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Introdução
Diz-se fonte de obrigação o facto jurídico de onde nasce o vínculo obrigacional. Trata-
se da realidade sub specie iuris que dá vida à relação creditória: o contrato, o negócio
unilateral, o facto ilícito, etc.
A fonte tem uma importância especial na vida da obrigação, por virtude da atipicidade
da relação creditória.
Chama-se fonte de uma obrigação ao facto jurídico de que emerge essa obrigação, ao
facto jurídico constitutivo da obrigação.
A sistematização das fontes das obrigações foi feita, ao longo dos séculos, de maneiras
diversas. Uma primeira classificação:
a) Contratos;
b) Quase contratos;
c) Delitos;
d) Quase delitos.
Contratos
O contrato pode ser hoje, por conseguinte, não só fonte de obrigações (da sua
constituição, transferência, modificação ou extinção), mas de direitos reais, familiares
e sucessórios.
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A liberdade de contratual encontra-se consagrada no art. 405º CC, e corresponde a
esta ideia muito simples: as partes são livres de celebrar ou não celebrar o contrato
que quiserem.
A lei civil (art. 234º CC) ajuda a compreender e enquadrar uma parte importante desse
fenómeno negocial.
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São situações em que, dispensando-se a declaração de aceitação, mas não se
prescindindo da vontade de aceitação, esta se demonstra as mais das vezes por actos
de execução da vontade.
Por cláusulas contratuais gerais entende o diploma (art. 1º), as elaboras antes do
contrato em que são insertas e que os proponentes ou destinatários indeterminados
se limitam, respectivamente, a subscrever ou aceitar.
O art. 227º CC, segundo o qual “quem negoceia com outrem para conclusão de um
contrato deve, tanto nos preliminares como na formação dele, proceder segundo
regras de boa-fé, sob pena de responder pelos danos que culposamente causar à outra
parte”.
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Em terceiro lugar, além de indicar o critério pelo qual se deve pautar a conduta de
ambas as partes, a lei portuguesa aponta concretamente a sanção aplicável à parte
que, sob qualquer forma, se afasta da conduta exigível: a reparação dos danos
causados à contra parte.
Em quarto lugar, a lei não se limita a proteger a parte contra o malogro da expectativa
de conclusão do negócio, cobrindo-a de igual modo contra outros danos que ela sofra
no inter negotii.
Contratos
O contrato pode ser hoje, por conseguinte, não só fonte de obrigações (da sua
constituição, transferência, modificação ou extinção), mas de direitos reais, familiares
e sucessórios.
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As vontades integram o acordo contratual, embora concordantes ou ajustáveis entre
si, têm que ser opostas, animadas de sinal contrário.
Conceito
Gestão de negócios
O dono da coisa pode exigir a ultimação do ato, a prestação de contas,a entrega dos
frutos ou do lucro auferido e a indenização de danos causados dolosa ou
culposamente. Já o gestor pode exigir, em ação contraria, o reconhecimento dos
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gastos e a indenização das despesas e danos — desde que a sua intervenção seja útil e
não tenha sido previamente proibida pelo dono.
Condictio ob causam datorum: pagamento tendo em vista contraprestação que não foi
realizada.
Condictio sine causa: todos os casos de enriquecimento sem causa que não se
enquadram nas categorias acima.
Responsabilidade civil
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Segundo Cavalieri Filho, enquanto o primeiro, a obrigação, é sempre um dever
originário; o segundo, a responsabilidade, é um dever sucessivo, consequente à
violação do primeiro instituto.
E até certo ponto da história, a responsabilidade civil subjectiva era suficiente para
dirimir os conflitos da sociedade.
O próximo passo foi desconsiderar a culpa como elemento indispensável, nos casos
expressos em lei, surgindo a responsabilidade objetiva, quando então não se indaga se
o ato é culpável.
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Haverá obrigação de reparar o dano, independente de culpa, nos casos especificados
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Em suma, o dever jurídico violado não está previsto em contrato e não existe relação
jurídica anterior entre a vítima e o lesante.
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- o fato de terceiro;
- a força maior (fato ou ocorrência difícil ou imprevisível de prever que gera efeitos
inevitáveis).
Já no campo contratual, caso exista a cláusula de não indenizar, ela pode ser uma
excludente de responsabilidade civil também.
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ou real) a terceiro ou que dele resulte, pelo menos, uma atribuição patrimonial
imediata para o beneficiário.
É o contrato em que uma das partes se reserva a faculdade de designar uma outra
pessoa que assuma a sua posição na relação contratual, como se o contrato tivesse
sido celebrado com esta última.
Este contrato tem o seu campo principal de incidência na compra e venda. E tanto
pode ser posteriormente nomeado o comprador, como o vendedor.
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