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A expressão “Estado de direito” significa que o exercício do poder público está submetido a
normas e procedimentos jurídicos (procedimentos legislativos, administrativos, judiciais) que
permitem ao cidadão acompanhar e eventualmente contestar a legitimidade (i.e, a
constitucionalidade, a legalidade, a regularidade) das decisões tomadas pelas autoridades
públicas.
A ideia de separação de poderes é fundamental para se dizer que vivemos num estado de
direito.
O estado estado esta obrigado a respeitar esse direito e de tomar medidas para os concretizar
através de leis, regulamentos,etc.
Direitos fundamentais caracterizam-se por serem fatos da vida social que o Estado, por meio
de seu ordenamento jurídico, reconhece como direitos tão importantes que lhes atribui um
estado superior devido a sua essencialidade no mundo jurídico.
• Posições jurídicas fundamentais que o homem tem pelo facto de nascer e viver
• Aspectos imediatos da exigência de integração do homem ou da subjectividade
• Condições essenciais ao seu ser e dever
• Revelam o conteúdo necessário da personalidade humana em si
• São direitos de exigir de outrem o respeito da própria personalidade
• Têm por objeto modos de ser físicos e morais da pessoa ou bens da personalidade
física, moral e jurídica ou manifestações fraccionárias da personalidade humana ou
a defesa da própria dignidade.
Os dtos fundamentais tem uma incidência publicista imediata, ainda quando ocorram efeitos
nas relações entre particulares e os dtos de personalidade uma incidência privatística ainda
que sobreposta às dos dtos fundamentais
Os dtos fundamentais pertencem ao domínio do dto constitucional e os de personalidade ao
do dto civil.
SITUAÇÕES FUNCIONAIS
Situações ativas e passivas, são atribuídas às pessoas em razão da função que desempenham
( facto de serem pessoas).
Situações jurídicas ativas e passivas dos titulares dos órgãos e de certos agentes do estado e de
quaisquer entidades publicas
Artigos: 113.º nº3, 117.º nº2, 130.º, 154.º, 155 nº2, 157.º, 158.º, 159.º, 196.º, 216.º e 233 n.º2.
Os dtos fundamentais são de carater livre já as situações funcionais são de carater obrigatório
quanto ao seu exercício ou da invocação .
INTERESSES DIFUSOS
Destinguem se dos dtos fundamentais por serem interesses colectivos e não individuais
Dtos liberdades e garantias não precisam da interferência do estado, são direitos ao respeito
por uma esfera jurídica pessoal de existência de liberdade ou de açao que pressupõe uma
correlativa a abstenção, omissão e não interferência dos poderes públicos. São portanto
esferas de liberdade salvaguardadas do poder publico.
Impõem aos estado um dever de abstenção ex. dto à integridade física, dto de liberdade de
expressão…
Já os dtos económico sociais e culturais são dtos de auxilio do estado. São dtos a prestações
sociais positivas, que têm como correlato um dever de ação por parte do estado como ex
temos o dto à segurança social , dto ao subsidio de desemprego .
Nos dtos liberdades e garantias a sua ideia base é a limitação jurídica do poder e nos dto
económicos sociais e culturais tem por base a orgamização da solidariedade do estado.
REGIME ESPECIFICO DOS DTO LIBERDADES E GARANTIAS( ART 18, 165.º B) E 288.º D)
Esta caraterística resulta também do art.18º nº1, mas agora já da 2º parte deste artigo da
CRP. Os direitos fundamentais nascem e desenvolvem-se como garantias concretas de
liberdade e autonomia das pessoas contra o Estado (entidades públicas em geral), evolução
que veio a desembocar na moderna sugestão de que os direitos fundamentais são trunfos
contra o Estado. É esta a ideia que resulta do art.18º nº1 quando reconhece que as entidades
públicas são as primeiras destinatárias das normas de direitos, liberdades e garantias. Assim,
os direitos, liberdades e garantias são vinculativos. Vinculam o estado e entidades públicas. A
Constituição neste artigo parece sublinhar a existência de um dever específico de respeito, de
proteção e de promoção dos direitos fundamentais. Esta força vinculativa dirige-se, em
primeiro lugar, ao legislador, ao governo/administração e aos tribunais. Ao utilizar o enunciado
linguístico “entidades públicas’’ o texto constitucional pretende, através de uma espécie de
“super-conceito” tornar claro que a decisão constitucional se deve entender no sentido de
uma vinculação explicita e principal de todas as entidades públicas. Traduz-se, portanto, num
dever de legalidade. A cláusula de vinculação de todas as entidades públicas exige, uma
vinculação sem lacunas: abrange todos os âmbitos funcionais dos sujeitos públicos e é
independente da forma jurídica através da qual as entidades públicas praticam os seus atos e
desenvolvem as suas atividades. Em termos práticos, vinculação de uma entidade pública
como, por exemplo, o legislador, significa que “vinculados’’ estão tanto os órgãos legislativos
(AR, governo e ALR) como os órgãos executivos e jurisdicionais. Registe-se, ainda, uma outra
nota justificativa do apelo ao conceito de entidades públicas: a vinculação é extensiva a todos
os poderes públicos e não apenas aos poderes estaduais, abrangendo as pessoas coletivas de
direito público, a administração direta e indireta e a administração autónoma. Pode afirmar-se
que as entidades públicas estão sob reserva de direitos, liberdades e garantias. As formas de
atuação dessas entidades podem ser extramente diversas: desde os atos normativos típicos
(leis, regulamentos) às várias medidas administrativas ou decisões judiciais, passando pelas
próprias intervenções táticas, nenhum ato das entidades públicas é “livre’’ dos direitos
fundamentais.
Três coisas resultam no final: 1) a exigência em questão visa proibir a utilização neste domínio
de leis de natureza individual e concreta; 2) visa assegurar que através da restrição não seja
afetado o postulado de uma liberdade igual; e 3) poder eventualmente não dispensar a
consideração de outros princípios, designadamente a componente de justiça material inerente
à dimensão positiva do princípio da igualdade. Não retroatividade- as restrições não podem ser
retroativas. Não seria possível um mínimo de confiança num estado se os direitos,
liberdades e garantias pudessem ser restringidos retroativamente. A restrição é sempre
parcial- isto significa, como acima foi dito que o direito tem de continuar em vigor, ou seja,
pode ser restrito, mas não se pode diminuir o alcance e extensão do conteúdo (art.18º nº3 da
CRP). Há, portanto, uma proteção da essencialidade, tem de ser deixado o essencial do direito
sendo que as restrições devem limitar-se ao necessário.