O documento discute os tipos de juros cobrados em contratos financeiros, como juros remuneratórios e juros de mora. Também aborda a legalidade da cobrança de juros acima de 12% ao ano e a comissão de permanência durante períodos de inadimplemento. Finalmente, resume entendimentos do STF, STJ e do Código de Defesa do Consumidor sobre esses temas.
O documento discute os tipos de juros cobrados em contratos financeiros, como juros remuneratórios e juros de mora. Também aborda a legalidade da cobrança de juros acima de 12% ao ano e a comissão de permanência durante períodos de inadimplemento. Finalmente, resume entendimentos do STF, STJ e do Código de Defesa do Consumidor sobre esses temas.
O documento discute os tipos de juros cobrados em contratos financeiros, como juros remuneratórios e juros de mora. Também aborda a legalidade da cobrança de juros acima de 12% ao ano e a comissão de permanência durante períodos de inadimplemento. Finalmente, resume entendimentos do STF, STJ e do Código de Defesa do Consumidor sobre esses temas.
Os juros remuneratórios de um contrato referem-se ao valor que o cliente paga à instituição
Res. 4549/17 financeira com o objetivo de remunerar o dinheiro emprestado durante o período da Resolução nº 1.129/84 contratação. Diferem-se, portanto, dos juros de mora, que são cobrados pela inadimplência do Lei 9.298, de 02 de agosto de 1996 pagamento daquela prestação. A cobrança dos juros remuneratórios, em si, não é ilegal e, em Cód. Defesa do Consumidor, em seu regra, o Judiciário tem entendido que, mesmo acima de 12% (doze por cento) ao ano, não é artigo 52, § 1º excessiva. Todavia, considera-se desarrazoada a taxa de juros sempre que ela estiver acima da
média praticada no mercado para a mesma espécie de contrato. As instituições financeiras são Dec. 22626 de 1933 - Dispõe sobre os juros nos contratos regidas pela Lei 4.595/64, não lhes sendo aplicável, portanto, a limitação de juros de 12% (doze por cento) ao ano, prevista na Lei de Usura, conforme orientação do Supremo Tribunal Federal constante do verbete sumular de número 596. Acórdão 1190275, 07198222620188070003, Relator Designado: MARIO-ZAM BELMIRO, 8ª Turma Cível, data de julgamento: 01/08/2019, Publicado no PJe: 09/08/2019. A Lei 4.595/64, que regula a atividade bancária, em seu art. 17 Súmula 596 do STF: "As disposições do Decreto 22.626/1933 não se aplicam às taxas de juros prevê que: e aos outros encargos cobrados nas operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que integram o Sistema Financeiro Nacional." Art. 17. Consideram-se instituições Súmula 382 do STJ: “A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si financeiras, para os efeitos da só, não indica abusividade.” legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que Recurso repetitivo tenham como atividade principal ou acessória a coleta, a Tema 27: "É admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, intermediação ou aplicação de desde que caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o recursos financeiros próprios ou de consumidor em desvantagem exagerada (art. 51, §1 º, do CDC) fique cabalmente terceiros, em moeda nacional ou demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto." REsp 1.061.530/RS estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.
capitalização a incorporação de juros ao valor principal da dívida, sobre o qual
incidem novos encargos
juros devidos e já vencidos
Os juros não pagos são incorporados ao capital e sobre eles passam a incidir novos juros. 4. Conforme orientação do Colendo STJ, é lícita a cobrança da comissão de permanência comissão de permanência durante o período de inadimplemento contratual, à taxa média dos juros de mercado, limitada ao percentual fixado no contrato (Súmula 294/STJ), desde que não cumulada com a correção Súmula 472 do Superior Tribunal monetária (Súmula 30/STJ), com os juros remuneratórios (Súmula 296/STJ) e moratórios, nem de Justiça “a cobrança de com a multa contratual. (AgRg no REsp 114241/SP - Rel. Min. Luis Felipe Salomão - 4ª Turma - comissão de permanência - cujo Dje 18/10/2011).“ valor não pode ultrapassar a Acórdão 1217842, 07167562620188070007, Relator: ROMEU GONZAGA NEIVA, 7ª Turma Cível, soma dos encargos data de julgamento: 20/11/2019, publicado no DJE: 02/12/2019. remuneratórios e moratórios previstos no contrato - exclui a de acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência, a cobrança de comissão de exigibilidade dos juros permanência, também denominada juros remuneratórios para operações em atraso é remuneratórios, moratórios e da permitida, desde que não cumulada com os demais encargos da mora, como correção multa contratual” monetária (Súmula 30 do STJ), juros remuneratórios (Súmula 296 do STJ), juros de mora e multa (AgRg no REsp 816.490/RS, AgRg no Ag 1116656/PR, entre outros), observada a taxa Súmula 30 do STJ – "A comissão de média dos juros de mercado, apurada pelo Banco Central, limitada à taxa de juros contratada permanência e a correção para o período da normalidade (Súmula 294 do STJ).” monetária são inacumuláveis." Acórdão 1209901, 07373378020188070001, Relator: JOSÉ DIVINO, 6ª Turma Cível, data de Súmula 294 do STJ - "Não é julgamento: 16/10/2019, publicado no DJE: 06/11/2019. potestativa a cláusula contratual que prevê a comissão de a comissão de permanência serve para remunerar o capital emprestado, atualizar permanência, calculada pela taxa monetariamente o saldo devedor e punir o devedor caso haja descumprimento contratual. média de mercado apurada pelo • Processo: 0014220-26.2016.8.16.0194 - TJ-PR 2018 Banco Central do Brasil, limitada à taxa do contrato."
Súmula 296 do STJ – "Os juros remuneratórios, não cumuláveis com a comissão de permanência, são devidos no período de inadimplência, à taxa média de mercado estipulada pelo Banco Central do Brasil, limitada ao percentual contratado."