010).

https://jus.com.br/artigos/68761/enriquecimento-ilicito-
e-pagamento-indevido
I – O ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

No Código Civil, como cláusula geral, formula-se o enriquecimento ilícito:

Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a
restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. A
restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que justifique
o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir.

Para Limongi França (Enriquecimento sem Causa. Enciclopédia Saraiva de Direito. São
Paulo: Saraiva, 1987):
 "Enriquecimento sem causa, enriquecimento ilícito ou locupletamento ilícito é o
acréscimo de bens que se verifica no patrimônio de um sujeito, em detrimento de
outrem, sem que para isso tenha um fundamento jurídico".

O que é relação de consumo, seus elementos e como funciona no


CDC

Relação de Consumo é a aquela na qual existe um consumidor, um


fornecedor e um produto/serviço que ligue um ao outro. É requisito
objetivo de existência, de modo que, para haver relação de consumo,
necessariamente, deve haver, concomitantemente, os três elementos.

A ideia deste texto é esclarecer para você a relação de consumo, quais os tipos
existentes e quais os elementos que a compõe. Além disso, entender no que consiste a
vulnerabilidade do consumidor e, por fim, como funciona esse mecanismo de proteção
na Lei n. 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor).

Afinal, o que é relação de consumo?

É a relação de consumo é o “tripé” formado por consumidor, fornecedor e


produto/serviço. Quando constatada, as normas aplicadas são as do Código de Defesa
do Consumidor (CDC). Caso não haja relação de consumo, é aplicado o que está
previsto no Código Civil.

Quais os elementos da relação de consumo?

Como você já deve ter notado, a relação de consumo é composta por três elementos
fundamentais. Abaixo, vou explicar melhor cada um deles:

1. Consumidor

É possível encontrar o conceito de “consumidor” na própria legislação do Código de


Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/1990). Assim, existe um conceito material e outros
por equiparação, como explico abaixo:

 Art. 2º, caput, do CDC: “consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou
utiliza produto ou serviço como destinatário final”. 
 Art. 2º, parágrafo único, CDC, traz o conceito de consumidor por equiparação: “a
coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações
de consumo”. 
 Outro conceito por equiparação está no art. 17, do CDC, ou seja, todas as vítimas do
dano causado pelo fato do produto e do serviço; e
 Por fim, o último conceito por equiparação está no art. 29 do CDC: todas as pessoas
determináveis ou não, expostas às práticas de comércio e, obviamente, fazem jus à
proteção do contrato.

Um detalhe importante para você ficar atento: o art. 2º, caput, do CDC, traz um
conceito de consumidor strict sensu (literal). Uma definição em que o consumidor não
recoloque o produto ou serviço adquirido no mercado de consumo.
Ainda que a lei traga essa previsão, há uma discussão acirrada entre a doutrina e a
jurisprudência quanto aos limites para se aplicar a legislação consumerista quando o
adquirente é pessoa jurídica.

Uma das discussões, por exemplo, é se o taxista, ao comprar um carro para o exercício
da atividade profissional, pode ser considerado consumidor ou não. Ou então se o
estabelecimento empresarial que adquire computadores e impressoras pode estar na
qualidade de consumidora. 

2. Fornecedor

A definição de fornecedor também está prevista no Código de Defesa do Consumidor.


Veja o que diz o art. 3º, caput:

Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou


estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.”

Para Nehemias Domingos de Melo, fornecedor é quem desenvolve a atividade


econômica e oferta produtos ou serviços ao mercado de consumo, de forma não
eventual (com habitualidade), na qualidade de fabricante, produtora, transformadora,
montadora ou ainda, na condição de distribuidora ou simples comerciante.

Tais características excluem a aplicação do Código de Defesa do Consumidor dos


contratos firmados entre dois consumidores (não profissionais).

3. Produto ou serviço

Qualquer bem adquirido na relação de consumo é considerado produto, como define o


art. 3º, § 1º, do CDC:

Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.”

Já o serviço, em brevíssimas palavras, é a atividade humana que proporciona benefícios


ou satisfações para o adquirente, mediante remuneração. Confira a definição do Código
de Defesa do Consumidor, no art. 3º, § 2º:

Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante


remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.”

O Ministro do STJ Humberto Martins traz uma valiosa dica para que os advogados
compartilhem com seus clientes: que as atividades do artigo 3º do CDC não são
taxativas. 

Isso quer dizer que podem abarcar situações de gratuidade na oferta de bens, como
nas amostras grátis ou na prestação do serviço. Por exemplo, o transporte de passageiros
portadores de milhagens advindas do programa de fidelização.
Assim, o “mediante remuneração”, que consta no referido Código, não deve ser
interpretado à risca. Isso porque existem situações em que não há, necessariamente,
remuneração por parte do adquirente. E ainda assim, terão a proteção/aplicação do
CDC, conforme bem ressaltou o Ministro H. Martins.

Leia também: Histórico do direito do consumidor no Brasil, suas principais fontes e


princípios.
        Dano

        Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:

        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

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