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CIVIL
Elementos da responsabilidade civil
PRINCÍPIOS SOCIAIS DO CONTRATO
b) Boa-fé objetiva
1. Supressio
2. Surrectio
3. Tu quoque
4. Exceptio doli
Art. 648. Não estão sujeitos à execução os Art. 832. Não estão sujeitos à execução os
bens que a lei considera impenhoráveis ou bens que a lei considera impenhoráveis ou
inalienáveis. inalienáveis.
Boa fé
Fim social
Bons
ou
costumes
econômico
Art.
187
ABUSO DE DIREITO
EN 37: A responsabilidade civil decorrente do abuso do
direito independe de culpa, e fundamenta-se somente no
critério objetivo-finalístico.
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL OU
PRESSUPOSTOS DO DEVER DE INDENIZAR
Elementos
Culpa (Se
Ação/omissão Nexo causal Dano
subjetiva)
CONDUTA
Por ação ( chamada de culpa in comittendo)
Por omissão ( chamada de culpa in omittendo): para que
o agente responda, é preciso provar duas coisas:
Que o ato deveria ser praticado
A omissão em si
OMISSÃO
O condomínio edilício responde pelo roubo ou furto
praticado no seu interior? Não, com base na
jurisprudência do STJ ,pois inexiste dever legal de evitar
o evento. Segundo o AgR no Ag 110.2361/RJ, há
exceção :
Se houver previsão da convenção de condomínio;
OMISSÃO
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE
CIVIL. CONDOMÍNIO. FURTO EM UNIDADE AUTÔNOMA. MATÉRIA DE PROVA.
SÚMULA7/STJ. ALEGADA EXISTÊNCIA DE CLÁUSULA DE
RESPONSABILIDADE. SÚMULA5/STJ. PREPOSTO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA DO CONDOMÍNIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULA 211/STJ. PRECEDENTES.
1. A Segunda Seção desta Corte firmou entendimento no sentido de que "O condomínio só
responde por furtos ocorridos nas suas áreas comuns se isso estiver expressamente
previsto na respectiva convenção." 2. Na hipótese dos autos, o acórdão recorrido está
fundamentado no fato de que: (a) o furto ocorreu no interior de uma unidade autônoma do
condomínio e não em uma área comum; (b) o autor não logrou êxito em demonstrar a
existência de cláusula de responsabilidade do condomínio em indenizar casos de furto e
roubo ocorridos em suas dependências. 3. Para se concluir que o furto ocorreu nas
dependências comuns do edifício e que tal responsabilidade foi prevista na Convenção do
condomínio em questão, como alega a agravante, seria necessário rever todo o conjunto
fático probatório dos autos, bem como analisar as cláusulas da referida Convenção,
medidas, no entanto, incabíveis em sede de recurso especial, a teor das Súmulas 5 e 7 desta
Corte. 4. Impossibilidade de análise da questão relativa à responsabilidade objetiva do
condomínio pelos atos praticados por seus prespostos por ausência de prequestionamento.
5. Agravo regimental a que se nega provimento.
OMISSÃO. CASO CONCRETO
DANO MORAL. MORTE. MICARETA. Os recorridos buscaram, da sociedade
promotora de eventos, a indenização por danos morais decorrentes do falecimento de
seu filho, vítima de disparo de arma de fogo ocorrido no interior de bloco
carnavalesco em que desfilava durante uma micareta (réplica em escala menor do
carnaval de Salvador). Alegam que a morte do jovem estaria diretamente ligada à má
prestação de serviços pela recorrente, visto que deixara de fornecer a segurança
adequada ao evento, prometida quando da comercialização dos abadás (camisolões
folgados que identificam o integrante do bloco). Nesse contexto, ao sopesar as razões
recursais, não há como afastar a relação de causalidade entre o falecimento e a má
prestação do serviço. O principal serviço que faz o consumidor pagar vultosa soma
ao optar por um bloco e não aderir à dita “pipoca” (o cordão de populares que fica à
margem dos blocos fechados) é justamente a segurança. Esse serviço, se não
oferecido da maneira esperada, tal como na hipótese dos autos, apresenta-se
claramente defeituoso nos termos do art. 14, § 1º, do CDC. Diante da falha no
serviço de segurança do bloco, enquanto não diligenciou impossibilitar o ingresso de
pessoa portadora de arma de fogo na área delimitada por cordão de isolamento aos
integrantes do bloco, não há como constatar a alegada excludente de culpa exclusiva
de terceiro (art. 14, § 3º, II, do mesmo código). Daí que se mantém incólume a
condenação imposta ao recorrente de reparar os danos morais no valor de sessenta
mil reais. REsp 878.265-PB, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 2/10/2008
OMISSÃO CASO CONCRETO
DIREITO DO CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE DE SHOPPING CENTER POR TENTATIVA DE
ROUBO EM SEU ESTACIONAMENTO.
O shopping center deve reparar o cliente pelos danos morais decorrentes de tentativa de roubo, não
consumado apenas em razão de comportamento do próprio cliente, ocorrida nas proximidades da cancela
de saída de seu estacionamento, mas ainda em seu interior. Tratando-se de relação de consumo, incumbe ao
fornecedor do serviço e do local doestacionamento o dever de proteger a pessoa e os bens do consumidor. A
sociedade empresária que forneça serviço de estacionamento aos seus clientes deve responder por furtos, roubos
ou latrocínios ocorridos no interior do seu estabelecimento; pois, em troca dos benefícios financeiros indiretos
decorrentes desse acréscimo de conforto aos consumidores, assume-se o dever - implícito na relação contratual -
de lealdade e segurança, como aplicação concreta do princípio da confiança. Nesse sentido, conforme a Súmula
130 do STJ, "a empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorrido em
seu estacionamento", não sendo possível estabelecer interpretação restritiva à referida súmula. Ressalte-se que o
leitor ótico situado na saída doestacionamento encontra-se ainda dentro da área do shopping center, sendo certo
que tais cancelas - com controles eletrônicos que comprovam a entrada do veículo, o seu tempo de permanência e
o pagamento do preço - são ali instaladas no exclusivo interesse da administradora do estacionamento com o
escopo precípuo de evitar o inadimplemento pelo usuário do serviço. Esse controle eletrônico exige que o
consumidor pare o carro, insira o tíquete no leitor ótico e aguarde a subida da cancela, para que, só então, saia
efetivamente da área de proteção, o que, por óbvio, torna-o mais vulnerável à atuação de criminosos. Ademais,
adota-se, como mais consentânea com os princípios norteadores do direito do consumidor, a interpretação de que
os danos indenizáveis estendem-se também aos danos morais decorrentes da conduta ilícita de terceiro. Ainda que
não haja falar em dano material advindo do evento fatídico, porquanto não se consumou o roubo, é certo que a
aflição e o sofrimento da recorrida não se encaixam no que se denomina de aborrecimento cotidiano. E, por
óbvio, a caracterização do dano moral não se encontra vinculada à ocorrência do dano material. REsp
1.269.691-PB, Rel. originária Min. Isabel Gallotti, Rel. para acórdão Min. Luis Felipe Salomão, julgado
em 21/11/2013.
CULPA
Dolo: a ação ou omissão voluntária, a intenção de causar
prejuízo (art. 186). Para o direito civil, havendo dolo ou
culpa grave do agente aplica-se o princípio da
reparação integral dos danos, principio este
consagrado no art. 944 ( a indenização mede-se pela
extensão do dano), sendo irrelevantes conceitos
intermediários, como por exemplo, o preterdolo.
CULPA
Culpa stricto sensu: é a violação de um dever, seja ele
legal, contratual ou social, ou é o ato praticado com
imprudência, negligência ou imperícia (arts. 186 + 951).
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se
ainda no caso de indenização devida por aquele que, no
exercício de atividade profissional, por negligência,
imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente,
agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o
trabalho. (Responsabilidade do médico é subjetiva)
SUPERAÇÃO DA CULPA “PRESUMIDA”
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não
haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não
provar culpa da vítima ou força maior.
SUPERAÇÃO DA CULPA “PRESUMIDA”
EN 451: A responsabilidade civil por ato de terceiro
funda-se na responsabilidade objetiva ou independente
de culpa, estando superado o modelo de culpa
presumida.