OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUA APLICAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO

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OS OBJETIVOS DO
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL E SUA
APLICAÇÃO NO
SETOR DA
CONSTRUÇÃO

ÍNDICE
Apresentação
Os objetivos do desenvolvimento sustentável
Aplicando os ODS no setor da construção
Considerações finais
 OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUA APLICAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO

APRESENTAÇÃO

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou em 2015 a Agenda 2030, com-
posta pelos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), como um
apelo à ação global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o
clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz
e de prosperidade.
No CTE, o alinhamento desses objetivos com as práticas ESG (Environmental,
Social, and Corporate Governance) vem sendo objeto de estudos e reflexões, espe-
cialmente no âmbito do Programa de Capacitação de Empresas do Setor da Cons-
trução em ESG, coordenado por Márcia Menezes, diretora de Inovação e Tecnologia
do CTE.
Nas primeiras oficinas de trabalho realizadas em 2021, o Programa provocou o
debate sobre a pertinência dos ODS na cadeia produtiva da construção. Na ocasião,
representantes das 31 empresas participantes identificaram práticas capazes de
contribuir para o atendimento a cada um dos 17 objetivos propostos pela ONU.
Este E-book apresenta uma síntese deste trabalho de reflexão. Nas páginas a seguir,
você poderá saber mais sobre como as estratégias de responsabilidade ambiental,
social e de transparência, norteadas pelos ODS, podem ser aplicadas pelas empre-
sas, em diferentes etapas do processo de concepção e produção de empreendi-
mentos imobiliários e obras de infraestrutura.

Tenha uma excelente leitura!

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 OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUA APLICAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO
OS OBJETIVOS DO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Mais de três décadas se passaram
desde a elaboração da publicação
Our Common Future, mundialmente
conhecida como Relatório Brundtland,
pela Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento da ONU.
Entre outras contribuições, o docu-
mento estabeleceu que desenvolvi-
mento sustentável “é aquele capaz
de suprir as necessidades da geração
atual, sem comprometer a capacidade
de atender as necessidades das futu-
ras gerações.”
A busca pelo desenvolvimento susten-
tável tem levado o mundo empresarial
a repensar negócios, processos e pro-
dutos. São constantes os desafios e
questionamentos aos quais uma orga-
nização deve estar atenta para reduzir
drasticamente o seu impacto negativo
e fazer a diferença no planeta, de forma
positiva.
As ações pontuais de uma empresa
alinhadas ao desenvolvimento susten-
tável, independentemente do seu
tamanho, área de atuação ou volume
de negócios, irão se juntar a milhares
de outras iniciativas, formando uma
grande rede para reduzir diferenças e
contribuir com um mundo melhor.
Um excelente instrumento para definir
o que deve ser feito é a Agenda 2030,
um plano de ações desenvolvido pela
ONU para a erradicação da pobreza e a
promoção do desenvolvimento econô-
mico, social e ambiental em escala glo-
bal até 2030. Nesse documento, lan-
çado em 2015, foram estabelecidas 17
metas globais para os próximos quinze
anos, batizadas de Objetivos do Desen-
volvimento Sustentável (ODS).
Os ODS estabelecem um desafio para
que o crescimento econômico não
tenha impactos adversos nas mudan-
ças climáticas, na pobreza e na desi-
gualdade. Eles consistem em dire-
cionadores para países, empresas,
instituições e para a sociedade civil.
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 OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUA APLICAÇÃO NO SETOR DA CONSTRUÇÃO

APLICANDO OS ODS NO SETOR

DA CONSTRUÇÃO

Embora os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável tenham metas amplas e

abranjam diversos e amplos temas de interesse da sociedade — da erradicação da
fome à universalização do acesso à energia e saneamento básico — a construção
civil pode contribuir com esses objetivos de forma bastante significativa.
É possível encontrar oportunidades rumo ao desenvolvimento sustentável em todas
as fases do processo de construção, desde o momento de escolha do terreno até
a etapa de uso e operação, pós obra. Algumas dessas oportunidades demandam
apenas iniciativas e ajustes nos processos internos das empresas, como pode ser
observado a seguir:

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OBJETIVO 1: ERRADICAÇÃO DA POBREZA

VISA ACABAR COM A POBREZA EM TODAS AS

SUAS FORMAS, EM TODOS OS LUGARES.
Práticas sugeridas:
Gerar empregos diretos e indiretos;
Capacitar mão-de-obra local;
Promover programas de educação, incluindo questões socioambientais;
Desenvolver o comércio local, visando ações de empreendedorismo sustentável;
Realizar políticas de doações financeiras, benfeitorias e contrapartidas alinhadas
às necessidades das comunidades;
Desenvolver empreendimentos habitacionais voltados à população de baixa renda;
Criar parcerias público-privadas.

OBJETIVO 2: FOME ZERO E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

SE PROPÕE A ACABAR COM A FOME,

ALCANÇAR A SEGURANÇA ALIMENTAR E
MELHORIA DA NUTRIÇÃO, ALÉM DE PROMOVER
A AGRICULTURA SUSTENTÁVEL.
Práticas sugeridas:
Estabelecer parcerias com instituições focadas no combate à fome;
Criar oportunidades para agricultores locais participarem em eventos relaciona-
dos aos empreendimentos;
Oferecer contrapartidas para direcionar ações que combatam a fome;
Implantar hortas comunitárias nos canteiros de obras e em seu entorno;
Usar alimentos sustentáveis e de alto valor nutritivo para consumo no canteiro
de obras;
Implementar políticas de compra de produtores sustentáveis;
Estruturar projetos para oferecer refeições de baixo custo para as comunidades.

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OBJETIVO 3: SAÚDE E BEM-ESTAR

BUSCA ASSEGURAR UMA VIDA SAUDÁVEL E

PROMOVER O BEM-ESTAR PARA TODOS, EM
TODAS AS IDADES.
Práticas sugeridas:
Desenvolver programa voltado à saúde dos funcionários que contemple:
Ações preventivas para saúde e bem-estar dos operários do canteiro de obras;
Diálogos diários de saúde e segurança no canteiro;
Promoção de ações institucionais que incentivem uma vida mais saudável,
equilibrada, com saúde mental.
Criar políticas de trabalho adaptadas ao home office (ou modelo híbrido), garan-
tindo boas condições de trabalho inclusive fora do escritório;
Realizar ações para garantir a qualidade do ar durante os processos de execução da obra;
Promover ações sociais/benfeitorias que beneficiam comunidades no entorno
dos empreendimentos;
Desenvolver produtos imobiliários que promovam saúde e bem-estar;
Certificar empreendimentos com selos relacionados ao bem-estar dos ocupantes
(Well e Fitwell, por exemplo);
Desenvolver empreendimentos com proximidade ao transporte público e facili-
dade de acessos para os usuários dos empreendimentos;
Promover ações no entorno do canteiro de obras, por exemplo, praças, espaços
para pets, campinhos de futebol, pistas de corrida, etc.

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OBJETIVO 4: EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

VISA ASSEGURAR A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

E EQUITATIVA DE QUALIDADE, E PROMOVER
OPORTUNIDADES DE APRENDIZAGEM AO
LONGO DA VIDA PARA TODOS.
Práticas sugeridas:
Oferecer capacitação e treinamentos contínuos com desenvolvimento profis-
sional e crescimento de carreira;
Estabelecer parcerias entre as empresas do setor, unindo forças para promover
ações de capacitação em toda a cadeia produtiva;
Patrocinar/investir no desenvolvimento profissional dos colaboradores. Como
exemplo: programa de estágio, programa de menor aprendiz etc;
Investir em educação “além do tapume”. Envolver a comunidade do entorno da
obra ou da empresa;
Promover ensino básico para funcionários dentro no canteiro, utilizando ferra-
mentas lúdicas para o processo educacional;
Divulgar tecnologias construtivas para apoiar os estudantes técnicos e universi-
tários, ajudando-os na escolha de carreira;
Divulgar soluções sustentáveis nas escolas locais. Por exemplo: horta, coleta
seletiva, saneamento, etc.

OBJETIVO 5: IGUALDADE DE GÊNERO

ALMEJA ALCANÇAR A IGUALDADE DE GÊNERO

E EMPODERAR TODAS AS MULHERES E
MENINAS.
Práticas sugeridas:
Criar oportunidades de trabalho e cargos segundo a meritocracia, sem distinção
por gênero;
Desenvolver políticas concretas de trabalho com igualdade, com programas e
ações de conscientização;
Oferecer infraestrutura no canteiro adequada a pessoas de todos os gêneros,
incluindo áreas de vivência, vestiários etc;
Industrializar processos e adotar equipamentos/máquinas para que as mulheres
não precisem utilizar força física para executar tarefas no canteiro, permitindo
sua inclusão nesse ambiente.

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OBJETIVO 6: ÁGUA POTÁVEL E SANEAMENTO

FOCA EM ASSEGURAR A DISPONIBILIDADE

E A GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA E
SANEAMENTO PARA TODOS.
Práticas sugeridas:
Contribuir para a universalização do saneamento básico;
Gerenciar o consumo consciente dos recursos;
Implantar estratégias para tratamento e reúso de resíduos líquidos;
Destinar adequadamente resíduos líquidos sem comprometimento ou contami-
nação do solo e/ou de cursos hídricos;
Garantir a potabilidade da água nos canteiros de obras;
Aproximar-se de representantes do setor com órgãos responsáveis pelo assunto
para criar Políticas Públicas de Saneamento;
Desenvolver empreendimentos com estratégias o reúso da água.

OBJETIVO 7: ENERGIA ACESSÍVEL E LIMPA

VISA ASSEGURAR O ACESSO CONFIÁVEL,

SUSTENTÁVEL, MODERNO E A PREÇO
ACESSÍVEL À ENERGIA PARA TODOS.
Práticas sugeridas:
Adotar sistemas para geração de energia limpa nos canteiros e que permaneçam
após entrega do empreendimento;
Desenvolver empreendimentos com geração e utilização de energia limpa;
Buscar parcerias com empresas de energia;
Criar políticas que determinem raio de aquisição dos insumos das obras para
evitar deslocamentos em grandes distâncias;
Incentivar a utilização de veículos elétricos com a previsão de estações de recarga;
Estudar a redução de desperdício de energia nos canteiros/obras;
Utilizar máquinas e equipamentos com baixo consumo de energia;
Criar estandes de vendas sustentáveis.

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OBJETIVO 8: TRABALHO DECENTE E CRESCIMENTO ECONÔMICO

PROCURA PROMOVER O CRESCIMENTO

ECONÔMICO SUSTENTADO, INCLUSIVO
E SUSTENTÁVEL, O EMPREGO PLENO E
PRODUTIVO, E O TRABALHO DECENTE PARA
TODOS.
Práticas sugeridas:
Criar espaços user friendly focados em bem-estar no trabalho (fitness, descom-
pressão, convivência);
Desenvolver ações de captação de mão de obra no entorno imediato aos
empreendimentos;
Estimular a utilização dos espaços de convivência em canteiros;
Promover inovação e tecnologia para facilitar o trabalho dos colaboradores;
Investir em capacitação de profissionais relacionados à construção civil;
Contratar exclusivamente fornecedores formais que apliquem salários dignos;
Ter políticas de compliance bem definidas.

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OBJETIVO 9: INDÚSTRIA, INOVAÇÃO E INFRAESTRUTURA

VISA CONSTRUIR INFRAESTRUTURAS

RESILIENTES, PROMOVER A
INDUSTRIALIZAÇÃO INCLUSIVA E
SUSTENTÁVEL E FOMENTAR A INOVAÇÃO.
Práticas sugeridas:
Através dos empreendimentos, ampliar e melhorar a qualidade da infraestrutura
do entorno;
Incentivar a adoção de novas tecnologias que aumentem o nível de industrialização
e fomentar novos sistemas construtivos;
Capacitar/conscientizar a mão de obra para se preparar para um futuro mais
racionalizado, industrializado e digitalizado;
Desenvolver processos de desenvolvimento de projeto mais eficientes, de forma
colaborativa, antecipando problemas de obra (BIM);
Investir em digitalização dos processos de obra e áreas de apoio para maior eficiência;
Especificar materiais pensando em qualidade, desempenho, durabilidade, produ-
tividade e impacto ambiental;
Disponibilizar informações ao consumidor final sobre a preocupação com o pro-
cesso de construção sustentável e responsável.

OBJETIVO 10: REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES

FOCA A REDUÇÃO DA DESIGUALDADE NOS

PAÍSES E ENTRE ELES.
Práticas sugeridas:
Trabalhar nas comunidades locais para integração com os novos empreendimentos;
Desenvolver programas de capacitação para formação de mão de obra local a
ser empregada durante a obra e operação do empreendimento;
Homologar e selecionar fornecedores locais;
Criar oportunidade de desenvolvimento profissional nas empresas;
Oferecer benefícios e assistência ao trabalhador alinhados às suas necessidades;
Contribuir com entidades de assistência social que tenham trabalhos volta-
dos a esse tema;
Estabelecer parcerias com organizações não governamentais e cooperativas vol-
tadas à coleta, reciclagem e descarte de resíduos, apoiando o desenvolvimento
sustentado dessas organizações.

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OBJETIVO 11: CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS

ALMEJA TORNAR AS CIDADES E OS

ASSENTAMENTOS HUMANOS INCLUSIVOS,
SEGUROS, RESILIENTES E SUSTENTÁVEIS.
Práticas sugeridas:
Estabelecer diretrizes sustentáveis para o desenvolvimento dos empreendimentos,
entendendo sua inserção no meio urbano, estimulando impactos positivos e miti-
gando aqueles considerados adversos ou danosos à sociedade e ao planeta;
Promover o desenvolvimento de infraestrutura para melhoria das condições de
habitabilidade local;
Patrocinar e participar de trabalhos sociais com as comunidades e a vizinhança;
Induzir políticas urbanas para reduzir os impactos nas cidades (ex. recursos
financeiros, sistemas viários);
Aplicar controles ambientais e princípios de consumos conscientes nos proces-
sos produtivos, envolvendo gestão de resíduos, eficiência energética, logística
reversa, controle de emissões em equipamentos e máquinas, controles de des-
matamento e respeito à biodiversidade;
Atentar para os processos de propaganda e marketing, repudiar o trabalho
análogo ao escravo e utilizar materiais recicláveis, mídias digitais e estandes de
vendas eficientes e otimizados;
Prever a individualização das medições de consumo, promovendo maior cons-
ciência sobre o consumo de água e recursos energéticos;
Orientar usuários sobre o uso e operação mais sustentável;
Inserir as informações de sustentabilidade incorporadas no empreendimento no
Manual do Proprietário e em áreas comuns;
Adotar certificações de empreendimentos voltadas à sustentabilidade ambiental
e ao bem-estar.

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OBJETIVO 12: CONSUMO E PRODUÇÃO RESPONSÁVEIS

VISA ASSEGURAR PADRÕES DE PRODUÇÃO E

DE CONSUMO SUSTENTÁVEIS.
Práticas sugeridas:
Usar materiais recicláveis ou com conteúdo reciclado;
Adotar critérios socioambientais e de legalidade para compra de materiais e con-
tratação de serviços (homologação e qualificação de fornecedores);
Utilizar critérios e métodos existentes nos referenciais de certificações ambien-
tais e de qualidade para incorporação nos processos internos da empresa para a
redução do uso de recursos naturais;
Adotar sistemas construtivos e elementos industrializados para racionalização
do consumo de materiais, redução de desperdícios, melhoria da qualidade e das
condições de trabalho;
Desenvolver produtos e projetos com preocupação com o consumo de recursos
(água, energia, coleta seletiva);
Qualificar fornecedores que se enquadrem na produção responsável.

OBJETIVO 13: AÇÃO CONTRA A MUDANÇA GLOBAL DO CLIMA

DEDICA-SE A MEDIDAS URGENTES PARA

COMBATER A MUDANÇA DO CLIMA E SEUS
IMPACTOS.
Práticas sugeridas:
Escolher racionalmente materiais, fornecedores e soluções de projetos visando
menor impacto ambiental possível;
Controlar a sustentabilidade da cadeia de fornecimento;
Conscientizar sobre uso de recursos naturais;
Comprar preferencialmente de fornecedores locais, diminuindo a emissão de
poluição decorrente do transporte;
Promover reflorestamentos e recuperação de áreas;
Estabelecer acordos e contrapartidas direcionados a melhorias ambientais.

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OBJETIVO 14: VIDA NA ÁGUA

BUSCA CONSERVAR E PROMOVER O USO

SUSTENTÁVEL DOS OCEANOS, DOS MARES
E DOS RECURSOS MARINHOS PARA O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
Práticas sugeridas:
Intensificar a conscientização sobre os recursos hídricos e a vida na água;
Destinar corretamente resíduos sólidos e efluentes;
Contribuir para o tratamento de esgoto;
Melhorar o sistema de saneamento brasileiro em todas as suas vertentes e pro-
mover a ampliação da sua abrangência;
Incentivar a comunidade com programas de coletas seletivas de resíduos;
Adotar sistemas de reutilização de água nos empreendimentos;
Estabelecer parcerias para a melhoria de limpeza das áreas costeiras;
Criar programas de incentivo para a substituição de fossas sépticas por biodigestores.

OBJETIVO 15: VIDA TERRESTRE

ALMEJA PROTEGER, RECUPERAR E PROMOVER

O USO SUSTENTÁVEL DOS ECOSSISTEMAS
TERRESTRES, GERIR DE FORMA
SUSTENTÁVEL AS FLORESTAS, COMBATER A
DESERTIFICAÇÃO, REVERTER A DEGRADAÇÃO
DA TERRA E DETER A PERDA DE AMBIENTES
NATURAIS E DA BIODIVERSIDADE.
Práticas sugeridas:
Incentivar a descontaminação de terrenos para reabilitar áreas;
Preocupar-se com áreas sensíveis, próximas ao empreendimento;
Entender a influência do projeto no entorno e definir estratégias positivas de baixo impacto;
Construir áreas verdes e abertas, estimulando o aumento da biodiversidade de fauna e flora;
Criar mecanismos de compensação ambiental e reflorestamento;
Reconstruir a fauna local (microrregião);
Usar vegetação/paisagismo natural e espécies não exóticas.

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OBJETIVO 16: PAZ, JUSTIÇA E INSTITUIÇÕES EFICAZES

DEDICA-SE À PROMOÇÃO DE SOCIEDADES

PACÍFICAS E INCLUSIVAS PARA O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, EM
PROPORCIONAR O ACESSO À JUSTIÇA PARA
TODOS E EM CONSTRUIR INSTITUIÇÕES
EFICAZES, RESPONSÁVEIS E INCLUSIVAS EM
TODOS OS NÍVEIS.
Práticas sugeridas:
Buscar aderência às normas e regulamentações legais e trabalhistas, leis anti-
corrupção, de combate ao trabalho escravo/infantil, proteção de dados;
Adotar comunicação transparente com os diversos stakeholders, tais como
acionistas, agentes internos e externos;
Desenvolver práticas e trabalhos de conscientização contra violência em todos
seus aspectos, sejam físicos ou verbais;
Ter conduta ética em todos os níveis organizacionais;
Criar canais de denúncias, considerando ações mediante aos dados recebidos.

OBJETIVO 17: PARCERIAS E MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO

PROCURA FORTALECER OS MEIOS DE

IMPLEMENTAÇÃO E REVITALIZAR A PARCERIA
GLOBAL PARA O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL.
Práticas sugeridas:
Conscientizar-se das necessidades políticas e econômicas do país e das regiões;
Unir o setor no desenvolvimento de novas tecnologias mais sustentáveis;
Estimular o trabalho das entidades do setor junto ao poder público para desen-
volvimento de políticas socioambientais positivas;
Contratar empresas e mão de obra locais;
Desenvolver projetos socioambientais entre empresas e conectados aos negócios
desenvolvidos pelo setor da construção.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A maior parte das práticas citadas neste E-book podem ser implementadas nas
empresas do setor da construção de qualquer porte. As ações sugeridas não têm a
intenção de esgotar as possibilidades de ações, mas visam incentivar cada organi-
zação a alinhar o seu propósito com o desenvolvimento sustentável.
A incorporação dos temas socioambientais nas organizações da cadeia da constru-
ção é fundamental para o presente e para o futuro. É necessária uma visão empre-
sarial sobre o grande valor desse tema, inserindo os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável na estratégia de negócios. É essencial, também, que as empresas
engajadas com esse assunto atuem na disseminação dos ODS.
O perfil do mercado e dos consumidores está mudando. Portanto, ações que posi-
cionem as empresas alinhadas aos 17 ODS, tendem a ter retorno positivo. A prática
de ações sustentáveis traz valor agregado para a empresa e contribui para criar,
definitivamente, um diferencial no mercado.
Devemos entender a força que a cadeia produtiva da construção possui na econo-
mia brasileira. Se houver mobilização para executar ações conjuntas alinhadas aos
17 ODS, podemos trazer muitos impactos positivos para a sociedade, para o meio
ambiente e para o setor da construção.

Registramos aqui o agradecimento às 31 empresas que contribuíram para essa

reflexão: Arqos, Augusto Velloso, Baptista Leal/Casa Habita, Brookfield Properties,
Condominium/Diagonal Urbana, Cyrela, Ecovita, Engeform, EZTEC, ForCasa,
Gafisa, Gamaro, HM, Itahye, Moura Dubeux, Omar Maksoud, Parque Global,
Passarelli, Patrimar, Porto Ferraz, PPR VISANI, REV3, Rôgga, Rocontec, OR, Sinco,
Solidi, Trisul, Tecnisa, Wert, Zarin.

Junho de 2021

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SOBRE O CTE
O Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) é uma empresa de consultoria e
gerenciamento especializada em qualidade, tecnologia, gestão, sustentabilidade e
inovação para o setor da construção.
Desde 1990 desenvolve metodologias e tecnologias para a melhoria da gestão das
empresas, dos empreendimentos e das obras, estimulando e promovendo a produ-
tividade, a competitividade, a cultura diferenciada e o crescimento sustentável da
cadeia produtiva da construção.
O CTE foi pioneiro no desenvolvimento de soluções de impacto ambiental positivo,
melhoria da qualidade de vida de usuários, certificações internacionais para práti-
cas sustentáveis, entre outras inovações.
Além disso, desenvolvemos um portfólio de soluções específicas para auxiliar
as empresas do setor em suas jornadas ESG. Entre em contato para conver-
sarmos mais!