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de
Eco.lo.gia
Sf. 1 Ciência que se caracteriza pelo estudo das relações entre os seres vivos; estudo
das relações dos seres vivos com o meio orgânico ou inorgânico (em que vivem).
2 Ciência que se caracteriza pelo estudo das relações entre os seres vivos; estudo
das relações dos seres vivos com o meio orgânico ou inorgânico (em que vivem).
Glo.ba.li.za.ção
Sf. 1 Processo que ocasiona uma integração, ou ligação estreita, entre economias e
mercados, em diferentes países, resultando na quebra das fronteiras entre eles.
Edu.ca.ção
O artigo com o título “Educar para a sustentabilidade”, foi escrito em Brasília, em março de
2008 pelo Professor Dr. Moacir Gadotti, e possuí cinco sessões, como vemos abaixo:
• Seção 1 – Introdução
• Seção 2 –Sustentabilidade e bem viver
• Seção 3 –Educar para uma vida sustentável
• Seção 4 – Uma oportunidade para os Sistemas de educação
• Seção 5 – Considerações finais do autor
Sobre o autor
Moacir Gadotti é educador brasileiro, com vasta experiência em educação popular e
formação de professores. Nasceu em São Paulo, no ano de 1941 e iniciou sua carreira
acadêmica em 1962, tendo obtido graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo
(USP) e em pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora Medianeira. Alguns temas nortearam a
carreira de Gadotti, como a educação popular, a formação de professores e pedagogia
crítica. Escreveu mais de 40 livros, e colaborou com a fundação do Instituto de pedagogia
crítica Paulo Freire.
Como dito, Moacir Gadotti também teve papel importante na formação de professores,
além de sua atuação na implementação de políticas públicas educacionais no Brasil, tendo
atuado como Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério
da Educação. Obteve o grau de mestrado em educação pela Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo (PUC-SP), e doutorado pela Universidade de Genebra (UNIGE).
Resumo
O autor inicia o seu artigo expondo o assunto principal do texto: a preocupação global em
relação ao aquecimento global e mudanças climáticas, além de destacar a importância de
medidas tomadas no curso da história para combater tal fenômeno. Dentre as medidas
tomadas, destaca-se a Agenda 21, aprovada na Rio-92 por 173 chefes de Estado e de
governo, que visava colocar o mundo no caminho do "desenvolvimento sustentável". Além
disso, a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, lançada pelas Nações
Unidas em 2002, também é mencionada como uma mobilização global para enfrentar o
problema. O autor conclui sua introdução ao tema propondo um questionamento que
norteará seu artigo, para que respondido, sustente sua tese: O que a educação pode fazer
no contexto apresentado? Pergunta esta que foi tratado em seu livro “educar para a
sustentabilidade”, lançado pela Editora Paulo Freire.
Sessão 2: “Sustentabilidade e bem viver”.
Na segunda sessão de seu artigo, Gadotti inicia apresentando a sua tese principal: para ele a
sustentabilidade é o sonho de bem viver. Identificamos que ele defende que é mais
apropriado falar em "educação para a vida sustentável" ou "educação para a
sustentabilidade" do que em "educação para o desenvolvimento sustentável". Ele
argumenta que o último conceito é limitado e não tem a abrangência necessária para ser
uma concepção organizadora da educação. Por outro lado, educar para a vida sustentável
significa promover um modo de vida de bem-estar e bem viver em harmonia com o meio
ambiente, caracterizado por justiça, produtividade e sustentabilidade. Diante da degradação
das nossas vidas no planeta, é necessário escolher entre um caminho “tecnozóico”, que
coloca toda a fé na capacidade da tecnologia de nos tirar da crise ambiental sem mudar
nosso estilo poluidor e consumista de vida, e um caminho “ecozóico”, fundado numa nova
relação saudável com o planeta, reconhecendo que somos parte do mundo natural, vivendo
em harmonia com o universo.
O autor também menciona a importância da preservação do meio ambiente e da formação
de uma consciência ecológica através da educação. Ele defende que a pedagogia da terra ou
a “ecopedagogia” é uma pedagogia para a promoção da aprendizagem do sentido das coisas
a partir da vida cotidiana, uma pedagogia “biófila” que promove a vida e respeita todas as
formas de vida. Segundo ele, é possível encontrar o sentido ao caminhar e vivenciar o
contexto e o processo de abrir novos caminhos, o que torna a pedagogia democrática e
solidária. Embora o conceito de desenvolvimento sustentável seja visto de forma crítica por
Gadotti, ele reconhece que tem um componente educativo formidável e destaca a
importância da educação para a preservação do meio ambiente e para a formação de uma
consciência ecológica.
Como proposta de intervenção para o problema apresentado até aqui, Gadotti defende a
necessidade de introduzir uma cultura de sustentabilidade nos sistemas educacionais, como
forma de renovar os velhos sistemas, que para ele, podem fazer ao mesmo tempo parte do
problema e da solução. Em suas palavras, ele está convencido que a sustentabilidade é um
conceito poderoso que pode ser adaptado a diferentes realidades, levando em consideração
as particularidades locais. Não há um modelo universal de sustentabilidade e diferentes
abordagens pedagógicas podem ser adotadas para traduzir essa visão em nível local.
Aprender a viver com o risco é uma exigência da sustentabilidade, pois sabemos que não
podemos eliminar completamente os riscos.
Além da ação local, ele destaca a importância de uma ação global conjunta para promover
uma nova civilização baseada em outros princípios éticos, que não os que conduziram à
exploração econômica, a dominação política e a exclusão social. O modo pelo qual
produzimos nossa existência neste planeta decide sobre sua vida ou morte, as futuras
gerações.
Juízo Crítico
https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1624