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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXXXXX – XX.

QUALIFICAÇÃO PADRÃO onde recebe intimações,


procuração em anexo, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência,
ajuizar a presente

AÇÃO REVISIONAL

“COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA”

Em face de Banco Bradesco Financiamentos S.A, pessoa jurídica de


direito privado, inscrita no CNPJ sob o número 07.207.996/0001-50, com sede
no núcleo administrativo denominado “Cidade de Deus”, Prédio Prata, 4º andar,
Vila Yara, Cidade de Osasco, Estado de São Paulo – CEP-06029-900, em
decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.

I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Inicialmente, requer a V. Exª, seja deferido o benefício de


Gratuidade de Justiça, com fulcro na Lei nº 1.060/50, com as alterações

1
introduzidas pela Lei nº 7.510/86, por não ter a Autora condições de arcar com
as custa processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento.

Requer ainda o deferimento da gratuidade de Justiça, pois a autora


tem empréstimos na qual está pedindo revisional, tem despesa com remédio
devido condição frágil de saúde (limitações físicas e mentais) e despesas
pessoais, pois não possui condições, de arcar com as custas do processo em
prejuízo de seu próprio sustento e o de sua família na forma dos Art. 98 a 102
do CPC.

Com base nos argumentos acima mencionados, torna-se evidente


que faz jus a autora à concessão do benefício da Assistência Judiciária
Gratuita.

Caso assim não entenda pela assistência judiciária gratuita, requer


seja deferido custas mínimas ou custas rateadas do início ao final.

Conforme as despesas em anexo, o salário liquido da autora é


insuficiente para pagar as custas dos processos.

II. DA COMPETÊNCIA DESSE JUÍZO

O caso dos autos revela nítida relação de consumo existente entre


as partes, já que a parte Autora está inserida no rol de consumidores dos
serviços ofertados pelo Requerido, havendo, portanto, a necessidade de
análise sob a óptica das regras do Código de Defesa do Consumidor.

Nesse diapasão, com fulcro no artigo 101, inciso I do Código de


Defesa do Consumidor, que a demanda é distribuída no foro do domicílio do
consumidor, tudo para facilitar a sua defesa e o acesso ao Judiciário.

III. DO DESINTERESSE DA AUDIÊNCIA CONCILIATÓRIA


(art. 331, § 4º, I CPC):

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A parte Autora manifesta desinteresse na Audiência conciliatória,
requerendo desde já sua retirada da pauta.

Menciona também que no prazo do artigo 335, I do CPC irá


apresentar sua réplica, caso haja a contestação da parte Ré.

Ademais, observa-se que presente demanda insere-se entre aquelas


em que, por sua natureza ou parte(s), é público, notório e incontestável, que a
tentativa de solução amigável do litígio costuma ser infrutífera.

Sendo assim, pode-se afirmar que a designação audiências de


conciliação e/ou instrução e julgamento não se mostram compatíveis com os
princípios da informalidade, celeridade, economia processual e simplicidade,
todos, previstos no art. 2º da Lei nº. 9.099/95, e nem com o princípio
constitucional da eficiência. Bom lembrar, ainda, que por força do advento do
NCPC, tal procedimento encontra-se, do mesmo modo, em conflito com os
princípios da adequação e cooperação.

IV. DOS FATOS

A Requerente é aposentada do INSS e contratou junto ao


Requerido um financiamento de Empréstimo na modalidade consignação em
folha de pagamento, em 22 de janeiro de 2015.

O valor do crédito consignável foi de R$ 682,99 (seiscentos e


oitenta e dois reais e noventa e nove centavos), em uma oferta de 72 meses e
com parcelas fixas de R$ 19,11 (dezenove reais e onze centavos),
conforme demonstrado:

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Ocorre que, recentemente, a Aposentada vem passando por
problemas de saúde que a limitam tanto fisicamente, quanto mentalmente. Por
consequência, seus gastos com a saúde têm triplicado devido a necessidade
de cuidados específicos e remédios com altos custos.

Por essa razão, buscou respaldo junto ao banco Réu para


análise das suas dívidas e possíveis soluções, porém sem obter resposta.

À vista disso, almejando obter mais informações do


empréstimo contratado, a parte Autora o submeteu a um parecer técnico,
juntado nos autos, oportunidade em que se faz prova a planilha/cálculo
demonstrativa (documento anexo), apontando diversas irregularidades.

Destaca-se que a ANÁLISE PERICIAL, realizou o comparativo


entre as taxas fixadas no contrato e as taxas praticadas pela instituição
financeira na operação, sob o prisma de verificar as reais condições acordadas
entre as partes.

Com o resultado de tal apuração financeira, feita consulta na


calculadora do cidadão no Site do Banco Central, ficou evidenciada, que o
negócio jurídico não foi pautado sob o princípio da boa-fé, vez que, as
partes acordaram no instrumento contratual, um financiamento de R$ 682,99
(seiscentos e oitenta e dois reais e noventa e nove centavos), em uma oferta
de 72 meses, com parcelas fixas de R$ 19,11 (dezenove reais e onze
centavos),com a aplicação de uma taxa de juros mensais de 2,14% ao mês,
sendo, que na verdade, a taxa que vem sendo efetivamente aplicada é de
2,22% ao mês, conforme se comprova:

TELA DO CALCULO PERICIAL BANCARIO ELABORADO PELO ADVOGADO

A instituição financeira desrespeitou a taxa de juros acordada


na operação financeira, elevando dessa forma os juros que efetivamente vem
sendo cobrado no contrato, e a taxa de mercado do Banco Central – BACEN.

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Em consulta ao site do Banco Central – BACEN, baseado nos
20 melhores bancos, no dia em que foi celebrado o contrato em 22/01/2015 na
modalidade Crédito consignado INSS, a taxa média do mercado neste dia
para as Instituições Financeiras aplicar aos consumidores era de 1,98% ao
mês, conforme demonstrado:

TELA DO CALCULO PERICIAL BANCARIO ELABORADO PELO ADVOGADO

Insta salientar, que o parecer aduz de maneira clara que se a


taxa de juros acordada no instrumento contratual respeitasse a taxa média
divulgada pelo banco central de 1,98% a.m., fosse aplicada corretamente a
prestação seria no valor de R$ 17,88 (dezessete reais e oitenta e oito
centavos) não o valor de R$ 19,11 à 2,22% ao mês como foi fixado.

Diante disso, ora Excelência, a parte autora não quer de modo


algum levar vantagem contra o Requerido, porém não pode ser lesada
somente pela magnitude de atuação da instituição financeira, a intenção da
parte autora não é se eximir de suas obrigações, mas, e está cabalmente
DEMONSTRADO e COMPROVADO com o CÁLCULO PERICIAL, que a parte
Autora está em desvantagem devido atitude desleal do Banco Réu.

Observe que a utilização da taxa de juros 2,22% ao mês é superior


àquela que a instituição financeira declarou cobrar à época da contratação –
BACEN 2,14% - e superior também à taxa média de mercado (1,98%).
Resultando, dessa forma, em cobranças superfaturadas.

A taxa média de mercado, por si só já é muito lucrativa e vantajosa


para os Bancos e Instituições Financeiras, tendo em vista que o Brasil possui
umas das taxas de juros mais altas do mundo. Tal abusividade é prática
rotineira pelos Bancos, pois se aproveitam da vulnerabilidade técnica,
emocional, intelectual e da boa fé dos consumidores.

Por esta razão, serve a presente demanda para requerer que seja
declarada a abusividade do banco réu, ao estipular juros remuneratórios
superiores à média do mercado e não honrar com o que foi pactuado no
contrato, reajustando-os ao patamar melhor aplicado ao consumidor.

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Devendo o contrato ser recalculado pela taxa média do mercado
posto que mais vantajoso ao mutuário. Dessa forma, uma vez que a Autora já
realizou o pagamento das 72 parcelas, é correto o reenquadramento da taxa de
juros e o indébito em dobro, por parte do Banco Réu, dos valores cobrados
indevidamente.
Resta nítido que o intuito da Autora não é de nenhuma forma usar
meios ardilosos para se eximir de sua obrigação, mas ao contrário, é correto e
justo que a consumidora pague seu contrato de empréstimo da forma correta,
conforme lhe foi repassado no momento da contratação. De forma similar, a
utilização da taxa de juros compatível com o estabelecido BACEN garante
equilíbrio e justiça ao negócio jurídico pactuado.

Portanto, Vossa Excelência, mediante a conduta desonesta


apresentada pelo banco Réu, a parte Autora requer que seja aplicada a
esta operação a Taxa Média de juros utilizada no mercado à época da
contratação – 1,98% a.m - e consequentemente reconheça e a enquadre
no contrato, ressarcindo em dobro o valor cobrado indevidamente à
consumidora além dos danos morais cabíveis ao caso.

V. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

 PRELIMINARMENTE:

No presente caso, faz-se necessário apurar a ilicitude da


cobrança da taxa de juros mencionada na inicial, tendo em vista que não é o
que fora pactuado no contrato, e supera a taxa média do mercado financeiro,
conforme comprovado por PARECER JURÍDICO/CÁLCULO PERICIAL.
Por isso requer a revisão do contrato, com amparo no CDC,
consoante princípios da função social, boa-fé objetiva, equidade,
hipossuficiência do consumidor e transparência, pedindo, também,
ressarcimento, havidos em razão do que foi pago indevidamente.

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 DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Afastando quaisquer dúvidas sobre a aplicação do código


protetivo do consumidor aos contratos de empréstimos, consolidou o Superior
Tribunal de Justiça tal entendimento:

Súmula 297. O Código de Defesa do Consumidor é


aplicável às instituições financeiras.

Os consumidores, forçados pela necessidade de aquisição de


um produto ou serviço, aceitam integrar uma relação contratual com o
fornecedor que finda por subjugá-lo, seja em face do poder econômico ou das
informações técnicas que dispõe.
Com o objetivo de resguardar a justiça social, a dignidade da
pessoa e a equidade nas relações econômicas, especialmente, nas relações
de consumo, o Estado se firma na prática do dirigismo contratual a fim de
equilibrar os polos da relação contratual.

Tem-se no artigo 6º do CDC a expressa disposição de que


quando forem constatadas cláusulas abusivas, estas poderão ser revisadas, a
fim de que o consumidor não saia prejudicado da relação jurídica contratual já
imposta pela instituição bancária, como também a proteção contra cláusulas
contratuais abusivas e a facilitação da defesa de seus direitos, com a inversão
do ônus da prova a seu favor. Senão vejamos:

Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

(…)
IV – a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva,
métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra

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práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento
de produtos ou serviços;
V – a modificação de cláusulas contratuais que
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão
em razão de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas;
(…)
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;” (Destaque não original)

É imperiosa, destarte, a aplicação das normas protetivas do


Código de Defesa do Consumidor aos contratos em apreço, adequando-se a
execução dos mesmos aos ditames do diploma legal, de forma a expurgar as
cláusulas abusivas e ilegais, eis que se trata de matéria de ordem pública,
garantido pelo art. 170 da própria Constituição Federal, o qual explicita em seu
inciso V a garantia da defesa do consumidor.

Assim, o princípio da força obrigatória contratual (pacta sunt


servanda) deve ceder e se coadunar com a sistemática do Código de
Defesa do Consumidor.

 DOS VÍCIOS DE INFORMAÇÃO

O Código de Defesa do Consumidor, orientado pelo princípio


da boa-fé contratual, estabelece de forma clara, em seu art.6°, III, ser direito
básico do consumidor “a informação adequada e clara sobre os diferentes

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produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem”.

Decorrente deste direito à informação encontra-se a obrigação


legal do contratado de fornecer todo esclarecimento e informações ao
consumidor, possibilitando sua compreensão plena e real acerca dos termos
acordados.
Ressalta ainda que a obrigatoriedade da transparência nas
relações jurídicas não precisa estar explicitada no contrato, porquanto o
comportamento probo dos contratantes na execução das obrigações pactuadas
constitui premissa maior inserida no padrão genérico exigível de conduta.
Neste sentido, vejamos:

“Art. 46. Os contratos que regulam as relações de


consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for
dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu
conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem
redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu
sentido e alcance.”

O STJ já se posicionou diversas vezes sobre o tema, decidindo


que informação adequada, nos termos do art. 6º, III, CDC, é aquela que se
apresenta simultaneamente completa, gratuita, útil, vedada, neste último caso,
a diluição da comunicação efetivamente relevante pelo uso de informações
soltas, redundantes ou destituídas de qualquer serventia para o consumidor
(STJ, Resp 586.316, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., DJ 19/03/2009).

Não há que se negar que a Requerente tenha mencionado


expressa autorização em permitir ser realizado o desconto consignado em seu
contracheque, mas somente da forma como fora pactuado.

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A Requerente, como tantos brasileiros, não detém (nem
deveria deter) conhecimento técnico apto a compreender todas as
vicissitudes do contrato.

É dever do BANCO, pela sua incomparável estrutura


técnica e econômica, esclarecer aos consumidores.
Por oportuno, diga-se, que a Requerente tem o direito de
estar esclarecida sobre todas as cláusulas.

Vejamos o que diz o Código do Consumidor sobre o assunto:

“Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham


sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas
unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem
que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente
seu conteúdo.

§ 3° Os contratos de adesão escritos serão redigidos em


termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo
tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a
facilitar sua compreensão pelo consumidor

§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do


consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo
sua imediata e fácil compreensão.”

Por fim, veja-se da abusividade da prática elencada:

“Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços,


dentre outras práticas abusivas:

IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do


consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,

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conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus
produtos ou serviços;

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as


cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de
produtos e serviços que:

IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas,


abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem
exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a
equidade;”.

Do exposto, conclui-se que o Requerido não presta a devida


informação aos consumidores impedindo a compreensão e questionamento
das cláusulas pactuadas.
Como já afirmado, o não esclarecimento enseja vício insanável
destas cláusulas que não obedecem às regras legais de dever de informação,
podendo ser revistas, sem prejuízos de multa a ser cominada para empresa
descumpridora de suas obrigações.

 DOS JUROS REMUNERATÓRIOS E A TAXA MÉDIA DE MERCADO:

No julgamento do Recurso Especial Repetitivo n.º


1.061.530/RS, 2ª Seção, DJe de 10/03/2009, adotaram-se as seguintes
orientações quanto aos juros remuneratórios:

a) as instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos


juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto
22.626/33), Súmula 596/STF;
b) a estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao
ano, por si só, não indica abusividade;

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c) são inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de
mútuo bancário as disposições do art. 591 c/c o art. 406 do
CC/02;

d) é admitida, em relações de consumo, a revisão das


taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais,
desde que a abusividade (capaz de colocar o consumidor
em desvantagem exagerada – art. 51, §1º, do CDC) fique
cabalmente demonstrada, ante as peculiaridades do
julgamento em concreto.

Todavia, no referido julgamento, não foi abordada a legalidade


da cobrança de juros remuneratórios devidos em contratos bancários, quando
não há prova da taxa pactuada ou a cláusula ajustada entre as partes não
tenha indicado o percentual a ser observado.

Destarte, passa-se a analisar essa questão, nos termos do art.


543-C do CPC.

A 2ª Seção desta Corte pacificou o entendimento de que é nula


a cláusula contratual que prevê a incidência de juros remuneratórios, sem
precisar a respectiva taxa, visto que fica ao exclusivo arbítrio da instituição
financeira o preenchimento de seu conteúdo. A fixação dos juros, porém, não
fica adstrita ao limite de 12% ao ano, mas deve ser feita segundo a taxa
média de mercado nas operações da espécie.

A maioria dos Ministros que compõem esta 2ª Seção já teve a


oportunidade de apreciar o tema, conforme se verifica dos seguintes julgados:

APLICAÇÃO DA TAXA MÉDIA DE MERCADO

TELA DO CALCULO PERICIAL BANCARIO ELABORADO PELO ADVOGADO

12
Sobre a matéria, nota-se que o precedente uniformizador da
jurisprudência é o REsp 715.894/PR, de minha relatoria, 2ª Seção, DJ de
19/03/2007, assim ementado:

“Direito bancário. Contrato de abertura de crédito em conta


corrente. Juros remuneratórios. Previsão em contrato sem a
fixação do respectivo montante.
Abusividade, uma vez que o preenchimento do conteúdo da
cláusula é deixado ao arbítrio da instituição financeira (cláusula
potestativa pura). Limitação dos juros à média de mercado
(arts. 112 e 113 do CC/02). Art. 6º da LICC.
Questão constitucional. Honorários advocatícios. Ação
condenatória. Estabelecimento em valor fixo.
Impossibilidade. Necessidade de observância da regra do art.
20, §3º, do CPC.
- As instituições financeiras não se sujeitam ao limite de 12%
para a cobrança de juros remuneratórios, na esteira da
jurisprudência consolidada do STJ.
- Na hipótese de o contrato prever a incidência de juros
remuneratórios, porém sem lhe precisar o montante, está
correta a decisão que considera nula tal cláusula porque fica ao
exclusivo arbítrio da instituição financeira o preenchimento de
seu conteúdo. A fixação dos juros, porém, não deve ficar
adstrita ao limite de 12% ao ano, mas deve ser feita
segundo a média de mercado nas operações da espécie.
Preenchimento do conteúdo da cláusula de acordo com os
usos e costumes, e com o princípio da boa fé (arts. 112 e 133
do CC/02).
- A norma do art. 6º da LICC foi alçada a patamar
constitucional, de modo que sua violação não pode ser
discutida em sede de recurso especial. Precedentes.
- Tratando-se de ação condenatória, os honorários
advocatícios têm de ser fixados conforme os parâmetros

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estabelecidos no art. 20, §3º do CPC. Merece reforma,
portanto, a decisão que os estabelece em valor fixo.
Precedentes.
Recursos especiais da autora e do réu conhecidos e
parcialmente providos.”

Nesse precedente, declarou-se a nulidade da cláusula inserida


em contrato de abertura de crédito em conta corrente que previa a incidência
de juros remuneratórios sem definir a respectiva taxa, determinando-se a
aplicação da taxa média de mercado em operações da espécie.

A nulidade da cláusula em comento evidencia-se seja por


abusividade (art. 51, X, do CDC) seja por ser potestativa (art. 122, do CC/02;
115 do CC/16).

A jurisprudência do STJ tem utilizado para esse fim a taxa


média de mercado.

Essa taxa é adequada, porque é medida segundo as


informações prestadas por diversas instituições financeiras e, por isso,
representa o ponto de equilíbrio nas forças do mercado. Além disso, traz
embutida em si o custo médio das instituições financeiras e seu lucro médio, ou
seja, um spread médio.

A adoção da taxa média de mercado ganhou força quando o


Banco Central do Brasil passou, em outubro de 1999, a divulgar as taxas
médias, ponderadas segundo o volume de crédito concedido, para os juros
praticados pelas instituições financeiras nas operações de crédito realizadas
com recursos livres (conf. Circular nº 2.957, de 30.12.1999).

As informações divulgadas por aquela autarquia, as quais são


acessíveis a qualquer pessoa por meio da Internet (conforme
http://www.bcb.gov.br/?ecoimpom; ou http://www.bcb.gov.br/?TXCREDMES,
acesso em 07.04.2010), são agrupadas de acordo com o tipo de encargo

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(prefixado, pós-fixado, taxas flutuantes e índices de preços), com a categoria
do tomador (pessoas físicas e jurídicas) e com a modalidade de empréstimo
realizada (hot money, desconto de duplicatas, desconto de notas promissórias,
capital de giro, conta garantida, financiamento imobiliário, aquisição de bens,
'vendor', cheque especial, crédito pessoal, entre outros).

Ausente a fixação da taxa no contrato, deve o juiz limitar os


juros à média de mercado nas operações da espécie, divulgada pelo Bacen.
Esses são os usos e costumes, e é essa a solução que recomenda a boa-fé.

Ressalta-se que a taxa média somente não deverá


prevalecer nas hipóteses em que o efetivo índice praticado pelo banco se
mostrar inferior a ela e, portanto, mais vantajoso para o cliente.

É certo, ainda, que o cálculo da taxa média não é completo, na


medida em que não abrange todas as modalidades de concessão de crédito,
mas, sem dúvida, presta-se como parâmetro de tendência das taxas de juros.
Dessa forma, nas hipóteses em que não houver a divulgação pelo Bacen da
taxa média relativa a um contrato específico, nada impede o juiz de acolher,
com base em regras de experiência, a média adotada pelo mercado em
contratos similares.

No presente caso, a taxa média do mercado para a operação


realizada pela autora/requerente encontra-se evidenciada na taxa média dos
20 melhores bancos para o período de contratação, e que evidenciou-se que a
média do mercado ficou em 1,98% ao mês contrastando com as taxas que vem
sendo aplicada, é de, 2,22% ao mês.

Corrobora também o entendimento do STJ sobre a matéria:

STJ - Súmula 530

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Nos contratos bancários, na impossibilidade de comprovar a
taxa de juros efetivamente contratada - por ausência de
pactuação ou pela falta de juntada do instrumento aos
autos -, aplica-se a taxa média de mercado, divulgada pelo
Bacen, praticada nas operações da mesma espécie, salvo se a
taxa cobrada for mais vantajosa para o devedor.
O Superior Tribunal de Justiça, consolidou o entendimento
de que:

a) nos contratos de mútuo em que a disponibilização do capital é


imediata, deve ser consignado no respectivo instrumento o montante
dos juros remuneratórios praticados. Ausente a fixação da taxa no
contrato, deve o juiz limitar os juros à média de mercado nas operações
da espécie, divulgada pelo Bacen, salvo se a taxa cobrada for mais
vantajosa para o cliente.

b) em qualquer hipótese, é possível a correção para a taxa


média se for verificada abusividade nos juros
remuneratórios praticados.

No presente caso, de acordo com o Parecer, demonstram-se


os valores descontados no benefício da autora pela calculadora do cidadão do
BACEN para os períodos compreendidos dos contratos entabulados.

Nessa hipótese, o reconhecimento da abusividade na cobrança dos


juros conduz à aplicação da taxa média de mercado, divulgada pelo Bacen.

Para o caso em concreto, a média dos 20 melhores bancos para a época do


contrato, encontrada no site TELA DO CALCULO PERICIAL BANCARIO
ELABORADO PELO ADVOGADO

a média dos 20 melhores bancos ficou em 1,98% ao mês.

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Devendo assim, o contrato ser recalculado pela média do
mercado posto que mais vantajoso ao mutuário, conforme entendimento
consolidado do STJ, nos ditames do Resp 715.894/PR e o excedente ser
devolvido com juros e atualização monetária.

Logo, as referidas taxas remuneratórias devem ser


ajustadas a média dos 20 melhores bancos (média do mercado) da época, ou
adequadas á taxa de juros informadas no site do Banco Central do Brasil á
época da contratação, consoante jurisprudência do STJ – Superior Tribunal de
Justiça, nos termos do REsp 715.894/PR..

 DIREITO À RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO – VEDAÇÃO DO


ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA:

Dispõe o art. 42, parágrafo único, do CDC que:


O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à
repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou
em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais,
salvo hipótese de engano justificável.

No caso sob comento, uma vez comprovada a abusividade da


taxa de juros remuneratórios mensais e anual aplicada aos contratos de
empréstimo consignados firmados entre a demandante e a demandada,
imperiosa a restituição do valor cobrado em excesso nas parcelas mensais.
De um exame ainda que perfunctório da planilha supra,
verifica-se que a requerida percebeu, pelas operações de empréstimo
consignado, valores bem superiores ao devido caso aplicadas as taxas médias
de mercado de juros compensatórios, de forma que tais montantes devem ser
restituídos ao consumidor, uma vez que o Código Civil, em seu art. 876,
estabelece que:

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“todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica
obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que
recebe dívida condicional antes de cumprida a condição.”

Neste sentido, posiciona-se ORLANDO GOMES no sentido de


que:

"Não é a lei que, direta ou indiretamente, faz surgir a obrigação


de restituir. Não é a vontade do enriquecido que a produz. O
fato condicionante é o locupletamento injusto. Evidentemente,
o locupletamento dá lugar ao dever de restituir, porque a lei
assegura ao prejudicado o direito de exigir a restituição, sendo,
portanto, a causa eficiente da obrigação do enriquecimento,
mas assim é para todas as obrigações que se dizem legais".
(GOMES, Orlando. Obrigações. Rio de Janeiro: Forense,
1996).

Ademais, estabelece o art. 884 do Código Civil:

“aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de


outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido,
feita a atualização dos valores monetários.”

VI. DA INVERSÃO DO ÔNUS PROBANTE

Data vênia torna-se necessário a declaração da inversão do


ônus da prova, devendo ser atribuída ao banco à incumbência de produzir
provas contrárias às alegações iniciais da autora.

Isso porque a autora está em condição de vulnerabilidade


como consumidora, pois que nos momentos da contratação do empréstimo,
não foi assistido por profissional habilitado a orientá-la adequadamente,

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isto é, analisando as taxas de juros aplicadas ao financiamento, bem
como a forma de cálculo dos mesmos.

No momento da contratação houve uma imposição de


cláusulas em contratos padronizados, de adesão, redigidas unilateralmente
pelo Requerido, tornando-se, os contratantes, submissos, sem poder alterar, ou
mesmo opinar sobre as condições impostas coercitivamente.

Estando presente a vulnerabilidade (técnica jurídica ou fática –


socioeconômica) como demonstrada retro, não foi a autora tutelada pelos
preceitos do CDC, ficando “expostos” às práticas previstas nos capítulos V e VI
do CDC.

Com a inversão do ônus da prova estará o M.M. Juiz


garantindo a proteção legal/contratual e o acesso pela autora parte mais fraca
na relação obrigacional, ao Poder Judiciário, facilitando o direito de ação
conforme preceito contido no art. 6º, VIII do CDC, que se requer seja
declarado ab initio em vista da oportunidade da instrução processual que
objetivará apurar o equilíbrio contratual e a licitude das cobranças ocorridas por
parte do banco.

VII. DOS DANOS MORAIS

O pedido de indenização por danos morais não está pautado


apenas na cobrança abusiva dos juros, mas também no fato de que houve
ausência de boa-fé contratual por parte da Ré, quando da realização do
negócio jurídico. A Ré, conhecedora do mercado que atua, optou por constar
taxa de juros excessivamente altos em detrimento da necessidade da Autora a
obter crédito.

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Quanto à previsão legislativa, o dever de indenizar é
fundamentado tanto pela Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso V, como
pelo Código de Defesa do Consumidor presente no artigo 14. Depreende-se
de seu texto, a imputação direta, independentemente de culpa, da reparação
do dano causado ao consumidor oriundo de “defeito” relativo à prestação do
serviço.

Tais situações deverão ser indenizadas independentemente de


prova, pois se presumem. Além do que, o CDC consagra a responsabilidade
objetiva, onde somente se levará em consideração o nexo causal e o dano.
Ambos, in casu, estão sobejamente caracterizados.

Dessa maneira, estando presentes os pressupostos


ensejadores do instituto jurídico da responsabilidade civil, fundamentado está o
pedido de reparação de danos, seja ele motivado por prejuízo material ou
moral a fim de que seja o requerido condenado a lhe pagar, a título de
indenização por danos morais, os valores de R$ 15.000,00 (quinze mil
reais).

VIII. DO PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

Excelência, diante do PARECER JURÍDICO, restou claro que


OS VALORES PREVISTOS NO CONTRATO E GUERREADOS NA
PRESENTE LIDE SÃO ABUSIVOS, conforme já elencado.

Ademais, ficou constatado que a Ré agiu de má-fé ao aplicar


uma taxa de juros diferente da informada no contrato, bem como, da Taxa
Média do Mercado.

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O instituto processual da tutela de evidencia está disciplinado
no artigo 311 do CPC, in verbis:

Art. 311. A tutela da evidencia será concedida,


independentemente da demonstração de perigo de dano ou de
risco ao resultado útil do processo quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o


manifesto propósito protelatório da parte;

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas


documentalmente e houver tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova


documental adequada do contrato de depósito, caso em que
será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob
cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documental


suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que
o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz
poderá decidir liminarmente. (grifo nosso).

As normas que orientam o sistema jurídico vigente, expostas


no decorrer desta peça, não deixam dúvidas quanto à existência do direito
pleiteado, corroborado com os dispositivos da Lei Federal nº 8078/90, bem
como o Código Civil e texto constitucional em seu art. 170, V e ADCT em seu
art. 48, o que conduz à certeza de que a autora tem o direito.

Como se observa, para que ocorra o deferimento da tutela da


evidência, cujo objeto é assegurar à parte um direito que, para sua concessão,
somente seria alcançado ao final da lide, é imprescindível que ocorra a
observância dos requisitos legais, os quais, conforme será demonstrado, estão

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presentes no caso em apreço com farta documentação e decisões em casos
repetitivos, como já colacionados.

Por outro aspecto, verifica-se, ainda, que a matéria trazida à


discussão é eminentemente de direito, o que confere às alegações
deduzidas uma clareza incontroversa, não havendo necessidade de
produção de outras provas, nos termos do art. 355 do novo CPC, como in
verbis:

Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo


sentença com resolução de mérito, quando:

I - não houver necessidade de produção de outras provas;


II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não
houver requerimento de prova, na forma do art. 349.

Noutro canto, corrobora também o entendimento do STJ


sobre a matéria discutida no processo:

STJ - Súmula 530


Nos contratos bancários, na impossibilidade de comprovar
a taxa de juros efetivamente contratada - por ausência de
pactuação ou pela falta de juntada do instrumento aos
autos -, aplica-se a taxa média de mercado, divulgada
pelo Bacen, praticada nas operações da mesma espécie,
salvo se a taxa cobrada for mais vantajosa para o
devedor.

Logo, requer A TUTELA ANTECIPADA PARA REAJUSTAR as taxas


de juros do contrato À TAXA MÉDIA DO MERCADO, consoante a
jurisprudência do STJ, conforme recálculo demonstrado abaixo:

RECÁLCULO PELA CALCULADORA DO CIDADÃO – Média do Mercado

TELA DO CALCULO PERICIAL BANCARIO ELABORADO PELO ADVOGADO

22
Logo, de acordo com a taxa média do mercado – à época da
contratação – 1,98%, seriam necessárias 62 prestações fixas e mensais de R$
19,11, a taxa de 1,98% ao mês para quitar o valor financiado de R$ 682,99,
gerando um montante de R$ 1.287,36 (mil reais duzentos e oitenta e sete
reais e trinta e seis centavos, com indébito em dobro no valor de R$
382,20 (trezentos e oitenta e dois reais e vinte centavos), devendo assim, o
contrato ser recalculado pela média do mercado posto que mais vantajoso ao
mutuário, conforme entendimento consolidado do STJ, nos ditames do Resp
715.894/PR.

IX. REQUERIMENTOS FINAIS

Ante ao exposto requer, a Vossa Excelência:

a) concessão da justiça gratuita, nos termos do art. 54 da lei


9.099/95, bem como da lei 1.060/50 e da lei estadual 0933/05 e
art. 98 e seguintes do CPC em razão do autor tratar-se de
pessoa hipossuficiente, não tendo meios de custear as
despesas processuais e de arcar com um preparo de um
eventual Recurso sem prejuízo do sustento próprio ou de sua
família, caso assim não entenda pela assistência judiciária
gratuita, requer seja deferido custas mínimas ou custas
rateadas do início ao final do processo;

b) Seja concedida a liminar ao norte pleiteada para o fim de


se determinar, imediatamente, e reenquadrar os
descontos no benefício da Requerente, com aplicação de

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multa diária no valor de R$ 500,00 até o limite de 20 salários
mínimos por descumprimento ou reincidência;
c) após a concessão da liminar ora pleiteada, que seja
oficiado imediatamente a fonte pagadora (INSS), para
readequar o prazo de contrato para 62 parcelas no benefício
da autora até decisão definitiva;
d) Julgamento antecipado do mérito por não ser necessária
dilação probatória no curso do processo, nos termos do art.
355, caput e inciso I, do Código de Processo Civil;
e) Seja o Requerido citado, na pessoa de seu representante
legal, para que, querendo, responda a presente ação,
dentro do prazo legal, sob pena de, não o fazendo, serem-lhe
aplicados os efeitos da revelia e confissão quanto à matéria de
fato que será considerada verdadeira, assim como relatada
pela Requerente;
f) Condenação do Requerido em custas e despesas judiciais,
bem como honorários advocatícios no importe de 20%, pois,
deu causa, a presente demanda;
g) Seja conhecida o descumprimento contratual nas
cláusulas contratuais no que tange a cobrança excessiva,
por serem superiores da média do mercado, colocando o
consumidor em desvantagem exagerada, fixando-os ao
patamar melhor aplicado ao consumidor com a condenação do
Banco Réu ao pagamento de indébito em dobro no valor de
R$ 382,20 (trezentos e oitenta e dois reais e vinte centavos);

h) Seja o Requerido condenado a cobrar taxa média do


mercado praticada no período da contratação (31/05/2016
a 06/06/2016), quais seja 1,98% ao mês para o contrato em
questão;

i) Que seja concedido a título de danos morais o montante de


R$ 15.000,00 (quinze mil reais) diante do exposto acima;

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j) a expedição da requisição de pagamento, referente aos
honorários advocatícios, em nome desta advogada que
subscreve, bem como o destaque dos honorários contratuais,
nos termos do art. 5º da Resolução nº 559/07 do Conselho da
Justiça Federal, em percentual incidente sobre o montante da
condenação e em cumprimento ao contrato de honorários/
procuração juntado ao processo e Recomendação 004/08-
CCJ para que os alvarás sejam expedidos em nome do
advogado que esta subscreve;

Requer provar o alegado por todos os meios de provas em


direito admitidos, principalmente pelo extrato de empréstimos consignados
da autora; das taxas de juros informadas pelo banco réu no site do Banco
Central e do recalculo dos prazos, prestações, e montante da dívida pela
calculadora do cidadão, consoante anexos desta exordial, e demais que se
fizerem necessárias.

Dá-se a causa o valor de R$ 15.382,20 (quinze mil trezentos


e oitenta e dois reais e vinte centavos),

Nestes Termos,
Pede deferimento.

XXXXXXXXXX

XXXXX
XXX

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