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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL - FORO XXXXX

XXXX, XXXX, nesta cidade, por sua procuradora que esta


subscreve (doc. j. 01), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor
a presente

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO


c/c DANOS MORAIS

Nos termos do artigo 38, § 2º, da Lei nº 8.245/91,

Em face de FUNDO DE INVESTIMENTO XXXXX, pessoa


jurídica inscrita no CNPJ nº XXXXXX, o que faz pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos:

DOS FATOS

A autora celebrou com a instituição financeira, ora ré, contrato


de abertura de cartão de crédito, cujo foi disponibilizado limite para compras no valor
de R$ 2.160,00 (dois mil cento e sessente reais).
Ressalta-se, por oportuno, que a Autora nunca recebeu cópia
do contrato firmado com a Requerida, não obstante os insistentes apelos neste
sentido. Requer, desde já, a intimação da ré a apresentar cópia autenticada ou
original dos contratos, sob pena de aplicação do art. 359, I e II do CPC.
Com o passar do tempo houve um descontrole financeiro por
parte da autora e esta resolveu pagar apenas parte do débito da fatura, deixando a

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outra parte para ser paga no próximo mês, momento futuro que estaria mais
estabilizada economicamente.
Ocorre que devido aos juros abusivos existentes sobre a
cobrança dos encargos financeiros e moratórios a dívida da autora se tornou
impossível de ser quitado, o que lhe causou grande angústia observar que seus
débitos só cresciam mesmo ela pagando elevados valores se comparado a sua
renda, situação em que a autora se viu obrigada a aderir a um parcela proposto pela
ré.
Assim o fez da seguinte mandeira: em 25/10/2017 seu débito,
diante dos abusivos juros, já estava em R$ 2450,83. Não vendo condições de
efetuar o pagamento, aderiu ao parcelamento do débito em seis parcelas de R$
591,82, ou seja, aceitou pagamento o que totalizaria R$ 3550,92, onde seria então
aplicado um juros desarrozado de 69,019% ao mês. Porém, em um nítido momento
de desespero, anuiu.
Assim, em nítido ato de boa-fé, efetuou o pagamento da
parcela na data acordada, 25/10/17 (doc. j.).
Porém, para sua surpresa, conforme se faz demonstrar por seu
extrato bancário (doc. j.) o pagamento efetuado eletronicamente foi estornado. Em
contato com a ré (e-mails anexos – doc. j.) foi informada acerca de um erro interno,
sendo um novo boleto enviado para pagamento desta primeira parcela com
vencimento então para 17/11/2017, pagamento então cumprido pela autora. Reitera
a autora seu compromisso no cumprimento do acordo, sendo o estorno causado por
erro da ré.
Nova fatura chegou com vencimento em 25/11/2017, no valor
de R$ 3488,24. Porém, imaginando que o parcelamento estivesse devidamente
formalizado e a ré tivesse cometido um erro não o discriminando na fatura, a autora
em 25/11/2017, efetuou o pagamento de R$ 780,00 (explica-se: pagou um valor
maior que o da respectiva parcela pois antes da formalização do acordo, entre a
data de fechamento da fatura e do vencimento, efetuou algumas compras).
No entanto Excelência novamente a autora foi surpreendida
com a abusividade da ré. Recebeu uma fatura que desconsiderou todo o acordo
formalizado anteriormente. Na fatura com vencimento em 25/12/2017 a ré
simplesmente ignorou o acordado, efetuou o desconto do valor pago de R$ 780,00

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e, sem a anuência da autora, efetuou o parcelamento da fatura em doze parcelas
de doze parcelas de R$ 511,01, o que totaliza o montante de R$ 6132,12.
Ou seja, uma dívida de R$ 1859,01 (R$ 2450,83 - R$ 591,82 =
R$ 1859,01), passou a ser R$ 6132,12, aplicando juros compostos de 81,62%.
Com o único intuito de não ter seu nome inscrito em órgãos de
proteção ao crédito, a autora vem efetuando mensalmente o valor do abusivo
pagamento aplicado pela ré.
Não restou outra alternativa à autora senão buscar o Poder
Judiciário, para declarar a cobrança abusiva, ilegal e não contratada, onde pretender
a revisão dos termos do que fora pactuado (e seus reflexos) que importam na
remuneração e nos encargos moratórios pela inadimplência.

DO FUNDAMENTO JURÍDICO

De pronto vê-se aqui que se deve aplicar o Código de Defesa


do Consumidor. Há de se reconhecer a hipossuficiência da autora que subordinou-
se à regras impostas pela ré, sem sequer ter tido oportunidade para discussão de
cláusulas contratuais e juros aplicados.
Diante disto, deve ser aplicada a inversão do ônus da prova. O
artigo 333 do Código de Processo Civil e seus parágrafos estabeleçam que incumbe
ao autor o ônus da prova quanto ao fato constitutivo de seu direito e ao réu quanto à
alegação de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do requerente.
Porém, sabidamente, o CDC, em seu artigo 6º, inciso VIII, prevê esta inversão na
distribuição do ônus da prova em favor do consumidor, pois é evidente que em
determinados casos o consumidor não terá acesso a outros dados que a ré detém,
face ao monopólio de informações que lhes pertence.
Com os fatos aqui narrados verifica-se que nem sequer houve
um acerto no tocante a nova forma de pagamento imposta pela ré, especialmente no
que se refere aos juros aplicados.
É nítida a vantagem exagerada e abusiva da ré, o que
comporta, de pronto, a intervenção do Judiciário na economia privada do contratado.
Diante da legislação consumirista e civilista, uma dívida original de R$ 1.859,01
passou a ser cobrada ao consumidor através de um parcelamento que totaliza R$

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6.132,12, valor excessivamente exorbitante, que segundo a calculadora constante
do sitio http://www.calculadoraonline.com.br/financeira, implica em uma taxa de juros
compostos mensal de 81,62%, o que destoa em muito dos índices adotados em
média para Contratos de Cartão de Crédito, que em Dezembro de 2017 é de 7,33%
a.m., segundo o sítio
https://www.anefac.com.br/uploads/arquivos/201818144218855.pdf cuja tabela foi
obtida a partir de dados do BACEN.
A abusividade das taxas de juros deve ter como parâmetro a
desvantagem exagerada do consumidor em relação a Instituição Financeira (Art.
51, IV do Código de Defesa do Consumidor).
É evidente a abusividade quando, como no caso em tela, o
cartão de crédito cobra 81,62% de juros compostos ao mês e a administradora do
cartão (normalmente um banco) capta no mercado o valor que é utilizado para este
“empréstimo” a um custo muito inferior a 100% ao ano, havendo uma desvantagem
exagerada do consumidor que está pagando quase dez vezes o custo do dinheiro
para o banco.
O Superior Tribunal de Justiça já se posicionou que, havendo
cobrança abusiva os juros devem ser limitados a taxa média de mercado divulgada
pelo Banco Central para a mesma modalidade de contrato à mesma época (REsp
1.061.530/RS). Se a taxa cobrada pela instituição financeira ultrapassa a taxa média
de mercado, em tese, ela pode ser considerada abusiva e pode ser limitada.
A taxa aplicada pela ré deveria ser limitada à média do
mercado, para o período e modalidade contratual, apurada pelo BACEN. Na
hipótese, o acerto contratual não continha qualquer referência à taxa de juros
remuneratórios (STJ, Súmula 530).
Neste sentido é a jurisprudência:
DIREITO BANCÁRIO E COMERCIAL. AÇÃO DE COBRANÇA.
RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE CARTÃO DE
CRÉDITO. ADMINISTRADORA. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.
TAXA DE JUROS REMUNERATÓRIOS CONTRATADA.
ABUSIVIDADE. LIMITAÇÃO À TAXA MÉDIA DE MERCADO
PARA OPERAÇÕES DA ESPÉCIE. 1. Recurso especial,
concluso ao Gabinete em 09/06/2011, no qual se discute a

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utilização da taxa média de mercado do "cheque especial"
divulgada pelo Banco Central do Brasil para limitação da taxa
de juros remuneratórios contratada em operação de cartão de
crédito. Ação de cobrança ajuizada em 2008. 2. Reconhecida a
abusividade da cláusula contratual de taxa de juros
remuneratórios, limitam-se os juros praticados à taxa média do
mercado em operações da espécie. 3. A ausência de
divulgação pelo Banco Central do Brasil de taxas médias para
a operação de cartão de crédito não é suficiente para
fundamentar a transposição das taxas médias apuradas para
as operação de "cheque especial", ante a manifesta
diversidade de natureza jurídica das operações. 4. Recurso
especial provido.

(STJ - REsp: 1256397 RS 2011/0120643-5, Relator: Ministra


NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 17/09/2013, T3 -
TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/09/2013)

APELAÇÃO. Ação revisional de contrato de cartão de crédito.


Capitalização de juros em periodicidade inferior a um ano.
Pretensão que não fez parte do pedido inicial e sequer foi
analisada pelo juízo a quo. Impossibilidade de conhecimento
do recurso nesta parte. Juros remuneratórios. Inaplicabilidade
das limitações da Lei de Usura às instituições financeiras. Os
juros remuneratórios são exigíveis até o vencimento da dívida,
pelas taxas pactuadas no contrato. No caso de não haver
previsão contratual ou não sendo o consumidor informado,
aplicação da taxa média de mercado divulgada pelo Bacen
conforme orientação do STJ. Inexistindo uma tabela de juros
divulgada pelo Bacen para os contratos de cartão de crédito,
utiliza-se, como referência, a média para os contratos de
cheque especial. Comissão de permanência. Impossibilidade
de cumulação da cobrança de comissão de permanência com

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outros encargos precedentes do C. STJ. Tarifas. Admitida a
cobrança desde que haja expressa estipulação contratual e
não seja demonstrada de forma objetiva e cabal a vantagem
exagerada que redundaria em desequilíbrio da relação jurídica,
e por conseqüência, na ilegalidade da sua cobrança. "TAP
Tarifa Administrativa para Pagamento". Pode ser cobrada, uma
vez que corresponde a serviço prestado pela própria instituição
financeira e que foi objeto de previsão contratual. "TA
TARIFA/ADM/REPASSE BANCO", "TARIFA PAGTO CONTA"
e "TARIFA SOBRE LIMITE EXCEDIDO". Afastada a cobrança
pela falta de previsão contratual. Recurso parcialmente
conhecido e na parte conhecida parcialmente provido.
(TJ-SP - APL: 90000110520088260224 SP 9000011-
05.2008.8.26.0224, Relator: Flávio Cunha da Silva, Data de
Julgamento: 08/05/2013, 38ª Câmara de Direito Privado, Data
de Publicação: 13/05/2013) (grifo nosso)

COBRANÇA Contrato de cartão de crédito não carreado aos


autos Ausência de comprovação da taxa de juros
remuneratórios contratada, diante da não juntada, pela
instituição financeira, do contrato entabulado entre as partes
Prevalência da taxa média de mercado nas operações da
espécie, divulgada pelo Bacen, salvo se a taxa cobrada for
mais vantajosa para o correntista Precedente do C. STJ em
incidente de recurso repetitivo art. 543-C, parágrafo 7º, do
CPC Inexistindo tabela de juros divulgada pelo Bacen para
contratos de cartão de crédito, utiliza-se, como referência, a
média para os contratos de cheque especial Impossibilidade de
capitalização dos juros em período inferior a um ano, diante
ausência de demonstração, quer implícita, quer explicita, de
sua contratação Precedentes, inclusive, desta Egrégia 14ª
Câmara de Direito Privado Comissão de permanência não
contratada Ausência de comprovação de sua cobrança, em

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momento algum dos autos Sucumbência recíproca Recurso
provido, em parte.
(TJ-SP - APL: 00906455120128260002 SP 0090645-
51.2012.8.26.0002, Relator: Lígia Araújo Bisogni, Data de
Julgamento: 11/04/2014, 14ª Câmara de Direito Privado, Data
de Publicação: 11/04/2014) (grifo nosso)

A cobrança de juros exorbitantes é proibida pelo Decreto n.º


22.626/33 e rechaçada pela Súmula n.º 121 do Colendo STF, ainda em vigor, eis
que “a Súmula n.º 596 não afasta a aplicação da Súmula n.º 121” (RE n.º 100.336,
rel. Min. Dr. NERI DA SILVEIRA, DJU 24/05/85; RTJ 72/916, 75/963, 92/1341,
105/785; RREE n.º 82.439, de 23/09/75 (DJ 10/ 10/75); n.º 81.692, de 14/11/75 (DJ
26/12/75); n.º 82.216, em 14/11/75 (DJ 26/12/75).
A forma que a ré encontrou para enriquecer sem causa não
pode ser tolerado pelo direito, e é neste sentido é que a autora busca a tutela
jurisdicional do Estado.
Ainda, não podemos deixar de demonstrar que
administradoras de cartão de crédito não podem cobrar juros acima do limite
constitucional.
A cobrança de juros acima do limite constitucional só é
permitida às Instituições financeiras, excluídas da regra do art. 193 § 3º da
Constituição Federal.
As administradoras de cartão de crédito, entretanto, nos termos
do art. 17 da Lei 4595/64, não são Instituições Financeiras. Ficando sujeitas à Lei
22.626/33, a denominada Lei da usura, que por sua vez proíbe a cobrança de juros
acima do permissivo legal.
A função social de uma Administradora de Cartões de Crédito
não é, certamente, a de extorquir os seus clientes, impondo-lhes taxas de juros
altíssimas, fazendo aumentar a inadimplência com todas suas conseqüências. O
montante dos juros, taxas, multas e demais encargos cobrados pela Administradora,
mormente em época de sabida deflação, são absolutamente estranhos a realidade
vivida pelo país. As Administradoras captam recursos no mercado a taxas de juros
que raramente ultrapassam a casa de 1% a.m. O abuso das instituições financeiras

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é patente. Tal prática tem dificultado o progresso e o desenvolvimento da economia
pátria.
Impor limites à especulação e ao ganho desmesurado das
Instituições Financeiras é de premente necessidade sob pena de, não o fazendo,
comprometer o crescimento dos meios de produção e da economia do país. Já é
hora de aplicar o art. 5º da Constituição Federal, restabelecendo, nas piores das
hipóteses, o equilíbrio dos direitos e deveres na relação contratual.
O direito positivo consagrou no texto da Constituição Federal,
como objetivo fundamental da República, o “construir uma sociedade livre, fusta e
solidária” (art. 3º, inc. I, da Carta Magna), preceitua ainda, quando do
estabelecimento dos princípios gerais da atividade econômica, que esta “... terá por
fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social.” (art.
170, caput, da Constituição Federal).
Portanto, conclui-se pela ilegalidade das cláusulas contratuais
leoninas e abusivas, cujo adimplemento ensejaria à ré execrável enriquecimento
sem causa. Impõe-se, pois, a revisão da relação contratual com o consequente
ajuste do pactuado aos moldes legais, declarando-se a nulidade e a consequente
inexigibilidade do excesso cobrado pela ré.
Impõe-se, ainda, a devolução em dobro - nos termos do art.
964, do CC - de tudo quanto tenha a Requerida cobrado do autor indevidamente
conforme também lhe autoriza o CDC (§ único, do art. 42, da Lei n.º 8.078/90).

DO DANO MORAL

Como demonstrado, a autora trata-se de pessoa de boa-fé,


com conduta ilibada, que busca sempre primar pelo seu bom nome. Através de e-
mails, ligações telefônicas insistentes, tendo de todas as formas organizar sua vida
financeira junto à Ré.
Essa, em nítido descaso, simplesmente não honrou com o
acordado com a autora, e, se não bastasse, lhe impôs o pagamento de juros
exorbitantes.

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Este fato causou a autora afetou a honra da autora, uma vez
que para que possa cumprir com o pagamento das parcelas mensais bem como
superar o prejuízo causado pelo pagamento de valores que não foram compensados
em sua dívida, não está conseguindo cumprir com seus deveres de subsistência,
privado o seu direito de patrimônio. O que, por óbvio, vem afetando seus direitos de
personalidade.
Desta feita, requer que a ré seja condenada ao pagamento de
indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais).

DA JUSTIÇA GRATUITA

Diante do exposto, e como medida de Justiça, REQUER a


Vossa Excelência seja concedido o benefício da gratuidade das custas processuais
devido a ausência de recursos da autora.

Para tanto, requer a autora a juntada da declaração


comprobatória de pobreza.

DOS PEDIDOS
a) seja citada a ré requerida para, querendo, contestar a
presente, devendo comparecer nas audiências de conciliação e
instrução/julgamento, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato, e no
final a condenação da ré no pagamento dos valores pleiteados, acrescidos de
correção monetária, juros de mora;
b) requer seja nomeado perito a fim de que seja feito cálculo
contábil do contrato em questão, revelando a atribuição de juros abusivos a que se
foi dado;
c) seja julgada inteiramente PROCEDENTE a ação, para
determinar o recálculo das prestações do contrato em questão, mediante a exclusão
dos juros exorbitantes de juros, determinando a devolução dos valores pagos a
maior devidamente corrigidos e em dobro a Autora, por compensação com o débito
vincendo, fixando a forma de cálculo e o montante devido, bem como o novo valor

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da prestação mensal, descontando-se os valores já pagos, devendo, nesse caso,
ser aplicada a taxa de juros autorizada pelo BACEN, ou seja, de 7,33% a.m.;
d) nos termos do art. 6, inciso VIII da Lei n.º 8.078/90, seja
decretado a inversão do ônus da prova, sem prejuízo da autora provar o alegado por
todos os meios de prova em direito admitidos em especial pela juntada de
documentos e todas as demais que se fizerem necessárias;
e) requer os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por não
possuir meios de arcar com as despesas de um processo judicial (doc. j.);
f) condenar a Ré na quitação do suposto débito da Autora e
após apurado pela perícia, proceder à repetição de indébito de forma dobra nos
termos do CDC, no parágrafo único, do art. 42;
g) condenar a ré no pagamento da indenização de danos
morais, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) acrescido de juros e correção
monetária, devido aos constrangimentos passados causados pelas cobranças
indevidas de juros.

Para tanto, requer ainda:

a) a intimação da ré a apresentar cópia autenticada ou


original do contrato e todos os extratos mensais da utilização do cartão; sob pena de
aplicação do art. 359, I e II do CPC;
b) condenar a ré ao pagamento de custas, despesas
processuais e honorários advocatícios no importe de 20% sob o valor da
condenação.
c) a produção de todos os meios de provas em direito
admitidas, em especial a pericial, o qual requer-se de plano à inversão do ônus de
prova, com os custos sendo arcados exclusivamente pela requerida, juntada de
novos documentos, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal do representante
legal da Requerida.

Oportunamente, requer que todas as publicações, intimações e


notificações sejam procedidas exclusivamente em nome da advogada XXXX, inscrito
na OAB/SP sob o número XXXXX, sob pena de nulidade.

Pá gina 10
Atribui à causa o valor de R$ 12.427,05 (doze mil quatrocentos
e quarenta e sete reais e cinco centavos).

Termos em que, pede deferimento.

São Paulo, XXXX

_________________________________
XXX
OAB/SP nº XXXX

Pá gina 11

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