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II-Distinga:
23/03
Teste escrito-2/06
II-Distinga:
1-Autorização e concessão
A autorização é o ato pelo qual um órgão administrativo permite ao seu destinatário o
exercício de uma competência que já detinha ou de um direito pré-existente. Na primeira
situação, um órgão administrativo que detém uma competência normal para a prática de
determinado tipo de atos só pode exercê-la após permissão de outro órgão administrativo,
que aprecia a legalidade e, ou, o mérito do conteúdo escolhido. Neste caso, a autorização é
condição de validade da prática do ato. Na segunda situação, o destinatário do ato já detém o
direito que pretende exercer; no entanto, por razões de interesse público, o exercício desse
direito está condicionado a uma apreciação administrativa prévia.
A concessão é um contrato administrativo bilateral, através do qual a administração pública
outorga aos administrados ou, ainda, faculta-lhes o exercício de uma atividade material. O
termo concessão também é usado como indicador de ato jurídico de natureza contratual,
como ocorre na concessão de uso de bem público. Portanto, é o contrato entre a
Administração Pública e uma empresa particular, pelo qual é transferida a execução de um
serviço público, para que o particular o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco,
mediante tarifa paga pelo usuário, em regime de monopólio ou não.
2- Homologação e visto
Teste escrito-12/4/2019
I-Defina sucintamente:
1- Princípio da cooperação e boa-fé procedimental
Uma colaboração permanente entre a Administração com os particulares constitui extinguível
ponto de partida para um adequado cumprimento das tarefas a que está sujeita. Nesta linha
de pensamento dispõe o artigo 60º do CPA que a Administração e os interessados devem
cooperar entre si, com o fim de serem fixados de forma rigorosa os pressupostos da decisão e
de alcançar decisões justas e legais. Se à Administração corresponde a concretização
procedimental do princípio da colaboração com os particulares, previsto no artigo 11º do CPA,
aos interessados diz respeito uma atuação de boa-fé, devendo estes abster-se de requerer
diligencias inúteis ou de lançar mão de expedientes dilatórios, suscetíveis de atacar o objetivo
da tomada de uma decisão justa e num prazo razoável. A hipotética violação do dever de
cooperação por parte das entidades administrativas fará desencadear a sua responsabilidade
civil extra-contratual (Artigo 16º do CPA), ao passo que a atuação de má-fé pela mão dos
interessados, no decurso do procedimento administrativo irá constituir, pelo responsável da
direção, na obrigação correlativa de rejeitar liminarmente toda e qualquer manobra dilatória
capaz de impedir uma decisão tempestiva (artigos 59º e 108º, nº3 do CPA).
II-Distinga:
1- Autorização permissiva e autorização constitutiva
Um dos mais atos típicos favoráveis, isto é, atos que conferem vantagens aos destinatários, é a
autorização. No caso das autorizações propriamente ditas, ou autorizações permissivas, o
particular é titular de um direito subjetivo preexistente, cuja exercitação está, porém,
condicionada por lei a uma intervenção da autoridade administrativa competente. O direito
em causa já integra a esfera jurídica do requerente, mas só pode ser exercido mediante essa
autorização, como é exemplo uma autorização para uma manifestação. Na hipótese de
autorizações constitutivas, autorizações licença, a Administração atribui ao destinatário o
direito de exercer uma atividade que é proibida por lei. Assim, o particular não é, ainda, titular
de qualquer direito subjetivo, pelo contrário: atividade que pretende exercer está-lhe, em
princípio, vedada. A entidade administrativa competente pode, excecionalmente, remover a
aludida proibição legal, convencida que o particular esteja apto para o exercício dessa
atividade, em consonância com o interesse público. Em suma, é através de uma autorização
licença(constitutiva), que o particular fica titular de um direito que irá permitir-lhe exercer
uma atividade que pode até ser de interesse público, é o exemplo de uma licença para uma
exploração de uma indústria.
2-Aprovação e homologação
A aprovação e a homologação são exemplos de atos secundários. Desde logo, a aprovação é o
ato pelo qual um órgão administrativo, concordando com o conteúdo de um ato praticado em
momento anterior por outra entidade, lhe confere eficácia, é o exemplo da aprovação tutelar
do Governo de atos praticados por institutos públicos. Existem alguns atos cuja eficácia pode
ser diferida ou condicionada. Um destes casos é precisamente o de atos sujeitos a aprovação
(artigo 157º a) do CPA). Apesar de o ato praticado ser o ato aprovado e não o ato de
aprovação, aquele só poderá produzir efeitos jurídicos a que se tende e quando este último
sobrevier. No caso de homologação, trata-se de um ato administrativo que confirma ou ratifica
os fundamentos e as conclusões provenientes duma proposta ou dum parecer emanados de
um órgão (artigo 152º nº2, do CPA). Significa isto que o ato principal é a própria homologação,
não o ato homologado, que é um ato meramente instrumental, suscetível por si só de produzir
efeitos jurídicos externos.
I-Defina sucintamente:
1-Procedimento administrativo: art. 1.º/1 - Entende-se por procedimento administrativo a
sucessão ordenada de atos e formalidades relativos à formação, manifestação e execução da
vontade dos órgãos da Administração Pública. Consiste no modo de proceder da
Administração Pública nas suas relações com os cidadãos. Trata-se da sucessão ordenada de
atos e formalidades, estrutural e funcionalmente distintos, com vista à produção de um
determinado resultado ou modificação jurídico-administrativa, que se manifesta numa decisão
final que poderá ser um ato, regulamento ou contrato administrativo. Tendo como objetivo a
prática de um ato susceptível de produzir efeitos jurídicos na esfera jurídica de um particular, o
procedimento administrativo é constituído por um conjunto de atos que não detêm
autonomia funcional, tendo repercussão jurídica apenas na sua sequência. No entanto, pode
suceder que, no âmbito do procedimento principal, se encontrem vários subprocedimentos
dirigidos à prática de atos e decisões incidentais ou prejudiciais. Para que esses procedimentos
“incidentais” ou “prejudiciais” possam ser considerados legalmente como procedimentos
administrativos, será necessário que a respetiva decisão constitua ela própria uma decisão
final. Finalmente, importa destacar que o procedimento relativo aos atos e formalidades
necessários para que a decisão final produza efeito, como, por exemplo, o visto e a aprovação,
é um procedimento único e não secundário, muito embora seja admissível e razoável a sua
integração no âmbito do procedimento administrativo principal, isto é, decisório.
2- Acção administrativa especial -
II - Distinga:
1-Homologação e aprovação
2-Regulamento e ato administrativo: que os regulamentos são sempre gerais e abstratos, os
atos administrativos são individuais e concretos. As coisas poderão complicar-se sempre que a
administração aprova atos administrativos que tem como destinatários uma pluralidade de
pessoas. Neste caso devemos aporar se os destinatários que não são mencionados são ou não
determináveis. Se forem determináveis são um ato administrativo geral, se não forem
determináveis estamos perante um regulamento. Não obstante poderem dirigir-se a uma
pluralidade de pessoas não determináveis, o ato administrativo esgota-se numa única
aplicação.
III - Comente a seguinte afirmação:
«No ordenamento jurídico-administrativo português, são vários os limites ao poder
regulamentar»).