Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 1
Resumo__________________________________________________________________
Em um planeta que a cada dia se torna mais descartável, surge à escola para mudar esse
cenário, através do cuidado, do diálogo e da integridade. É nesse ambiente escolar que
precisa ser debatido as mudanças de valores e de atitudes para a construção de sociedades
sustentáveis pois, a responsabilidade é individual mas, a preservação do planeta precisa ser
colectiva; com os desequilíbrios ambientais se tornando cada vez mais comuns, aumentou
a preocupação com a protecção do meio ambiente; Considerando esse contexto,
sustentabilidade é um tema que está ganhando cada vez mais importância. Assim, a
educação ambiental tornou-se fundamental já que ela conquistou um espaço para
desenvolver sustentabilidade na educação e possui, também, capacidade de desenvolver
uma consciência ecológica ao trazer os problemas ambientais para sala de aula. Porém,
essa protecção não é exclusiva das pessoas (sociedade civil), é de todos e isso inclui o
Estado. Porém, nota-se aqui uma crise de inteligibilidade diante da qual muitas mentes
oferecem soluções mágicas num mundo onde o globalismo tem sido essencialmente
insustentável. É neste contesto que surge o tema dessa monografia, intitulada: Moacir
Gadotti e o papel da educação na construção da cultura de sustentabilidade. Este, centra
as abordagens no campo da filosofia da educação e no âmbito do pensamento de Moacir
Gadotti. Nele levantamos como objectivo geral: perceber a teoria de Moacir Gadotti no que
concerne educação para uma cultura de sustentabilidade. E, como específicos: apresentar o
pensamento de Gadotti no que concerne ao papel que a educação desempenha na
construção de uma cultura de sustentabilidade; trazer uma discussão entre o pensamento
Gadottiano diante aos outros pensadores reflectindo novos horizontes. Como diz Gadotti,
num tempo que a insustentabilidade habita no mundo real, a sustentabilidade abre uma
oportunidade para que a educação forme homens com boa decisão, homens que renovam
os seus velhos sistemas, fundados em princípios competitivos, e introduzam uma cultura de
sustentabilidade a fim de serem mais cooperativos, só assim atingiremos a cidadania
planetária
Abstract_________________________________________________________________
On a planet that becomes more and more disposable, it comes to school to change this
scenario through care, dialogue and integrity. It is in this school environment that the
changes of values and attitudes for the construction of sustainable societies must be
debated because the responsibility is individual but the preservation of the planet must be
collective; with environmental imbalances becoming increasingly common, concern for the
protection of the environment has increased; Considering this context, sustainability is a
topic that is gaining increasing importance. Thus, environmental education has become
fundamental as it has acquired a space to develop sustainability in education and also has
the capacity to develop an ecological awareness by bringing environmental problems to the
classroom. However, this protection is not exclusive to the people (civil society), it belongs
to everyone and this includes the State. But here is a crisis of intelligibility to which many
minds offer magical solutions in a world where globalism has been essentially
unsustainable. It is in this contesto that the theme of this monograph appears, entitled:
Moacir Gadotti and the role of education in the construction of a culture of sustainability.
This, focuses the approaches in the field of the philosophy of the education and in the
scope of the thought of Moacir Gadotti. In it we have set ourselves the general objective: to
understand Moacir Gadotti's theory in what concerns education for a culture of
sustainability. And, as specific: to present the thinking of Gadotti regarding the role that
education plays in building a culture of sustainability; to bring a discussion between
Gadottian thought before other thinkers reflecting new horizons. As Gadotti says, at a time
when unsustainability dwells in the real world, sustainability opens up an opportunity for
education to form men with good decision, men who renew their old systems based on
competitive principles, and introduce a culture of sustainability in order to of being more
cooperative, only this way we will reach the planetary citizenship
Key words: education, sustainability culture, formation, planetary citizenship
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 3
Introdução
A presente Monografia tem como tema: Moacir Gadotti e o papel da educação na
construção da cultura de sustentabilidade., que se enquadra na área de filosofia da
educação.
O tema, Moacir Gadotti e o papel da educação na construção da cultura de
sustentabilidade, pretende apresentar um desafio à reflexão sobre os grandes problemas
que se colocam aos seres humanos nas sociedades de hoje.
A escolha do tema pariu da análise disseminado que ilustra o homem de hoje, homem este
que vive num planeta degradado devido a sua vontade de domínio e exploração excessiva
que acaba criando alguns problemas no planeta edificando uma incompetência moral,
atingindo um nível de percepção impossível de ignorar essa incompetência moral. Este
sintoma, impede ao Homem de perceber o verdadeiro papel da educação que é de fornecer
ao homem moderno as capacidades intelectuais e morais que lhes permitirão sobreviverem.
Todavia, com o tema em destaque pode ser possível de recuperar a saúde e forças das
nossas sociedades por meio da educação.
Estamos também conscientes de que vivemos numa era da globalização onde as fronteiras
entre as nações são quase invisíveis, onde reina a robótica e dos sistemas de produção
automatizados. Este cenário dado pela globalização provocada por avanço da revolução da
tecnologia possui consequências graves no caso da fragmentação que dividiu
globalizadores e globalizados, centro e periferia, confrontos étnicos, etc. Portando, há
existência de um desequilíbrio humano consigo mesmo e com o planeta.
A questão surge nos seguintes indicadores: estamos conscientes de que os homens vivem
numa próspera era da informação em tempo real, da globalização, da quebra de fronteiras
entre nações, dos escritórios virtuais, da robótica e dos sistemas de produção
automatizados. Em fim, estamos presenciando um desequilíbrio do ser humano consigo
mesmo e com o planeta urgindo a necessidade de aquisição de uma cultura de
sustentabilidade.
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 5
Apresentamos como argumentos os seguintes: sem uma educação para uma vida
sustentável, o mundo continuará apenas sendo considerado como espaço de nosso sustento
e de domínio tecnológico, certamente um objecto de nossas pesquisas, ensaios; o processo
educacional contribui para humanizar o nosso modo de vida.
O trabalho apresenta o seguinte objectivo geral: perceber a teoria de Moacir Gadotti no que
fustiga a educação para a cultura de sustentabilidade. E tem como objectivos específicos os
seguintes: Descrever a vida, obras e influências ao pensamento filosófico de Moacir
Gadotti; Apresentar o pensamento de Moacir Gadotti no que concerne ao papel que a
educação desempenha na construção de uma cultura de sustentabilidade; Trazer uma
discussão entre o pensamento Gadottiano diante dos outros pensadores reflectindo novos
horizontes.
1.1. Vida
Gadotti foi assessor técnico da secretaria estadual de educação de São Paulo e chefe do
gabinete da secretaria municipal da educação da prefeitura de São Paulo, na gestão de
Paulo Freire.
Gadotti, comprometeu-se com a educação brasileira, fazendo nascer no seio desta a nova
esperança. A esperança de que é possível acabar com a opressão, com o mistério, com a
intolerância e transformar o mundo num lugar mais justo para se viver. Essa esperança faz
parte de Gadotti como o ar que ele respira.
1.2. Obras
Durante o seu percurso, Gadotti publicou e ainda continua a publicar obras de carácter
pedagogia e cultural. Sendo assim, Gadotti publicou obras de grande interesse pedagógico
em que algumas delas são: Educação e poder; Marx: transformar o mundo; Paulo Freire:
uma biografia; Historias das ideias pedagógicas; Os mestres de Rousseau; Educar para um
outro mundo possível; Escola cidadã; Pensamento pedagógico brasileiro; Pedagogia:
dialogo e conflito; Comunicação docente; Dialéctica do amor paterno; Economia solitária
como praxis pedagógica; A educação contra educação; Concepção dialéctica da educação;
Diversidade cultural e educação para todos; Educação e compromisso; Educar para a
sustentabilidade; A boniteza de um bom sonho; Ensinar e aprender com sentido.
Com estas obras, percebemos que o autor teve muitas publicações. Sendo assim, as
principais obras que serviram de base na elaboração desta Monografia foram as seguintes:
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 9
Boniteza de um sonho: ensinar e aprender com sentido (2003). A obra, Gadotti divide em
sete capítulos onde ele discute temas relacionados com a educação, aos professores e
pedagogos em exercício e aos futuros pedagogos e professores. Ele convida todos
participantes do processo de ensino a despertarem e lutarem para a transformação do
mundo, onde as diferenças sejam dissipadas através da educação. Ainda nesta obra,
Gadotti passa a considerar que a sala de aulas é o local de capacitar crianças, jovens e
adultos. Portanto, para que isso aconteça é necessário que o professor e o educador
encontre a sua própria identidade e, potencializem assim os indivíduos, formando cidadãos
autónomos, participativos, organizados, promovendo o desenvolvimento e garantindo, de
forma sustentável o futuro da humanidade (FERNANDES, 2010:115).
1.3. Influências
Gadotti teve influências que definiram o seu modo de pensar. Porém, o autor da obra
Educar para a sustentabilidade teve de Paulo Freire bases definidoras do seu pensar.
Senão vejamos, como pensador de edução ele concede a educação como “um processo
contínuo e fundamental para a socialização do homem” e a humanização pois supõe a
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 10
Entretanto, Moacir Gadotti também leu Anísio Teixeira, Edgar Mori, e deles aprendeu o
comum, o da busca da identidade construída graças aos traços culturais, obviamente que
isso se tem lugar na escola, e a escola aqui é concebida como “um espaço onde todos os
participantes do processo de ensino e aprendizagem edificam os saberes significativos”.
Ademais, com a intenção de dialogar criticamente a teoria da educação, Gadotti analisa as
várias tendências pedagógicas, em volta inspirar-se nas ideias de Paulo Freire, para a
compreensão de suas concepções de escola.
Como se pode ver, a escola pode fazer algo, principalmente resgatando a solidariedade e
conquistando a sua autonomia. Esse desafio de acreditar na escola, nos professores, torna-
se privilegiante aos olhos do educador, pois aprender e ensinar é apaixonante para um
educador consciente e comprometido com a esperança. Afinal de contas, para Gadotti o
professor caminha ao lado da transformação de uma sociedade, ele é concreto, presente,
sempre actuante, que organiza, concretiza a ideologia da classe que representa.
Note-se que Gadotti não é Paulo Freire. O que fez Gadotti é aceitar a influência e não a
identidade. Se não vejamos, Gadotti leu e apaixonou-se com as obras de Freire, em seguida
criou seus próprios traços de pensamento. Sobre isso, Gadotti diz o seguinte:
Enfim, Gadotti buscou conhecer o seu país e dele inspirou-se bastante. Na sua obra
Pensamento Pedagógico Brasileiro, o autor mostra o quanto sabe falar das dificuldades
que necessitam de um inovar e um ultrapassar dos espíritos conservadores. E a persistência
da política para as classes dominantes, marginalizando o sistema, apenas o encoraja e
multiplica os guardiões do mesmo.
2.1. Educação
A palavra educação deriva do latim educare, e com esta raiz, quer dizer, ato de amamentar.
Também há quem diga que educação tem origem raiz latina educere, que pode ser tradu-
zida como acto de conduzir, de levar adiante o educando.
Assim como suas raízes conceituais, etimológicas e históricas a palavra educação não tem
sentido unívoco, isto é, já traz de sua formação histórica o carácter da polissemia.
2.2. Cultura
2.3. Sustentabilidade
Segundo ele, a sustentabilidade tem a ver com a relação que mantemos como nós mesmos,
com os outros e com a natureza.
Ainda sobre a questão da sustentabilidade, FREITAS (2012:15-16), olha como:
2.4. Globalização
A noção da globalização nem sempre é clara visto que ela presta a usos e sentidos muito
diversos, isto é, não existe uma definição consensual e universal aceite para a globalização
pelo facto de cada autor definir segundo seu poder epistemológico.
Definir globalização, varia de autor para autor, algumas definições acentuam o carácter
multidimensional do processo; outros focalizam-se mais na dimensão económica da
globalização e, em certos casos, associam o processo da globalização ao sistema
económico capitalista e à ideologia neoliberal; noutros casos, as dimensões políticas ou
culturais são particularmente sublinhadas; outras definições sublinham que se trata de um
processo conduzido pelos homens, enquanto algumas se referem à globalização enquanto
motor de um processo civilizacional, deixando implícita a sua naturalidade e
inevitabilidade.
Porém, quanto se fala da globalização parece que diz respeito a centralização dos
princípios nas pessoas, mas o ponto alto de uma globalização mais justa é a satisfação das
demandas de todas as pessoas no que diz respeito a seus direitos, sua identidade cultural e
autonomia; trabalho docente e plena capacitação das comunidades locais em que vivem,
não deixando de lado a igualdade de género.
Então, nem a educação não poderia resistir a mudança, isto porque o mundo de hoje é
marcado pelo grande avanço da tecnologia, principalmente no que diz respeito a
informática.
Com isso, a nossa educação precisa de paradigmas que olhe a sobrevivência, ou seja, a
permanência do homem no seu habitat, fazer o uso racional de tudo evitando assim um mal
severo nas gerações vindouras. Esses paradigmas devem ditar a realidade dessas pessoas,
da sociedade que compõe essa massa necessitaria do novo paradigma.
Diante dos problemas actuais, equiparados com a perca de valores, desrespeito com o
outro, e como a humanidade, hoje do que nunca, necessitam de um outro paradigma
fundada numa visão sustentável do planeta Terra.
Portanto, tudo isso pressupõe justiça, e a justiça supõe que todas e todos tenham acesso a
qualidade de vida. Por exemplo: seria cínico falar de redução de demandas de consumo,
atacar o consumismo, falar de consumismo aos que ainda não tiveram acesso ao consumo
básico. Com isso quer dizer que não existe paz sem justiça.
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 20
Nos encontramos num momento crítico, momento este que o homem deve procurar novos
paradigmas que proporcione um futuro melhor e universalizante. O mundo esta cada vez
mais interdependente e notabilizam-se pela sua fragilidade, diante disso o futuro fica
ameaçado sob grandes perigos e algumas promessas.
Então, para que algo mude deve-se estar consciente da diversidade cultural e as formas de
vida, porque somos humanos que vivemos no meio terrestre com um destino comum, isto
é, inclusivo para o bem-estar. Foi nessas condições que o planeta testemunhou a
emergência de um decurso sustentável, porque viu-se que isso só será possível se gerar-se
forças para a criação de uma sociedade sustentável total que tende o respeito pelo seu
habitat, ou seja, pela sua natureza, nos direitos humanos universais, numa cultura de paz e
na justiça económica.
Repensar naquilo que é o futuro, há-de verificar alguns traços assustadores tanto no campo
económico, ético, política e da própria educação que é a base do grito contra a opressão da
sociedade. Diante desses problemas afirma o autor que a sustentabilidade tornou-se um
tema gerador preponderante neste início de milénio para pensar não só o planeta mas
também a educação; um tema portador de um projecto social global e capaz de reeducar
novo olhar e todos os novos sentidos, capaz de reacender a esperança num futuro possível
com dignidade e para todos. Em suma, o nosso futuro comum.
Olhando a visão de Gadotti, a sustentabilidade abre uma oportunidade para que a educação
renove os seus velhos sistemas, fundados em princípios competitivos, e introduza uma
cultura de sustentabilidade a fim de serem mais cooperativas, com intuito de dar um olhar
sobre as politicas locais e não a inclinação das políticas importadas. Portanto, este capítulo
apresenta o âmago do pensamento de Gadotti relativo a sua teoria da cultura de
sustentabilidade. Do mesmo modo, este abre caminhos a uma ampla reflexão sobre a
educação em geral, analisando a prática educativa e suas perspectivas, dando ideias para a
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 22
Dito de outra maneira, anteriormente, apelidou-se de vida sustentável todo estilo de vida
que harmoniza a ecologia humana e ambiental mediante as tecnologias adequadas,
economias de cooperação e o empenho individual, caracterizada pela responsabilidade
pessoal. Mas para que haja a tal vida, a educação possui um papel fundamental.
Diante das abordagens a cima referenciadas fazem perceber que a educação para a
sustentabilidade é uma visão positiva do futuro da humanidade. Desta feita, a educação
sustentável implica o respeito à vida, o cuidado com toda a comunidade da vida para
formação de um mundo possível e este mundo é possível com a conscientização do
homem. Com isso, quer dizer que deve-se compartilhar valores fundamentais princípios
éticos e conhecimentos, construção de sociedades democráticas que sejam justas,
participativas, sustentáveis e pacificas.
Outrossim, segundo BRUSEKE (1998:29), foi Sachs quem formulou os princípios básicos
desta visão de desenvolvimento. Esta visão, integrou basicamente seis aspectos que
deveriam guiar os caminhos do desenvolvimento: a) a satisfação das necessidades básicas;
b) a solidariedade com as gerações futuras; c) a participação da população envolvida; d) a
preservação dos recursos naturais e do meio ambiente em geral; e) a elaboração de um
sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas; f)
programas de educação.
Na visão de Sachs, só com estes princípios é que poder-se-á atingir e cultivar uma cultura
sustentável versada no bem-estar de todos.
Para melhor clareza, o desenvolvimento da cultura sustentável é uma resposta aos anseios
da sociedade. Visto que, ela consiste em encontrar meios de produção, distribuição e
consumo dos recursos existentes de forma mais coesiva, economicamente eficaz e
ecologicamente viável.
A respeito disso, o pensador Sachs na sua obra Estratégias de Transição para o Século XX
(1998), divide em cinco classificações o conceito de sustentabilidade: sustentabilidade
ambiental; sustentabilidade económica; sustentabilidade ecológica; sustentabilidade social
e a sustentabilidade política.
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 28
Nisto, podemos perceber que o comportamento de cultivo de uma cultura sustentável, deve
ser preparado pela educação, isto é, a educação tem um papel importante na criação de um
desenvolvimento sustentável na medida em que vai incutir ao homem a capacidade do
diálogo ou discurso visto que é uma chave pertinente para a criação de ideias, para a
criação e edificação da cultura com tendências sustentáveis da vida.
Segundo GADOTTI (2008), “a Carta da Terra tem um grande potencial educativo ainda
não Suficientemente explorado. Vivemos uma crise de civilizações. A educação poderá
ajudar a superá-la. A escola é o ambiente ideal para fomentar atitudes responsáveis e de
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 29
Por que sem a preservação do planeta, não há luta por melhores condições
de vida, não haverá justiça na distribuição de rendas, pois perdem sentido.
De nada adiantarão estas conquistas se não tiverem um planeta saudável
para viver (GADOTTI, 2008).
Segundo BOFF (1999), “para cuidar do planeta precisamos passar por uma alfabetização
ecológica e rever nossos hábitos de consumo. O que importa é desenvolver uma ética do
cuidado.” Para isso cada pessoa precisa descobrir-se como parte do ecossistema local e da
comunidade biótica, seja no aspecto natureza, seja em sua dimensão de cultura.
O educador deve ser competente, só assim que ele passará necessariamente formar pessoas
que pautem pela cultura sustentável. Assim, a competência do educador deve carregar
consigo uma dimensão ética, visto que a ética não é simples conteúdo ou simples
disciplina, mas sim, ela deve ser um instrumento diário.
O educador deve possuir a visão futurista que ajudará a intervir nos projectos educativos da
sua sociedade, visto que são nesses projectos que é convidado a sociedade a pautar pelos
valores e princípios sustentáveis que dizem respeito a ética, liberdade, igualdade,
solidariedade, tolerância, respeito à natureza, responsabilidade compartilhada.
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 30
3.4. A eco-pedagogia
O termo eco-pedagogia tem o objectivo de vir a ser uma ênfase que dê conta das angústias
e do imaginário de educação Ambiental. Diante do paradigma insustentável que a
humanidade está enfrentando e a necessidade de educar as pessoas sobre a importância de
cuidar da natureza surgiu a educação ambiental.
A preocupação de Ngoenha com a forma como a terra ou melhor, a natureza está sendo
explorada pelo homem presente leva-lhe a trazer essa ideia de sustentabilidade que consiste
em assegurar, de forma inédita, as condições propícias ao bem-estar físico e psíquico no
presente, sem empobrecer e inviabilizar o bem-estar no amanhã que leva Gadotti a trazer a
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 31
Assim, surgiu a eco-pedagogia como um novo modo de pensar a educação. De acordo com
GADOTTI (2013:79), “Ela é uma pedagogia para a promoção da aprendizagem do sentido
das coisas a partir da vida quotidiana”
A eco-pedagogia implica uma reorientação dos currículos, para que estes incorporem
certos princípios, estes versados no bem-estar de todos. Já dizia Piaget que os currículos
devem contemplar o que é significado ou expressivo para o aluno. Ora, os conteúdos
curriculares, têm de ser significativos para o aluno, e só serão significativos para ele se
esses conteúdos forem significativos também para a saúde do planeta. Doravante, a
ecologia esta ligada a um projecto utópico, que versa em mudar as relações humanas,
sociais e ambientais que temos hoje, e que constitui uma preocupação profunda diante da
insustentabilidade severa nas três dimensões: ambiental, social e económica.
É necessário que cada um cuide de sua casa, do seu quintal, de sua rua, do seu bairro e do
seu ambiente. E para isso deve sentir-se integrante da sociedade, cidadão responsável pela
preservação do lugar onde vive.
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 32
A carta da terra na educação, emerge para a construção de uma sociedade global mais
justa, sustentável e pacífica. Ela inspira todos os povos a um novo sentido de
interdependência global e responsabilidade compartilhada; ela nos desafia a examinar
nossos valores e princípios éticos.
Ora, aponta GADOTTI (2010:7), “ä necessidade do seu uso na promoção da aprendizagem
sustentável”
Promove diálogo sobre os valores. A carta da Terra é um recurso valioso para promover
diálogos sobre os objectivos comuns e os valores compartilhados necessários para
construir comunidades justas e pacíficas, tanto local, quanto globalmente;
Encoraja uma visão biossensível. A carta da Terra pode ser usada para ajudar professores e
alunos a se tornarem mais conscientes e entenderem melhor a importância da
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 33
Aplica valores e princípios. A carta da Terra pode ser vista como guia para que a pessoa e
organizações possam comparar de maneira critica suas realidades com seus ideais;
Ela tem uma missão de ajudar aos alunos, a compreenderem os desafios e preferências
críticas que a humanidade enfrenta e perceberem as interligações entre esses desafios e
escolhas;
O planeta Terra está no seu limite. A actividade humana está afectando o equilíbrio
ambiental, o que gera diversos problemas ambientais e coloca em risco a vida na Terra.
Antigamente, os seres humanos viviam em harmonia com a natureza, retiravam dela
apenas o necessário para a subsistência e se adaptavam as condições ambientais. Isso
fornecia ao meio ambiente condições de se recuperar e, assim, manter seu equilíbrio. Havia
o suficiente para a necessidade de todas as pessoas. Além disso, tudo que era consumido
gerava resíduos que a natureza conseguia reaproveitar.
À medida que a sociedade evolui, o equilíbrio do meio ambiente começou a ser afectado.
Além do aumento populacional, as pessoas passaram a consumir mais que o necessário. A
cultura predominante prega um consumo exagerado de bens materiais, é necessário ter
cada vez mais. Consequentemente, cada vez mais recursos são retirados do meio ambiente.
Repor o que foi consumido está se tornando cada vez mais difícil para a natureza. Além
disso, há a ilusão de que os recursos naturais são infinitos, o que gera o desperdício.
Importa destacar que o avanço tecnológico trouxe muitas mudanças, algumas positivas e
outras negativas. A primeira mudança se refere à capacidade do homem de alterar a
natureza de acordo com sua vontade e necessidade. A segunda mudança se refere aos
hábitos de consumo. Hoje, a sociedade produz e consome materiais que o meio ambiente
tem dificuldade de reciclar, gerando poluição e interferindo no equilíbrio ecológico, logo,
ajudando a agravar o impacto ambiental.
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 35
A acção do homem na relação com o meio ambiente tem interferido significativamente nos
ecossistemas causando degradação ambiental. Além da humanidade estar extraindo
recursos de modo irracional, a poluição é outro grande problema. A humanidade está
poluindo solo, ar e água. A poluição está alterando as relações químicas, físicas e
biológicas dos ecossistemas e gerando problemas que alcançam a escala global. Destruição
da camada de ozóno, aquecimento global, desertificação e chuva ácida são alguns dos
principais desequilíbrios ambientais estudados e monitorados por cientistas do mundo
todo.
Antes, era comum haver pessoas que duvidavam da existência dos problemas ambientais.
Hoje, diante da diminuição da biodiversidade, das mudanças climáticas e outros
problemas, não há mais dúvidas e surge a urgência de mudar a relação destrutiva do
homem com a natureza.
Todavia, a preservação ambiental é uma forma de garantia pela qualidade de vida futura do
cidadão, uma maneira de educar para a sustentabilidade evitando o agravamento dos
problemas ambientais.
A crise ambiental estabelecida chama a atenção para uma mudança de postura frente ao
crescimento econômico, visando à preservação do meio ambiente.
Como diz o autor paulo freirre “o conscientizar não pode estar desvinculado de uma ação
bem concreta e eficaz” (Cfr. Freire, 1980:7).
Com o debate de reforma, pretende-se com o mesmo não caminhar para a anterior, mas
sim a necessidade de uma nova reforma na nossa educação. Neste, leva-nos a pensar que a
reforma é um problema de administração social e que este versa constituir e reconstruir a
alma do indivíduo.
Com este pensar, há-de perceber que a liberdade está acompanhada de uma concepção
determinada da história, da cultura e da sociedade, em que se metamorfoseia o indivíduo
em alguém capaz de agir com um certo juízo de responsabilidade e com aparente
autonomia.
Um dos objectivos das reformas é a mudança, neste âmbito aspira-se com este pensar,
linhas mestras de uma educação sustentável que espelhe os princípios de igualdade, a não
exclusão, o multi-culturalismo, a tolerância, o bem comum para que todos tenham uma
vida sustentável.
Diante da revolução democrática pretendida com a educação actual, Paulo Freire exige-nos
lucidez e força para ler o mundo que se deseja transformar sem preconceitos, buscando
soluções novas para velhos problemas. O desafio é enorme e exige contribuição de todos.
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 39
É bem sabido que a cultura sustentável é aquela que versa pelo bem-estar de todos, bem
este que deve ser cultivado por cada indivíduo que pertence essa sociedade. Por causa de
perca de valores que a sociedade vem se deparando, houve a necessidade da pregação da
sustentabilidade.
Segundo HUTCHISON (2000: s/d), “as reorientações culturais são essenciais para
garantirmos a viabilidade futura da comunidade da Terra e da espécie humana”. Assim,
necessitamos de alternativas para os padrões actuais do pensamento económico e de
exploração do mundo natural. Contudo, uma mudança para uma visão mais biocêntrica e
menos antropocêntrica exigirá:
Viver sustentadamente, significa certamente uma grande mudança para os seres humanos.
Segundo o relatório Cuidando do Planeta Terra (1991:5), “ para começar, precisaremos de
aceitar as consequências de aceitarmos de sermos parte de uma grande comunidade de vida
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 41
Assim, SACHS (1986b), salienta que “não pode haver desenvolvimento a longo prazo sem
uma vontade de desenvolvimento organizada em um projecto coerente de civilização”.
É preciso que todos estejamos engajados em gerar forças para uma cultura sustentável
global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça
económica e na cultura da paz, precisamos tornar-se prioridade em nossa empreitada em
direcção a um mundo ambientalmente saudável. Assim, de acordo com Agenda 21
(1995:7):
Diante dos avanços e a proliferação da informação que a sociedade actual nos expõe,
verifica-se que há necessidade de repensar o currículo, visto que o actual apresenta-se
insustentável. As novas ou modernas tecnologias da informação e comunicação, que cada
vez mais impactam a sociedade contemporânea, chegam a escola onde tem que conviver
com velhos currículos. Esta convivência proporciona vários problemas em quase todas
dimensões da sociedade.
Assim, a escola está sendo desafiada a repensar seu currículo, de forma a integrar o
computador e a tecnologias, como a internet, nos processos de aprendizagem na
transformação da sociedade e responder aquilo que tem sido os problemas, levando por
essa inadequação do velho ao moderno.
Hoje, nas escolas, as novas tecnologias de informação e comunicação convivem com velho
currículos. As escolas Moçambicanas começam a se revelar como expressivos visto que
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 43
Hoje, nos é crucial ver a questão do currículo numa dimensão mais contemporânea, ou
seja, hodierna, currículos na escola do século XXI, currículo pós-moderno. Isso não quer
significar que somente esta se falar de um novo tempo. E é pertinente pensar-se o currículo
numa nova escola, para uma nova educação. Entretanto, diz respeito a educação virada a
formação para a vida sustentável.
De acordo com MARINHO (2006:10), “um dos maiores desafios da escola de hoje é
pensar sua função social numa sociedade mergulhada na informação, globalizada. É pensar
sua função numa sociedade que ainda continua injusta, que ainda descrimina, que ainda diz
não aos novos favorecidos”.
Portanto, se pode perceber o currículo como processo e produto das relações sociais. Essas
relações não são permanentes, pois não são permanentes na escola, todos actores nela
convidados. A escola tem tempos diferentes, pessoas diferentes, com histórias diferentes
que notabilizam-se num multiculturalismo.
Por essa razão, GOODSON (1995:67) acrescenta que “precisamos abandonar o enfoque
único posto no currículo como prescrição”. Isto significa que devemos adoptar plenamente
o conceito de currículo como construção social, primeiramente em nível da própria
prescrição, mas depois em nível de processo e prática.
Já na visão de DOLL (1997:26), “um dos grandes desafios da edução do mundo pós-
moderno é planejar um currículo que tanto acomode quanto estenda, que tenha a tensão
essencial emirja uma reequilibração nova, que seja mais abrangente e mais
transformadora”.
Portanto, o que faz com que haja o desenvolvimento de uma educação sustentável é a
questão das mudanças nos modelos educacionais e, sobretudo, a formação do educador.
Sempre se falou que o professor deve respeitar a cultura do aluno, mas poucos
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 45
Conclusão
A poluição mental, que origina a má gestão económica, o ser anti-social e o não cultivo de
valores aceitos, tem preocupado muitas pessoas. Nesta linha, vimos na educação um papel
eminente que pode ajudar este homem a pautar por valores sustentáveis em toda a dimensão.
Mas, importa clarificar que Buscar uma educação que seja pautada em princípios e
fundamentos que sejam válidos, actuais e funcionais, na actualidade, é um desafio, visto do
ponto de vista conservacionista.
Para isso, é necessário deixar de lado a educação dos moldes antigos, baseada em simples e
puro produtivismo e exploração dos recursos naturais, e isso é feito, partindo-se do
princípio que a terra não é apenas um corpo astronómico, mas sim um ser vivo, do qual
todos são responsáveis.
A educação tem um papel de formar o homem para que este seja sustentável, para que este
possua respeito pela dignidade e direitos humanos de todos os povos; pela diversidade
cultural e o compromisso de criar uma cultura de tolerância; de não-violência e de paz,
assim como possua compromisso com justiça social e económica; com a responsabilidade;
respeito.
A educação que tem por meta o desenvolvimento sustentável não deve ser abordada
somente do ponto de vista ambiental, afinal de contas, de acordo com Moacir Gadotti, o
caminho para a sustentabilidade está intimamente ligada às mudanças no âmbito social,
político e económico do planeta.
Então ficou claro que a vida sustentável, defendida por Gadotti, é um estilo de vida que se
caracteriza pela responsabilidade pessoal, atendendo as necessidades do presente sem
comprometer as possibilidades das gerações futuras atenderem suas necessidades. E um
dos desafios da cultura de sustentabilidade é, obviamente, a conscientização.
Cidadania planetária e consumo responsável, que até certo tempo atrás não passavam de
conceitos utópicos hoje fazem parte do quotidiano da educação. Esta por sua vez, através
do acompanhamento diário, busca incutir valores referentes à necessidade de um
amadurecimento dos conceitos de cidadania planetária, bem como consumo sustentável.
A consequência, segundo GADOTTI (2000:24) será marcada pelas mudanças globais nos
actuais sistemas políticos e económico aos quais estamos inseridos, gerando consequências
benéficas para a qualidade de vida das gerações futuras.
Segundo MUCELIN (2006:256), mudar-se tal e qual fazia o homem das cavernas, como
forma de enfrentamento da problemática gerada pelo lixo, não é a solução nem para a
população de Medianeira, nem para qualquer habitante do planeta. Faz-se necessário
construir uma nova percepção ambiental na qual o cidadão não seja alheio, mas parte
integrante da natureza.
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 47
Contudo, é necessário que cada um cuide de sua casa, do seu quintal, de sua rua, do seu
bairro e do seu ambiente. E para isso deve sentir-se integrante da sociedade, cidadão
responsável pela preservação do lugar onde vive.
Bibliografia
AGENDA 21. Conferencia das nações a unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento,
Brasil, condenação de publicações, 1995.
CUIDANDO DO PLANETA TERRA: uma estratégia para o futuro da vida. São Paulo:
editora, pnuma, 1991.
BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é o que não é. 2 ed. Petrópolis: Vozes. 2013.
______, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano, compaixão pela Terra. 15 ed.
CAMPOS Luís & CANAVENE Sara. Introdução à globalização. Instituto bento Jesus
E-mail: rafaeldasilvasilva8@gmail.com
Facebook: Silva Rafael Júlio
Universidade Pedagógica de Moçambique – Nampula 48
CASTIANO, José P. & NGOENHA, Severino Elias. A Longa Marcha de Uma Educação
DOLL, William E. Jr. Currículo: uma perspectiva pós moderna. Porto alegre: artes
Médicas, 1997.
FREITAS, Juarez. Sustentabilidade: direito ao futuro. 2 ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012.
GOMES, Giselly Rodrigues das neves et all. Construindo uma escola sustentável. 3ª ed.
Rio de Janeiro, 2017.
LAGO, António & JOSÉ, Augusto Pádua. O que é ecologia. São Paulo: Brasiliense, 1984.
LÉVY, PIERRE. A Inteligência colectiva: Por uma antropologia de ciberespaço. 2ª ed., são
Paulo: Loyola, 1999.
LOVELOCK, James. Gaia: Alerta final. 1 ed. Rio de Janeiro: Intrínseca Ltda, 2010.
_____________. Eco - desenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo, vértice, 1986ª.
Brasil, 2012.
SOUSA, Rosa Fátima de. Espaço da educação e da civilização: origem dos grupos
Escolares do brasil, Araraquara: UNESP, 2008.