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Introdução

O presente trabalho tem como tema: "dos objectivos do desenvolvimento do milénio, aos
objectivos do desenvolvimento sustentável. Que leitura trinómio conflito, segurança e
desenvolvimento". No início deste milénio, após uma década de conferências e cimeiras, a
Assembleia Geral das Nações Unidas, através da resolução 55/2, de 8 de setembro de 2000,
por ocasião da Cimeira do milénio (Nova Iorque, 6 a 8 de Setembro de 2000), aprovou a
designada “Declaração do milénio das Nações Unidas”, comprometendo todos os países
numa nova parceria global para reduzir a pobreza extrema em todas as suas múltiplas
dimensões e estabelecendo uma série de metas calendarizadas até 2015.

Esta Declaração constituiu-se como um verdadeiro quadro geral do desenvolvimento mundial


nos últimos 15 anos, traduzindo-se em oito “objetivos de Desenvolvimento do milénio
(ODM)” que integram objetivos, metas e indicadores para monitorizar o progresso sobre a
pobreza em todas as suas múltiplas dimensões.

Por seu turno, Em Setembro de 2015, 193 nações aprovou o documento intitulado
Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que
estabelece um conjunto de 17 objetivos e 169 metas a serem alcançadas pelas nações até
2030, de modo a erradicar a pobreza e promover uma vida digna para todos.

Delimitação no Tempo e no Espaço

Em termos temporais, o trabalho cobre o período entre 2000 e 2015. A escolha do ano de
2000, justifica se por ter sido neste ano, em que as Nações Unidas estabeleceram os
objectivos de desenvolvimento do milénio. A escolha de ano de 2015 como marco final,
justifica se por ser neste ano em que constitui o prazo dos objectivos de desenvolvimento do
milénio, pela assembleia geral das nações unidas.

Os objectivos de desenvolvimento do milénio constituem uma agenda global das nações


civilizadas, alicerçadas pelo princípio da interdependência entre os Estados, mas porque se
trata de uma análise científica, o trabalho terra Moçambique como campo de estudo.

Contexto
O presente trabalho tem como contexto, o período pós guerra fria, onde o Sistema
Internacional (SI) conheceu uma nova ordem política e económica, com grande destaque para
os países em desenvolvimento. Com o fim da guerra fria, emergiram grandes debates que

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influenciaram fóruns multilaterais norte-sul (Mingst, 2009:23). No âmbito das nações unidas,
a partir da década de 1990, foi um período marcado pela realização das grandes conferencias,
na tentativa de se buscar uma saída sustentável para o alcance do desenvolvimento a nível
global. A título de exemplo, destacamos as conferências de Rio de 1992, sobre o ambiente, a
conferência sobre a população e o desenvolvimento 1994 e a iv conferência sobre mulheres
de 1995.

E neste contexto em que os Estados, deixaram de ser a principal agenda das relações
internacionais, surgem novos desafios através das nações unidas, que foram "os objectivos de
desenvolvimento do milénio", aprovados em Setembro do ano de 2000. O maior grupo dos
líderes mundiais adoptou a declaração do milénio das nações unidas, comprometendo suas
nações a uma parceria global que prometia reduzir a pobreza extrema e estabelecer uma série
de metas temporais. Estas metas reconhecem a interdependência, crescimento, redução da
pobreza e desenvolvimento sustentável, com fundamentos de governação democrática, o
estado de direito e o respeito pelos direitos humanos, a paz e a segurança (Peet e Hartweak,
2010:97).

Foi assim que em muitas economias de países em desenvolvimento na década de 1990,


verificou se uma grande melhoria e em particular, a economia moçambicana. Uma mudança
também acompanhada pela onda das transições democráticas em África, e adesão das
mesmas as instituições financeiras internacionais como o Fundo Monetário Internacional
(FMI) e o Banco Mundial (BM) afigurou se como uma estimulante dessas economias e em
particular em Moçambique.

Justificativa

A criação dos objectivos do desenvolvimento do milénio, constitui uma medida importante


para a promoção do desenvolvimento no mundo, onde o índice da pobreza continua a atingir
os níveis alarmantes causadas pelas guerras, dai que as pacificações realizadas em alguns
Estados, abriu espaço para um de promoção de paz, segurança e desenvolvimento.

Problematização

Desde o estabelecimento dos ODM, diversos esforços foram empreendidos em todo o mundo.
Países em desenvolvimento vêm se esforçando significativamente para atingir as metas dos
ODM e têm obtido sucesso relevante em algumas dessas metas. As Nações Unidas revisaram
continuamente, de forma anual, o progresso realizado para alcançar os ODM e alguns eventos

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especiais foram elaborados para monitorar essa agenda: a Cúpula Mundial de 2005, realizada
de 14 a 16 de setembro de 2005; o Evento de Alto Nível em 25 de setembro de 2010; a
Cúpula do Objetivos do Milênio de 2010, de 20 a 22 de setembro de 2010, com a adoção do
Plano de Ação Global e o Evento Especial dos ODM em 25 de setembro de 2013. Neste
processo de revisão contínuo, apesar do reconhecimento de que houve progresso em geral,
expressou-se certa preocupação sobre a falta de avanço em algumas áreas, particularmente
aquelas relacionadas com saúde materna, neonatal e infantil e saúde reprodutiva,
particularmente na África, nos países menos desenvolvidos, países em desenvolvimento sem
acesso ao mar e Estados insulares em desenvolvimento. Além disso, foi reconhecido que o
progresso foi desigual entre regiões e países e dentro dos mesmos (Filho s/d)

Em 2010, apesar de os Estados-membros terem reafirmado seus compromissos para alcançar


os ODM, eles requisitaram que o Secretário-Geral da ONU fizesse recomendações, conforme
apropriado, acerca de novas etapas para avançar a Agenda para o Desenvolvimento das
Nações Unidas para além de 2015. A Conferência da ONU sobre Desenvolvimento
Sustentável trouxe uma nova abordagem sobre a questão. Em decorrência disso, foi natural
que uma discussão sobre objetivos para o desenvolvimento sustentável surgisse, em paralelo
com a intensificação dos esforços para acelerar a realização dos Objectivos do Milénio.

Passados mais de 15 anos de criação dos ODM e que o prazo inicial estava previsto para
2015, a maior parte da população dos países em desenvolvimento ainda vive em situações de
pobreza extrema, acompanhada de situações de conflitos políticos que geram instabilidades.
Situação que resulta em divergências de distintas interpretações sobre a intervenção do FMI e
do BM no desenvolvimento desses Estados, com efeito, os países que financiam esses
organismos, nas suas acções pautam pelo neo-realismo como base de cooperação (Massangai,
2007:15). O problema que se levanta é de que forma os objectivos de desenvolvimento de
milénio podem responder ao trinómio de conflito, segurança e o desenvolvimento em
Moçambique?

Objectivos

Geral

 Descrever o impacto da implementação dos objectivos do desenvolvimento do


milénio, sua transição aos objectivos do desenvolvimento sustentável e sua relação
com o trinómio conflito, segurança e desenvolvimento nos países do terceiro mundo
com destaque para africa e Moçambique.

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Objectivos específicos

 Identificar os factores críticos que motivaram a criação dos objectivos de


desenvolvimento do milénio.
 Perceber como é que os objectivos de desenvolvimento do milénio respondem ao
trinómio de conflito, segurança e desenvolvimento em Mocambique.

Questões de Pesquisa

 Quais são os factores críticos que motivaram a criação dos objectivos de


desenvolvimento do milénio?
 Como é que os objectivos de desenvolvimento de milénio podem responder o
trinómio de conflito, segurança e desenvolvimento em Moçambique.

Hipóteses

 Os conflitos, segurança e o desenvolvimento p, podem ser os factores que motivaram


a criação dos objectivos de desenvolvimento do milénio.
 A interdependência internacional e a boa governação podem ser fundamentais na
resposta do trinómio de conflito, segurança e desenvolvimento em Mocambique

CAPITULO I

Referencial teórico e debate conceptual

A presente pesquisa será orientada tendo em conta a teoria do desenvolvimento humano

Debate conceptual

Nesta secção serão discutidos os seguintes conceitos: conflito, segurança e


desenvolvimento

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