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Educação Ambiental

Desde que o homem está sobre a terra, ele consome e destrói o ambiente que nos
cerca e nos provém a vida. No entanto, nos dias atuais, já somos capazes de criar um
entendimento e perceber que esse comportamento acabará por exterminar nossa
sociedade e nossa raça. Temos, portanto, o dever de prover as gerações que se
apresentam e as futuras, os meios necessários para compreender os desafios e os
problemas e contribuir de forma decisiva para a solução e para a busca de novos
horizontes quando o assunto é sustentabilidade ambiental.
O maior e mais importante fator de compreensão sobre os problemas ambientais se
dá pelo o conhecimento, através do conhecimento, será possível contemplar a inter-
relação entre o meio social e o meio natural, onde as formas de organização social
devem priorizar um desenvolvimento com ênfase na sustentabilidade socioambiental.
Para que se resolva os crescentes problemas ambientais é necessário que ocorra uma
enorme mudança nos sistemas de conhecimento, dos valores e comportamentos gerados
pela a dinâmica racional atualmente existente, que por sua vez, está sempre relacionada
ao desenvolvimento econômico social.
Com a reflexão sobre a complexidade ambiental, é possível o surgimento de novos
grupos sociais que se apropriem da natureza, a partir de um processo educativo e
compromissado com sustentabilidade e a participação. E também, que busque a
mudança na forma social de se pensar e no conhecimento, bem como nas práticas
educativas.
Somente através do desenvolvimento sustentável é que os grupos sociais, poderão se
desenvolver economicamente através da procura de abordagens, e da mesma maneira,
beneficiar o meio ambiente e a qualidade de vida. E para que ocorra o desenvolvimento
sustentável, é preciso que haja uma conscientização social, relacionado com o
conhecimento da população. Entretanto, existe a necessidade de promover os meios de
informação, bem como o acesso a eles, e também um esforço por parte do poder publico
nos conteúdos educacionais, que visem ensinar caminhos para mudar o atual quadro de
degradação socioambiental.
Neste novo século a problemática da sustentabilidade possui um papel central na
reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento e das alternativas que se configuram, o
impacto dos humanos sobre o meio ambiente tem tido conseqüências complexas, dessa
maneira há a necessidade de melhorar os níveis e a qualidade de vida com a preservação
ambiental. Se torna cada vez mais evidente a necessidade de harmonizar os processos
socioeconômicos com os processos ambientais, preservando dessa maneira a produção
de ecossistemas que irão favorecer as necessidades humanas presentes e futuras.
Num sentido amplo, o desenvolvimento sustentável se relaciona diretamente com a
cada vez mais necessária redefinição das relações entre sociedade e natureza, tendo
como grande desafio transformar as idéias e teorias em verdadeiras ações, através de
uma mudança significativa do próprio processo civilizatorio.
Para que ocorra desenvolvimento sustentável é necessário haver a idéia de definição
de limites as possibilidades de crescimento e esboçar um conjunto de iniciativas através
de participantes sociais ativos por meio de praticas educativas. Essa idéia só será
possível, com o surgimento do sentimento de co-responsabilidade e de formação de
valores éticos.
Precisa-se haver um estímulo permanente as responsabilidades éticas, para que a
sustentabilidade aconteça como novo critério básico e integrador, portanto, deverá
ocorrer uma inter-relação de justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a
total ruptura com o atual plano padrão de desenvolvimento. Nesse contexto, um desses
estímulos ocorre através da educação ambiental. A educação ambiental funciona como
um instrumento de propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de
comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e
participação direta dos educandos. Os princípios básicos da educação ambiental dizem
respeito a solidariedade, igualdade e respeito a diferença através de formas democráticas
de atuação que deverão ser sempre baseadas em praticas interativas e dialógicas.
As noções e os conceitos a respeito da educação ambiental podem ser originados de
diversas áreas do saber, uma vez que vários campos do conhecimento atravessam a
educação ambiental, sendo assim uma abordagem multirreferencial. Dessa maneira a
dimensão ambiental pode ser abordada entre diferentes conexões humanas, fazendo com
que aconteça o entrelaçamento entre múltiplos saberes.
A educação ambiental deveria servir como exercício da cidadania, onde o homem
passaria a interagir com a natureza de maneira harmoniosa, em todos os aspectos da
sociedade, realizando dessa maneira o desenvolvimento sustentável, bem como deveria
assumir um importante papel no aprendizado na escola, assumindo assim, uma parte
ativa de um processo intelectual, constantemente a serviço da comunicação do
entendimento e da solução dos problemas. No geral, a educação ambiental deveria
existir como um permanente processo de aprendizagem e conscientização, valorizando
as diversas formas de conhecimento e formando cidadãos conscientes.
Para que os alunos venham a agregar valores sobre a educação ambiental, os
professores precisam estar preparados para reelaborar as informações que recebem,
transmitindo para os alunos a importância do meio ambiente e conceitos sobre a
ecologia, atentando para o fato de que os problemas ambientais decorrentes da
desordem e degradação da qualidade de vida nas cidades devem ser sempre destacados.
Se torna cada vez mais evidente e objetivo o papel do ambientalista de promover por
meio da educação ambiental , uma cidadania para os desiguais, transmitir o
conhecimento sobre o impacto da degradação das condições de vida decorrentes da
degradação socioambiental principalmente nos grandes centros urbanos, e a ampliação
do reforço a práticas centradas na sustentabilidade. O ambientalista deve ampliar sua
área de atuação, estimulando o envolvimento de pessoas de outras áreas profissionais
com a participação de projetos ambientais.
O ambientalista moderno precisa estar cada vez mais ligado ativamente na
governabilidade dos problemas socioambientais, buscando sempre soluções que
possibilitem uma ambientalizaçao dos processos sociais.
Dessa maneira, a educação para a cidadania motiva as pessoas, fazendo com que elas
se sintam sensibilizadas para participar de forma ativa dando um caráter dinâmico na
participação social sobre a educação ambiental, criando assim uma nova proposta de
sociabilidade baseada na educação para a participação.
Deve se tratar também, a educação ambiental, como uma questão de
responsabilidade da política publica, onde o Estado cumpre o papel de fortalecer a
sociedade civil como sede da superestrutura.
Nesse sentido, a construção da educação ambiental como política pública,
implementada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pelo Ministério do Meio
Ambiente (MMA), implica processos de intervenção direta, regulamentação e
contratualismo que fortalecem a articulação de diferentes participações sociais (nos
âmbitos formal e não formal da educação) e sua capacidade de desempenhar gestão
territorial sustentável e educadora, formação de educadores ambientais,
educomunicação socioambiental e outras estratégias que promovam a educação
ambiental crítica e emancipatória.
A política pública pode agir como um conjunto de procedimentos formais e
informais, expressando a relação de poder, onde resolve os problemas por meios
pacíficos, bem como a construção e ao aprimoramento do bem comum. No Brasil o
surgimento da política publica surgiu após a Conferência de Estocolmo, em 1972, sendo
criado então a SEMA (Secretária Especial do Meio Ambiente), ligada diretamente ao
presidente da república, sendo formada a primeira equipe governamental de educadores
ambientais, mas apenas em 1977, a educação ambiental foi introduzida como estratégia
para conduzir a sustentabilidade ambiental e social do planeta.
A política pública representa a organização das ações do Estado para a solução de
um problema ou atendimento de uma demanda especifica da sociedade, o papel do
Estado na educação ambiental brasileira será definido por meio de um diálogo
democrático com os diferentes sujeitos desta política.
Dessa maneira cabe ao Estado assumir o estímulo, o subsídio e o certificado de
parcerias entre instituições formadoras, para a formação de educadores ou que podem
passar a assumir tal função de modo a garantir um processo continuado de
formação de educadores ambientais, e também a contratar e capacitar equipes enormes
alocadas em todos os estados da federação, a fim de desenvolver um programa de
formação por intervenção direta.
Conclui-se dessa forma que a educação ambiental propicia aos
seus destinatários as condições indispensáveis para o desenvolvimento da consciência
ecológica e a compreensão da evolução do ambiente em sua totalidade, bem como
valorização dos recursos naturais com que contam para a
sua sobrevivência, e adotem políticas para o uso responsável, conservação e preservação
dos recursos para garantir que o desenvolvimento econômico se efetive com
sustentabilidade. Tendo também o Estado papel fundamental na criação de programas
de incentivo a educação ambiental, e de igual forma o incentivo na formação de
educadores ambientais, aumentando os recursos disponíveis e sempre revisando a sua
importância da sua aplicação na gestão socioambiental.

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