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AULA ANOTADA

Direito do Trabalho
PRINCIPAIS CONTRATOS EM ESPÉCIE. CONTRATO POR PRAZO
DETERMINADO EM CONTRATO DE EXPERIÊNCIA.
• CONTRATOS EM ESPÉCIE

Contratualização

Com o aumento da complexidade das relações temos visto cada vez mais uma
formalização do ramo dos contratos.

Vivemos num momento de contratualização.

Mas não se trata de mera previsão contratual. O contrato passa a ser um instrumento
de diálogo entre as partes, que devem estabelecer as relações que devem ser tratadas,
antecipando e evitando eventual lide ou conflito futuro.

Personalização dos contratos

Os contratos passam a ser entendidos como instrumentos, são personalizados, visam


efetivar a vontade daqueles que deles participaram.

Sobre o tema, destaca-se:

Enunciado 411 – 5ª jornada de direito civil. O descumprimento de contrato pode


gerar dano moral quando envolver valor fundamental protegido pela
Constituição Federal de 1988.

Temos que o contrato é um instrumento constitucionalmente protegido, cujo valor, se


quebrado, pode dar ensejo a sua reparação.

Constitucionalização dos contratos – Art. 5º LINDB e Art. 444 da CLT

A Constituição vai, aos poucos, refletindo seus valores às relações, de forma horizontal
e vertical.

Cada vez mais temos um dirigismo constitucional nos contratos.

O que vincula as partes deixa de ser exclusivamente a vontade das partes, exigindo-se a
vinculação ao que o arcabouço constitucional impõe.
Artigo 5º da LINDB: Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais
a que ela se dirige e às exigências do bem comum.

Uma vez quebrado o fim social, pode-se dar ensejo a reparação de dano moral prevista
no Enunciado anteriormente citado.

Ideia dialogal dos contratos

O artigo 5º da LINDB, combinado com o artigo 444 da CLT, combinados, nos trazem a
ideia de que a relação de emprego é questão de ordem pública:

Art. 444 da CLT. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre
estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às
disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-
se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia
legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado
portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou
superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

Assim, independente da roupagem dada ao contrato (autônomo, etc.), se presentes os


requisitos do vínculo empregatício, será o mesmo reconhecido, na medida que as
disposições contratuais que não atendem a finalidade social constitucionalmente
impostas, merecendo afastamento, portanto.

Contrato de adesão (art. 54 CDC, art. 423 e 424 CC) – art. 113, §1º, IV, do CC inserido
pela Lei 13.874/2019

Art. 54 do CDC. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido


aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo
fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou
modificar substancialmente seu conteúdo.
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do
contrato.
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a
alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2°
do artigo anterior.
§ 3º Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com
caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo
doze, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor. (Redação dada
pela nº 11.785, de 2008)
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser
redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.

Art. 423 do CC. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou


contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

Art. 424 do CC. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a
renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os


usos do lugar de sua celebração.
§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que:
I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do
negócio;
II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de
negócio;
III - corresponder à boa-fé;
IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e
- corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão
discutida, inferida das demais disposições do negócio e da racionalidade
econômica das partes, consideradas as informações disponíveis no momento de
sua celebração.
§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de
preenchimento de lacunas e de integração dos negócios jurídicos diversas
daquelas previstas em lei

Artigo 119 do CC: atenção à redação do artigo 113 conferida pela Lei nº 13.874, de 2019.

Com estas previsões, visa-se equalizar as relações, chegando-se à proteção da relação


de emprego.

Contrato paritário ou negociado – Art. 3º, VIII, Lei 13.874/2019

Art. 3º da Lei 13.874/2019 São direitos de toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais
para o desenvolvimento e o crescimento econômicos do País, observado o disposto no
parágrafo único do art. 170 da Constituição Federal: (...) VIII - ter a garantia de que os
negócios jurídicos empresariais paritários serão objeto de livre estipulação das partes
pactuantes, de forma a aplicar todas as regras de direito empresarial apenas de maneira
subsidiária ao avençado, exceto normas de ordem pública;
Contrato de trabalho

O contrato de trabalho (emprego) não demanda grande discussão.

Art. 442 da CLT. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso,


correspondente à relação de emprego.
Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade
cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem
entre estes e os tomadores de serviços daquela.

Trata-se dispositivo regido, dentre outros, pelo princípio da continuidade da relação de


emprego (Súmula 212 do TST).

SÚMULA Nº 212 do TST. DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA. O ônus de provar o


término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o
despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de
emprego constitui presunção favorável ao empregado.

Lembrando que por se tratar de um negócio jurídico, devemos sempre observar os


requisitos do artigo 104 do CC:

Art. 104 do CC. A validade do negócio jurídico requer:


I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Lembrando que o contrato expresso pode ser verbal ou escrito (um não exclui o outro).

O contrato tácito é aquele que se desenvolve naturalmente. Exemplo: pessoa limpa a


piscina 2 vezes na semana. Durante o trabalho, descobre-se que ele entende de
jardinagem. Inicia a fazer também. O empregador passa a pagar salário maior, fixo, por
mês. A relação vai se formando de uma maneira consequencial, sem que haja
combinação expressa a respeito de suas condições.

Raciocínio a ser feito na prova: tudo que fugir da natureza de contrato comum, prescinde
de previsão expressa na legislação/contrato, etc, não sendo possível presumir a
especialidade. Exemplo: cargo de confiança. CLT exige previsão expressa na CTPS.

Contratos a termo

Dentro dos contratos a termo, temos: contratos a termo previsto na CLT (artigo 443, §2º
da CLT), contrato de experiência e contrário temporário (Lei 6019/74).
Contrato de trabalho por prazo determinado

Art. 443 da CLT. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou
indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. (...) § 2º - O contrato
por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza
ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades
empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência.

Exemplo da alínea “a”: empresa que possui festival de inverno (campos do jordão) –
trata-se de atividade sazonal, por sua natureza, concluindo-se ser possível a contratação
de empregados a termo certo.

Exemplo da alínea “b”: realização de uma obra, que durará seis meses.

Os problemas começam quando passamos a analisar qual a atividade da empresa,


havendo desentendimento entre doutrina e jurisprudência.

Contrato a termo: a atividade da empresa influencia na interpretação da validade do


contrato?

A questão merece debate.

No exemplo dado, sabemos que a obra terá duração de seis meses. Mas quando se trata
de uma construtora, certo é que ela permanecerá executando obras, todas de caráter
transitório.

A doutrina e jurisprudência, portanto, passam a questionar: os serviços fins da


construtora para realização dessas obras podem ser contratados a termo?

Não há resposta certa, sendo admissível a realização de diversos raciocínios.

A parte da doutrina que entende ser possível a contratação, aduzindo não existir
vedação legal, e que a interpretação deve ser literal, sendo livre a contratação a prazo
determinado nestas hipóteses.

Cuidado para não confundir questão relativa à atividade fim e atividade meio,
relacionada à terceirização.

Contrato a termo (2 anos – Art. 445, CLT) x Contrato temporário (180 dias + 90 dias –
Art. 10, Lei 6.019)
O contrato a prazo da CLT, por prazo determinado, não pode ser estipulado por mais de
dois anos:

Art. 445 da CLT. O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser
estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.
Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa)
dias.

O artigo 451 da CLT impede a prorrogação por mais de uma vez (sob pena de que
transude em contrato por prazo indeterminado:

Art. 451 da CLT. O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou
expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem
determinação de prazo.

A renovação não poderá acarretar no computo de contrato por prazo SUPERIOR


a dois anos.

Art. 452 da CLT. Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que
suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo
se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da
realização de certos acontecimentos.

Exemplo: contratado por prazo determinado para montar uma máquina. Passado um
tempo da conclusão da montagem, a empresa compra uma nova máquina: em razão de
sua natureza, seria possível nova contratação do trabalhador para outra montagem
dentro do período de seis meses.

Art. 10 da Lei 6019/74. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de


serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados
pelas empresas de trabalho temporário.
§ 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador,
não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou
não.
§ 2º O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou
não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a
manutenção das condições que o ensejaram.
§ 3º (VETADO).
§ 4º Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de
serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
1o de maio de 1943.
§ 5º O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1o e 2o
deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de
serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do término do
contrato anterior.
§ 6º A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo caracteriza
vínculo empregatício com a tomadora.
§ 7º A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas
referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento
das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212,
de 24 de julho de 1991.

Multa arts. 479 e 480, ambos da CLT / Cláusula assecuratória do direito recíproco de
resilição.

O contrato a termo traz uma data de início e fim. Isso gera na outra parte uma legítima
expectativa temporal.

O artigo 479 e 480 da CLT trazem as consequências para sua extinção antecipada:

Art. 479 da CLT. Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que,
sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de
indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do
contrato.
Parágrafo único - Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da
parte variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o
cálculo da indenização referente à rescisão dos contratos por prazo
indeterminado.

Art. 480 da CLT. Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar
do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador
dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. § 1º - A indenização, porém, não
poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições.

Esta indenização substitui o aviso prévio (não há aviso prévio na extinção do contrato
por prazo determinado).

Cuidado com os termos: o empregador não DEMITE o empregado. A demissão é um


direito do empregado de resilir o contrato antecipadamente, assim como a DISPENSA é
um direito da empresa em fazê-lo.
Cabe a tese do adimplemento substancial?

Independente do fato de se tratar de contrato por prazo determinado, permanece o


requisito da alteridade, cabendo ao empregador arcar com os riscos de sua atividade.
Exemplo: não teve cliente, negócio não obteve êxito, de fechar, não há justo motivo,
incidindo a multa cabível.

Sucessão contratual (art. 452, CLT – exceto execução de serviços especializados ou de


realização de certos acontecimentos);

Na prática, vemos a alegação de unicidade contratual (nulidade do contrato por prazo


determinado – pedido de reconhecimento de um único vínculo, somando os períodos).

Quando falamos de questões de segunda fase/sentença, devemos analisar antes da


prescrição a efetiva existência de unicidade contratual: existindo, a prescrição será
computada do término do contrato (final).

Nestas hipóteses, no tópico da sentença, postergar a análise da prescrição para o campo


da análise do mérito.

Lei 6.019/1974 e DECRETO Nº 10.060, DE 14 DE OUTUBRO DE 2019

Lembrando que o decreto 10.060/2019 foi revogado, mas traz em seu bojo descrições
passíveis de uso sobre o tema em voga.

Questão:
Analisemos as alternativas.

Letra “a”: trabalho temporário (Lei 6019/74). Errado: não pode ser pessoa física, nem
rural.

Letra “b”: aqui, devemos nos atentar à finalidade do contrário temporário. É da gênese
desse contrato que ele se torne definitivo (neste ponto, atentar para a existência de
diferença com a terceirização. No trabalho temporário, há patente equivalência de
direitos). Assim, por consequência lógica, qualquer cláusula vedando a continuidade do
contrato de trabalho se mostra nula, por contrariar tal requisito/finalidade. Por isto,
concluímos ser CORRETA a alternativa.

Confira-se art. 11 da Lei 6019/74.

Art. 11 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário


e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora
ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar,
expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. Parágrafo
único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a
contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo
em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho
temporário.
Demais alternativas: equivocadas.

Relação triangular

Do trabalho temporário decorre uma relação triangular.

Notar que a greve tem por natureza causar desconforto ao empregador, como ultima
tentativa de negociação/imposição de determinada condição.

Por tal motivo, não seria possível substituir a ausência dos funcionários em greve
mediante uso de trabalho temporário.

Empresa registrada no Ministério do Trabalho/Economia

Demanda complementar de serviços - demanda oriunda de fatores imprevisíveis ou,


quando decorrente de fatores previsíveis, que tenha natureza intermitente, periódica
ou sazonal

V - substituição transitória de pessoal permanente - substituição de trabalhador


permanente da empresa tomadora de serviços ou cliente afastado por motivo de
suspensão ou interrupção do contrato de trabalho, tais como férias, licenças e outros
afastamentos previstos em lei;

Demandas contínuas ou permanentes?

Não podemos pensar no contrato temporário para uma demanda que seja continua da
empresa.

Então se trata de uma empresa que gere um aumento de demanda em razão de seu
próprio crescimento, em razão da sua própria natureza.

Demandas decorrentes da abertura de filiais?

Havia previsão no Decreto 10.060/2019. Além disso, a doutrina e a jurisprudência já


firmaram entendimento no sentido de que demandas decorrentes da abertura de uma
filial, por exemplo, não se enquadra na modalidade de trabalho temporário, por ser claro
que houve um incremento da atividade.

E claro que houve ali uma um aumento da necessidade da prestação de serviços, mas
isso porque houve uma expansão da empresa.
Entretanto, o trabalho temporário está muito mais atrelado com o que surge em termos
de serviços pela sazonalidade do tempo, pela sazonalidade do produto, mas não pela
pelo incremento da própria empresa da atividade produtiva.

Art. 10 §4º, Lei 6.019/74 - se aplica contrato de experiência ao contrato temporário?

Exemplo: uma empresa que faz produto para o natal - contratou temporariamente o
empregado ele prestou o serviço durante aqueles 180 dias e agora essa empresa deseja
contratar esse empregado. Seria possível estabelecer um contrato de experiência com
esse empregado?

Se for na mesma função, não, pois o contrato de experiência tem a finalidade de teste,
tanto para o empregado quanto para o empregador.

Quarentena 90 dias – Art. 10, §5º, Lei 6.019/74:

Art. 10 da Lei 6019/74. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de


serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados
pelas empresas de trabalho temporário. (...) § 5 º O trabalhador temporário que
cumprir o período estipulado nos §§ 1º e 2º deste artigo somente poderá ser
colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato
temporário, após noventa dias do término do contrato anterior.

Contrato escrito – Art. 11 , Lei 6.019/74:

Art. 11 da Lei 6019/74. O contrato de trabalho celebrado entre empresa de


trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma
empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão
constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei.
Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva,
proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao
fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de
trabalho temporário.

E contrato de experiência em funções diversas?

Aqui, aplica-se o mesmo raciocínio acima mencionado.

Questão:
O artigo 17 da Lei 6019/74 prevê que:

Art. 17 da Lei 6019/74. É defeso às empresas de prestação de serviço temporário


a contratação de estrangeiros com visto provisório de permanência no País.

Letra correta: letra “e”.

Causas de suspensão e interrupção do contrato. Como fica o prazo?

Suspensão: não há prestação de serviços e também não ao pagamento do salário.


Exemplo: afastamento em razão de acidente decorrente de doença sem relação ao
trabalho.

Na interrupção, não há trabalho, mas há obrigação do empregador de arcar com custos


e conta-se para fins de tempo de serviço.

Se estivermos num contrato temporário, como fica na hipótese de


interrupção/suspensão?

Não há unanimidade.

Há quem entenda que o prazo decorre.

De outro lado, há quem entenda que o período restante tem que ser garantido após o
retorno do afastamento.

Garantia de emprego? Gravidez? Acidente?


A gênese da garantia de emprego é impedir que a empregada seja dispensada tendo
como condição a condição de gravidez.

A ideia é, portanto, garantir que os demais requisitos subjetivos e objetivos para rescisão
contratual.

E é sobre isso que trata a Súmula 244 do TST:

Súmula nº 244 do TST. GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.

I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito


ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do
ADCT).

II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der


durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos
salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art.


10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.

Nos contratos a termo, com prazo certo para início e final, não é de sua natureza
a transudação para prazo indeterminado.

Existem julgados atuais que afastam a aplicação da Súmula 244 para contratos
temporários.

De outro lado, devemos também pensar sobre o abuso do direito da garantia


provisória/estabilidade. Exemplo. Gestante conhecedora do estado gravídico, é
dispensada, espera o prazo da reintegração findar para pleitear a indenização em juízo.

Há abuso?

Pode-se entender que sim. Afinal, o que se pretende é a reintegração, não havendo
direito subjetivo à indenização.

No entanto, o professor alerta cuidar-se de entendimento minoritário, não sugerindo a


adoção em prova

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