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Caminhos e entraves para alcançar os objetivos da Agenda 2030

da ONU
Professora Juliane Della Méa

TEXTO I

Você sabe o que são ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? O ano de 2015 apresentou uma
oportunidade histórica e sem precedentes para reunir os países e a população global e decidir sobre novos
caminhos, melhorando a vida das pessoas em todos os lugares.
Em setembro de 2015, chefes de Estado, de Governo e altos representantes da Organização das Nações
Unidas reuniram-se em Nova York e adotaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a qual
inclui os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A nova Agenda de desenvolvimento propõe
uma ação mundial coordenada entre os governos, as empresas e a sociedade civil para alcançar os 17 ODS e
suas 169 metas, de forma a erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do
planeta.
Sem dúvida, o ano de 2015 apresentou uma oportunidade histórica e sem precedentes para reunir os países e
a população global e decidir sobre novos caminhos, melhorando a vida das pessoas em todos os lugares.
Essas decisões determinarão o curso global de ação para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o
bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas.
Os países tiveram a oportunidade de adotar a nova agenda de desenvolvimento sustentável e chegar a um
acordo global sobre a mudança climática.

Mas o que é Desenvolvimento Sustentável?


O desenvolvimento sustentável procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a
capacidade das futuras gerações de satisfazerem as suas próprias necessidades. Demanda um esforço
conjunto para a construção de um futuro inclusivo, resiliente e sustentável para todas as pessoas e todo o
planeta.
Para que seja alcançado, é crucial harmonizar três elementos centrais: crescimento econômico, inclusão
social e proteção ao meio ambiente. Esses elementos são interligados e fundamentais para o bem-estar dos
indivíduos e das sociedades.
Erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões é um requisito indispensável. Para esse fim, deve
haver a promoção de um crescimento econômico sustentável, inclusivo e equitativo, criando melhores
oportunidades para todos, reduzindo as desigualdades, elevando padrões básicos de vida, estimulando a
inclusão e o desenvolvimento social justo, e promovendo o gerenciamento integrado e sustentável dos
recursos naturais e dos ecossistemas.
https://www.amtrans.com.br/post/voce-sabe-o-que-sao-ods-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/pt/

TEXTO II

O que são os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?


Os 193 países-membros das Nações Unidas adotaram oficialmente a nova agenda de desenvolvimento
sustentável, intitulada “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável”, na Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, realizada na sede da ONU em Nova York, em
setembro de 2015. Essa agenda contém 17 Objetivos e 169 metas:
ODS 1 – Erradicação da pobreza
Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.

ODS 2- Fome zero e agricultura sustentável


Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoraria da nutrição e promover a agricultura
sustentável.

ODS 3- Saúde e bem-estar


Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao
longo da vida para todos.

ODS 4 – Educação de Qualidade


Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao
longo da vida para todos.

ODS 5 – Igualdade de Gênero


Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

ODS 6 – Água potável e saneamento


Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.

ODS 7 – Energia acessível e limpa


Assegurar a todos o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia.

ODS 8 – Trabalho descente e crescimento econômico


Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e
trabalho decente para todos.

ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura


Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a
inovação.

ODS 10 – Redução das desigualdades


Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.

ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis


Tornar as cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

ODS 12 – Consumo e produção Responsável


Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.

ODS 13 – Ação contra mudança global do clima


Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e os seus impactos.

ODS 14 – Vida na água


Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, mares e os recursos marinhos, para o desenvolvimento
sustentável.

ODS 15 – Vida Terrestre


Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as
florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra, e deter a perda da biodiversidade.

ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes


Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à
justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

ODS 17 – Parcerias e meios de implementação


Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

Essa agenda baseia-se nos êxitos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), os quais foram
adotados no ano 2000 e orientaram as ações de desenvolvimento nos últimos 15 anos.
Os novos Objetivos são parte de uma agenda ambiciosa e ousada que terá foco nos três elementos
interligados do desenvolvimento sustentável: crescimento econômico, inclusão social e proteção ao meio
ambiente.
Os Objetivos e metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são globais em sua natureza e universalmente
aplicáveis, levando em conta diferentes realidades nacionais, capacidades e níveis de desenvolvimento, bem
como respeitando políticas e prioridades nacionais. Eles não são independentes entre si – eles precisam ser
implementados de uma forma integrada.
Os ODS são o resultado de um processo transparente de três anos de duração, inclusivo e participativo com
todas as partes interessadas. Eles representam um acordo sem precedentes em torno das prioridades de
desenvolvimento sustentável entre os 193 Estados Membros da ONU. Eles têm recebido apoio global de
sociedade civil, setor privado, parlamentares e outros atores.
A decisão de se lançar um processo para a definição de um conjunto de ODS foi feita pelos Estados
Membros das Nações Unidas na Conferência de Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada na cidade
do Rio de Janeiro em junho de 2012.

Por que as pessoas e as organizações devem se importar com os ODS?


Trabalhar para alcançar os Objetivos Globais tornará o mundo melhor para as gerações futuras – o mundo
que elas viverão. Devemos aproveitar essa oportunidade para mudar nosso mundo para melhor. Entendemos
o que podemos e devemos fazer para erradicar a extrema pobreza, a fome e o sofrimento desnecessário, e
podemos construir uma comunidade mundial que provê a todos os seus cidadãos o direito igual para viverem
suas vidas em plenitude – tudo isso sem prejudicar o planeta.
Fonte: ONU

TEXTO III

OBJETIVOS DO MILÊNIO
Brasil cumpre objetivos e assume novos compromissos na ONU
País superou sete das oito objetivos implementados em 2000; principal objetivo era o combate à pobreza
extrema e à fome

O Brasil se antecipou ao prazo limite para o


cumprimento dos oito Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM) assumidos
na Organização das Nações Unidas (ONU), em
2000, e se prepara para assumir na próxima
semana os 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS). O novo compromisso será
firmado pela presidente Dilma Rousseff na
reunião da Cúpula do Desenvolvimento
Sustentável da ONU, que irá ocorrer nos Estados Unidos entre a próxima sexta-feira (24) e o domingo (27).
“O Brasil está muito bem posicionado no alcance dos ODM. O sucesso do Brasil foi realmente diferente”,
afirma o assessor sênior da ONU no País, Haroldo Machado.
Os ODM foram assumidos por 164 países dispostos a atingir 50% das populações vulneráveis em relação a
oito áreas: redução da pobreza; universalização do ensino básico; igualdade entre os sexos e autonomia das
mulheres; reduzir a mortalidade na infância; melhorar a saúde humana; combater a aids, a malária e outras
doenças; garantir a sustentabilidade ambiental; e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Um resumo das ações pode ser visto aqui.
O Brasil superou sete dos oito objetivos, faltando apenas atingir os objetivos envolvendo a mortalidade
materna. Mas, de acordo com Machado, o principal objetivo era o combate à pobreza extrema e à fome.
“São duas questões que no Brasil dos últimos anos houve uma série de programas e políticas sociais nesse
sentido”, diz. “Houve então uma grande aderência nos programas do governo federal em relação a essa
agenda. Em vários dos objetivos o Brasil não só cumpriu como superou as objetivos que estavam
desenhadas”, avalia o representante da ONU.
O governo brasileiro irá, agora, ser um dos países signatários dos 17 ODS que a ONU propõe para serem
atingidos até 2030. Mas diferentemente das objetivos anteriores, que focaram no atendimento a 1 bilhão de
pessoas em situação de risco social em países em desenvolvimento até dezembro de 2015, a proposta atual
visa atingir as 7 bilhões de pessoas que ocupam o globo terrestre – incluindo os países desenvolvidos.
Para isso, o documento “Transformando Nosso Mundo Agenda 2030 Desenvolvimento Sustentável” será
apresentado na próxima semana contendo cinco eixos: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias. Esses
eixos estão contemplados nos 17 ODS, que são formado por 169 objetivos. “Temos consciência que essa
agenda é mais ampla e complexa e, por isso, impõe mais desafio”, observa.
A costura diplomática para a aprovação dessas objetivos, segundo Machado, vem ocorrendo desde a
realização da conferência Rio+20, realizada no Brasil em 2012. O documento final deve ser aprovado por
aclamação na cúpula da ONU.
“Esperamos que esse novo objetivo de metas seja aprovado, agora com 17 objetivos muito mais ambiciosos,
cobrindo o desenvolvimento social, econômico e ambiental”, afirma Machado. A ONU deve fazer também
uma série de ações de marketing para estimular as pessoas a assumirem esses objetivos de desenvolvimento,
especialmente no que envolve consumo consciente e combate à pobreza.
A campanha chamada Project Everyone está sendo conduzida pelo cineasta britânico Richard Curtis, famoso
por dirigir o filme "Simplesmente Amor" e por ter assinado o roteiro de "Um Lugar Chamado Notting Hill".
“Temos a oportunidade de ser a primeira geração que pode acabar com a fome no mundo”, sugere o
representante da ONU no Brasil.
Fonte: Portal Brasil - Publicado em 23/09/2015 14h58

TEXTO IV

CARTA ABERTA - Em Defesa do Compromisso Brasileiro com a Agenda 2030 da ONU


29/03/2021

Foi sem surpresa que em março de 2021, ano no qual assistimos ao aumento de todo tipo de violência contra
as mulheres em todo o mundo, assistimos à recusa, por integrante da Direção do Conselho Nacional dos
Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), para que uma Conselheira Substituta, escolhida após
consulta democrática realizada pela Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos
Tribunais de Contas (AUDICON), representasse as mulheres de sua classe durante a live que será realizada
pelo Conselho para homenagear, nesta segunda-feira (29/3), as mulheres do Sistema de Tribunais de Contas.
O evento homenageará as Presidentes do Tribunal de Contas da União e dos Tribunais de Contas dos
Estados de São Paulo, do Piauí e do Pará, além da Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Pará.
Foram convidadas para participar da live a Presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de
Contas (CNPGC), a Presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e a Vice-Presidente da
Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC).
Se, por um lado, a realização do evento demonstra a disposição dos integrantes da cúpula do Sistema de
Tribunais de Contas discutir questões até então tratadas como tabu, por outro, traz à tona mazelas e expõe os
reais desafios que, muitas vezes velados ou subliminares, não são fáceis de serem reconhecidos e
enfrentados.
Em resposta ao ato que desconsiderou não apenas o direito dos Conselheiros Substitutos de escolherem sua
representante no Mês da Mulher, mas também a liderança eleita pelos pares, os cidadãos que,
voluntariamente, assinam esta carta aberta vêm a público defender que as instituições públicas e privadas
brasileiras assumam o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que integram
a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), rechaçando qualquer ato que, explícita ou
veladamente, reprima ou oprima o poder feminino nos espaços públicos e privados.
Os signatários também louvam a elevada consciência coletiva da Diretoria da AUDICON que, por ser
presidida por um homem, decidiu por bem - e justo - submeter aos associados a indicação democrática de
quem melhor representaria as 17 Conselheiras Substitutas no primeiro evento nacional destinado a
homenagear todas as mulheres do Sistema integrado por 33 Tribunais de Contas. E parabenizam a
AUDICON pelo respeito à independência de seus associados, retirando o apoio institucional ao evento e se
ausentando da cerimônia. Igualmente sobressai - e merece aplausos - a cultura de lealdade e ética entre seus
membros e o respeito inabalável às suas escolhas democráticas.
Nosso momento é de grito de angústia pela forma com que lideranças femininas são oprimidas e vitimadas
cotidianamente no Brasil pela misoginia, pelo machismo, pelo sexismo e pela falta de pudor com que tais
condutas são perpetradas contra as mulheres, seja em suas formas explícitas - que sentenciam à morte brutal
não apenas mulheres invisíveis na sociedade, mas até mesmo Juízas que estão no topo do poder estatal -,
seja em suas formas veladas de contestar o poder e a liderança feminina, mas sempre cruéis e insidiosas.
Justo quando mulheres de todo o mundo têm o irrestrito apoio da ONU e quando a ONU Mulheres tenha
escolhido como tema do Dia Internacional da Mulher em 2021 “Mulheres na liderança: Alcançando um
futuro igual em um mundo de COVID-19”, esse lamentável episódio no controle externo brasileiro coloca o
Brasil na contramão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nºs 5 e 16 que integram a Agenda 2030,
notadamente no que se refere às Metas que visam “garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a
igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política,
econômica e pública” (Meta 5.5) e à promoção de “políticas não discriminatórias para o desenvolvimento
sustentável” (Meta 16.10.b).
Brasil, 29 de março de 2021.

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, na modalidade escrita formal da
língua portuguesa, sobre o tema Caminhos e entraves para alcançar os objetivos da Agenda 2030
da ONU apresentando proposta de intervenção/posicionamento que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu
ponto de vista.

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