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CAPITALISMO SUSTENTÁVEL
INTRODUÇÃO
Talvez você já tenha lido, ouvido falar ou visto em um anúncio ou propaganda sobre a
sigla em inglês ESG (Enviromental, Social and Governance), a qual traduzida seria
responsabilidade ambiental, social e governança, porém a sua origem, essência e importância
ainda é desconhecida por muitos.
Conhecer a origem deste termo é muito mais do que saber a sua história e diz respeito
ao entendimento de como as práticas da responsabilidade social, ambiental e de governança
(ESG) influenciam e impactam o desenvolvimento e o relacionamento global entre empresas,
governos e cidadãos, pois trazem a todos os envolvidos uma nova maneira de identificar a
responsabilidade de todos no mundo.
Mesmo sem perceber, você já está envolvido e participando do ESG, basta conhecer
estas responsabilidades que você verá isso.
Todos os objetivos têm a sua importância e relevância e não existe uma ordem para
aplicá-los, de modo que todos devem ser feitos no transcorrer do tempo. Analisando cada
objetivo pode-se notar que todos estão dentro de uma perspectiva de responsabilidade social,
ambiental e de governança, assim influenciam as práticas de ESG, ou até melhor, todos fazem
parte desta nova forma de analisar a responsabilidade das empresas e com uma nova forma de
se portar em suas relações, a qual pode ser sintetizada por: “Não se trata de ser a melhor
empresa do mundo, mas de ser uma empresa melhor para o mundo” (HARRACA, 2022, p.73).
Analisando o objetivo 12 Consumo e produção responsáveis como exemplo, em
conjunto com a ESG, podemos dizer que não se trata tão somente de como a empresa trabalha
para produzir de maneira responsável, mas também como cada fornecedor o faz e a forma que a
empresa lida com os resíduos que podem ser gerados a partir do seu produto. Ainda neste
tópico, podemos buscar auxílio para ter uma produção responsável com o objetivo de número
sete, o qual trata da utilização de energias renováveis.
Neste breve exemplo, você pode notar como os objetivos se intercalam e auxiliam um
ao outro na sua aplicação. Desta forma, as empresas conseguem se estruturar e reestruturar para
que consigam atender esta nova visão de mercado, pois nos dias atuais não importa somente o
lucro, mas sim como ele se enquadra nas normas da ESG (GOI JUNIOR, 2023).
Os pilares da ESG de responsabilidade social e ambiental são fáceis de serem identificados
dentro dos ODS, porém, o pilar da governança não é tão simples de se identificar e pode gerar
dúvidas de sua existência na ODS, mas é a governança quem direciona a aplicação e o
desenvolvimento dos ODS.
Você pode entender como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e os princípios
da ESG se relacionam entre si e podem ser aplicados conjuntamente, afinal os ODS não são
somente de responsabilidade dos governos, inclusive os não signatários do documento, e sim da
sociedade mundial, mas ambas são anteriores ao surgimento abrupto do mundo BANI (em
2020), apesar de continuarem aplicáveis em um mundo afetado pela Pandemia de Covid-19 em
2019.
Recordando as características do mundo BANI, as quais são: frágil, ansioso, não linear
e incompreensível, pode-se dizer que por meio da busca por atingir aos ODS e das práticas da
ESG, as demandas geradas pelo mundo BANI serão sanadas.
A fragilidade citada no BANI teve como propulsor a Pandemia de Covid-19 em 2019,
em que todos, inclusive as empresas, notaram a fragilidade que temos frente a eventos que não
podem ser previstos, mas podem causar grande impacto que modifica o mundo e traz novas
formas de se relacionar, trabalhar e consumir, aumentando ou gerando ansiedade nas pessoas.
Além disso, a perspectiva de futuro mudou, pois as certezas que tínhamos anteriormente já não
temos mais e devido à facilidade ao acesso e da quantidade de informações disponibilizadas a
um toque no celular, por exemplo, muitos fatos podem ser incompreendidos ou distorcidos.
Porém, o objetivo de número 4 dos ODS que trata de educação poderia ser utilizado na busca
por uma educação de qualidade que visa a correta pesquisa por informação e senso crítico, com
discernimento para identificar e não espalhar Fake News, por exemplo – o que poderia ser
incentivado e promovido pelas empresas do ponto de vista de sua responsabilidade social. Você
pode perceber que todos os três temas se intercalam entre si, mesmo tendo suas origens em
épocas diferentes.
Em 1996, a professora Ana Cristina Limongi França trouxe em sua tese de doutorado
uma abordagem para a qualidade de vida no trabalho considerando as áreas de investigação:
biológica, psicológica, social e organizacional.
A divisão trouxe um complemento para o método QVT, pois separando em áreas é
possível identificar de uma maneira mais específica os efeitos. A metodologia de França (1996)
é conhecida como BPSO-96 (Biopsicossocial e Organizacional) e trabalha com variáveis dentro
da organização. Abaixo o quadro demonstrando a metodologia BPSO-96.
Como podemos observar, tanto o método de Walton e as variáveis de França podem ser
utilizados de forma conjunta, pois eles não são conflitantes entre si, mas para a empresa utilizar
ambos é necessário que ela tenha um propósito, que pode ser trazido pela responsabilidade
social. A partir destas ferramentas é possível adotar três temas para serem implantados e
desenvolvidos:
1. Equidade
2. Inclusão
3. Diversidade
A equidade não pode ser confundida com igualdade, pois ambas são diferentes em sua essência,
a equidade antecede a igualdade. Moragas (2022 [s.p.]) define ambas como:
A igualdade é baseada no princípio da universalidade, ou seja, que todos devem ser regidos
pelas mesmas regras e devem ter os mesmos direitos e deveres.
Equidade significa dar às pessoas o que elas precisam para que todos tenham acesso às mesmas
oportunidades.
A diferença entre ambas tem que estar de forma clara para as empresas, pois é fator
decisivo na política de inclusão social para que as pessoas possam ser tratadas de forma
igualitária na medida de suas desigualdades.
Como exemplo, podemos mencionar empresas que decidem contratar pessoas com
necessidades especiais, porém não preparam os equipamentos e as instalações para recebê-las,
ou seja, ela pode ter dado igual oportunidade de concorrência para a vaga de emprego, mas não
verificou se a empresa estava apta a tratar com equidade as pessoas com necessidades especiais
frente às que não possuem.
Ter responsabilidade social com foco também em inclusão social é ir ao encontro das
pessoas ou grupos menos favorecidos ou discriminados por questões de gênero, cor, raça, etnia,
credo, idade, necessidades especiais entre outras, ou seja, não é somente cumprir cotas
governamentais e sim desenvolver políticas que permitam aos grupos citados ter a equidade
para que possam ter as mesmas oportunidades.
Trazer a questão de inclusão com equidade para dentro das empresas exige uma
conscientização e, em muitos casos, uma mudança de postura de todos os envolvidos, ou seja,
não basta mudar a cultura da empresa, mas também trazer todos os empregados, independentes
das funções que exerçam, para este pensamento e cultura.
Outra capacitação que muitas empresas adotam são o que chamamos de “Jovem Aprendiz” e a
parceria com escolas profissionalizantes para que no contraturno os alunos estejam nas indústrias
aprendendo, ou seja, capacitam e dão oportunidade para o jovem ter o primeiro emprego, além
disso, os “aprendizes” obrigatoriamente devem estar matriculados e frequentando a escola.
Já temos exemplos de empresas que buscam equilibrar os cargos de gestão entre grupos
predominantes, como homem branco, com grupos que são considerados menos favorecidos, em
especial mulheres e negros.
Existe ainda uma forma de inclusão social pouco comentada: quando a empresa contrata
um estagiário e traz para ele uma formação, com certeza está contribuindo para o futuro
profissional dele; o grande problema neste caso é que muitas empresas contratam estagiários
como uma mão de obra barata, neste caso está indo contra tudo o que é disseminado pela
responsabilidade social.
Fazer inclusão social com equidade não é algo complexo para as empresas fazerem,
porém basta que elas tenham isto como propósito e cultura.
ESG E ISSO
Estudante, nesta aula vamos desenvolver a temática das boas práticas relacionadas aos
propósitos da cultura do ESG, ou seja, responsabilidade.
No século XX surgiram diversas demandas atreladas às boas práticas por conta das
exigências de muitas empresas a se adequarem às normas da cultura da International
Organization for Standardization (ISO), as quais dizem respeito à normatização e qualificação
dos trabalhos. O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) traz a
seguinte definição sobre a ISO: “A ISO tem como objetivo criar normas que facilitem o
comércio e promovam boas práticas de gestão e o avanço tecnológico, além de disseminar
conhecimentos” (INMETRO, 2010 [s.p.]).
Como pode-se observar, a ISO trouxe a questão de boas práticas para dentro da gestão,
ainda não atrelada à cultura ESG, e as mais conhecidas são:
ISO 9000, que trata sobre a gestão da qualidade;
ISO 14000, que trata sobre a gestão do meio ambiente;
ISO 26000, responsabilidade social.
As empresas que passaram a implantar a ISO 9000 tiverem obrigatoriamente que entender
sobre boas práticas para poder ter sucesso na implantação. Mourão (2002 [s.p.]) definiu boas
práticas como:
Considerando que a boa prática visa alcançar um objetivo comum, é importante destacar
que para a cultura ESG este envolvimento é para que possa gerar impacto em tudo na empresa,
ou seja, de nada adianta ter uma boa prática junto aos seus empregados se a empresa gerar uma
degradação do ambiente familiar e social, por exemplo.
Além de saber como boas práticas impactam no resultado da ESG, é necessário reforçar
sempre os termos inerentes a esta cultura: sustentabilidade, social e governança.
A sustentabilidade busca um equilíbrio entre dois fatores que em geral se opõem:
exploração x preservação, ou seja, ambos têm que conviver de forma harmônica. O termo
exploração aqui se refere ao que a empresa extrai do meio ambiente para a produção de seus
bens e o quão a sua atividade degrada o meio ambiente, assim, analisa a operação da empresa
como um todo.
A questão social para boa prática pode ser considerada de forma mais abrangente e utilizar o
termo de Responsabilidade Social Empresarial (RSE), ou seja, a empresa que adota boas
práticas sociais analisa não somente a relação com seus empregados e terceiros, mas também
com a comunidade local e como os clientes e fornecedores gerem seus empregados, com isto
consegue levar boas práticas para um campo muito maior e com impactos abrangentes.
Complementando o tripé, temos as boas práticas em governança e esta faz a junção nas
demais, pois envolve de forma direta e indireta acionistas, órgãos de fiscalização e diretoria, ou
seja, como eles cuidam dos negócios em que as empresas estão inseridas.
ESTUDO DE CASO
Estudante, para contextualizar sua aprendizagem da Unidade 1, você será o protagonista da
situação a seguir. Vamos lá!
Uma empresa fundada no início dos anos de 1970 tem como ramo de atividade a fabricação
e o comércio de roupas infantis, estando instalada no município de São Paulo em uma área hoje
residencial. A administração da empresa está na segunda geração da família, próxima da
terceira, e recebeu uma oferta do exterior para fabricar uma linha exclusiva durante os próximos
10 anos; com isto, seu faturamento anual terá um acréscimo de 70% ao ano, mas o cliente impõe
a seguinte exigência: a empresa deve ter políticas desenvolvidas ou as desenvolver para
responsabilidade social, ambiental e práticas de governança estabelecidas. Neste momento, você
é chamado para auxiliar a empresa nesta transição e recebe do atual diretor geral um
memorando contendo algumas características da empresa que ele julga ser necessário alterar por
conta dessa demanda, conforme a seguir:
Somente homens ocupam cargo de gestão na empresa;
A carga diária de trabalho da produção em geral é de 10 horas diárias de segunda a
sábado;
Todos os direitos trabalhistas e impostos são pagos;
A equipe de manutenção trabalha todos os domingos;
Toda a parte administrativa fica no segundo andar do galpão, o qual somente é acessível
por escadas.
As mulheres que trabalham na produção, após retornarem da licença-maternidade, são
dispendas;
Não são contratadas mulheres com filhos menores de 14 anos;
A maioria dos trabalhadores na produção somente estudou até o quinto ano do Ensino
Fundamental I e muitos são imigrantes que têm grande dificuldade de comunicação;
Toda a parte de fiação elétrica da empresa é a mesma desde sua fundação;
Não existe reciclagem de material;
100% de sua produção é vendida, mas as peças que apresentam algum defeito de
fabricação são descartadas no lixo comum;
As promoções para os funcionários não são feitas por mérito;
A empresa já foi multada diversas vezes pela poluição sonora que causa;
Não existe um programa de reuso de água ou de seu uso consciente;
A empresa fornece refeição no local para os funcionários, porém as pessoas que têm
alguma restrição alimentar devem levar sua própria comida;
Os donos e a diretoria se alimentam na empresa, mas têm um cardápio diferente do
cardápio dos funcionários;
É fornecido transporte fretado com desconto de 1% do valor do salário-mínimo a todos
os empregados, porém os que fazem hora extra usam o transporte público para ir
embora;
Na rua onde está instalada a empresa, há uma escola de Ensino Fundamental I e II e
uma Unidade Básica de Saúde;
Quando ocorre a carga e descarga de produtos da empresa, muitas vezes, a rua é fechada
e o tráfego é interrompido durante essa atividade.
Com as informações acima e considerando os seus conhecimentos iniciais em ESG, elabore
um relatório elencando quais boas práticas de ESG poderiam ser implantadas nesta empresa,
tendo como base os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e como estariam
alinhados com a sua proposta. Por fim, elabore observações de como seriam mensuradas e
monitoradas as ações.
Reflita!
Olá, estudante! O estudo de caso proposto traz situações comuns a muitas empresas
e para que seja possível a transformação, primeiramente, é necessário mensurar quais
impactos cada item traz no dia a dia das empresas; na sequência é possível identificar as
melhorias possíveis relacionando-as com as responsabilidades sociais, ambientas e de
governança. Existem situações que demandam baixo nível de investimentos financeiros e
podem trazer um resultado imediato para a empresa. Essencialmente, a cultura da empresa
deve ter alterações, mas para isto é necessário que todos saibam o que é a cultura ESG.
Importante salientar que algumas mudanças podem ser consideradas como
consequência, ou seja, quando você alterar uma rotina pode ser que outra melhore
automaticamente; e isto é importante estar mapeado.
Outro ponto importante: não se esqueça de contextualizar a empresa no ambiente em que ela
está inserida, isto poderá fazer toda a diferença na implantação.
No relatório não deixe de explicar as boas práticas do ESG e quais as vantagens trazidas por
ela para a empresa, assim, seu trabalho estará fundamentado e pronto para ser colocado em
prática.
A partir da alocação, foram identificados sete tópicos a serem tratados, é neste momento que
se fazem as indicações para tratar cada tema:
Igualdade de gênero – estabelecer metas tanto em tempo como para quantidade de ter
diversidade de gênero na gestão da empresa, além de cessar com as demissões de
mulheres pós-parto e incentivar as contratações de mulheres que tenham filho em idade
escolar. Pode ser feita uma parceria com a escola que fica próxima à empresa.
Trabalho decente e crescimento econômico – unificar o refeitório da empresa e sua
alimentação, dispor cardápios alternativos para as pessoas com restrição alimentar .
Estabelecer política para redução de horas extras, realizar as manutenções durante a
semana com programação de paradas (este tema poderia estar na indústria, inovação e
infraestrutura).
Educação de qualidade – promover para os empregados Educação de Jovens e
Adultos (EJA), a qual poderia ser dentro da empresa e até mesmo durante o expediente
normal de trabalho.
Energia limpa e acessível – elaborar um plano de adequação e modernização da rede
elétrica, além de instalação de placas fotovoltaicas, que pode gerar economia de
energia.
Consumo e produção responsável – desenvolver campanhas internas sobre a
reciclagem e desenvolver políticas para o descarte consciente de resíduos, além disto as
peças que estivessem em boas condições de uso poderiam ser doadas. Outro fato
importante é a melhora no isolamento acústico da empresa e limitação do horário de
trabalho.
Água potável e saneamento – criar campanhas para uso consciente da água, troca de
torneiras para automáticas, reuso da água de chuva entre outras políticas.
Indústria, inovação e infraestrutura – criar docas para carga e descarga, além de
estabelecer horário para esta atividade, o qual não poderia coincidir com o horário da
escola, além de comunicar qual o tipo de transporte que será aceito pela empresa na
carga e descarga, evitando, assim, a necessidade de fechar a rua para carga e descarga
de produtos.
Desafios para implementar a ESG sempre existirão, porém, alguns não demandam
investimentos altos, como o caso da igualdade de gênero, porém necessitam de uma mudança de
cultura por parte da empresa, mas no momento em que se aloca os similares, pode ser percebido
como uma ação que pode interferir no ambiente em que a empresa está inserida.
Após esta etapa, a empresa necessita desenvolver políticas internas claras para que a cultura
ESG consiga ser implantada e isto é tarefa para a Governança.
EXERCÍCIOS
1. À medida que o interesse dos mercados financeiros aumentar, o interesse
pelas maneiras de internalizar os custos da linha dos três pilares, sem
abalar as empresas, também aumentará. A alternativa correta a qual
confronto se refere a expressão acima é:
Alternativa correta, é Capitalismo versus ESG, pois Capitalismo busca na sua
essência gerar lucros para as empresas, e em muitos casos este lucro pode ser
entendido como obter a qualquer custo, porém a ESG trouxe uma responsabilidade
sobre como as empresas buscam este lucro, e em muitos caso tem sido para alguns
uma geração de custo extra.
ONU versus COP21, a alternativa está incorreta, pois a COP21 foi a conferência
promovida pelas Organização das Nações Unidas para debater sobre mudanças
climáticas.
ESG versus ODS, a alternativa está incorreta, porque a ESG busca a
responsabilidade social, ambiental e de governança enquanto a ODS (Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável) trata de questões nos três pilares da ESG.
VULCA versus BANI, a alternativa está incorreta, pois ambos termos são tipos de
mundo e o VULCA antecedeu ao BANI.
ECO-92 versus ONU, a alternativa está incorreta, pois a ECO-92 foi a conferência
promovida pelas Organização das Nações Unidas para debater sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento sustentável.
2. A adoção da cultura ESG, passa primeiramente pela gestão das empresas, sendo
assim eles são os propulsores para esta nova forma de se fazer negócio, desta
forma os mesmos devem ser treinados e inseridos dentro deste contexto, pois a
gestão autoritária do passado não tem espaço dentro da cultura ESG. A
alternativa correta qual somente contenha as características do líder envolvido
com os propósitos da ESG é:.
Alternativa correta: Motivador, direcionador, questionador e que valorize o
aprendizado contínuo, pois a liderança tem papel fundamental dentro da ESG e não
pode-se ter líder com caraterísticas do passado como: autoritários e centralizadores.
O líder dentro da ESG deve ser aquele que acolhe, treina, direciona, e principalmente
mostra com o seu exemplo o comportamento dentro da cultura.
Centralizador, direcionador, questionador e que valorize o aprendizado contínuo., a
alternativa está incorreta pois o líder dentro dos propósitos da ESG não deve ser
centralizador.
Autoritário, direcionador, questionador e motivador, .a alternativa está incorreta pois
o líder dentro dos propósitos da ESG não deve ser autoritário.
Direcionador, centralizador, motivador e que não valoriza o aprendizado contínuo,
a alternativa está incorreta pois o líder dentro dos propósitos da ESG não deve ser
centralizador.
Questionador, centralizador, direcionador e motivador., a alternativa está incorreta
pois o líder dentro dos propósitos da ESG não deve ser centralizador.
3. A palavra responsabilidade já era utilizada pelas empresas e pelos governos,
porém ganhou grande força a partir do final do século XX e vem, desde então,
transformando os mesmos e suas formas de se relacionar. A alternativa que
corresponda ao marco inicial desta transformação é: Alternativa CORRETA:
Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente, em 1972. O
marco inicial considerado para a transformação da responsabilidade é atribuído a
conferência geral da ONU em Estocolmo, aonde foi tratado questões sobre o meio
ambiente, homem e o relacionamento entre eles.
A Comissão Mundial sobre o Meio ambiente e Desenvolvimento, em 1984
está INCORRETA. Como indicado, ela ocorreu em 1984, desta forma posterior a
conferência de 1972.
A ECO-92, em 1992 está INCORRETA. Ocorreu em 1992 atualizando a
conferência de 1972, além de trazer em discussão temas pertinentes a época sobre o
meio ambiente.
A Rio+20, em 2012, está INCORRETA. Ela ocorreu 20 anos após a ECO-92.
A COP21, em 2015 está INCORRETA. Em 2015 a palavra responsabilidade já era
entendido pelas empresas como uma questão de zelo.
INTRODUÇÃO
Olá, estudante, seja bem-vindo à aula sobre mudanças climáticas. Nesta aula, você vai
aprender sobre os principais fatores que contribuem para o aquecimento global, as medidas que
estão sendo tomadas para mitigar seus efeitos e o papel do mercado de carbono na redução das
emissões de gases de efeito estufa.
Para combater o aquecimento global e seus impactos, é crucial promover ações que
envolvam a mitigação das emissões, a adaptação às mudanças climáticas e a conscientização da
sociedade. Investimentos em energias renováveis, transporte sustentável, preservação de áreas
naturais e práticas agrícolas mais sustentáveis são alguns caminhos a percorrer em busca desse
objetivo. Além disso, a educação ambiental desempenha um papel fundamental, capacitando as
pessoas a agirem de forma consciente e responsável em relação ao meio ambiente.
A mudança global exige um esforço coletivo e comprometimento de governos,
empresas e cidadãos. Somente com ações integradas e sustentáveis poderemos preservar nosso
planeta para as gerações futuras. Nesse contexto, é necessário ainda compreender a gravidade
dos problemas ambientais e buscar soluções que promovam a harmonia entre o
desenvolvimento humano e a proteção dos recursos naturais.
Você também vai desenvolver habilidades para analisar dados, argumentar criticamente e propor
soluções para os desafios ambientais do século XXI. Esperamos que você aproveite esta
oportunidade de ampliar seus conhecimentos e se engajar em uma questão vital para o futuro do
planeta. Juntos, podemos construir um futuro mais sustentável e resiliente. Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Olá, estudante, seja bem-vindo à nossa segunda aula da unidade Meio Ambiente e
Sustentabilidade, na qual exploraremos as questões e os impactos dos programas de
sustentabilidade nos meios organizacional, público e social.
Vivemos em um mundo em constante transformação, no qual a busca pelo equilíbrio
entre o progresso econômico e a preservação ambiental se torna cada vez mais crucial. A
sustentabilidade emerge como um conceito fundamental nessa busca, com o objetivo de atender
às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras.
Nessa aula, discutiremos os dilemas do desenvolvimento sustentável, examinaremos os pilares
da sustentabilidade em relação à cadeia produtiva e abordaremos a noção de sociedade de risco,
seus impactos no meio ambiente, o risco social dos problemas ambientais e o esgotamento de
recursos.
Ao final desta aula, espero que você tenha adquirido uma compreensão mais aprofundada das
questões e dos impactos dos programas de sustentabilidade nos meios organizacional, público e
social. Também espero que tenhamos despertado uma consciência maior sobre os dilemas do
desenvolvimento sustentável, os pilares da sustentabilidade na cadeia produtiva e os desafios da
sociedade de risco. Lembrem-se: a sustentabilidade é uma responsabilidade compartilhada por
todos nós e cada ação individual pode fazer a diferença na construção de um futuro mais
sustentável.
Bons estudos!
De acordo com uma pesquisa recente divulgada pela GFN (Global Footprint Network)
em 2022, foi constatado que seria necessário o equivalente a 1,75 planetas para sustentar o
nosso atual padrão de consumo. Essa estatística revela que estamos operando com um modelo
de produção e consumo insustentável, uma vez que quase dois planetas seriam necessários para
suprir nossas demandas.
Segundo a pesquisa "Consumo Consciente" realizada em 2019 pelo SPC Brasil e
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 98% dos brasileiros têm a percepção de
que o consumo irresponsável dos recursos naturais do planeta acarreta algum tipo de impacto no
meio ambiente. Esses dados nos alertam para a urgência de discutir e repensar esse modelo, bem
como nos comprometer coletivamente com agendas que busquem uma mudança. Um exemplo
importante é a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que inclui entre seus
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável o objetivo número 12, que trata especificamente do
compromisso com a produção e o consumo responsáveis.
É necessário estabelecer parcerias estratégicas com os fornecedores, envolvendo-os de
maneira ativa e colaborativa no desenvolvimento e na implementação de práticas sustentáveis
na cadeia de suprimentos. Isso inclui compartilhar informações, estabelecer metas e indicadores
de desempenho, realizar capacitação e incentivar a inovação sustentável. O World Wildlife
Fund (WWF) oferece mais de 50 indicadores de desempenho para medir os riscos da cadeia,
associados à produção de uma variedade de commodities, bem como a probabilidade e a
gravidade desses riscos.
Recentemente, o mais recente relatório publicado pela Global Forest Watch (2022) aponta
o Brasil comoe oo uso
O manejo paísplanejado
com a maior taxa dedos
e racional desmatamento florestal
recursos naturais sãono cenário global.
justificados diante da
Segundo a organização, aproximadamente 1,5 milhão de hectares de bioma
rápida destruição de ambientes naturais. Quando realizados de forma consciente, nativo
essesforam
perdidos
processos permitem a continuidade no país aorentabilidade,
da produção, longo de 2021.segurança no trabalho, respeito à
legislação, oportunidades de mercado e a preservação dos recursos naturais e serviços
ambientais. Além disso, o manejo de recursos naturais tem sido uma importante ferramenta para
a conservação das espécies, contribuindo para a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas.
Os 5Rs – reduzir, reutilizar, reciclar, repensar e recusar – são uma abordagem prática e
proativa para promover a sustentabilidade no uso de recursos. Reduzir envolve a diminuição do
consumo desnecessário, restringindo a produção de resíduos desde o início. Reutilizar consiste
em dar uma segunda vida aos produtos e materiais, evitando que se tornem lixo. Reciclar é
transformar resíduos em novos produtos ou matérias-primas. Repensar é questionar hábitos e
comportamentos, buscando alternativas mais sustentáveis. Recusar é evitar o uso de produtos
descartáveis e práticas insustentáveis desde o início. Essa abordagem contribui para a redução
da extração de recursos naturais e para a minimização do impacto ambiental dos resíduos.
No Brasil, estima-se que cada indivíduo produza, em média, 343 quilos de resíduos por
ano, totalizando aproximadamente 80 milhões de toneladas de lixo anualmente, em que apenas
4% passam por processamento, reaproveitamento ou reciclagem (AGÊNCIA BRASIL, 2023).
A relação entre o uso de recursos e os 5Rs se fundamenta na necessidade de repensar
nossos padrões de consumo e implementar ações que minimizem o impacto ambiental. Cada um
dos 5Rs representa uma etapa crucial no ciclo de vida dos produtos e materiais, contribuindo
para a redução do desperdício, a conservação dos recursos naturais e a mitigação dos problemas
ambientais.
Ao adotar os 5Rs, estamos direcionando nossas escolhas e nossos comportamentos para
uma perspectiva mais consciente, que valoriza a redução do consumo excessivo, a reutilização
de materiais, a reciclagem de resíduos, a reflexão sobre nossas ações e a recusa de práticas
insustentáveis. Essa abordagem se alinha com a economia circular, que busca fechar o ciclo dos
materiais e promover um uso mais eficiente e responsável dos recursos disponíveis. Ao adotar
essa abordagem, estamos promovendo a conscientização, a responsabilidade e a ação para
enfrentar os desafios ambientais e construir um futuro mais equilibrado e próspero.
A implementação dos 5Rs requer uma colaboração ampla, envolvendo indivíduos,
empresas, governos e organizações, a fim de criar uma cultura de sustentabilidade e respeito à
natureza. Somente por meio de esforços conjuntos poderemos garantir a preservação dos
recursos naturais e a proteção do meio ambiente para as gerações presentes e futuras.
Em 2023, a MIT Technology Review publicou o “Green Future Index”, um índice que
avalia a inovação verde em 76 países, analisando sua capacidade de desenvolver futuros
sustentáveis e de baixo carbono. O Brasil foi classificado na 38ª posição nesse índice, que
mensura o grau de comprometimento de cada economia com uma abordagem mais verde
em suas indústrias, agricultura e sociedade, por meio de investimentos em energias
renováveis, inovação tecnológica e políticas públicas para a sustentabilidade.
A Inovação Verde refere-se à incorporação de novas ideias, tecnologias e processos que
promovam a sustentabilidade ambiental, buscando soluções mais eficientes e com menor
consumo de recursos naturais. A logística verde, por sua vez, considera os aspectos ambientais
em todas as etapas do processo logístico, otimizando o transporte, armazenamento, distribuição
e gerenciamento de resíduos de forma responsável. A combinação desses conceitos busca
promover a eficiência operacional, reduzir o impacto ambiental e desenvolver práticas mais
responsáveis em relação ao uso de recursos.
A aplicação da inovação e logística verde pode ser observada em diversos setores da
economia, desde a indústria até o comércio varejista. Empresas têm investido em embalagens
mais ecoeficientes, sistemas de transporte sustentáveis, tecnologias de rastreabilidade e
monitoramento que permitem a otimização das operações logísticas e a redução dos impactos
ambientais. E representam um caminho promissor para a gestão sustentável de recursos,
alinhando eficiência operacional com responsabilidade ambiental. Essas abordagens, quando
integradas em toda a cadeia de suprimentos, contribuem para a construção de um futuro mais
equilibrado e próspero, em que a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento
econômico caminham lado a lado
As certificações e os selos ambientais atuam como um incentivo para que empresas e
organizações adotem práticas sustentáveis, sendo uma forma de reconhecimento e diferencial no
mercado, o que estimula a busca por inovações verdes na logística e em outras áreas. No Brasil,
os mais populares são Carbon Trust Standard, ISO 14001, ISO 26000, ISO 50001, OHSAS
18001.
Aula 4 – Poluição
INTRODUÇÃO
Olá, estudante, seja bem-vindo à aula sobre poluição. A poluição é um desafio global
que exige ação imediata para garantir a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida das
gerações futuras. Nesta aula, abordaremos importantes ferramentas e conceitos que contribuem
para a gestão responsável dos resíduos e a redução da poluição. Iniciaremos com a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que representa um marco significativo no enfrentamento
dos problemas causados pelos resíduos sólidos.
Além disso, apresentaremos a logística reversa de pós-consumo como uma estratégia
promissora para reduzir a quantidade de resíduos descartados inadequadamente no meio
ambiente. Por meio da logística reversa, busca-se o retorno de produtos, embalagens e materiais
ao ciclo produtivo, visando à reciclagem e reutilização, minimizando a poluição e os danos aos
ecossistemas. A aula também abordará casos específicos, como descarte de pilhas, baterias,
medicamentos e microplástico, destacando a necessidade de descarte adequado. Os ecopontos
serão evidenciados como locais-chave para o correto encaminhamento dos resíduos,
incentivando práticas sustentáveis.
Esperamos que o conteúdo apresentado contribua para uma maior conscientização e
ações concretas em prol de um futuro mais limpo, saudável e sustentável para todos. Bons
estudos!
REVISÃO DA UNIDADE
Olá, estudante! Neste vídeo, vamos explorar um tema de extrema relevância para o
nosso planeta: as questões ambientais e as ações que podem ser tomadas para enfrentar os
desafios relacionados às mudanças climáticas, como questões e impactos ambientais, uso de
recursos naturais e poluição.
As mudanças climáticas são uma realidade enfrentada globalmente, com eventos
extremos cada vez mais frequentes. Para combater isso, precisamos reduzir as emissões de gases
de efeito estufa. Para reduzir os impactos ambientais como desmatamento, degradação de
ecossistemas e perda de biodiversidade, a conservação e uso sustentável dos recursos são
fundamentais. A poluição é outro desafio significativo, a qual afeta ar, solo e água.
Neste vídeo, você terá a oportunidade de aprender sobre os conceitos fundamentais de
políticas e estratégias para enfrentar os desafios ambientais. Vamos explorar a importância da
responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos, a implementação da logística reversa de
pós-consumo e como essas abordagens podem fazer a diferença na redução da poluição
ambiental e na preservação dos recursos naturais.
Aproveite o vídeo para identificar oportunidades, implementar práticas e atuar como
agente de sensibilização e conscientização em prol do meio ambiente!
ESTUDO DE CASO
Contexto conceitual:
A logística e o uso de recursos são aspectos fundamentais intrinsecamente ligados à
sustentabilidade ambiental e econômica de qualquer sociedade. A logística é responsável por
planejar, executar e controlar o fluxo eficiente de materiais, produtos e informações ao longo da
cadeia de suprimentos, desde a obtenção de matérias-primas até a entrega dos produtos aos
consumidores. Por outro lado, o uso de recursos refere-se à forma como a sociedade utiliza os
recursos naturais, como água, energia, minerais e biodiversidade, para atender às necessidades e
demandas da população.
Neste contexto, a logística verde e o uso consciente de recursos emergem como
soluções promissoras. A logística verde visa integrar práticas sustentáveis ao longo de toda a
cadeia de suprimentos, como o uso de veículos elétricos ou a otimização das rotas de transporte
para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Já o uso consciente de recursos envolve a
adoção de tecnologias limpas, a promoção da economia circular e a implementação de práticas
que visam preservar e renovar os recursos naturais utilizados.
Caso:
A Logística Verde Sustentável Ltda. é uma empresa inovadora e comprometida com a
promoção da sustentabilidade e responsabilidade ambiental no setor de logística. Fundada em
2010 por um grupo de empreendedores visionários, a empresa nasceu com a missão de oferecer
soluções logísticas eficientes e ao mesmo tempo ecologicamente responsáveis, alinhando o
crescimento econômico com a preservação ambiental.
Uma das principais características da Logística Verde Sustentável Ltda. é a sua frota de
veículos movidos a energia limpa, como os caminhões elétricos e híbridos, que contribuem
significativamente para a redução das emissões de gases do efeito estufa. Além disso, a empresa
adota estratégias inteligentes de roteirização e consolidação de cargas, visando otimizar o uso de
recursos e minimizar a emissão de poluentes.
Outro diferencial da empresa é a sua atuação na economia circular, buscando promover
a reutilização, reciclagem e reaproveitamento de materiais e embalagens ao longo de toda a
cadeia logística. Por meio de parcerias com fornecedores e clientes engajados com a
sustentabilidade, a Logística Verde Sustentável Ltda. viabiliza o retorno de embalagens e
materiais ao ciclo produtivo, evitando o desperdício e a geração de resíduos.
Introdução do problema:
Você foi contratado pela empresa Logística Verde Sustentável Ltda. que está empenhada
em adotar práticas sustentáveis para minimizar os impactos negativos que pode causar no
ambiente natural. A empresa está elaborando um portfólio de trabalho, como plano de ação para
outras empresas de logística implementarem processos que reduzam seus impactos no meio
ambiente, especialmente em relação ao transporte, armazenamento e gerenciamento de resíduos.
O seu objetivo neste estudo de caso é elaborar um relatório técnico que apresente os
passos para eliminar ou reduzir ao máximo os impactos ambientais da empresa.
Passo 1: Diagnóstico ambiental e benchmarking
Passo 2: Definição de metas e indicadores
Passo 3: Implementação de práticas sustentáveis
Passo 4: Monitoramento e avaliação
Passo 5: Comunicação e engajamento
Reflita!
Ao seguir cada passo listado será possível indicar o caminho que a empresa deve seguir
para eliminar ou reduzir ao máximo os impactos negativos que pode causar no ambiente natural.
O relatório demonstrará o compromisso da empresa em adotar práticas sustentáveis,
contribuindo para a preservação do meio ambiente e construindo um futuro mais equilibrado e
próspero. Com ações concretas e responsáveis, a empresa poderá se destacar no mercado como
uma referência em logística sustentável, atraindo mais clientes e parceiros alinhados com os
valores da sustentabilidade.
EXERCÍCIOS
1. No contexto atual da sociedade globalizada, uma das discussões centrais é sobre
os perigos e riscos oriundos das atividades humanas. Em 2002, o sociólogo
alemão Ulrich Beck introduziu o conceito de "sociedade de risco", onde
argumenta que os riscos modernos, muitas vezes invisíveis e transnacionais, são
gerados principalmente por avanços científicos e tecnológicos, industrialização
e exploração indiscriminada dos recursos naturais. Estes riscos podem
manifestar-se como desastres ambientais, crises econômicas, alterações
climáticas, entre outros. Complementando esta visão, a pesquisa da McKinsey
em 2016 apontou riscos significativos associados à cadeia produtiva, focando
em dois aspectos principais: o impacto na sustentabilidade do fornecimento de
bens e serviços e o impacto das práticas sustentáveis nas cadeias de
suprimentos das empresas consumidoras. Considerando a solução mais
adequada para enfrentar os desafios apresentados para a sociedade de risco, é
correto afirmar que:
RESPOSTA:
- Reduzir a dependência de avanços tecnológicos, retornando a práticas mais
tradicionais e menos intensivas em recursos para diminuir os riscos associados
à modernidade. INCORRETA, embora a redução de dependência de certas
tecnologias possa ser benéfica em alguns contextos, a solução para os riscos da
sociedade moderna não é necessariamente um retorno completo às práticas
tradicionais.
- Promover práticas sustentáveis isoladas em empresas individuais, sem se
preocupar com a integração ou impacto dessas práticas nas cadeias de
suprimento mais amplas. INCORRETA, as práticas sustentáveis não devem ser
isoladas.
- Estabelecer políticas integradas e ações coletivas que visem a conservação dos
recursos naturais, a redução dos riscos sociais e a promoção de práticas
sustentáveis em toda a cadeia produtiva. CORRETA, a promoção de práticas
sustentáveis em toda a cadeia produtiva reconhece a interconexão e
interdependência das operações comerciais na era moderna.
- Ignorar os riscos associados à globalização e focar apenas nos riscos imediatos
e tangíveis que afetam comunidades locais. INCORRETA, ignorar qualquer
conjunto de riscos, seja global ou local, é uma abordagem imprudente.
- Encorajar as empresas a priorizar apenas a eficiência energética, sem
considerar outros aspectos do ESG, como gestão responsável de recursos e
práticas de trabalho justas. INCORRETA, enquanto a eficiência energética é
uma parte importante da sustentabilidade, ela é apenas um aspecto do ESG.
2. Diversos relatórios e pesquisas têm trazido à luz dados alarmantes sobre a atual
trajetória da humanidade, sublinhando a urgência em repensar nosso modelo de
desenvolvimento. As afirmações a seguir exploram algumas dessas descobertas
e insights sobre a sustentabilidade e seus desafios no cenário mundial.
Considerando o contexto apresentado, julgue as afirmativas a seguir:
I. As empresas que adotam programas de sustentabilidade não apenas podem
reduzir seus custos operacionais, mas também fortalecer sua imagem
corporativa, atraindo consumidores e investidores socialmente responsáveis.
II. O Relatório Planeta Vivo evidenciou que a biodiversidade global diminuiu
em 69% entre 1970 e 2022, com os países da América Latina e Caribe sendo
particularmente afetados, apresentando uma redução de 94%.
III. De acordo com uma pesquisa da GFN em 2022, seriam necessários o
equivalente a 1,75 planetas para sustentar o atual padrão de consumo global,
revelando a insustentabilidade do modelo atual. Considerando o contexto
apresentado, é CORRETO o que se afirma em:
Resposta CORRETA: I, II e III.
I. As empresas que adotam programas de sustentabilidade não apenas podem
reduzir seus custos operacionais, mas também fortalecer sua imagem
corporativa, atraindo consumidores e investidores socialmente responsáveis.
CORRETA. Muitas empresas têm percebido que a adoção de práticas
sustentáveis pode levar a reduções de custo, seja através da economia de
recursos, eficiência energética, ou minimização de resíduos. Além dos
benefícios financeiros diretos, a sustentabilidade pode fortalecer a marca e a
reputação de uma empresa, tornando-a mais atraente para consumidores
conscientes e investidores que valorizam práticas responsáveis.
II. O Relatório Planeta Vivo evidenciou que a biodiversidade global diminuiu
em 69% entre 1970 e 2022, com os países da América Latina e Caribe sendo
particularmente afetados, apresentando uma redução de 94%. CORRETA. Esta
informação é baseada em dados do Relatório Planeta Vivo, publicado pela
WWF, monitora a saúde do nosso planeta, examinando as tendências em termos
de biodiversidade.
III. De acordo com uma pesquisa da GFN em 2022, seriam necessários o
equivalente a 1,75 planetas para sustentar o atual padrão de consumo global,
revelando a insustentabilidade do modelo atual. CORRETA. Com base na GFN
(Global Footprint Network) que monitora a "pegada ecológica" da humanidade,
uma medida do consumo humano dos recursos naturais em relação à
capacidade da Terra de regenerar esses recursos.
3. Quando as empresas buscam fazer a inclusão social em muitos os casos as
fazem para cumprir cotas obrigatórias por lei, porém buscar trabalhar com a
inclusão vai muito além de cotas e sim uma mudança de cultura da empresa a
qual pode ser promovida através da responsabilidade social. Assinale
alternativa que corresponda uma forma da empresa fazer inclusão social
conforme ESG. Escolha uma:
Alternativa correta, é Montar turmas de EJA (Educação de Jovens e adultos)
para os empregados que não concluíram o fundamental e o ensino médio,
porque a inclusão social na perspectiva ESG visa incluir as pessoas sem
considerar a legislação que torna obrigatória para determinado grupo de
pessoas, e além disto é necessário que as empresas façam as adaptações
necessárias para os trabalhadores que necessitem de condição especial, ou seja,
tratar todos com equidade e não somente igualdade.
Contratar menores aprendizes conforme estabelecido pela legislação, está
incorreta pois a cultura da ESG vai além de cumprir legislação e sim a
responsabilidade social da empresa.
No quadro de empregados da empresa ter a quantidade mínima de PCDs
(Pessoa com Deficiência) que é obrigatório por lei., está incorreta pois a cultura
da ESG vai além de cumprir legislação e sim a responsabilidade social da
empresa.
Promover empregados considerando essencialmente a relação de amizade com
o gestor., está incorreta pois a ESG busca tratar todos com equidade e
igualdade, somente desta forma a empresa poderá ter a responsabilidade social.
Aumentar a quantidade de mulheres na empresa, porém deixando os cargos de
gestão exclusivos para homens., a ESG busca uma equidade e igualdade de
gênero, assim qualquer ação que não esteja neste sentido estará contra os
propósitos da ESG.