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I-Dê uma noção sucinta de:

1. Regulamento independente: conteúdo não está em lei anterior, ou seja, são


inovadores. Tem uma dependência à lei mas suave, visto que são independentes da
lei. Vem disciplinar uma relação jurídica carecida de regulamentação que a lei não
estabelece. Os regulamentos devem expressar as leis que visam regulamentar.
2. Procedimento administrativo: art. 1.º/1 - Entende-se por procedimento
administrativo a sucessão ordenada de atos e formalidades relativos à formação,
manifestação e execução da vontade dos órgãos da Administração Pública. Consiste no
modo de proceder da Administração Pública nas suas relações com os cidadãos. Trata-
se da sucessão ordenada de atos e formalidades, estrutural e funcionalmente
distintos, com vista à produção de um determinado resultado ou modificação jurídico-
administrativa, que se manifesta numa decisão final que poderá ser um ato,
regulamento ou contrato administrativo. Tendo como objetivo a prática de um ato
susceptível de produzir efeitos jurídicos na esfera jurídica de um particular, o
procedimento administrativo é constituído por um conjunto de atos que não detêm
autonomia funcional, tendo repercussão jurídica apenas na sua sequência. No entanto,
pode suceder que, no âmbito do procedimento principal, se encontrem vários
subprocedimentos dirigidos à prática de atos e decisões incidentais ou prejudiciais.
Para que esses procedimentos “incidentais” ou “prejudiciais” possam ser considerados
legalmente como procedimentos administrativos, será necessário que a respetiva
decisão constitua ela própria uma decisão final. Finalmente, importa destacar que o
procedimento relativo aos atos e formalidades necessários para que a decisão final
produza efeito, como, por exemplo, o visto e a aprovação, é um procedimento único e
não secundário, muito embora seja admissível e razoável a sua integração no âmbito
do procedimento administrativo principal, isto é, decisório.

II-Distinga:

1. Autorização e comunicação prévia de início de actividade


2. Aprovação e homologação: Aprovação – é o ato unilateral e discricionário pelo qual a
Administração faculta a prática de ato jurídico (aprovação prévia) ou manifesta sua
concordância com ato jurídico já praticado (aprovação a posteriori).A homologação é o
ato administrativo que absorve os fundamentos e conclusões de um parecer ou de
uma proposta apresentados por outro órgão. A homologação incorpora o sentido,
bem como as razões que motivam e justificam o parecer ou a proposta homologados.
A homologação distingue-se da aprovação pois enquanto a aprovação exprime a
concordância com um ato administrativo anterior, dotando-o da eficácia que ainda
não possuía, a homologação não incide sobre qualquer ato administrativo, antes sobre
um ato opinativo.

III-Comente a seguinte afirmação


«Nos contratos administrativos, o exercício do poder de modificação unilateral ou jus variandi,
ainda que sujeito a determinados limites, permite, em cada momento, adaptar dinamicamente
o contrato a novas condições ou circunstâncias

IV- Considere a seguinte hipótese:


A. proprietário da "Quinta de Ribatorto", situada na Região Demarcada do Douro, formula,
junto do Instituto da Vinha e do Vinho, através de requerimento do qual não consta o seu
endereço electrónico, um pedido de autorização para uma nova plantação de 4 ha de vinhas.
Dispensada a audiência dos interessados por razões de interesse público», tal pedido vem a
ser indeferido com o argumento de que, no local previsto, essa hipotética plantação seria
excessiva.
Inconformado, A pretende impugnar o acto de indeferimento com base na violação das
normas europeias e nacionais aplicáveis, designadamente o Regulamento (UE) n°1308/2013, o
DL n°176/2015, de 25 de Agosto, e o Despacho n°2785-B/2020, das quais resulta que, na
Região Demarcada do Douro, as novas plantações de vinhas não deverão exceder os 4,3 ha.
a) Quais as consequências da não indicação do endereço electrónico de A no seu
requerimento inicial?
b) Identifique possíveis vícios (e respectivas consequências juridicas) do mencionado acto
administrativo de indeferimento.
c) - Supondo que o requerente A não tinha, inicialmente, obtido qualquer resposta à sua
pretensão, por parte do Instituto da Vinha e do Vinho, que meios legais (administrativos e
contenciosos) teria ao seu dispor para se defender dessa omissão?

23/03

I-Dê uma noção sucinta de:


1-Regulamento independente
II-Distinga:
1-Autorização permissiva e autorização constitutiva
2 - Aprovação, homologação e visto volitivo
III-Comente a seguinte afirmação:
«Nem todos os actos da Administração são verdadeiros actos administrativos em sentido
rigoroso»>.

IV- Considere a seguinte hipótese:


Em Março de 2018, a entidade administrativa X declarou oficiosamente a invalidade de um
regulamento por si adoptado, em 2017.
Quid juris, sabendo que esse regulamento havia revogado cinco normas preexistentes, de
entre as quais duas são manifestamente ilegais.

Teste escrito-2/06

I-Dê uma noção sucinta de:

1-Regulamento complementar ou de execução: são regulamentos que desenvolvem ou


aprofundam a disciplina de uma lei, são necessários a boa execução das leis e visam
proporcionar às leis as condições para que possam ser aplicadas de acordo com a verdade do
legislador. Artigos 135.º/137.º, n.º1,2. Por vezes a lei nada diz quanto à necessidade de
execução e estes são espontâneos e outras vezes à adoção do regulamento é necessário para
dar boa exequibilidade à lei e neste caso devidos. O prazo é de 90 dias, visa aprofundar o
regime jurídico de uma lei, boa execução às leis que careça de regulamentação, interpretar as
dúvidas que surgem da lei, integrar lacunas. Não são inovadores, não podem ser revogados (se
forem têm de ser substituídos). Relação apertada com a lei. Regulamentos que define a
competência subjetiva e objetiva para a sua emissão.
2-Processo administrativo

II-Distinga:

1-Autorização e concessão
A autorização é o ato pelo qual um órgão administrativo permite ao seu destinatário o
exercício de uma competência que já detinha ou de um direito pré-existente. Na primeira
situação, um órgão administrativo que detém uma competência normal para a prática de
determinado tipo de atos só pode exercê-la após permissão de outro órgão administrativo,
que aprecia a legalidade e, ou, o mérito do conteúdo escolhido. Neste caso, a autorização é
condição de validade da prática do ato. Na segunda situação, o destinatário do ato já detém o
direito que pretende exercer; no entanto, por razões de interesse público, o exercício desse
direito está condicionado a uma apreciação administrativa prévia.
A concessão é um contrato administrativo bilateral, através do qual a administração pública
outorga aos administrados ou, ainda, faculta-lhes o exercício de uma atividade material. O
termo concessão também é usado como indicador de ato jurídico de natureza contratual,
como ocorre na concessão de uso de bem público. Portanto, é o contrato entre a
Administração Pública e uma empresa particular, pelo qual é transferida a execução de um
serviço público, para que o particular o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco,
mediante tarifa paga pelo usuário, em regime de monopólio ou não.
2- Homologação e visto
Teste escrito-12/4/2019

I-Defina sucintamente:
1- Princípio da cooperação e boa-fé procedimental
Uma colaboração permanente entre a Administração com os particulares constitui extinguível
ponto de partida para um adequado cumprimento das tarefas a que está sujeita. Nesta linha
de pensamento dispõe o artigo 60º do CPA que a Administração e os interessados devem
cooperar entre si, com o fim de serem fixados de forma rigorosa os pressupostos da decisão e
de alcançar decisões justas e legais. Se à Administração corresponde a concretização
procedimental do princípio da colaboração com os particulares, previsto no artigo 11º do CPA,
aos interessados diz respeito uma atuação de boa-fé, devendo estes abster-se de requerer
diligencias inúteis ou de lançar mão de expedientes dilatórios, suscetíveis de atacar o objetivo
da tomada de uma decisão justa e num prazo razoável. A hipotética violação do dever de
cooperação por parte das entidades administrativas fará desencadear a sua responsabilidade
civil extra-contratual (Artigo 16º do CPA), ao passo que a atuação de má-fé pela mão dos
interessados, no decurso do procedimento administrativo irá constituir, pelo responsável da
direção, na obrigação correlativa de rejeitar liminarmente toda e qualquer manobra dilatória
capaz de impedir uma decisão tempestiva (artigos 59º e 108º, nº3 do CPA).

II-Distinga:
1- Autorização permissiva e autorização constitutiva
Um dos mais atos típicos favoráveis, isto é, atos que conferem vantagens aos destinatários, é a
autorização. No caso das autorizações propriamente ditas, ou autorizações permissivas, o
particular é titular de um direito subjetivo preexistente, cuja exercitação está, porém,
condicionada por lei a uma intervenção da autoridade administrativa competente. O direito
em causa já integra a esfera jurídica do requerente, mas só pode ser exercido mediante essa
autorização, como é exemplo uma autorização para uma manifestação. Na hipótese de
autorizações constitutivas, autorizações licença, a Administração atribui ao destinatário o
direito de exercer uma atividade que é proibida por lei. Assim, o particular não é, ainda, titular
de qualquer direito subjetivo, pelo contrário: atividade que pretende exercer está-lhe, em
princípio, vedada. A entidade administrativa competente pode, excecionalmente, remover a
aludida proibição legal, convencida que o particular esteja apto para o exercício dessa
atividade, em consonância com o interesse público. Em suma, é através de uma autorização
licença(constitutiva), que o particular fica titular de um direito que irá permitir-lhe exercer
uma atividade que pode até ser de interesse público, é o exemplo de uma licença para uma
exploração de uma indústria.
2-Aprovação e homologação
A aprovação e a homologação são exemplos de atos secundários. Desde logo, a aprovação é o
ato pelo qual um órgão administrativo, concordando com o conteúdo de um ato praticado em
momento anterior por outra entidade, lhe confere eficácia, é o exemplo da aprovação tutelar
do Governo de atos praticados por institutos públicos. Existem alguns atos cuja eficácia pode
ser diferida ou condicionada. Um destes casos é precisamente o de atos sujeitos a aprovação
(artigo 157º a) do CPA). Apesar de o ato praticado ser o ato aprovado e não o ato de
aprovação, aquele só poderá produzir efeitos jurídicos a que se tende e quando este último
sobrevier. No caso de homologação, trata-se de um ato administrativo que confirma ou ratifica
os fundamentos e as conclusões provenientes duma proposta ou dum parecer emanados de
um órgão (artigo 152º nº2, do CPA). Significa isto que o ato principal é a própria homologação,
não o ato homologado, que é um ato meramente instrumental, suscetível por si só de produzir
efeitos jurídicos externos.

III - Comente a seguinte afirmação:


«A fase da audiência dos interessados constitui uma das mais importantes manifestações de
uma Administração participada>>.
A audiência prévia dos interessados, que o CPA regula nos artigos 121º e ss, possui
actualmente dignidade constitucional (artigos nº2 e 267º, nº5 da CRP), que vai de encontro
com dois princípios gerais da atividade administrativa: o princípio da colaboração da
Administração com os particulares (artigo 11º CPA) e o princípio da participação (artigo 12º
CPA). Numa administração de autoridade (não participada), o ato (decisão) com que culminava
o procedimento, constituía uma surpresa para o interessado. Existia um certo secretismo na
atuação dos atos e o particular não estava seguro que os seus argumentos fossem
devidamente ponderados no procedimento. Pelo contrário, numa Administração participada o
interessado é chamado a colaborar com o órgão competente na tomada da decisão final.
Neste sentido, estipula o artigo 121º nº1 do CPA que os interessados têm direito a ser ouvidos
no procedimento antes da tomada de decisão final, devendo ser informados sobre o sentido
provável desta. Acrescenta o nº 2 da mesma disposição que, no exercício do direito de
audiência, aqueles podem pronunciar-se sobre todas as questões com interesse para a
decisão, em matéria de facto e de direito, bem como requerer diligencias complementares e
juntar documentos. Assim, a fase de audiência dos interessados constitui uma das mais
importantes manifestações de uma Administração participada

Teste de avaliação continua - 31/5/13

I-Defina sucintamente:
1-Procedimento administrativo: art. 1.º/1 - Entende-se por procedimento administrativo a
sucessão ordenada de atos e formalidades relativos à formação, manifestação e execução da
vontade dos órgãos da Administração Pública. Consiste no modo de proceder da
Administração Pública nas suas relações com os cidadãos. Trata-se da sucessão ordenada de
atos e formalidades, estrutural e funcionalmente distintos, com vista à produção de um
determinado resultado ou modificação jurídico-administrativa, que se manifesta numa decisão
final que poderá ser um ato, regulamento ou contrato administrativo. Tendo como objetivo a
prática de um ato susceptível de produzir efeitos jurídicos na esfera jurídica de um particular, o
procedimento administrativo é constituído por um conjunto de atos que não detêm
autonomia funcional, tendo repercussão jurídica apenas na sua sequência. No entanto, pode
suceder que, no âmbito do procedimento principal, se encontrem vários subprocedimentos
dirigidos à prática de atos e decisões incidentais ou prejudiciais. Para que esses procedimentos
“incidentais” ou “prejudiciais” possam ser considerados legalmente como procedimentos
administrativos, será necessário que a respetiva decisão constitua ela própria uma decisão
final. Finalmente, importa destacar que o procedimento relativo aos atos e formalidades
necessários para que a decisão final produza efeito, como, por exemplo, o visto e a aprovação,
é um procedimento único e não secundário, muito embora seja admissível e razoável a sua
integração no âmbito do procedimento administrativo principal, isto é, decisório.
2- Acção administrativa especial -

II - Distinga:
1-Homologação e aprovação
2-Regulamento e ato administrativo: que os regulamentos são sempre gerais e abstratos, os
atos administrativos são individuais e concretos. As coisas poderão complicar-se sempre que a
administração aprova atos administrativos que tem como destinatários uma pluralidade de
pessoas. Neste caso devemos aporar se os destinatários que não são mencionados são ou não
determináveis. Se forem determináveis são um ato administrativo geral, se não forem
determináveis estamos perante um regulamento. Não obstante poderem dirigir-se a uma
pluralidade de pessoas não determináveis, o ato administrativo esgota-se numa única
aplicação.
III - Comente a seguinte afirmação:
«No ordenamento jurídico-administrativo português, são vários os limites ao poder
regulamentar»).

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