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• DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

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DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO


• DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
DEFEITOS DO NEGÓCIO
JURÍDICO

Vícios da Vontade ou do Vícios Sociais:


consentimento:
Simulação (Art. 167, do CC) – Existe
Erro (Arts. 138 a 144, do CC)
debate doutrinário se ainda constitui
Dolo (Arts. 145 a 150, do CC) vício social.
Coação (Arts. 151 a 155, do CC)
- Fraude contra Credores (Arts. 158 a
Estado de Perigo (Art. 156, do CC)
165, do CC)
Lesão (Arts. 157, do CC)
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CONDIÇÃO TERMO ENCARGO OU MODO

• DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO


Negócio dependente de Negócio dependente de Liberalidade + ônus
evento futuro + incerto evento futuro + certo

Identificado pelas Identificado pelas Identificado pelas


conjunções “se” ou conjunções “quando”. conjunções “para que”
“enquanto”. ou “com o fim de”.
Suspende (condição Suspende (termo inicial) Não suspende nem
suspensiva) ou resolve ou resolve (termo final) resolve a eficácia do
(condição resolutiva) os os efeitos do negócio negócio jurídico. Não
efeitos do negócio jurídico. cumprido o encargo,
jurídico. cabe revogação da
liberalidade.
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Questões comentadas

1- Mateus em contato telefônico com uma empresa X, consentiu que ela lhe enviasse um contrato de publicidade
para destacar sua empresa em um determinado site. Segundo as informações repassadas via telefone foi a de que
Mateus pagaria R$ 15,00 (quinze reais) mensais durante 12 (doze) meses. Estabelecido o negócio jurídico, Mateus
recebeu o contrato via email, assinou e encaminhou a empresa, não tendo percebido que a referida Empresa
procedera, intencionalmente a substituição do valor inicialmente avençado para cada parcela, fazendo constar o
importe de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) por mês. Diante da situação posta, é possível afirmar acerca do
negócio jurídico:
a) Uma vez assinado o contrato, Mateus devera honrar, pois não houve vicio que possa fundamentar a nulidade ou
anulação do negocio jurídico.
*b) Mateus poderá anular o negocio jurídico, por encontrar-se defeituoso, na figura do dolo, pois a empresa X se
utilizou de expediente astucioso, a fim de que Mateus assinasse o contrato, levando-o a crer que as condições
pactuadas via contato telefônico estariam mantidas.
c) Mateus poderá anular o negocio jurídico fundamentado no instituto da reserva mental, uma vez que o que se
passava na sua mente era o pagamento de R$ 15,00 (quinze reais) mensais e não R$ 150,00 (cento e cinquenta reais).
d) O negocio jurídico deve ser considerado inexistente, em face da inexistência de vontade efetiva de Mateus quanto
aos efeitos decorrentes do referido contrato.
e) Houve lesão, caracterizado o fato pela manifesta desproporção entre a prestação informada via contato telefônico e
a que se estabeleceu no contrato enviado por Mateus, que por sua vez, credita-se inexperiente.
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Comentários
De acordo com o caso em tela, a empresa agiu com dolo. Configurado o dolo, o art. 147, do CC versa que "Nos
negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte
haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado." Diante disso, o
contrato é passível de anulação por parte de Mateus, conforme disposição do art. 145 do CC: "São os negócios
jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa." Correta a assertiva de letra B.

2- No tocante à invalidade do negócio jurídico, é correto afirmar:


a)Nos negócios jurídicos praticados com coação, o prazo de decadência para pleitear a anulação é de dois anos,
contado do dia em que ela cessou.
b)Nos negócios jurídicos quando os instrumentos particulares forem antedatados ou pós-datados, não haverá
simulação, mas, serão considerados nulos.
c)Nos negócios jurídicos, quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se
a anulação, será este de quatro anos, a contar da data da conclusão do ato.
*d)Nos negócios jurídicos praticados por incapazes, o prazo de decadência para pleitear a anulação é de quatro anos,
contado do dia em que cessou a incapacidade.
e)O negócio jurídico em que for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade é
considerado anulável.
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Comentários
A assertiva de letra A está incorreta, tendo em vista que de acordo com o art. 178, I, da CC, o “É de quatro anos o prazo
de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I - no caso de coação, do dia em que ela
cessar.” A alternativa de letra B está incorreta, tendo por base legal o art. 167, § 1º, III, da lei civil. A letra C está errada,
pois de acordo com o art. 179, do CC, o prazo é de 2 anos. Correta a assertiva de letra D, tendo por fundamento legal o
art. 178, III, do CC. E finalmente, incorreta a alternativa de letra E, em conformidade com o art. 166, V, da lei civil.

3 - Acerca da interpretação dos negócios jurídicos e do princípio da boa-fé objetiva, assinale a opção correta.
*a)A boa-fé objetiva limita os direitos subjetivos e constitui fonte de obrigação aos contratantes, de forma a
estabelecer deveres implícitos que não estão previstos expressamente no contrato.
b)Os negócios jurídicos que estabeleçam benefício devem ter interpretação ampla.
c)De acordo com o Código Civil de 2002, não é permitido que o silêncio de um dos participantes seja interpretado
como caracterizador de concordância com o negócio.
d)A boa-fé objetiva importa para a interpretação dos contratos, mas não pode ser fundamento para relativização da
força obrigatória das avenças.
e)O negócio jurídico celebrado com reserva mental de um dos contratantes, com ou sem conhecimento do outro, deve
ser considerado inexistente.
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Comentários
A letra A está correta, a assertiva traz exatamente a função do princípio da boa-fé objetiva que inclui deveres anexos. A
letra B está incorreta, de acordo com o teor do art. 114, CC: “Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-
se estritamente.” A letra C está errada, segundo o art. 111, do CC: “O silêncio importa anuência, quando as
circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa”. A alternativa de letra
D está incorreta, a boa-fé objetiva, pode ser fundamento para relativização da força obrigatória das avenças. Segundo o
art. 113 do CC, “os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração”. O aludido dispositivo deixa claro que a boa-fé é presumida ao passo que a má-fé deve ser provada. A letra
E está incorreta, de acordo com o art. 110, do CC: “A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito
a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.

4- À luz do Código Civil, NÃO é nulo o negócio jurídico celebrado entre duas partes quando
a)for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade.
b)o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito.
c)tiver por objetivo fraudar lei imperativa.
d)for indeterminável o seu objeto.
*e)houver vício resultante de coação.
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Comentários:
Observe o art. 166, do Código Civil:
“Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; (Correta a Letra D)
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; (Correta a Letra B)
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; (Correta a Letra A)
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; (Correta a letra C)
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Quanto à coação, trata-se de caso de ANULAÇÃO, não de nulidade, a teor do art. 171, do CC:
“Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II - por vício resultante de
erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores”. Incorreta a letra E, gabarito da questão.

5 - Rafael vendeu uma fazenda para Valdir, estabelecendo que o comprador só entrará na posse do imóvel quando
tiver construído uma igreja para os colonos. Tal negócio está sujeito
a)a termo inicial.
b)à condição resolutiva.
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*c)à condição suspensiva.


d)a encargo.

Comentários:
De acordo com o Código Civil:
Incorreta a letra A, a teor do art. 131, CC: “O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.”
Incorreta a letra B, de acordo com os arts. 127 e 128, CC:
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se
desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se
aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem
eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos
ditames de boa-fé.” Correta a assertiva de letra C, conforme o art. 125, CC. “Subordinando-se a eficácia do negócio
jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a; que ele visa.” Por fim,
incorreta a letra D, de acordo com o art. 136, CC. “O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito,
salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva”
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6- Para se furtar à legislação eleitoral, Paulo transferiu para si patrimônio da empresa na qual é sócio. Na sequência,
simulou doar o dinheiro a candidato, pela pessoa física. Na verdade, porém, foi a empresa quem realizou, de fato, a
doação. O negócio simulado é
a)válido, se atender à forma prescrita em lei e não prejudicar direito de terceiros.
*b)nulo, matéria cognoscível de ofício, não se sujeitando a declaração de nulidade a prazo de decadência ou de
prescrição.
c)anulável, dependendo, a sua invalidação, de provocação da parte, sujeita a prazo decadencial de quatro anos.
d)anulável, matéria cognoscível de ofício e não sujeita a prazo de decadência ou de prescrição.
e)nulo, dependendo a sua invalidação de provocação da parte, sujeita a prazo decadencial de quatro anos.
Comentários:
A questão trata do negócio jurídico simulado. Sobre o tema, observe a lei civil:
Art. 167. É NULO o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na
forma.
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I- aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou
transmitem;
Art. 169. O negócio jurídico nulo NÃO é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
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Art. 168. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as
encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.
Diante do exposto,o negócio jurídico simulado é nulo, a nulidade pode ser alegada de ofício pelo juiz (ou suscitada por
qualquer interessado, ou ainda pelo MP), e a nulidade não é suscetível de confirmação e nem se corrigi com o passar
do tempo, não se sujeitando aos prazos de decadência ou prescrição. Correta a assertiva de letra B estando as demais
alternativas incorretas.

7- Sobre os Negócios jurídicos, marque a alternativa VERDADEIRA:


a)Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se extensivamente.
*b)O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
c)Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do
negócio jurídico a evento futuro e certo.
d)É nulo o negócio jurídico simulado e não subsistirá o que se dissimulou, mesmo se válido for na substância e na
forma.
Comentários
A assertiva de letra A está incorreta, de acordo com o art. 114, CC: “Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia
interpretam-se estritamente”. A alternativa de letra B é o gabarito da questão reproduzindo o disposto no art. 169, CC.
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A alternativa C está errada, de acordo com o art. 121, CC: “Considera-se condição a cláusula que, derivando
exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto”. E a assertiva
de letra D está incorreta, pois de acordo com o art. 167, CC, “subsistirá o negócio que se dissimulou se válido for na
substância e na forma.”

8 - Quanto aos negócios jurídicos, todas as alternativas abaixo são corretas, EXCETO:
*a)O termo inicial suspende o exercício e a aquisição do direito.
b)Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata
correspondência.
c)Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou
por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
d)Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquelas novas disposições,
estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.
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Incorreta a letra A, a teor do disposto no art. 131, do CC: “O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do
direito”. Correta a assertiva de letra B, reproduzindo o disposto no § 3º, do art. 132, CC. Correta a letra C e D, com
base, reproduzindo respectivamente, o disposto nos arts. 117 e 126 da lei civil.
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9- Os negócios jurídicos são divididos em três campos de análise: existência, validade e eficácia. Acerca do tema,
assinale a alternativa correta.
a)A manifestação volitiva contaminada por coação autoriza a declaração de inexistência do negócio jurídico, já que a
vontade integra o campo da existência.
*b)Condição, termo e encargo são elementos de eficácia que se classificam como acidentais ou facultativos.
c)Todos os denominados vícios de consentimento conduzem o negócio à declaração de nulidade, tornando mister o
ajuizamento da pertinente ação no prazo estabelecido pelo Código Civil.
d)Segundo o Código Civil, é inadmissível o reequilíbrio do negócio eivado do vício da lesão, restando como única opção o
desfazimento do negócio e a restituição de eventuais valores despendidos.
e)A forma do contrato constitui elemento de validade. Nesse sentido, se um contrato exigir forma escrita em instrumento
público, e esta exigência não for observada, fadado está o negócio à declaração de anulação.
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No plano da existência, constituem elementos substantivos:I- Agente; II- Vontade; III- Objeto e IV- Forma. No plano da
validade, temos os adjetivos, art. 104 do CC: I- Agente capaz; II- Vontade livre; III- Objeto lícito, possível, determinado ou
determinável e IV- Forma, prescrita ou não defesa em lei. Já no plano da eficácia, os elementos são acidentais e
facultativos, já que a existência e validade não depende dessas cláusulas, são eles: I- Condição; II- Termo e III- Encargo. No
plano da validade, a regra geral é a de que a sua violação leva à nulidade absoluta, porém há casos em que esses atos são
anuláveis. Os atos nulos estão previstos no arts. 166 e 167, os atos anuláveis no art. 171 do CC. Diante do exposto, correta
a assertiva de letra B, estando as demais assertivas incorretas.
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10-Egídio descobre que sua esposa Joana está com um câncer. Ao iniciar o tratamento, o plano de saúde de Joana se
recusa a cobrir as despesas, em razão da doença ser preexistente à contratação. Em razão disso, o casal coloca à venda
um imóvel de propriedade do casal com valor de mercado de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por R$ 150.000,00
(cento e cinquenta mil reais), visando obter, de forma rápida, valores necessários para o pagamento do tratamento de
saúde de Joana. Raimundo, tomando ciência da oferta da venda do imóvel de Egídio e Joana, não tendo qualquer
intenção de auferir um ganho exagerado na compra e nem causar prejuízo aos vendedores, apenas aproveitando o que
considera um excelente negócio, compra o imóvel em 01.01.2015. Em 02.01.2018, Egídio e Joana ajuízam uma ação
judicial contra Raimundo, na qual questionam a validade do negócio jurídico. Assinale a alternativa correta.
a) O negocio jurídico e anulável. Em razão da doença de Joana, o casal estava numa situação que os levou a conclusão de
um negocio jurídico eivado pelo vicio da lesão que poderia ser decretada para restituir as partes a situação anterior, mas
que não poderá ser realizada em razão do decurso do prazo decadencial de 3 (três) anos.
b) O negocio jurídico e anulável. Em razão da doença de Joana, o casal estava numa situação que os levou a conclusão de
um negocio jurídico eivado pelo vicio do estado de perigo que, entretanto, não pode ser reconhecido em razão do
decurso do prazo decadencial de 2 (dois) anos.
c) O negocio jurídico e valido e eficaz. Não ha qualquer norma que impeça um vendedor, por livre e espontânea vontade,
de alienar um bem por valores abaixo dos praticados no mercado, em razão do principio da autonomia da vontade que
prevalece, principalmente no presente caso, onde não se verifica que uma das partes seja hipossuficiente em relação a
outra.
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d) O negocio jurídico e nulo de pleno direito por ilicitude do objeto. Não existe uma contraprestação valida, tendo em
vista o valor da prestação, comparada ao preço real do bem adquirido, bem como pela ausência de vontade valida,
podendo a nulidade ser declarada a qualquer tempo.
*e) O negocio jurídico e anulável. Em razão da doença de Joana, o casal estava numa situação que os levou a conclusão de
um negocio jurídico eivado pelo vicio da lesão que pode ser desconstituído; caso Raimundo concorde em suplementar o
valor anteriormente pago, o negocio pode ser mantido.

Comentários
A assertiva de letra A está incorreta, com base no exposto no art. 178, II, do CC: “É de quatro anos o prazo de decadência
para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou
lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;”. A alternativa de letra B está incorreta, pois trata-se de lesão e não de
estado de perigo. No caso de lesão, há limitação à autonomia da vontade sendo o negócio jurídico anulável (art. 178, II,
CC), assim, estão incorretas as alternativas de letras C e D. A alternativa de letra E constitui o gabarito da questão, pois o
caso em tela consiste em lesão, de acordo com o art. 157, do CC: “Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente
necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§1º, Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio
jurídico. §2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida
concordar com a redução do proveito.

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