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contra o BANCO ITAÚ SA, pessoa jurídica de direito privado, com sede na
SCRN 706/707, Bloco A, Loja 24 – Brasília-DF, por quem a represente ou na
pessoa daquele que exerça a administração ou gerência, pelas razões fáticas e
jurídicas a seguir expostas.
DOS FATOS
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1) Cédula de Crédito Bancário nº 023285149-3 (Empréstimo
para Capital de Giro), em 15/03/2010, no valor de R$ 200.000,00 (Duzentos
mil reais), a ser pago em 24 (vinte e quatro) parcelas, no valor de R$
11.359,59 (Onze mil trezentos e cinqüenta e nove reais e cinqüenta e nove
centavos), cada, com juros de 2,50% ao mês e 34,49% ao ano (contrato
anexo)
2
CC, Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança
especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da
pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal.
CC, Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da
obrigação principal.
CC, Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente
excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
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remuneratórios no sistema financeiro nacional ao percentual de 12% ao ano,
estabelecido pela Lei de Usura (Dec. 22.626/33).3.
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http://www.bcb.gov.br/ftp/depec/NITJ201011.xls, acesso em 11/10/2011.
6
Lei 10.931/04, Art. 28. A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial e representa
dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor
demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da conta corrente, elaborados conforme previsto
no § 2º.
§ 1o Na Cédula de Crédito Bancário poderão ser pactuados: I - os juros sobre a dívida, capitalizados
ou não, os critérios de sua incidência e, se for o caso, a periodicidade de sua capitalização, bem como
as despesas e os demais encargos decorrentes da obrigação;
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art. 192 da Constituição Federal7, segundo o qual o sistema financeiro
nacional será regido por lei complementar. Confira-se:
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“ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 5º DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2170-36.
OPERAÇÕES REALIZADAS PELAS INSTITUIÇÕES INTEGRANTES DO SISTEMA FINANCEIRO.
CAPITALIZAÇÃO DE JUROS COM PERIODICIDADE INFERIOR A UM ANO. MATÉRIA PREVISTA EM LEI
COMPLEMENTAR. ART. 192, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL COM A REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 40. A matéria inserida em Medida Provisória que dispõe sobre "a
administração dos recursos de caixa do Tesouro Nacional", consolidando e atualizando a legislação
pertinente, não pode dispor sobre matéria completamente diversa, cuja regulamentação prescinde
(sic) de Lei Complementar. Declarada, incidenter tantum, a inconstitucionalidade do art. 5º, da
Medida Provisória 2170-36. (20060020017747AIL, Relator LÉCIO RESENDE, Conselho Especial,
julgado em 04/07/2006, DJ 15/08/2006 p. 69)”
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“(...) No que tange à capitalização mensal de juros, baseada no artigo 5º da Medida Provisória nº
2.170-36/2001, o Tribunal de origem afastou sua aplicação em face do reconhecimento incidental de
inconstitucionalidade do referido dispositivo legal, conforme se denota do seguinte excerto:"E
relativamente à Medida Provisória n. 2.170-36, evidentemente que é inconstitucional, porque a
capitalização dos juros não se enquadra naquelas matérias consideradas urgentes, exigência prevista
no art. 62 da CF/88." (fl. 133). Torna-se, portanto, inviável o recurso especial, porquanto este não se
presta a impugnar fundamento exclusivamente constitucional (ut AgRg no Ag 715606/RS, Rel. Min.
Carlos Alberto Menezes Direito DJ 10.09.2007). E ainda: AgRg no REsp 908905 / DF, Rel. Min. Nancy
Andrighi, DJ 28.05.2007; AgRg no REsp 982698/RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ 12.05.2008.
(...) (RECURSO ESPECIAL Nº 1.000.386 - RS (2007/0253896-7) - Brasília (DF), 23 de junho de 2009.
MINISTRO MASSAMI UYEDA – Relator)”
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23. O artigo 5º, da Medida Provisória 2.170-36, de 23.08.2001,
ostenta a seguinte redação:
24. Por seu turno, o artigo 192, da Constituição Federal está assim
redigido:
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§ 1º É vedada a edição de medidas
provisórias sobre matéria:
I - omissis
II - omissis
III - Reservada à lei complementar.
28. A matéria está sendo apreciada pelo STF, por meio da ADI –
2316, na qual já foram proferidos quatro votos deferindo a suspensão cautelar
do art. 5º da MP 2.170-36/2001.10
10
“Retomado julgamento de medida liminar em ação direta ajuizada pelo Partido Liberal - PL contra o
art. 5º, caput, e parágrafo único da Medida Provisória 2.170-36/2001, que admitem, nas operações
realizadas pelas instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, a capitalização de juros com
periodicidade inferior a um ano — v. Informativo 262. O Min. Carlos Velloso, em voto-vista,
acompanhou o voto do relator, Min. Sydney Sanches, que deferiu o pedido de suspensão cautelar dos
dispositivos impugnados (...) ADI 2316 MC/DF, rel. Min. Sydney Sanches, 15.2.2005. (INFORMATIVO
Nº 413 – TÍTULO - Cobrança de Juros Capitalizados)
(...) O Tribunal retomou julgamento de medida cautelar em ação direta ajuizada pelo Partido Liberal -
PL, atual Partido da República - PR, em que se objetiva a declaração de inconstitucionalidade do art.
5º, caput, e parágrafo único da Medida Provisória 2.170-36/2001 (...). A Min. Cármen Lúcia, em voto-
vista, abriu divergência e indeferiu a cautelar. (...) Por sua vez, o Min. Marco Aurélio acompanhou o
voto do relator para deferir a cautelar. (...) Após o voto do Min. Menezes Direito, que acompanhava o
voto da Min. Cármen Lúcia, e do voto do Min. Carlos Britto, que acompanhava o voto do Min. Marco
Aurélio, o julgamento foi suspenso para retomada com quorum completo. ADI 2316 MC/DF, rel. Min.
Sydney Sanches, 5.11.2008. (INFORMATIVO Nº 527 – TÍTULO - Cobrança de Juros Capitalizados)”
11
“REPERCUSSÃO GERAL – CAPITALIZAÇÃO MENSAL DOS JUROS – MEDIDA PROVISÓRIA Nº
2.170-36 – ARTIGO 62 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – AFASTAMENTO NA ORIGEM. Admissão
pelo Colegiado Maior. (RE 568396 RG, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, julgado em
21/02/08, DJe-065 DIVULG 10-04-08 PUBLIC 11-04-08 EMENT VOL-02314-08 PP-01664)”.
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DA ILEGALIDADE DA CUMULAÇÃO DA COMISSÃO DE
PERMANÊNCIA COM JUROS MORATÓRIOS E MULTA NAS
PARCELAS EM ATRASO (CLÁUSULA 10,0).
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36. A Cláusula 10.3, também dispõe que o Autor pagará despesas de
cobrança, inclusive custas e honorários advocatícios e multa de 2% (dois por
cento).
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38. De outro lado, o Superior Tribunal de Justiça tem entendimento
assente no sentido de que "é admitida a cobrança da comissão de
permanência no período da inadimplência, desde que não cumulada com
correção monetária, juros moratórios, multa contratual ou juros
remuneratórios, calculada à taxa média de mercado" (AgRg no REsp
1066206/MS, Rel. Min. SIDNEI BENETI, Terceira Turma, DJ de
10.09.2010).
A propósito:
1. Omissis.
2. Omissis.
3. É admitida a cobrança da comissão de permanência durante o
período de inadimplemento contratual, calculada pela taxa média
de mercado apurada pelo Bacen, limitada à taxa do contrato, não
podendo ser cumulada com a correção monetária, com os juros
remuneratórios e moratórios, nem com a multa contratual.
4. Agravo regimental desprovido." (AgRg no REsp 1061477/RS,
Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Quarta Turma,
DJ de 01.07.2010)
(...)
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São nulas as cláusulas contratuais que estipulam a cobrança
da Taxa de Abertura de Crédito - TAC (art. 51, IV, do Código
de Defesa do Consumidor).” (20080410075067APC, Relator
NATANAEL CAETANO, DJ 09/11/2009 p. 99, g.n.)
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DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO
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47. A ratio essendi da regra remete à necessidade de ser evitado o
enriquecimento ilícito da parte beneficiada. Confiram-se: Quarta Turma,
AgRg no REsp n. 647.559/RS, relator Ministro Hélio Quaglia, DJ de
30.10.2006; REsp n. 842.700/RS, relator Ministro Humberto Gomes de
Barros, 30.6.2006; REsp n. 837.226/RS, relator Ministro Carlos Alberto
Menezes Direito, DJ de 30.6.2006; REsp n. 837.759/RS, relator Ministro Aldir
Passarinho Junior, DJ de 30.6.2006.
DA DESCARACTERIZAÇÃO DA MORA
DOS PEDIDOS
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Empréstimo para Capital de Giro nº 023285149-3, no valor de R$ 200,00
(duzentos reais), por ser abusiva;
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Termos em que, pede deferimento.
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