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CAPITALISMO SUSTENTÁVEL
Aula 1 - Pacto global
Aula 2 - Papel da cultura e liderança na aplicação ESG
Aula 3 - Diversidade, equidade e inclusão (DEI) e Qualidade de vida no trabalho
Aula 4 - Boas práticas ESG
Aula 5 - Revisão da Unidade
Referências

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Aula 1

PACTO GLOBAL

Talvez você já tenha lido, ouvido falar ou visto em um anúncio ou propaganda sobre a sigla em inglês
ESG (Enviromental, Social and Governance), a qual traduzida seria responsabilidade ambiental, social e
governança, porém a sua origem, essência e importância ainda é desconhecida por muitos.

INTRODUÇÃO

Talvez você já tenha lido, ouvido falar ou visto em um anúncio ou propaganda sobre a sigla em inglês ESG
(Enviromental, Social and Governance), a qual traduzida seria responsabilidade ambiental, social e
governança, porém a sua origem, essência e importância ainda é desconhecida por muitos.

Conhecer a origem deste termo é muito mais do que saber a sua história e diz respeito ao entendimento de
como as práticas da responsabilidade social, ambiental e de governança (ESG) influenciam e impactam o
desenvolvimento e o relacionamento global entre empresas, governos e cidadãos, pois trazem a todos os
envolvidos uma nova maneira de identificar a responsabilidade de todos no mundo.

Mesmo sem perceber, você já está envolvido e participando do ESG, basta conhecer estas responsabilidades
que você verá isso.

EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE E O CONCEITO BANI

Antes de conhecer como a responsabilidade social, ambiental e de governança está presente em nosso dia a
dia, temos que compreender a ação transformadora que a palavra responsabilidade trouxe para as empresas
e como ela reuniu os governos do mundo em alguns pactos.

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A palavra responsabilidade já era utilizada pelas empresas e pelos governos, porém ganhou grande força a
partir do final do século XX e vem, desde então, transformando essas organizações, esses governos e suas
 formas de se relacionar. Esta evolução da responsabilidade ocorreu através do tempo e o seu marco inicial
pode ser datado do ano de 1972, em Estocolmo, quando a Organização da Nações Unidas (ONU) promoveu a
primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente e passou a tomar posse do termo
sustentabilidade (GOI JUNIOR, 2023).

Após a conferência de 1972 tivemos outros eventos que marcaram esta mudança de pensamento, com
destaque para:

Em 1984, Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.

Em 1992, a ONU realizou na cidade do Rio de Janeiro a ECO-92 ou Rio-92, para celebrar os 20 anos da
conferência de Estocolmo, que ficou conhecida como Cúpula da Terra e representou um marco nas
discussões sobre a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.

Em 2012, aconteceu a Rio+20 para celebrar a ECO-92 e a partir deste momento o termo Economia Verde
passou a ser adotado.

Em 2015, a Organização da Nações Unidas em Nova Iorque realizou uma nova conferência na qual
apresentou os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), os quais foram discutidos entre os anos
de 2012 e 2013.

Em 2015, ocorreu também a Comissão entre Partes (COP21), famosa pelo documento produzido
denominado Acordo de Paris.

Todas as cúpulas e reuniões citadas têm a sua importância dentro da história, porém, o evento realizado em
Nova Iorque em 2015 trouxe para o mundo o documento no qual 193 países foram signatários e que traz as
metas a serem alcançadas até 2030 pelas nações. Os ODS consistem de 17 objetivos e 169 metas.

Como vimos, os governos através de décadas vêm firmando pactos entre si objetivando uma nova
maneira de terem o desenvolvimento econômico necessário, porém com um olhar mais atento para a
responsabilidade e sustentabilidade social, ambiental e de governança.

A mudança de pensamento e de ação não ficou somente restrita aos fatos acima, pois a sociedade evoluiu em
conjunto com as empresas e governos neste período. Em 2020, o mundo BANI, sigla em inglês que
compreende as palavras britlle (frágil); anxious (ansioso); nonlinear (não linear); e incomprehensible
(incompreensível), teve seu avanço acelerado devido à Pandemia de Covid-19, doença causada pelo vírus Sars-
Cov-2, a qual trouxe novas formas de relacionamento no mundo e acelerou o desenvolvimento de outras
(CASCIO, 2021).

As relações entre todos, inclusive entre empresas e governos, sofreram alterações e se tornaram mais frágeis,
pois descobrimos que os eventos de grande impacto podem afetar a todos de forma indistinta, e com isso as
pessoas ficam propensas a se tornarem mais ansiosas e como consequência ocorre uma não linearidade, ou
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seja, as perspectivas de futuro sofrem alterações; por fim, o excesso de informações disponíveis e acessíveis
atualmente pode gerar incompreensão de fatos, gerando ansiedade e criando um círculo vicioso.

As empresas e os governos devem entender e atuar neste novo mundo sem se esquecer de suas
responsabilidades trazidas pelas práticas do ESG.

RELAÇÃO ENTRE ESG, ODS E MUNDO BANI

Um importante e valioso documento produzido pela ONU foi o ODS, o qual trata os dezessete objetivos que
são citados abaixo:

Quadro 1 | Objetivos da ODS

Ordem Objetivos Resumo

1 Erradicação da pobreza Erradicar a pobreza em todas as formas e em todos os lugares

Fome zero e agricultura Erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a


2
sustentável nutrição e promover a agricultura sustentável

Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar


3 Saúde e bem-estar
para todos, em todas as idades.

Garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa,


4 Educação de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida
para todos.

Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e


5 Igualdade de gênero
meninas.

Garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável


6 Água potável e saneamento
e do saneamento para todos.

Garantir o acesso a fontes de energia fiáveis, sustentáveis e


7 Energia limpa e acessível
modernas para todos.

Trabalho decente e Promover o crescimento econômico inclusivo e sustentável, o


8
crescimento econômico emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos.

Indústria, inovação e Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização


9
infraestrutura inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.

10 Redução das desigualdades Reduzir as desigualdades no interior dos países e entre países.

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Cidades e comunidades Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos,


11
sustentáveis seguros, resilientes e sustentáveis.

Consumo e produção
12 Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
responsáveis

Ação contra a mudança do Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e
13
clima e seus impactos seus impactos.

Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, dos mares


14 Vida na água
e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos


ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas,
15 Vida terrestre
combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra
e deter a perda de biodiversidade.

Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o


Paz, justiça e instituições desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para
16
eficazes todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas
em todos os níveis.

Parceria e meios de Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria


17
implementação global para o desenvolvimento sustentável.

Fonte: adaptado de ONU (2015).

Todos os objetivos têm a sua importância e relevância e não existe uma ordem para aplicá-los, de modo que
todos devem ser feitos no transcorrer do tempo. Analisando cada objetivo pode-se notar que todos estão
dentro de uma perspectiva de responsabilidade social, ambiental e de governança, assim influenciam as
práticas de ESG, ou até melhor, todos fazem parte desta nova forma de analisar a responsabilidade das
empresas e com uma nova forma de se portar em suas relações, a qual pode ser sintetizada por: “Não se trata
de ser a melhor empresa do mundo, mas de ser uma empresa melhor para o mundo” (HARRACA, 2022, p.73).

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Fonte: Shutterstock.

Analisando o objetivo 12 Consumo e produção responsáveis como exemplo, em conjunto com a ESG,
podemos dizer que não se trata tão somente de como a empresa trabalha para produzir de maneira
responsável, mas também como cada fornecedor o faz e a forma que a empresa lida com os resíduos que
podem ser gerados a partir do seu produto. Ainda neste tópico, podemos buscar auxílio para ter uma
produção responsável com o objetivo de número sete, o qual trata da utilização de energias renováveis.

Neste breve exemplo, você pode notar como os objetivos se intercalam e auxiliam um ao outro na sua
aplicação. Desta forma, as empresas conseguem se estruturar e reestruturar para que consigam atender esta
nova visão de mercado, pois nos dias atuais não importa somente o lucro, mas sim como ele se enquadra nas
normas da ESG (GOI JUNIOR, 2023).

Os pilares da ESG de responsabilidade social e ambiental são fáceis de serem identificados dentro dos ODS,
porém, o pilar da governança não é tão simples de se identificar e pode gerar dúvidas de sua existência na
ODS, mas é a governança quem direciona a aplicação e o desenvolvimento dos ODS.

Você pode entender como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e os princípios da ESG se relacionam
entre si e podem ser aplicados conjuntamente, afinal os ODS não são somente de responsabilidade dos
governos, inclusive os não signatários do documento, e sim da sociedade mundial, mas ambas são anteriores
ao surgimento abrupto do mundo BANI (em 2020), apesar de continuarem aplicáveis em um mundo afetado
pela Pandemia de Covid-19 em 2019.

Recordando as características do mundo BANI, as quais são: frágil, ansioso, não linear e incompreensível,
pode-se dizer que por meio da busca por atingir aos ODS e das práticas da ESG, as demandas geradas pelo
mundo BANI serão sanadas.

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A fragilidade citada no BANI teve como propulsor a Pandemia de Covid-19 em 2019, em que todos, inclusive as
empresas, notaram a fragilidade que temos frente a eventos que não podem ser previstos, mas podem causar
 grande impacto que modifica o mundo e traz novas formas de se relacionar, trabalhar e consumir,
aumentando ou gerando ansiedade nas pessoas. Além disso, a perspectiva de futuro mudou, pois as certezas
que tínhamos anteriormente já não temos mais e devido à facilidade ao acesso e da quantidade de
informações disponibilizadas a um toque no celular, por exemplo, muitos fatos podem ser incompreendidos
ou distorcidos. Porém, o objetivo de número 4 dos ODS que trata de educação poderia ser utilizado na busca
por uma educação de qualidade que visa a correta pesquisa por informação e senso crítico, com
discernimento para identificar e não espalhar Fake News, por exemplo – o que poderia ser incentivado e
promovido pelas empresas do ponto de vista de sua responsabilidade social. Você pode perceber que todos
os três temas se intercalam entre si, mesmo tendo suas origens em épocas diferentes.

IDENTIFICANDO AÇÕES DE ESG

Estudante, após esta imersão nas três siglas: ESG, ODS e BANI chegou o momento de analisar o
comportamento deles e suas interações.

Os sites das empresas, em geral, na parte que trata de relação com investidores ou institucional contêm
informações sobre como ela trata as questões ligadas à responsabilidade social, ambiental e de governança.
Quanto maior o porte da empresa, mais informações você pode obter do relacionamento dela com os temas
da ESG, que pode ser também referido como: Relação com a Natureza, Preocupação com o Futuro, Novo
Mundo, entre outros.

Agora, como aplicar todo este conhecimento ou identificá-lo no mundo corporativo? A resposta poderá estar
mais próxima do que se imagina, em situações nas quais você pode pensar que não estariam relacionadas a
eles. Observe os exemplos a seguir:

Uso de cestos de lixos identificando o que pode ser descartado em cada um deles é uma prática de
responsabilidade social/ambiental e está dentro dos objetivos da ODS;

Muitas empresas adotam a prática de ginástica laboral para os empregados, possuem em seu pacto de
benefícios descontos em academias, incentivos à prática de meditação e yog;, neste caso temos questões
de responsabilidade social, objetivos da ODS ligados ao trabalho e atividades físicas podem auxiliar o
trabalhador em sua saúde física e mental, assim podem trabalhar os desafios do mundo BANI;

Empresas de cosméticos estão cada vez mais proibindo o teste dos seus produtos em animais, isto se
relaciona com as responsabilidades social/ambiental, com as práticas da ODS e pode trabalhar questões
do mundo BANI diminuindo a não linearidade dos seus clientes;

Órgãos públicos e empresas quando buscam trabalhar ou desenvolver energias renováveis trabalham
práticas da ESG, ODS e no mundo BANI também;

Horário flexível de trabalho traz a responsabilidade social, questão de trabalho e proporciona ao


trabalhador como gerir melhor o seu tempo em atividades fora do ambiente corporativo;

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Parques abertos em horários estendidos para que as pessoas tenham oportunidade de praticar
exercícios corrobora com questões de responsabilidade social, ODS e do mundo BANI, pois órgãos
 públicos têm esta responsabilidade em sua essência;

Ambientes privados e públicos que permitem a circulação de animais de estimação, isto auxilia nas
questões do mundo BANI, possui relação com questões da ODS e de responsabilidade social;

Uso de sacolas biodegradáveis oferecidas por muitos estabelecimentos está relacionado à


responsabilidade ambiental, tema da ODS ligado ao meio ambiente; quando pensamos no mundo BANI
está relacionado à melhoria do futuro, entre outros.

Outras questões que trazem um conteúdo muito representativo são as ações de marketing que mostram
diversidade de pessoas relacionadas a diferentes profissões, demonstrando representatividade e mostrando
que qualquer pessoa pode exercer aquela profissão, independentemente de credo, orientação sexual,
religião, cor, etnia, etc.

Como vimos, são diversas as situações e os momentos que você pode encontrar no seu dia a dia e têm
relação com ESG e os ODS, mas se não nos atentarmos podem passar despercebidas por nós.

Hoje você já conseguiu identificar uma ação no seu dia a dia com o tema tratado aqui?

VIDEOAULA

Estudante, nesta videoaula você poderá compreender mais do tema estudado hoje, observando as situações
do dia a dia, com foco em responsabilidade social, ambiental e de governança, além dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável e, claro que não poderia faltar, as questões sobre o mundo BANI, para maior
entendimento de todo o conteúdo que vimos.

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Quer saber mais sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Convido você a acessar o site das
Nações Unidas, para descobrir ainda mais sobre o tema.

Aula 2

PAPEL DA CULTURA E LIDERANÇA NA APLICAÇÃO ESG

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Caro estudante, nesta aula serão abordados os desafios que as empresas e os órgãos públicos têm ao
implantarem o ESG e quais mudanças trazem para eles, principalmente para a gestão, a qual é a
principal responsável pela disseminação da iniciativa na implantação da cultura.

INTRODUÇÃO

Caro estudante, nesta aula serão abordados os desafios que as empresas e os órgãos públicos têm ao
implantarem o ESG e quais mudanças trazem para eles, principalmente para a gestão, a qual é a principal
responsável pela disseminação da iniciativa na implantação da cultura.

A entidade, seja ela pública ou privada, que adote e trabalhe dentro de uma cultura de responsabilidade ou,
como hoje é chamado Cultura ESG vai muito além de escrever manuais ou políticas internas e sim como a ela
se relaciona com o mercado e como o mesmo identifica a cultura da empresa, tem que estar nos propósitos
das empresas o ESG.

ESG – MUDANÇAS E DESAFIOS ORGANIZACIONAIS

A preocupação do mundo com as questões da estratégia ESG ganhou evidência no final do século XX apesar
de o tema ser anterior. No início do século XXI, o tema de governança ganhou maior exposição e,
principalmente durante a crise econômica de 2019, ganhou um novo status dentro das companhias.

O grande desafio das entidades é entender a mudança cultural que a ESG exige dentro das organizações e isto
deve partir da gestão da empresa. Outra importante questão a ser discutida é como as empresas vão se
portar na mudança de geração de lucros para geração de valor, dentro de parâmetros capitalistas, mas
equilibrando lucro e valor.

Primeiramente para entender a cultura ESG vamos identificar o que compõe cada letra, exemplificando:

Quadro 1 | Conteúdo ESG

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Consumo de energia, redução da emissão de carbono e emissões atmosféricas; uso da


E – Planeta água, economia circular, biodiversidade, uso da terra, uso de materiais, redução de

resíduos.

Saúde, bem-estar e segurança dos colaboradores, direitos humanos, diversidade e


inclusão, stakeholders relations (stakeholders são consideradas todas as partes
S – Pessoas interessadas: sócios, acionistas, governo, empregados, clientes etc.), cidadania
corporativa, data privacy (privacidade de dados), inovação de produtos e serviços
sustentáveis, reputação e credibilidade.

Tomada de decisão da liderança, transparência, gestão de risco, diversidade na alta


G – Propósito e
liderança e no board, compliance e competência justa, ética dos negócios, impacto
princípios
econômico indireto, pagamento e contratação justos.

Fonte: adaptado de Harraca (2022).

Após identificar o conteúdo intrínseco da sigla ESG podemos dizer que as entidades que já possuem uma
prática de compliance estabelecida e a prática talvez saiam ou estejam na frente na prática da ESG. Porém,
não podemos confundir ambas, pois compliance de forma macro estabelece critérios a serem seguidos para
que os resultados da empresa sejam obtidos com as melhores e mais corretas práticas de mercado. Já a
estratégia ESG vai muito além disto e possui uma preocupação de como este resultado foi atingido e não
somente com qual prática; ainda assim, a ESG pode e deve utilizar-se de muitas questões inerentes ao
compliance.

Figura 1 | Responsabilidade de todos

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Fonte: Pexels.

O Quadro 1 evidencia de forma clara quais são os aspectos que as entidades devem analisar e introduzir
dentro das organizações. Essas mudanças podem levar algum tempo, porém são necessárias e devem ser
encaradas como uma forma de zelar pelo mundo (não se trata de filantropia).

A responsabilidade social, ambiental e de governança deve ser fomentada nas entidades e sua adoção deve
ser explicada para todos os envolvidos nesse processo, ou seja, esta mudança ou aperfeiçoamento de
conduta das empresas não são suficientes, é necessário que as práticas e responsabilidades da ESG
também sejam adotadas por toda a cadeia envolvida, a qual deve ter a mesma mentalidade.
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A adoção da cultura ESG, como vimos, passa primeiramente pela gestão das empresas, sendo assim ela é
propulsora para esta nova forma de se fazer negócio. Desse modo, a alta direção deve ser treinada e
 inserida neste contexto, pois a gestão autoritária do passado já não tem mais espaço dentro da cultura ESG.

Conforme Paula Harraca (2022): “O líder aponta o caminho não com o dedo, mas com a própria caminhada”.
Mais do que nunca, o líder deve ser aquele que motiva, engaja, direciona, treina e sabe que o aprendizado é
contínuo e não tem fim. A má gestão da liderança dentro desta nova cultura pode ser ainda mais prejudicial
do que era no passado.

O líder dentro de uma cultura ESG deve sempre questionar e principalmente se colocar à disposição dos seus
liderados e, com isso, conseguir envolver a todos nesta mudança cultural. Ele não se pode esquecer que em
muitos casos as pessoas envolvidas no processo de transformação e adoção da cultura ESG não conseguem
visualizar algumas das práticas em seu cotidiano e podem cometer o erro de pensar que isto é somente mais
uma tendência ou moda do mundo corporativo. Destaco como uma característica do líder dentro da cultura
ESG, o inconformismo, pois quem assume o papel de liderança deve estar sempre buscando novas maneiras
de fazer o trabalho, tendo como meta a responsabilidade social, ambiental e da governança (HARRACA, 2022).

IMPACTO DA ESG NA LUCRATIVIDADE

As empresas que passam a adotar a cultura ESG e não somente as práticas como muitas empresas, o fazem
de forma errônea, pois entendem que as práticas são a própria cultura, devem estar cientes que iniciaram um
novo ciclo na empresa e que não devem introduzir a mesma a qualquer custo, pois desta forma estariam indo
contra a própria ESG.

Na introdução da cultura ESG dentro das organizações deve-se identificar qual é o grau de maturidade da
empresa e o conhecimento que os envolvidos têm sobre o tema. Neste caso, é necessário conhecer o tema e
saber aplicá-lo e treinamentos nesta etapa podem ser essenciais, para a partir deste momento iniciar a
construção de uma nova cultura, a começar pela gestão da empresa, que é também responsável pela
disseminação dessa cultura.

A responsabilidade social, ambiental e da governança busca em sua essência um desenvolvimento sustentável


das organizações, ou seja, o lucro continua sendo importante, mas não a qualquer custo, ao contrário: com o
compromisso da responsabilidade social. Para Godi Junior (2022), isso significa “lucrar com propósito”.

A questão do lucrar com propósito significa que ao invés de a empresa somente almejar o lucro, ela deverá
considerar as responsabilidades trazidas pela ESG.

As organizações devem sempre buscar entender o tripé: lucro, planeta e pessoas, conhecido como Triple
Botton Line, termo criado por John Elkington, e com isto a introdução e a manutenção das práticas da ESG
ficam mais fáceis. O que acontece com muitas empresas é que elas querem adotar as práticas de ESG, porém
consideram o lucro a peça mais importante desse tripé.

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A adoção e o interesse pela cultura ESG terão um aumento exponencial com a redução dos custos para


sua implantação, pois aumentar os custos significa menos lucro e em uma visão capitalista isto se torna
prejudicial, porém conforme Elkington (2012): “À medida que o interesse dos mercados financeiros
aumentar, o interesse pelas maneiras de internalizar os custos da linha dos três pilares, sem abalar as
empresas, também aumentará”.

A afirmação de Elkington confronta os interesses capitalistas com os da ESG, porém o mundo pós pandemia
de Covid-19 em 2019 passou por transformações profundas e alguns fatores que não eram presentes no
momento da escolha de produtos e até mesmo nos hábitos dos consumidores mudaram. Pode-se citar:

Compra de produtos cosméticos não testados em animais;

Expansão residencial da geração e energia fotovoltaica;

Prédios com jardins nas fachadas verticais e nos terraços;

Incremento de transportes coletivos elétricos;

Pesquisa e desenvolvimento de combustíveis a partir de fontes renováveis;

O aumento exponencial do home office;

Compra de produtos preferencialmente de empresas que adotam políticas de inclusão de pessoas, entre
outras.

Além de toda a questão da responsabilidade social, ambiental e da governança, as quais já justificariam a


implantação da cultura ESG, existem muitas outras prerrogativas além das citadas acima em que as empresas,
mesmo tendo um aumento de custo, não reduzam o seu lucro e passem a lucrar com propósito.

Dentro da cultura ESG, as pessoas passam a ter ainda mais um papel de protagonistas, pois as empresas são
formadas em sua essência por pessoas e no final quem consome os produtos e serviços são pessoas, então
elas são o centro de mudança de cultura; menosprezar ou diminuir isto pode custar a própria existência das
empresas.

Assim reforça-se a comparação: se a ESG fosse uma corrida, seria uma maratona em que o que importa não é
o impulso da largada e sim a constância durante todo o percurso.

CULTURA PRÁTICA DO ESG

Estudante, agora que já conhecemos a origem da responsabilidade social, ambiental e da governança e


identificamos a sua cultura, podemos analisar como todas as questões podem ser identificadas e aplicadas
dentro das organizações.

Em muitos casos existe uma confusão entre dois termos, pois as empresas em geral dizem que estão se
tornando sustentáveis e afirmam que isto é ESG; em certo ponto, a afirmação pode estar correta, porém
temos que lembrar que a sustentabilidade faz parte da responsabilidade, ou seja, a empresa se torna
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responsável para depois ser sustentável.

Um termo importante e que surgiu a partir dos anos de 2020 é a Economia Verde, o qual faz parte das
responsabilidades trazidas pela cultura ESG dentro das organizações. Porém, em alguns momentos,
temos opiniões contrárias, pois consideramos o termo não no olhar da sustentabilidade e sim voltado
para o capitalismo, incentivando o consumo, com a justificativa de que se for sustentável pode ser
consumido e isso gera uma nova etapa de discussão dentro da cultura ESG.

Quando a empresa adota uma cultura ESG é de fundamental importância estabelecer métricas para conseguir
mensurar o avanço da cultura e dos seus reflexos, porém é importante que a empresa tenha conhecimento
da representatividade do que será avaliado, após estabelecer como serão mensurados os dados coletados,
mas estes devem ser representativos, verdadeiros, possíveis de serem comparados com outras situações e
que qualquer pessoa que os analise possa entender.

Não existe um modelo padrão, o que as empresas devem fazer é criar e estabelecer uma matriz de dados da
ESG dependendo do seu ramo de atuação e do tema a ser analisado. Vejamos o exemplo abaixo referente a
inclusão de mulheres na gestão da empresa:

Quadro 2 | Comparativo de número de empregados

Descrição 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Total de gestores

Total de gestores homens

Total de gestoras mulheres

Fonte: elaborado pelo autor.

Como pode-se observar Quadro 2, a empresa busca verificar e conhecer como está a distribuição de cargos de
gestão entre mulheres e homens. O tema de inclusão de mulheres na gestão das empresas faz parte da
responsabilidade social trazida pela ESG, porém a tabela com inserção de dados somente terá funcionalidade
caso a empresa tenha adotado a cultura ESG e transformado os dados em informações; porém antes mesmo
de analisar os dados, a empresa deve verificar a sua veracidade e os padrões de cargos de gestão, podendo
utilizar os questionamentos a seguir:

1. Quais foram os cargos de gestão de considerados?

2. Qual é o tempo médio de existência dos cargos de gestão?

3. Qual é o cargo mais novo e o mais antigo de gestão?

4. Qual é o turnover de pessoas nos cargos de gestão?

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5. Qual é a importância e responsabilidade dos cargos ocupados por mulheres em comparação aos que são
ocupados por homens?

6. Conseguimos ter uma contraprova dos números apresentados?

7. Os cargos de gestão que existem na empresa são similares a de outras?

8. Qual é a proporção que a empresa almeja ter e em quanto tempo será alcançada?

9. Qual é a proporção que as empresas que tenham a cultura ESG praticam?

Vejam que uma simples tabela não quer dizer que a empresa esteja adotando a cultura ESG, porém quando
essa análise de números é associada com perguntas de referência à responsabilidade social adotada e com o
mercado externo, a empresa poderá validar e, caso necessário, corrigir a política de prática do ESG.

VIDEOAULA

Olá, estudante, no resumo desta aula, você verá sobre como a mudança social e de relações introduzidas pela
responsabilidade social, ambiental e governamental (ESG) está impactando os negócios das empresas e como
estas estão se adaptando frente aos novos hábitos e às novas maneiras de consumir dos seus clientes, um
grande desafio para todos, mas que no final pode gerar empresas melhores para o mundo.

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
O tema de responsabilidade social, ambiental e de governança se estende por muitas vertentes e as
empresas estão ávidas por conhecer melhor o tema. Caso você queira se aprofundar mais no assunto,
acesse o site da Delloite e leia alguns artigos sobre o tema, trazendo uma visão de uma das quatros
maiores empresa de auditoria do mundo.

Aula 3

DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO (DEI) E QUALIDADE


DE VIDA NO TRABALHO

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Olá, estudante, nesta aula, vamos desenvolver mais sobre a responsabilidade social da ESG analisando
a questão de como a empresa se relaciona com o ambiente externo dela, porém esta relação em geral
está intrinsecamente conectada em como a empresa age com os seus empregados, tanto quando eles
estão dentro ou fora dela.

INTRODUÇÃO

Olá, estudante, nesta aula, vamos desenvolver mais sobre a responsabilidade social da ESG analisando a
questão de como a empresa se relaciona com o ambiente externo dela, porém esta relação em geral está
intrinsecamente conectada em como a empresa age com os seus empregados, tanto quando eles estão
dentro ou fora dela. Para melhorar a compreensão deste tema vamos utilizar alguns modelos que tratam das
questões de relacionamentos da empresa com todos em geral, mas o ponto inicial para que toda esta
responsabilidade social seja possível é não esquecer de que empresas são feitas de pessoas eseus clientes são
pessoas. Vamos juntos para esta responsabilidade.

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Estudante, a questão da responsabilidade social dentro do ESG é de fundamental importância, pois ela
impacta diretamente a forma como as empresas fazem a gestão dos trabalhadores, não somente analisando
o resultado do trabalho e sim o todo, inclusive como o trabalho afeta a vida pessoal de cada um.

Uma abordagem que merece destaque é a de Richard Walton (1973) que trata de uma mensuração da vida do
trabalhador dentro da empresa denominada de Qualidade de Vida no Trabalho ou simplesmente QVT. Este
método é dividido em 8 critérios, conforme demonstrado no quadro abaixo:

Quadro 1 | Critérios de Walton para qualidade de vida no trabalho

Critério Indicadores Descrição

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Compensação justa e Salário Referente também à remuneração

adequada Jornada de trabalho Carga horária de trabalho


Ambiente físico No sentido de conforto ergonômico


Condições de trabalho
Salubridade Ausência de exposição a riscos ocupacionais

Liberdade para tomar decisões

Autonomia O quanto se sente querido por parte dos

Uso e colegas
Estima
desenvolvimento das Qualificação específica e geral para o exercício
capacidades pessoais Capacitação múltipla
da função
Informações sobre o trabalho
De que forma e em que profundidade se é
informado sobre o trabalho

Carreira Movimento de ascensão profissional


Oportunidade de
crescimento e Desenvolvimento pessoal Melhoria em performance
segurança
Estabilidade no emprego Risco de demissão

Ausência de preconceitos Inclusão ou exclusão na empresa


Integração social na
Habilidade social Educação e diplomacia
organização
Valores comunitários Valorização das tarefas pela empresa

Direitos garantidos Pagamentos, férias, seguros, etc.

Cidadania Habilidade social Não invasão na documentação e nas decisões

Valores comunitários Ausência de subjetividade e decisões objetivas

Liberdade de expressão Revelação das opiniões


Trabalho e o espaço
Vida pessoal preservada Ausência de interferência na vida pessoal
total de vida
Horários previsíveis Uso do tempo pessoal-profissional

Imagem da empresa Credibilidade da empresa na comunidade


Relevância social do
trabalho Responsabilidade social da Preservação ambiental, geração de empregos,
empresa metaqualidade.

Fonte: França (1996).

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Em 1996, a professora Ana Cristina Limongi França trouxe em sua tese de doutorado uma abordagem para a
qualidade de vida no trabalho considerando as áreas de investigação: biológica, psicológica, social e
 organizacional.

A divisão trouxe um complemento para o método QVT, pois separando em áreas é possível identificar de uma
maneira mais específica os efeitos. A metodologia de França (1996) é conhecida como BPSO-96
(Biopsicossocial e Organizacional) e trabalha com variáveis dentro da organização. Abaixo o quadro
demonstrando a metodologia BPSO-96.

Quadro 2 | Variáveis independentes: ações específicas da empresa

Área de Programas específicos Setores que


Descrição
investigação indicadores desenvolvem

Endomarketing
Ações que valorizem a Comitês executivos e Diretorias executivas
imagem, estrutura, o produto decisórios
Organizacional Marketing
e relacionamento da empresa
com os empregados. Comunicação interna Recursos humanos

Imagem externa

Direitos legais
Ações que ofereçam Serviço social
benefícios sociais obrigatórios Atividades associativas e Grêmio esportivo
Social e espontâneos e criem esportivas

oportunidade de lazer e Fundações específicas


Eventos de turismo e cultura
cultura Recursos humanos
Atendimento à família

Processos de seleção e Recrutamento e seleção


Ações que promovem a
avaliação de desempenho
autoestima e o Treinamento de pessoal

Psicológica desenvolvimento de Carreira


Cargos e Salários
capacidades pessoais e Remuneração
Relações industriais e/ou
profissionais
Programas participativos recursos humanos

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Mapa de riscos
Segurança do trabalho e
 SIPAT
medicina ocupacional
Ações que promovam a Refeições
saúde, que controlem os Ambulatório
Biológica Serviço Médico – interno e
riscos ambientais e atendem Nutrição
às necessidades físicas. contratado
Relações industriais e/ou
Melhorias ergonômicas
recursos humanos
- Treinamentos específicos

Fonte: França (1996).

Como podemos observar, tanto o método de Walton e as variáveis de França podem ser utilizados de forma
conjunta, pois eles não são conflitantes entre si, mas para a empresa utilizar ambos é necessário que ela
tenha um propósito, que pode ser trazido pela responsabilidade social. A partir destas ferramentas é possível
adotar três temas para serem implantados e desenvolvidos:

1. Equidade.

2. Inclusão.

3. Diversidade.

A equidade não pode ser confundida com igualdade, pois ambas são diferentes em sua essência, a equidade
antecede a igualdade. Moragas (2022 [s.p.]) define ambas como:

A igualdade é baseada no princípio da universalidade, ou seja, que todos devem ser


regidos pelas mesmas regras e devem ter os mesmos direitos e deveres.

Equidade significa dar às pessoas o que elas precisam para que todos tenham acesso às
mesmas oportunidades.

A diferença entre ambas tem que estar de forma clara para as empresas, pois é fator decisivo na política de
inclusão social para que as pessoas possam ser tratadas de forma igualitária na medida de suas
desigualdades.

Como exemplo, podemos mencionar empresas que decidem contratar pessoas com necessidades especiais,
porém não preparam os equipamentos e as instalações para recebê-las, ou seja, ela pode ter dado igual
oportunidade de concorrência para a vaga de emprego, mas não verificou se a empresa estava apta a tratar
com equidade as pessoas com necessidades especiais frente às que não possuem.

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Ter responsabilidade social com foco também em inclusão social é ir ao encontro das pessoas ou grupos
menos favorecidos ou discriminados por questões de gênero, cor, raça, etnia, credo, idade, necessidades
 especiais entre outras, ou seja, não é somente cumprir cotas governamentais e sim desenvolver políticas que
permitam aos grupos citados ter a equidade para que possam ter as mesmas oportunidades.

Trazer a questão de inclusão com equidade para dentro das empresas exige uma conscientização e, em
muitos casos, uma mudança de postura de todos os envolvidos, ou seja, não basta mudar a cultura da
empresa, mas também trazer todos os empregados, independentes das funções que exerçam, para este
pensamento e cultura.

MUDANÇA NA SOCIEDADE E SEUS IMPACTOS NA INCLUSÃO SOCIAL DAS EMPRESAS

Estudante, no século XVIII, na Inglaterra, aconteceu a Revolução Industrial e umas das principais causas foi o
advento da máquina a vapor inventada por Thomas Newcomen, com isto iniciou-se a alteração da relação de
trabalho e emprego existente na época. Neste momento, a sociedade passou a ser dividida em dois grupos
distintos: Burguesia x Proletariado. Na maioria das empresas, o ambiente de trabalho era insalubre e até
crianças trabalhavam de forma “normal”, além de terem uma jornada de trabalho exaustiva; porém a
sociedade foi se transformando e tais fatos na relação de trabalho de emprego no século XXI são
inconcebíveis, mas ainda assim acontecem.

A comparação citada acima traz à tona que a sociedade está em constantes modificações e não podemos
simplesmente adotar a metodologia de QVT, critérios da BSPO ou qualquer outra, sem entender a sua
essência e o mundo em que estamos inseridos.

Talvez quando falamos em inclusão social podemos lembrar primeiramente de negros, quilombolas,
indígenas e LGBTQIAPN+, porém além destes ainda temos outros grupos de pessoas:

sem acesso à educação de qualidade;

com mais de 40 anos;

gestantes;

com necessidades especiais;

sem experiência profissional;

refugiados;

apátridas;

mulheres com filhos pequenos, etc.

Figura 1 - Inclusão

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Fonte: Shutterstock.

Ainda poderiam ser citados outros grupos que podem variar em razão da região do mundo, ou seja, não
podemos restringir o nosso pensamento em um determinado grupo, para evitar desse modo a exclusão
social.

Tomando por base o método QVT no item Trabalho e o espaço total de vida associado ao critério Social de
BPSO, teremos uma interligação, pois o primeiro traz a liberdade de opinião, a não interferência na vida
privada e ter horários previsíveis, já no critério de França (1996) a preocupação é em criar ambientes para que
o trabalhador possa ter a sua desconexão com o trabalho; porém, a partir de 2019 com a Pandemia causada
pelo SarsCov19, as relações de trabalho se alteraram profundamente, e hoje o local de trabalho de muitos
não é mais a empresa, mas, sim, onde o trabalhador esteja; existem empresas que não exigem mais a
presença física do funcionário, ou seja, o trabalhador pode morar em qualquer local do mundo. Diante disto,
como as empresas podem trazer qualidade de vida no trabalho com inclusão social e equidade? Este talvez
seja o grande desafio das empresas do século XXI, porém isto não cabe somente aos gestores, e sim a todos
os trabalhadores.

Caro estudante, ainda sobre o tema da mudança trazida pela pandemia citada, em que você está e em qual
horário está lendo este texto sobre ESG? Talvez você possa considerar uma pergunta sem sentido, porém a
Pandemia de Covid-19 trouxe à tona outra realidade: a das pessoas que estão excluídas do acesso à
informação e em muitos casos também da educação, podendo haver a falsa sensação que não faz parte de
Qualidade de Vida no Trabalho. Os itens abaixo trazem a relação entre o método QVT e exclusão citada acima:

Uso e desenvolvimento das capacidades pessoais;

Oportunidade de crescimento e segurança;

Integração social na organização.

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Tanto os três itens acima como a questão de acesso de informação se relacionam com os critérios BPSO em
Psicológicas e Sociais, ou seja, estão interligados.

No século XXI não é concebível pensar em Qualidade de Vida no Trabalho e inclusão social somente dentro do
local onde a pessoa trabalhe e no horário em que ela esteja desenvolvendo tarefas para a empresa, mas, sim,
em todo o contexto em que a empresa e o trabalhador estão envolvidos, ou seja, em qualquer momento. A
cada dia pode estar surgindo um novo grupo que necessite de um olhar especial e por consequência da
inclusão social.

EQUIDADE E INCLUSÃO NA PRÁTICA

A inclusão social nas empresas faz parte do dia a dia de todas as pessoas e, em muitos casos, passamos
despercebidos por ela, pois temos que reforçar que nesta nova relação de trabalho estabelecida pela
Pandemia em 2019, o local de trabalho mudou.

Muitas empresas adotaram em campanhas publicitárias e até mesmo na marca de suas empresas as cores do
LGBTQIAP+ em apoio e inclusão deste grupo social.

Outro exemplo que podemos trazer são as empresas que constroem e destinam áreas dentro da empresa
chamadas de: “Áreas de Descompressão”, em que os trabalhadores podem ficar após o término de uma
tarefa, durante o almoço ou simplesmente quando julgarem necessário.

Uma importante forma de inclusão social adotada também é a licença-paternidade em igual período da
licença-maternidade, assim o acompanhamento dos filhos nos primeiros meses poderá ser feito por ambos os
pais; ainda há empresas que deixam o pai escolher se desejam que a licença paternidade seja junto com a
maternidade ou quando esta acabar, priorizando, assim, o convívio do(s) filho(s) com os pais. Ainda na parte
de inclusão social para mulheres com filhos menores de cinco anos, já temos casos de empresas no Brasil que
ao invés de darem auxílio creche para as mães, possuem creches no ambiente de trabalho delas e alguns
casos deixam as crianças virem com as mães com o transporte ofertado pela empresa.

Nas grandes metrópoles já é adotado por diversas empresas o horário flexível de trabalho e com isto existe
um ganho de qualidade de vida para o trabalhador, pois cumprida a carga horária estabelecida, o funcionário
pode escolher o horário para iniciar e encerrar a sua jornada de trabalho, e desta forma poderá se locomover
em horários com menos trânsito, por exemplo.

Uma importante inclusão social que as empresas fazem é apoiarem nas comunidades em que estão inseridas
ou até dentro delas mesmo, por meio de cursos de formação voltado para a educação de jovens e adultos
(EJA), o que influencia positivamente na vida de quem aprende e o deixa com maiores chances em caso da
necessidade de recolocação.

Outra capacitação que muitas empresas adotam são o que chamamos de “Jovem Aprendiz” e a parceria
com escolas profissionalizantes para que no contraturno os alunos estejam nas indústrias aprendendo,
ou seja, capacitam e dão oportunidade para o jovem ter o primeiro emprego, além disso, os “aprendizes”

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obrigatoriamente devem estar matriculados e frequentando a escola.

Já temos exemplos de empresas que buscam equilibrar os cargos de gestão entre grupos predominantes,
como homem branco, com grupos que são considerados menos favorecidos, em especial mulheres e negros.

Existe ainda uma forma de inclusão social pouco comentada: quando a empresa contrata um estagiário e traz
para ele uma formação, com certeza está contribuindo para o futuro profissional dele; o grande problema
neste caso é que muitas empresas contratam estagiários como uma mão de obra barata, neste caso está indo
contra tudo o que é disseminado pela responsabilidade social.

Fazer inclusão social com equidade não é algo complexo para as empresas fazerem, porém basta que elas
tenham isto como propósito e cultura.

VIDEOAULA

Estudante, nesta videoaula será aprofundado mais sobre a questão de equidade e como, isto é, de suma
importância para as empresas que desejam se manter ativas no mercado, pois incluir grupos menos
favorecidos faz parte de um dos pilares da ESG. Bons estudos!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Pretos ou Negros? Uma dúvida que podemos ter, porém o texto de Giacomo Vicenzo (2021) traz
considerações que devemos fazer e o mais importante é tratar da Inclusão Social.

Para explorar mais sobre o tema inclusão social acesse o link que com certeza vai lhe ajudar a
compreender ainda mais sobre este tema.

Aula 4

BOAS PRÁTICAS ESG

https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=1101475 23/40
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Bem-vindo, caro estudante! Nesta aula, você conhecerá as boas práticas de ESG e o desenvolvimento
do tema será feito por meio de estudos de casos sobre: responsabilidade social, sustentabilidade e
governança.

INTRODUÇÃO

Bem-vindo, caro estudante! Nesta aula, você conhecerá as boas práticas de ESG e o desenvolvimento do tema
será feito por meio de estudos de casos sobre: responsabilidade social, sustentabilidade e governança.

Todos os estudos de caso serão embasados com o conteúdo desenvolvido nesta Unidade 1, assim, você,
estudante poderá verificar que o tema de responsabilidade está mais presente no seu dia a dia do que muitas
vezes você pode pensar e, em alguns momentos, a escolha de determinado serviço, produto ou mercadoria
feita por você pode considerar estes princípios sem mesmo que pense em ESG. Bons estudos neste
importante tema!

ESG E ISO

Estudante, nesta aula vamos desenvolver a temática das boas práticas relacionadas aos propósitos da cultura
do ESG, ou seja, responsabilidade.

No século XX surgiram diversas demandas atreladas às boas práticas por conta das exigências de muitas
empresas a se adequarem às normas da cultura da International Organization for Standardization (ISO), as
quais dizem respeito à normatização e qualificação dos trabalhos. O INMETRO (Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia) traz a seguinte definição sobre a ISO: “A ISO tem como objetivo criar
normas que facilitem o comércio e promovam boas práticas de gestão e o avanço tecnológico, além de
disseminar conhecimentos” (INMETRO, 2010 [s.p.]).

Como pode-se observar, a ISO trouxe a questão de boas práticas para dentro da gestão, ainda não atrelada à
cultura ESG, e as mais conhecidas são:

ISO 9000, que trata sobre a gestão da qualidade;

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ISO 14000, que trata sobre a gestão do meio ambiente;

ISO 26000, responsabilidade social.


As empresas que passaram a implantar a ISO 9000 tiverem obrigatoriamente que entender sobre boas
práticas para poder ter sucesso na implantação. Mourão (2002 [s.p.]) definiu boas práticas como:

Boa prática consiste em uma(s) técnica(s) identificada(s) e experimentada(s) como


eficiente(s) e eficaz(es) em seu contexto de implantação, para a realização de determinada
tarefa, atividade ou procedimento ou, ainda, em uma perspectiva mais ampla, para a
realização de um conjunto destes, visando o alcance de um objetivo comum.

Figura 1 - Boas práticas

Fonte: Shutterstock.

Desta forma podemos notar que a implantação da ISO auxiliou no processo da construção de boas práticas
para a cultura ESG, pois a base já havia sido constituída, mas ainda existe um longo percurso para as
empresas trilharem na questão de:

Boas práticas de sustentabilidade;

Boas práticas sociais;

Boas práticas de governança.

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Considerando que a boa prática visa alcançar um objetivo comum, é importante destacar que para a cultura
ESG este envolvimento é para que possa gerar impacto em tudo na empresa, ou seja, de nada adianta ter uma
 boa prática junto aos seus empregados se a empresa gerar uma degradação do ambiente familiar e social, por
exemplo.

Além de saber como boas práticas impactam no resultado da ESG, é necessário reforçar sempre os termos
inerentes a esta cultura: sustentabilidade, social e governança.

A sustentabilidade busca um equilíbrio entre dois fatores que em geral se opõem: exploração x preservação,
ou seja, ambos têm que conviver de forma harmônica. O termo exploração aqui se refere ao que a empresa
extrai do meio ambiente para a produção de seus bens e o quão a sua atividade degrada o meio ambiente,
assim, analisa a operação da empresa como um todo.

A questão social para boa prática pode ser considerada de forma mais abrangente e utilizar o termo de
Responsabilidade Social Empresarial (RSE), ou seja, a empresa que adota boas práticas sociais analisa não
somente a relação com seus empregados e terceiros, mas também com a comunidade local e como os
clientes e fornecedores gerem seus empregados, com isto consegue levar boas práticas para um campo muito
maior e com impactos abrangentes.

Complementando o tripé, temos as boas práticas em governança e esta faz a junção nas demais, pois envolve
de forma direta e indireta acionistas, órgãos de fiscalização e diretoria, ou seja, como eles cuidam dos
negócios em que as empresas estão inseridas.

IMPLANTAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS

Estudante, agora vamos tratar da implantação de boas práticas nos três pilares da ESG: social,
sustentabilidade (ambiental) e de governança, pois isto deve ocorrer de forma contínua, planejada e
consciente.

Primeiramente, os responsáveis pela empresa devem estabelecer um grupo para atuar como comitê para
implantação do ESG, o qual será responsável pela elaboração do plano de ação, além dos seguintes conselhos:

Conselho de administração: tem a função de auxiliar a administração da empresa no planejamento


financeiro e socioeconômico. Tem como responsabilidade o contato com a auditoria interna e externa,
gerenciamento de desempenhos, riscos, entre outros.

Conselho fiscal: pode variar suas demandas em virtude da localização da empresa e onde ela atua,
porém como o próprio diz, tem a responsabilidade fiscalizatória da entidade.

O IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) define o conselho como:

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É parte integrante do sistema de Governança das organizações brasileiras. Poder ser


permanente ou não, conforme dispuser o estatuto. Representa um mecanismo de
fiscalização independente dos administradores para reporte aos sócios, instalado por
decisão da assembleia geral, cujo objetivo é preservar o valor da organização. Os
conselheiros fiscais possuem poder de atuação individual, apesar do caráter colegiado do
órgão.
— (IBCG, 2015, p.182 apud FILHO & CIERCO, 2022, p. 41)

Conselho consultivo ou conselho familiar: não deve ser confundido com o da administração. Este,
dentro da organização, tem uma grande importância, pois ele está acima dos outros dois; em caso de
empresa familiar ganha uma relevância ainda maior, pois é nele em que os representantes da família
participam na empresa. Tem a função de aconselhar, sugerir, esclarecer dúvidas, entre outros, para os
sócios da empresa; deve ser formado por profissionais qualificados.

Após a implantação dos Conselhos, a etapa seguinte é verificar se a empresa tem as características abaixo:

Transparência: de forma geral em seus atos e não somente na parte financeira, tornando público o seu
acesso nas partes que tenham interesse, deste que não venha trazer prejuízo a empresa;

Equidade: todos devem ser tratados de forma isonômica dentro da empresa, inclusive os sócios, sem se
importar com a função ou quantidade de quotas que detenham;

Prestação de contas: os gestores devem prestar contas de seus atos sejam eles positivos ou negativos;

Responsabilidade: todos devem zelar pela empresa, independentemente de sua função dentro dela,
seja pelo capital humano, patrimonial, econômico ou financeiro.

Cada empresa pode desenvolver um roteiro para implantar as boas práticas, pois não existe um modelo único
para isto. Para tanto, deve-se levar em consideração a cultura e localização de cada empresa, porém algumas
etapas podem ser comuns a todos, conforme abaixo:

Diagnóstico – este é o passo primordial e que não pode ser ignorado, pois é neste momento que a
empresa faz o levantamento da atual situação da empresa em vista da ESG;

Planejamento – o segundo passo é elaborar um planejamento prévio, com a criação dos conselhos
responsáveis por cada etapa, tempo de execução, medições, reuniões, etc.

Orçamento – após o planejamento, é necessário elaborar um orçamento que se adeque à empresa e à


implantação;

Suporte da gestão – fundamental e essencial para o sucesso da implantação de boas práticas de ESG;

Estratégia – definir qual é a estratégia para adoção das boas práticas, ou seja, como os demais
empregados e parceiros serão envolvidos.

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Treinamento – para o sucesso das boas práticas é necessário treinar a todos nesta nova cultura
empresarial;

Divulgação – de cada etapa do processo, inclusive comunicando a fornecedores e clientes sobre a
implantação da cultura de boas práticas;

Medição – criação de formas de medir a eficácia durante e a após a implementação, somente assim o
sucesso poderá ser alcançado; e caso algo esteja fora do programado, é na medição que poderá ser
ajustado.

Como vimos, adoção boas práticas se dão por meio de um processo, cujo tempo de implementação depende
de cada empresa. Vale lembrar que boas práticas de ESG não são de exclusividade somente de grandes
empresas, qualquer uma pode implementar com práticas simples:

fornecer copos de vidros aos empregados para o café e água em substituição dos de plástico;

separar o lixo da empresa em orgânico e reciclável, com destinação correta;

deixar a empresa acessível para qualquer público;

buscar a diversidade de gênero para empresa.

Como vimos, a ESG é para qualquer empresa.

CASOS DE BOAS PRÁTICAS

Nesta aula vamos demonstrar diversos exemplos reais para cada boa prática, ou seja, social, de
sustentabilidade e de governança. Lembre-se que existem outras e tome as listadas abaixo como exemplos:

Boa prática de sustentabilidade – podemos pensar que somente as empresas desenvolvem boas
práticas, mas, não, e um exemplo público disto é o município de Araraquara/SP que por meio da Lei nº
895/2018 (YASHUDA, 2018) institui descontos progressivos no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
para construções que tenham:
Instalação de energia fotovoltaica;

Instalação de aquecimento hidráulico solar;

Área mínima arborizada;

Área permeável do solo.

No caso acima, foi uma iniciativa do Município incentivar a adoção de boas práticas; existem outros
municípios no Brasil que adotam o chamado IPTU Verde, verifique se não é o caso do município onde você
reside.

Um outro caso de sustentabilidade são as indústrias moveleiras que somente produzem móveis a partir de
madeira com origem em áreas de reflorestamentos, assim, antes de comprar pedem o certificado de origem
da matéria-prima de modo que toda a cadeia produtiva dela se adeque às boas práticas.
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Boa prática social – uma boa prática social que podemos identificar em diversos restaurantes são
 os cardápios em Braille, os quais possibilitam às pessoas com deficiência visual escolher de forma
autônoma sua alimentação.

No século XXI houve uma mudança em algumas funções tidas como exclusivas do sexo masculino como:
motorista de ônibus e caminhão, fresador, torneiro mecânico, entre outras, que hoje também são
exercidas por mulheres.

Uma outra forma muito comum que as empresas adotam como boa prática social é auxiliar instituições que
desenvolvam projetos sociais; em muitos casos, as empresas criam seus próprios institutos para atuação.

Também há exemplos de empresas que durante os meses que antecedem o inverno iniciam campanhas junto
aos empregados para doação de agasalhos, com isto conseguem envolver os empregados e incentivá-los
nesse tema.

Boa prática de governança – pode ser difícil identificá-la, mas seguem exemplos inspiradores:
Desenvolver e divulgar código de conduta da empresa, este não envolve somente os empregados,
mas também os fornecedores e clientes;

As práticas antissuborno começaram a ganhar grande evidência nas empresas que negociam com
empresas americanas, pois isto é condição primordial para esse tipo de negócio. No Brasil existe
uma legislação que trata deste assunto (Lei nº 12846/2013), a qual levou muitas empresas a
adotarem um maior controle e punição sobre o tema, e isto engloba inclusive os presentes que
alguns empregados ganham em especial no fim de ano;

Processos internos da empresa claros, bem definidos e aplicáveis a todos os empregados;

Divulgação no site da empresa de todos os manuais de boas práticas.

Em geral, o site de grandes empresas contém as informações de como a empresa trata do tema e pode ser
uma boa fonte de inspiração para seus estudos e atividades.

VIDEOAULA

Estudante, nesta videoaula será possível se aprofundar em como identificar, desenvolver, implantar boas
práticas de sustentabilidade, social e de governança, além de diversos exemplos que estão no nosso cotidiano
para identificar as boas práticas, pois em muitos casos pode parecer algo que foge ao nosso dia a dia, e deixar
a sensação que na verdade elas não existem. Neste vídeo serão abordados novos exemplos. Bons estudos!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
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Você sabia que no Brasil existe um instituto o qual desenvolve materiais e ajuda as empresas
implantarem boas práticas de governança?

Trata-se do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), convido você estudante a acessar o
site e se aprofundar ainda mais sobre o assunto.

Aula 5

REVISÃO DA UNIDADE

IMPLANTAÇÃO, DESAFIOS E MONITORAMENTO DA ESG

Olá, estudante! Nesta unidade, trataremos sobre os desafios que as empresas têm ao iniciar a implantação da
responsabilidade de governança, social e ambiental ou simplesmente ESG e como isto impacta nas suas
operações. Após a implantação surgem duas novas etapas complementares entre si e que trazem novos
desafios, a saber: do controle, manutenção e mensuração.

Para as etapas terem sucesso, a empresa ou o órgão público sempre deve considerar diversos fatores, porém
alguns impactam de maneira direta nos resultados. São eles:

a sociedade em que está inserida;

qual o segmento em que atua;

público-alvo com o qual a empresa trabalha;

propósito da ESG x cultura da empresa;

comprometimento da gestão com a ESG;

tempo e investimento que a empresa/ente público tem para a ESG.

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Quando se implanta a ESG, as empresas de alguma forma buscam compensar ou até mesmo reparar algum
impacto negativo que tenham levado à sociedade ou ao ambiente, com isto é necessário ajustar os seus
 procedimentos por meio da governança. Porém, a cultura do local onde a empresa está instalada é de
fundamental importância, pois se tomarmos como exemplo o Brasil, existem hábitos diferentes dentro do
território nacional, devido à diferença de cultura nas cinco regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-
Oeste e Sul. Como exemplo, podemos citar o hábito de tomar chimarrão no Sul do Brasil ou o consumo de
feijão do tipo carioquinha no estado de São Paulo, que não são hábitos comuns nas outras regiões do país.

Não podemos incorrer no erro de pensar ESG somente no lado de sustentabilidade e não desenvolver a
responsabilidade social, pois as empresas são formadas de pessoas e, casos estas não tenham o
envolvimento com a responsabilidade ambiental e de governança, todo o trabalho de implantação poderá
fracassar, por isto um ponto importante dentro implantação da ESG é fornecer treinamento adequado aos
empregados para que possam se comprometer e principalmente desenvolver a liderança da empresa. Além
disso, deve-se considerar qual o tipo de sociedade vigente, no caso do ano de 2023, é possível indicar que se
trata de um ambiente social incerto, ansioso, não linear e com excesso de informação, o que pode gerar a
incompreensão, todas estas características se referem ao mundo BANI (sigla em inglês para brittle, anxious,
non-linear, incomprehensible; que pode ser traduzido por: frágil, ansioso, não linear e incompreensível).

Outro fato relevante é desenvolver políticas inclusivas aos grupos de pessoas que por diversos motivos
sejam menos favorecidos, excluídos, marginalizados ou sequer lembrados, nestes casos não se trata de
caridade, mas de um trabalho de inclusão.

Na implantação pode-se verificar outras fontes para auxiliar, pois as responsabilidades tratadas na ESG
também foram citadas de uma outra forma nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU-2015), os
quais elencaram 17 metas globais nas áreas sociais e ambientais.

Caso não haja o controle, a empresa poderá ter desperdiçado preciosos recursos para implantar a ESG e
nesta fase, devido à constante evolução da sociedade, pode ser necessário que se façam manutenções nas
boas práticas da empresa. Porém isto somente será possível se a organização tiver ferramentas para
mensurar como estão as boas práticas sociais, de sustentabilidade e de governança na empresa, pois tudo o
que não é mensurável não pode também ser controlado.

Se a ESG fosse um esporte, poderíamos dizer que ela se assemelha à maratona, em que o importante é iniciar
e manter o ritmo, diferentemente de uma corrida de 100m rasos, que preza pela velocidade.

REVISÃO DA UNIDADE

Estudante, neste vídeo será possível constatar como a implantação, o monitoramento e a mensuração das
boas práticas aplicáveis ao ESG impactam na vida das empresas e como isto reflete diretamente na
comunidade e nos empregados, e todo este circuito que se forma é benéfico e traz melhorias para a
sociedade como um todo, ou seja, se torna uma corrente da responsabilidade.
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ESTUDO DE CASO

Estudante, para contextualizar sua aprendizagem da Unidade 1, você será o protagonista da situação a seguir.
Vamos lá!

Uma empresa fundada no início dos anos de 1970 tem como ramo de atividade a fabricação e o comércio de
roupas infantis, estando instalada no município de São Paulo em uma área hoje residencial. A administração
da empresa está na segunda geração da família, próxima da terceira, e recebeu uma oferta do exterior para
fabricar uma linha exclusiva durante os próximos 10 anos; com isto, seu faturamento anual terá um acréscimo
de 70% ao ano, mas o cliente impõe a seguinte exigência: a empresa deve ter políticas desenvolvidas ou as
desenvolver para responsabilidade social, ambiental e práticas de governança estabelecidas. Neste momento,
você é chamado para auxiliar a empresa nesta transição e recebe do atual diretor geral um memorando
contendo algumas características da empresa que ele julga ser necessário alterar por conta dessa demanda,
conforme a seguir:

Somente homens ocupam cargo de gestão na empresa;

A carga diária de trabalho da produção em geral é de 10 horas diárias de segunda a sábado;

Todos os direitos trabalhistas e impostos são pagos;

A equipe de manutenção trabalha todos os domingos;

Toda a parte administrativa fica no segundo andar do galpão, o qual somente é acessível por escadas.

As mulheres que trabalham na produção, após retornarem da licença-maternidade, são dispendas;

Não são contratadas mulheres com filhos menores de 14 anos;

A maioria dos trabalhadores na produção somente estudou até o quinto ano do Ensino Fundamental I e
muitos são imigrantes que têm grande dificuldade de comunicação;

Toda a parte de fiação elétrica da empresa é a mesma desde sua fundação;

Não existe reciclagem de material;

100% de sua produção é vendida, mas as peças que apresentam algum defeito de fabricação são
descartadas no lixo comum;

As promoções para os funcionários não são feitas por mérito;

A empresa já foi multada diversas vezes pela poluição sonora que causa;

Não existe um programa de reuso de água ou de seu uso consciente;

A empresa fornece refeição no local para os funcionários, porém as pessoas que têm alguma restrição
alimentar devem levar sua própria comida;

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Os donos e a diretoria se alimentam na empresa, mas têm um cardápio diferente do cardápio dos
funcionários;

É fornecido transporte fretado com desconto de 1% do valor do salário-mínimo a todos os empregados,
porém os que fazem hora extra usam o transporte público para ir embora;

Na rua onde está instalada a empresa, há uma escola de Ensino Fundamental I e II e uma Unidade Básica
de Saúde;

Quando ocorre a carga e descarga de produtos da empresa, muitas vezes, a rua é fechada e o tráfego é
interrompido durante essa atividade.

Com as informações acima e considerando os seus conhecimentos iniciais em ESG, elabore um relatório
elencando quais boas práticas de ESG poderiam ser implantadas nesta empresa, tendo como base os ODS
(Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e como estariam alinhados com a sua proposta. Por fim, elabore
observações de como seriam mensuradas e monitoradas as ações.

 Reflita!
Olá, estudante! O estudo de caso proposto traz situações comuns a muitas empresas e para que seja
possível a transformação, primeiramente, é necessário mensurar quais impactos cada item traz no dia a
dia das empresas; na sequência é possível identificar as melhorias possíveis relacionando-as com as
responsabilidades sociais, ambientas e de governança. Existem situações que demandam baixo nível de
investimentos financeiros e podem trazer um resultado imediato para a empresa. Essencialmente, a
cultura da empresa deve ter alterações, mas para isto é necessário que todos saibam o que é a cultura
ESG.

Importante salientar que algumas mudanças podem ser consideradas como consequência, ou seja,
quando você alterar uma rotina pode ser que outra melhore automaticamente; e isto é importante estar
mapeado.

Outro ponto importante: não se esqueça de contextualizar a empresa no ambiente em que ela está
inserida, isto poderá fazer toda a diferença na implantação.

No relatório não deixe de explicar as boas práticas do ESG e quais as vantagens trazidas por ela para a
empresa, assim, seu trabalho estará fundamentado e pronto para ser colocado em prática.

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Estudante, a situação apresentada pode ter mais de uma solução, porém, para todas é indicado iniciar pela
tabulação dos desafios e fazer a ligação deles com as responsabilidades da ESG e ODS.

Quadro 1 | Correlação de desafios x ESG x ODS

DESAFIOS ESG ODS

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Somente homens ocupam cargos


Social Igualdade de gênero
de gestão

Trabalho diário de 10 horas e aos Trabalho decente e crescimento


Social
sábados e domingos econômico

Falta de acessibilidade para Trabalho decente e crescimento


Social
administração econômico

Dispensa de mulheres pós-parto e


não contratação de mulheres com Social Igualdade de gênero
filhos pequenos (até 14 anos)

Funcionários com baixo nível de


Social Educação de qualidade
escolaridade

Parte elétrica antiga Ambiental Energia limpa e acessível

Não fomenta a reciclagem e não há


política para o descarte de Ambiental Consumo e produção responsáveis
materiais

Poluição sonora Ambiental Consumo e produção responsáveis

Trabalho decente e crescimento


Promoções sem critério Social
econômico

Falta de política para uso


Ambiental Água potável e saneamento
consciente de água

Diferenciação de alimentação da
Trabalho decente e crescimento
diretoria e falta de cardápio para Social
econômico
restrição alimentar

Transporte fornecido não atende Trabalho decente e crescimento


Social
às demandas da empresa econômico

Problemas com carga e descarga


Social Indústria, inovação e infraestrutura
de produtos

Escola e UBS próximas à empresa Social Indústria, inovação e infraestrutura

Fonte: elaborado pelo autor.

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Pode-se notar a ausência de item referente à Governança na ESG, porém ela é necessária para implementar
os demais. Após a construção do Quadro 1, você deve alocar os itens similares e uma maneira é analisar cada
 um em relação ao ODS correspondente.

Quadro 2 | Alocação de similares

DESAFIOS ESG ODS

Somente homens ocupam cargos


de gestão, dispensa de mulheres
pós-parto e não contratação de Social Igualdade de gênero
mulheres com filhos pequenos (até
14 anos)

Trabalho diário de 10 horas e aos


sábados e domingos, falta de
acessibilidade para administração,
promoções sem mérito,
Trabalho decente e crescimento
diferenciação de alimentação da Social
econômico
diretoria e falta de cardápio para
pessoas com restrição alimentar e
transporte fornecido não atende às
demandas da empresa

Funcionários com baixo nível de


Social Educação de qualidade
escolaridade

Parte elétrica antiga Ambiental Energia limpa e acessível

Não fomenta a reciclagem e sem


política para o descarte e a Ambiental Consumo e produção responsáveis
poluição sonora

Falta de política para uso


Ambiental Água potável e saneamento
consciente de água

Problemas com carga e descarga


de produtos e escola/UBS Social Indústria, inovação e infraestrutura
próximas à empresa

Fonte: elaborado pelo autor.

A partir da alocação, foram identificados sete tópicos a serem tratados, é neste momento que se fazem as
indicações para tratar cada tema:

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Igualdade de gênero – estabelecer metas tanto em tempo como para quantidade de ter diversidade de
gênero na gestão da empresa, além de cessar com as demissões de mulheres pós-parto e incentivar as
 contratações de mulheres que tenham filho em idade escolar. Pode ser feita uma parceria com a escola
que fica próxima à empresa.

Trabalho decente e crescimento econômico – unificar o refeitório da empresa e sua alimentação,


dispor cardápios alternativos para as pessoas com restrição alimentar . Estabelecer política para redução
de horas extras, realizar as manutenções durante a semana com programação de paradas (este tema
poderia estar na indústria, inovação e infraestrutura).

Educação de qualidade – promover para os empregados Educação de Jovens e Adultos (EJA), a qual
poderia ser dentro da empresa e até mesmo durante o expediente normal de trabalho.

Energia limpa e acessível – elaborar um plano de adequação e modernização da rede elétrica, além de
instalação de placas fotovoltaicas, que pode gerar economia de energia.

Consumo e produção responsável – desenvolver campanhas internas sobre a reciclagem e desenvolver


políticas para o descarte consciente de resíduos, além disto as peças que estivessem em boas condições
de uso poderiam ser doadas. Outro fato importante é a melhora no isolamento acústico da empresa e
limitação do horário de trabalho.

Água potável e saneamento – criar campanhas para uso consciente da água, troca de torneiras para
automáticas, reuso da água de chuva entre outras políticas.

Indústria, inovação e infraestrutura – criar docas para carga e descarga, além de estabelecer horário
para esta atividade, o qual não poderia coincidir com o horário da escola, além de comunicar qual o tipo
de transporte que será aceito pela empresa na carga e descarga, evitando, assim, a necessidade de
fechar a rua para carga e descarga de produtos.

Desafios para implementar a ESG sempre existirão, porém, alguns não demandam investimentos altos, como
o caso da igualdade de gênero, porém necessitam de uma mudança de cultura por parte da empresa, mas no
momento em que se aloca os similares, pode ser percebido como uma ação que pode interferir no ambiente
em que a empresa está inserida.

Após esta etapa, a empresa necessita desenvolver políticas internas claras para que a cultura ESG consiga ser
implantada e isto é tarefa para a Governança.

RESUMO VISUAL

Figura 1 | Implantação da cultura ESG

Identificação dos desafios

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Correlação dos desafios com os propósitos da ESG

Junção dos similares

Indicação de sugestões e processos de ESG

Treinamento e implantação dos processos de ESG

Acompanhamento dos processos

Mensuração dos resultados

Fonte: elaborada pelo autor.

REFERÊNCIAS

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