(10/12/20) quarta-feira, 9 de dezembro de 2020 07:08
LIVRO 1 – parte especial do código civil.
• Contrato tipificado > 23 contratos nominados; • Pagamento de recompensa > declaração unilateral da vontade; • Títulos de crédito; • Títulos da obrigação por ato ilícito. Contrato gerava obrigação, no Direito Romano. Pacto correspondia a obrigação natural, hoje em dia, a obrigação incompleta. Ex: dívida de jogo. In dubio pró aderente.
Cláusula geral: Princípio geral do Direito, positivado. Regra a ser seguida. Normas orientadores sob a forma de diretrizes. Formulação legal de caráter genérico.
Função social do contrato: CRFB/88, CDC. (Princípio positivado). Art. 421, CC.; Art. 186, CRFB/88. Art. 51, do CDC, Cláusulas abusivas. Boa-fé objetiva.
Prestação de serviço: 1º lei especial, 2º lei geral. (art. 493, CC). Microssistema: Regra de interpretação + leis especiais.
Princípio da Revisão dos contratos ou da onerosidade excessiva
A) Quanto ao momento da conclusão do contrato entre ausentes destaca-se a teoria da cognição, cujo momento da conclusão considera a partir de quando o proponente têm ciência de fato do conteúdo da resposta do oblato. Ademais, dentre as outras teorias, enfatiza-se (2) a teoria da declaração, a qual o momento de conclusão ocorre a partir do instante em que o oblato manifesta sua declaração de retorno a proposta; Outrossim a (3) teoria da expedição tem em vista a ocorrência da postagem da resposta do oblato, ou seja, considera-se a começar da emissão da resposta a proposta, de volta ao proponente, e (4) da recepção, que toma por momento de conclusão a chegada da resposta enviada pelo oblato, às mãos do policitante.
B) Sim, o CDC, no art. 49, do CDC, regulamenta o prazo ao consumidor para reclamação ao direito de arrependimento. Além disso, quanto aos contratos, se não houver cláusula ajustada entre as partes, o direito de arrependimento estende-se até a execução do acordo, mas caso haja predisposição estipulada pelas partes, o direito de arrependimento estende-se até o termino do prazo estabelecido, pelos mesmos, no contrato.
C) A resolução decorre de situação em que houve onerosidade excessiva e o adimplemento fez-se demasiado ao cumprimento por uma das partes, ou seja, dificultando o cumprimento, e incorrendo desequilíbrio benéfico somente a uma das partes, pode incidir também em caso de inadimplemento voluntário ou involuntário. Já a resilição ocorre quando se manifesta vontade em favor do distrato do contrato, ou seja, objetiva-se o desfazimento contratual, seja por vontade bilateral ou unilateral, em que haverá o acordo entre as a partes, ainda que para isso incida perdas e danos. Portanto, diferencia-se da rescisão, cujo inadimplemento advêm de lesão que dê causa a quebra do contrato ou o mesmo tenha sido feito em situação de estado de perigo.
De acordo com o entendimento de Orlando Gomes, sim, o autocontrato descaracteriza a bipolaridade do conceito de contrato, haja vista a desconfiguração da composição de interesses em que se pressupõe a participação de duas partes com possibilidade de manifestação de vontade e interesses, constituintes do negócio jurídico. O autocontrato, segundo Carlos Roberto Gonçalves, caracteriza-se quando o indivíduo empreende negócio jurídico consigo mesmo ou o faça negócio jurídico com seu representado em nome próprio. Via de regra não é admitido o contrato consigo mesmo, segundo a Súmula 60 do STJ, caso haja conflito de interesses. No entanto, se não existir tal conflito, é permitido o autocontrato, desde que observado o art. 117 do CC, cuja disposição somente admite o contrato consigo mesmo se for autorizado pelo representado ou pela lei.
A função social do contrato é um princípio geral positivado no ordenamento jurídico brasileiro, portanto, o mesmo é tido em consideração mediante a interpretação judicial no que tange aos contratos. Deste modo, é relevante a noção de princípio geral como sendo princípio aquilo o qual diz respeito as normas existentes nos costumes locais e recorrentemente situadas dentro das relações sociais e negociais de uma sociedade. Já, as cláusulas gerais correspondem as esses princípios a partir de sua positivação no quadro jurídico, a fim de desempenhar a interpretação das leis e dos contratos com observância aos mesmos, já constituintes do âmbito jurídico, ou seja, a cláusula geral, em suma, caracteriza-se por um princípio que foi positivado.
Em se tratando do caso de citado, há possibilidade jurídica do contrato, visto que o mesmo corresponde a contrato aleatório, em que pode haver ou não a existência e, portanto, o recebimento de objeto contratual, tendo em vista a incerteza quanto a existência do mesmo, dado que se trata de coisa futura. Nesse sentido, a safra a que se refere Carlos poderá inexistir em caso de evento natural comum como o de geada, exemplificado pelo proponente, mas ainda sim, Júlio deverá realizar o pagamento da mesma, adimplindo com sua parte no negócio, tendo em consideração o art. 458, do CC, o qual admite o pagamento integral do que foi acordado entre as partes, já que diz respeito a contrato aleatório, ou seja, o comprador têm ciência quanto ao risco de não recebimento do objeto. Enfatiza-se que, somente em caso de culpa ou dolo, como aduz o art. 458, CC, não haverá obrigação quanto o adimplemento integral por parte de Júlio.
No tocante aos princípios e regras criados pelo Código de Defesa do Consumidor para a proteção do consumidor, deve-se ter em perspectiva a disparidade existente na relação entre o consumidor e os provedores, haja vista aquele compor o lado mais suscetível a lesão e indefeso do vínculo negocial em detrimento a este que dispõe, na maioria das vezes, de maior condão econômico, técnico e jurídico. Nesse contexto, os provedores, anteriormente ao CDC, detinham muito poder sobre o estabelecimento contratual e o adimplemento, no fornecimento de serviços e produtos, na relação jurídica, sendo de suma importância o procedimento do legislador propositado a fim de diminuir a desproporcionalidade de atuação contratual entre as partes nas relações consumeristas e impedir práticas abusivas por parte dos fornecedores.
A) Os contratos podem ser personalíssimos tem como característica a relevância de características singulares pertinentes a pessoa contratada em específico, portanto, é não passível a substituição do indivíduo que deve adimplir com o contrato. Já acerca dos contratos impessoais, esses não levam em estima a presença de um executor específico com características singulares, mas sim, adimplemento do objeto do contrato, ou seja, o cumprimento do que foi acordado, sendo possível a substituição da pessoa que vá desempenhá-lo.
B) Quanto aos contratos principais: a doutrina indica como atributo a autossuficiência do mesmo, não dependendo de nenhum outro contrato para existir, é, desse modo, completo em si mesmo, a exemplo têm-se: contrato de locação. Enquanto o contrato principal independe de outro para existir, o contrato acessório relaciona-se de acordo com a conformidade do contrato principal, o que segundo Carlos Roberto Gonçalves, é indicado pelo princípio de vínculo da coisa acessória ao objeto principal, submetendo-se a este, um exemplo de contrato acessório é o contrato de penhor, de fiança, etc. Por fim os contratos derivados são originados a partir dos direitos os quais constituem o contrato principal, sendo os contratos derivados também denominados como subcontratos, por sua pertinência advinda dos direitos de um contrato já existente, mas não se igualando aos contratos acessórios, exemplo desta espécie é o contrato de subempreitada.