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INTRODUÇÃO AO DIREITO I

Lição nº4
22/10/2019
Nesta lição falaremos das notas caracterizadoras da ordem jurídica
1ª Nota: COSMO
A primeira nota caraterizadora que podemos constatar, é que a Ordem Jurídica é é um
cosmo e não um caos . Visa uma vida social e uma coexistência humanamente
possível; o homem recorre ao direito para completar a sua natureza biológica
inacabada e incompleta. O cosmo só existe, porque houve homens que o criaram com
vista a defenderem-se do caos que lhes foram surgindo naturalmente então afirmamos
que sem caos, não havia cosmo.
Isso demostra a importância da praxis (prática), e este como ordem não poderia
permitir que a cada dia se resolvesse um problema de forma diferente, pois traria
insegurança e desigualdade.

 A Ordem jurídica integra-nos comunitariamente, pois controla a nossa vida em


comum;
 É um comum normativo de uma comunidade concreta, pois estamos uns com
os outros, e não uns ao lado dos outros;
 É tendencialmente coerente;
 Garante formalmente ordem;

2ª Nota:
É um esforço cultural, na medida, em que tal como o homem é deficiente no seu
acabamento, estando em constante mutação, e daí aparecer como segunda natureza;
3ª Nota:
A ordem jurídica assume também uma objetividade, na medida em que é direto e
objetivo nas suas decisões e pode se qualificar como:
- Objetividade Autárquica, na medida, em que é autossuficiente no seu poder.
A ordem jurídica apresenta então, uma objetividade autárquica. Está concentrado em
nós mesmos, uma vez que ela atua praticamente sobre nós, como destinatários, não
sendo objetos, mas sim sujeitos, daí ser o direito um meio de mediação de sujeitos
com o mundo.
Legitima pois é criada para nos democraticamente
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Márcia Fernandes Teixeira
219045327
INTRODUÇÃO AO DIREITO I

- Objetividade dogmática
Aquilo que nos impõem indiscutivelmente na medida em que tudo é feito de
pressupostos, que são indiscutíveis e têm que ser aceites, pois nada seria possível.
Falando sobre ações-decisões, vemos a importância dos pressupostos, porque se não
existissem para condicionar as nossas ações, dificilmente teríamos decisões bem
fundamentadas e que valessem a pena. A prática humana, tem portanto, pressupostos
dogmáticos, e estes têm por base, decisões, que se traduzem numa opção, e estas por
sua vez, remetem a um poder, pois tudo o que aqui acentuamos se projeta na
intervenção aqui de uma autoridade.
4ª Nota:
Não podemos prescindir da dogmática porque o homem tem de decidir sobre
revelações excessivas mesmo quando a decisão não é clara.
Não podemos ficar petrificados ou na prática não saberíamos como agir.
Em suma toda a prática postula uma dogmática, ainda que sujeita a critica .

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Márcia Fernandes Teixeira
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