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UNIDADE II
JUROS E ENCARGOS
Elaboração
Anderson Fumaux Mendes de Oliveira
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE II
JUROS E ENCARGOS............................................................................................................................................................................. 5
CAPÍTULO 1
JUROS REMUNERATÓRIOS, MORATÓRIOS E MULTA CONTRATUAL.......................................................................... 5
CAPÍTULO 2
COMISSÃO DE PERMANÊNCIA................................................................................................................................................. 8
CAPÍTULO 3
TAXAS: NOMINAL, EFETIVA, REAL E PRO RATA.............................................................................................................. 11
CAPÍTULO 4
IMPOSTOS SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (IOF) E CUSTO EFETIVO TOTAL (CET)..................................... 15
CAPÍTULO 5
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA................................................................................... 19
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................23
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JUROS E ENCARGOS UNIDADE II
Capítulo 1
JUROS REMUNERATÓRIOS, MORATÓRIOS E MULTA
CONTRATUAL
1.1. Introdução
Inicialmente, o perito deve saber claramente a diferença entre juros
remuneratórios, juros moratórios e multa contratual.
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Nesse sentido, o profissional não poderá manifestar opinião pessoal por se tratar
de matéria jurídica, devendo apresentar o seu laudo pericial atendendo ao que foi
quesitado ou determinado em sentença.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
A multa contratual:
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Exemplo:
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Capítulo 2
COMISSÃO DE PERMANÊNCIA
2.1. Introdução
Até 2017 era facultado às instituições financeiras cobrarem de seus devedores
por dia de atraso no pagamento ou na liquidação de seus débitos, a
comissão de permanência, que será calculada às mesmas taxas pactuadas no
contrato original ou à taxa de mercado do dia do pagamento.
Tendo em vista que os bancos costumam apresentar nos processos judiciais seus
cálculos em valores absolutos, ou seja, não especificando o valor relativo aplicado
sobre a base de cálculo, os magistrados e advogados frequentemente solicitam ao
perito que realize os cálculos com o percentual cobrado.
Exemplo:
Dias de atraso: 21
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Primeiro passo:
Segundo passo:
Utilizando a HP
37.580,03 CHS PV
38.769,57 FV
21 n
0,1485 Enter
100 /
0,0015
0,0015 Enter
1 +
1,0015 Enter
30 xy
Ou:
38.769,57 = 1,03165351
37.580,03
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Passo 1:
Passo 2:
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Capítulo 3
TAXAS: NOMINAL, EFETIVA, REAL E PRO RATA
3.1. Introdução
É de suma importância também que o perito saiba claramente a diferença entre
taxa de juros nominal e taxa de juros efetiva, bem como os conceitos de
taxa real e pro rata.
Ou seja, para ser nominal, a sua configuração anual deve corresponder a uma taxa
mensal não capitalizada.
Exemplo:
Por exemplo, uma taxa nominal de 12% ao ano com capitalização mensal gera uma
taxa nominal de 1% ao mês.
Como a aplicação desse percentual é feita mês a mês, juro sobre juro, a taxa efetiva
total, no final de um ano, não será mais os 12% contratados, e, sim, 12,68%,
conforme cálculo a seguir:
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Na HP:
1.01 Enter
12 yx
1,12682503
Para converter a taxa efetiva anual para taxa nominal mês basta realizar o
processo de descapitalização da taxa:
Na HP:
1.12682503 Enter
12 1/x
yx 1,01
Conclusão
Logo, a taxa efetiva sempre é maior que a taxa nominal, pois, pelo conceito
matemático que a rege, corresponde à capitalização de uma taxa nominal dividida
por “n” períodos.
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Havendo inflação, considera-se taxa real de juros aquela calculada após o expurgo
da inflação medida no período considerado.
Exemplo:
Período: 1 ano
Ou
(1,05)1/30 - 1
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1% dividido por 30
Exemplo 1:
Juros Remuneratórios:
Ou
Exemplo 2:
Juros Moratórios:
Ou
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Capítulo 4
IMPOSTOS SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (IOF) E
CUSTO EFETIVO TOTAL (CET)
4.1. Introdução
Neste tópico, serão abordados dois elementos que estão presentes na maioria das
operações de crédito no Brasil e normalmente são objeto de discussões judiciais:
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Custo Efetivo Total (CET).
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O CET deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, englobando não
apenas a taxa de juros, mas, também, tarifas, tributos, seguros e outras despesas
cobradas, representando as condições vigentes na data do cálculo.
Onde:
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Prova Real:
207,79 + 207,79 + 207,79 + 207,79 + 207,79 - 950,00 = 0
(1,4405)31/365 (1,4405)59/365 (1,4405)91/365 (1,4405)120/365 (1,4405)151/365
201,45 + 195,89 + 189,72 + 184,29 + 178,67 - 950,00 = 0
1.010 PV
5 n
0,95 i
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950 PV
i 3,06
Ou:
950 g CFo
5 g Nj
f IRR 3,06
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Capítulo 5
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
5.1. Introdução
Utilizando uma linguagem simples, pode-se dizer que um expurgo inflacionário
surge quando os índices de inflação, apurados em determinado período, não são
aplicados, ou mesmo, quando o são, sua aplicação utiliza um percentual menor do
que efetivamente deveria ter sido utilizado, reduzindo o seu valor real.
Assim, quem possuía saldo positivo em conta poupança entre os dias 1/6/1987 a
15/06/1987, o índice aplicável: é o IPC, no valor de 26,06%, que gera a diferença
indenizável no valor de 8,04% em favor do poupador. Como o índice aplicado pelas
instituições financeiras foi o LBC (18,02497%) sendo que o correto seria o IPC
(26,06%).
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Entretanto, esta mesma lei (art. 13) estabeleceu que o índice a ser aplicado às
cadernetas de poupança mensais para o período de fevereiro deveria ser um
“índice composto”, calculado a partir da variação do BTN em janeiro e da TRD
em fevereiro.
Por fim, o plano econômico implantado em 1994 (Plano Real) através da moeda Real
(R$) como moeda nacional, em substituição ao Cruzeiro Real (CR$) conseguiu o que
todos os outros Planos não conseguiram, que foi estabilizar a economia brasileira a
partir da instituição das URVs.
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Ou seja, uma dívida de CR$ 550.000,00 passou a valer R$ 200,00 (CR$ 550.000,00
/ 2.750) em 01/07/1994.
Exemplo:
Caso o indexador seja o INPC, basta acessar sua série histórica em: http://www.
portalbrasil.net/inpc.htm
Qual o procedimento?
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1.362,7265/1.297,5311 = 1,0502457
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REFERÊNCIAS
Básica
ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 12. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
Complementar
BANCO ITAÚ. Créditos e Financiamento: Cheque Especial. Disponível em:
https://www.itau.com.br/creditos-financiamentos/cheque-especial/.
BRASIL. Decreto no 22.626/1933 (Lei de Usura): Dispõe sobre os juros nos contratos
e dá outras providencias. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/d22626.htm.
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Referências
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Referências
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