Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Factos jurídicos -ato humano/natural que produz efeitos jurídicos, modificação, extinção de
situações jurídicas, eventos aos quais a norma jurídica atribuis formas jurídicas correspondem
a acções humanas pq o
Dependem sempre de uma determinada ação, ação «voluntaria ou involuntária humana, ou
até de uma omissão aos quais a ordem jurídica reconhece determinados feitos jurídicos
Todos os factos voluntários praticados por ação do homem aos quais são determinados certos
Os factos jurídicos podem ser:
Naturais: não tem interferência da ação humana, são limitados a eventos ada
natureza, as normas jurídicas atribuem efeitos jurídicos, o decurso do tempo-é um
facto natural, é também ele um facto jurídico em determinadas circunstancias
Humanos: factos voluntários. Há sempre uma vontade dirigida a determinado fim que
é pretendido pela pessoa e a lei atribui determinados efeitos a esses factos. Há factos
voluntários humanos que podem ser lícitos ou ilícitos, ou seja, de acordo cm a lei ou
contra a lei. O mais relevante é o negocio jurídico-acto voluntario humano ilícito mais
relevante da nossa ordem jurídica
O negócio jurídico pode ser classificado: Quanto à sua estrutura-pode ser um negócio
Conceito: Declaração de vontade privada que visa a produção de um efeito jurídico e que se
verifica conforme a ordem jurídica, e também consoante as partes ou parte que a pessoa
pretendeu que ocorresse
A pessoa que praticou os factos quis a consequências se realizasse, os fins são queridos por
parte de quem pratica o negócio jurídico
Declaração de vontade-
Os pressupostos para que um negócio produza os seus efeitos:
Vontade dirigida à produção de efeitos produzida pela declaração de vontade
Art.º 217
Para haver negócio jurídico tem que haver declaração de vontade e essa vontade têm que ser
manifestada, declarada de forma expressa ou tácita (comportamentos que a pessoa pratica e
que revelam manifestação de vontade).
Declaração negocial-exteriorização de uma vontade que a pessoa ou a parte tem, pode ser
expressa ou tácita. Manifestação de vontade que produz efeitos jurídicos. Comportamento por
meio do qual a pessoa comunica a determinada vontade a que o dto atribui consequências
jurídicas que são queridas por parte da pessoa que manifestou por parte da declaração
negocial. Apresenta dois elementos: Elemento interno vontade externo manifestação dessa
vontade através da declaração da vontade.
Quando os factos praticados por uma pessoa para quem esta a observar revelam uma
manifestação de vontade
Art.º 218 – o silêncio só vale de declaração negocial, só produz efeitos quando a lei atribui esse
efeito. Não há manifestação de vontade. Ex: art.º1163
Art.º 219 a declaração negocial não depende da forma
Exigências de forma
19/02 AULA TEÓRICA
PERFEIÇAO DA DECLARAÇAO NEGOCIAL ART.224.º E SS
Simples ato jurídico- associa uma determinada consequência jurídica que não é o efeito
pretendido pelo autor da declaração; Os efeitos produzem-se por força da lei( ex lege )
Pode ser:
Quase negócio jurídico (ato quase negocial) - o autor da declaração ao exteriorizar
essa vontade o autor
Operações jurídicas ( ou atos materiais, ou atos reais, ou ato exterior) não há uma
declaração dirigida a alguém.
Podem ser:
Recetícios- pode a lei exigir que tenham que ser reconhecidos por alguém, tem que ter um
destinatário
Não recetícios: casos em que a lei diz que a declaração para produzir efeitos não precisa de ter
destinatários, não precisa de ser reconhecido.
Contratos- acordo de vontades; exteriorização de duas ou mais vontades Podem ser:
CASO 2
CASO 3
Martim nasceu. Por ter nascido o seu avô deixou em testamento como legado um quadro da
pintora Paula Rego.
R: Facto jurídico involuntário- nascimento de Martim
CASO 4
CASO 5
CASO 6
Gabriela contacta com o seu devedor Gustavo para que ele lhe pague uma divida de 10.000€
CASO 7
CASO 8
CASO 9
Godofredo doa uma quinta ao seu afilhado Hugo, mas ficando este obrigado a plantar apenas
árvores mediterrânicas na quinta.
R: Contrato jurídico bilateral
Produção de efeitos jurídicos:
Aquisições de dtos
Originária: o dto que a pessoa adquire não depende do dto da mesma coisa na esfera jurídica
de outra pessoa
Derivada: o dto que a pessoa adquire é um dto que já existe na esfera jurídica de outra.
Os danos são os danos que possam resultar do comportamento censurável da parte que violou
os deveres e obrigações da boa fé .
n.º1 Este artigo pressupõem que haja culpa por parte da pessoa que causa danos.
Art.408.º-
Principio da consensualidade
Interpretação: Tentar fixar qual o sentido que as partes quiseram ao celebrar aquele negocio.
De acordo c
m as declarações emitidas qual o sentido, o alcance que as parte quiseram.
Há duas teorias que devem ser seguidas para a interpretação:
Teorias subjectivistas: defendem que o intérprete de um negócio deve sempre
procurara a vontade real do declarante, aquilo que ele realmente quis, quando emitiu
a declaração negocial.
• Teorias objectivistas: defendem que aquilo que deve procura-se quando se
interpreta um negócio o sentido que o declarante observou através da exteriorização
da sua vontade. A interpretação deve ser então objectiva e não de natureza
psicológica do declarante
Aquisição de um bem por “uso campeão “- o decurso do prazo leva a que esse bem seja
Negócio jurídico
Caso 1
Liliana foi nomeada tutora de Marta com puderes de mera administração.
No exercício do cargo mandou reparar o telhado de casa marta 1*e pintar as paredes do seu
interior de verde agua com o dinheiro que a mesma tinha no banco 2*
Devido à má produção vinícola do ano, cedeu o terreno de marta para exploração de pedras aí
existente recebendo por isso marta um avultado pagamento 3*. Com esta quantia mandou
construir uma piscina nessa propriedade.4*
Marta discorda da atua da tutora e pretende anular os negócios jurídicos realizados.
AULA PRÁTICA 09/03
CASO 1
CASO 2
Enquanto por cá permaneceu, comprou e mobilou uma vivenda na sua terra natal e fez um
seguro do recheio da casa.3*
Acordou com Joviano que este passaria a cuidar da sua casa e jardim abrangente.4* Constitui
com o seu amigo de longa data Inácio uma sociedade comercial 5*contarto de sociedade
comercial, contrato intervivos , a “Radas Seguras LDA” dedicada ao transporte escolar.
6*Revogou o mandato do seu antigo procurador Emanuel.7*negocio jurídico unilateral
receticio
Precisando de regressar a França para tratar de negócios ainda pendentes e por ter medo de
andar de avião, leontino resolveu fazer o seu testamento.8* Em agradecimento pela gentileza
da sobrinha custódia em tê-lo acompanhado ao aeroporto, Leontino comprou um bilhete de
lotaria 9* e ofereceu-lhe.10*
1. Contarto de prestação de serviços de transporte
2.
3.
4. Negocio jurídico bilateral-contrato bilateral negocio oneroso aleaório
5. negocio intervivos, negocio de disposiçao
6. Negócio jurídico plurilateral patrimonial
7. Negocio jurídico unilateral receticio
8.
9. Negócio jurídico aleatório
10. Doção
Declaração negocial
Sem declaração negocial não há negócio jurídico.
Integrada pela vontade (elemento volitivo) e pela exteriorização da vontade(elemento
declarativo).
Elemento externo: consiste no comportamento declarativo;
Elemento interno: consiste no querer, na realidade que normalmente existirá e coincidirá com
o sentido objetivo da declaração.
Nem sempre são feitas de forma ”limpa”
Art.217.º - declaração tácita
Ex: quando estaciono um carro no parque pago
Caso 1
Leopoldino acordou com o livreiro Umbelino em como este lhe enviaria um exemplar das
primeiras edições de autores portugueses, ficando Leopoldino com essas obras caso não as
recusasse no prazo de 10 dias. No dia 5 de Abril de 2020 Leopoldino recebeu um livro de
Umbelino, encomenda que não chegou a abrir em virtude de afazeres profissionais no dia 16
desse mesmo mês Leopoldino foi vítima de um grave acidente de viação que o deixou em
coma durante 15 dias precisamente nesse período Leopoldino recebeu mais 1 exemplar.
Totalmente recuperado e já em casa Leopoldino abre a encomenda e descobre que a primeira
é uma obra que já possui, por lhe ter sido oferecida pelo amigo. A segunda é de um autor
português que Leopoldino não aprecia.
Leopoldino contacta o livreiro e diz-lhe que não quer ficar com essas duas obras a que o
livreiro se opõe.
Eficácia da declaração negocial ; interpretação e integração dos n.j
AULA TEÓRICA 12/03
Matéria até ao art.246.º CC
Simulação mais importante.
Nos termos da 2.º parte do art.247.º a declaração negocial o elemento sobre qual incide o erro
é essencial para o declarante. A anulabilidade da declaração negocial resulta apenas à situação
em o elemento essencial incide sobre o erro.
A anulação por parte do declarante pode levar a que o declaratário seja indemnizado.
Art 248.º pode haver uma situação de erro na declaração de vontade se o declaratório aceitar
o negocio do declarante.
Art.250.º situação em que a transmissão da vontade do declarante para o declaratário é feita
por um 3.º que transmite de forma errada. Nesta situação o erro é imputável ao declarante.
Quando o intermediário transmite a declaração por dolo , para declaração ser anulada.
Culpa inteligente – é imputável ao declarante a pessoa que transmitiu a vontade.
A formação da vontade do declarante tem que ser bases concretas, esclarecidas, se a vontade
se formou de uma forma viciada dá origem à declaração de uma vontade divergente da
realidade.
Situações em que não existe divergência entre a vontade real e a vontade declarada , mas a
vontade é formada viciadamente , a vontade foi formada tem com base em algo que não
existe- deformação do processo da declaração de vontade. A declaração que é expressa é
convergente com a vontade real.
Art.252.º-erro sobre os motivos: representação intelectual que o declarante faz de uma
determinada realidade que é determinante para a formação da vontade de contratar. Traduz-
se numa ideia inexacta, numa representação inexacta sobre a existência, subsistência, ou
sobre uma circunstância presente ou actual que era determinante para a vontade do
declarante. Situação em que a vontade real e a vontade declaração são divergentes. O
processo de formação dessa vontade baseou-se em situações que são inexistentes. Este erro
incide sobre o lado subjectivo do processo da vontade do declarante, esse erro vai recair sobre
os elementos essenciais da formação da sua vontade.
Só é causa de anulação as partes tiverem reconhecido as causas. O erro que incida sobre
motivos que as partes tiverem reconhecido como essenciais ao negócio, este pode ser
anulado. Estes motivos têm que ser parte integrante do negócio jurídico.
O regime aplicado ao erro sobre as circunstâncias remete para o art. 437.º
As situações de erro requerem para elementos próprios de negócios
Condutas omissivas: consistem em não esclarecer ao seu declarante o seu erro. Se o dolo
resultar de uma conduta positiva o dolo diz-se comissivo ou positivo, se resultar de uma
condutra negativa diz-se negativo, omissivo, consciência ou má fé.
Art.251.º dolo
Art.253.º-dolos malus situações, condutas positivas ou negativas que levam a induzir ou
manter o dolo . dolos bónus- dolo irrelevante juridicamente, não tem consequências jurídicas
DOLOS MALUS Para o dolo ser relevante tem que ter dupla causalidade. ´e quando o dolo Cusa
um erro e esse erro em que a pessoa causa a vontade é determinante para a declaração de
vontade. Se não tivesse sido induzido em erro a pessoa não teria celebrado o negócio. Só há
dolo relevante quando o declarante tenha caído em erro … art.253.º/1
AULA PRÁTICA 23/03
Art.230.º vem criar uma doutrina polémica que se prende com o n.º2
Art.239.º
3.º “ou de acordo com os ditames da boa fé, quando outra seja a solução por eles imposta. “-
deixar para o legislador tomar a decisão
O A quer doar um bem a C mas existe um impedimento legal, como forma de contornar essa
legalidade A doa a B e B doa a C.
A compra imóvel a b vende imediatamente a C .
Quanto à natureza do negócio ou valor
Joao tinha duas namoradas, catia e rita, o que so lhe causavas probkemas.
Ofereceu a catia 1 apartamento, mas para que rita não soubesse outorgou em escritura
publica onde ficou a contar
Passados uns dias catia vendeu a
AULA TEÓRICA 26/03
DOLO
Qualquer negócio com origem numa vontade deformada, uma vontade não-livre é um negocio
anulável art.256.º.
Na ação humana há que distinguir 2 situações: alguém que ameaça o declarante com o mal
provocando receio ou medo levando a que emita a declaração negocial. A ameaça leva ao
declarante emitir a declaração negocial. Alguém coloca o declarante na necessidade de
celebrar o negócio. Objetivo é fazer com que a pessoa não emita a declaração.
Elementos necessários para uma situação de coação moral:
1. Ameaça de um mal- situação do coator ; existe quando há o desencadear do mal;
situação em que ainda não ocorreu ou está a ocorrer ;
2. Ilicitude da ameaça- tem que existir a prática de um ato ilícito. Seja de natureza civil
ou criminal. O mal praticado é um mal ilícito.
3. Intencionalidade da ameaça- tem que ter por fim que o declarante emita a declaraçao
negocial.
Tem que existir um nexo de causalidade: se a pessoa ameaçada profere uma declaração
negocial mas já a queria fazer. Entre a ameaça feita e a vontade declarada. E a causa dessa
vontade é o medo.
A coação moral não se distingue da coação física pelo meio utilizados. Na coação física há
limitação física do declarante. A diferença consiste em saber se perturbam ou limitam a
formação de vontade do coagido. A coação física impede a formação da vontade, há completa
limitação da vontade do declarante, ele não consegue exprimir a vontade que é formada pelo
medo.
Interpretação à contrário: Constitui coação a ameaça de um exercício anormal de um dto.
A declaração negocial que o declarante tem que emitir numa coação moral tem que ser a que
o declaratário queria emitir..
A declaração emitida pelo declarante por força do medo não é um causar do prejuizo.
Há situações em que o temor reverencial é considerado coação moral nas situações em que
por parte de quem não queremos desagradar existe um abuso de poder.
Estado de necessidade: situação em que o declarante esta em situação de perigo em o
declaratário se aproveita disso
Art.257.º Incapacidade acidental situação em que a pessoa é incapaz de entender a declaração
mas de forma temporária. Caso o declaratário não note a capacidade o negocio é válido mas
caso contrario se for notório é anulado o n.j
Art.282.º a 284.º- fim de proteger pessoas afectadas por situações de inferioridade
Art.282.º/1-
R: Compre e venda negócio simulado nulo; doação é nula por vicio de forma
Pode ser invocada a nulidade por 3.º ou por outro interessado. Não se aplica o art 243.º/1 mas
si o art.291.º
3.º Negócio venda do colar
Simulação pq foi feita uma venda simulada por documento escrito e fingiu-se, na realidade fez-
se uma doação art.9
Artigo associado em casos de simulação art.394.º
Nº2-impede que seja aplicada a prova testemunhal quando invocada pelo simulador
Simulação reserva mntal resenva física erro na trasmissai
Hipótese prática
O locutor da radio comunicou que quem nesse dia se deslocasse de Lisboa-Porto em menos de
2h:30m ganharia um mercedes.
Joana apanhou um avião no aeroporto de lisboa e chegou ao porto dentrp das horas
anunciadas, reclamando o premio
Foi informada pela administração da estação de radio que se tratava de uma graça inserida na
campanha da regionalização.
Joana que só foi ao porto por causa da promessa pretende uma indemnização
Quid júris ?
Art.245.º/2
Declaração não seria .
Estamos perante uma figura entre a vontade real e a vontade declarada: divergência
intencional não enganosa
Uma declaração não seria nunca produzirá efeitos.
indemnização art.227.º
Hipótese 2
Em Janeiro de 2020 Leonildo , proprietário de um automóvel de gama alta foi espancado por
Óscar até aceitar assinar um documento no qual declarava doar o automóvel a este.
Leonildo pretende agora recuperar o veículo que, entretanto, foi vendido por Óscar a Vitorino.
Em Fevereiro seguinte, num leilão, Leonildo faz uma saudação a Filomena com quem tinha
combinado encontrar-se. O leiloeiro entendeu que Leonildo estava a rematar uma escultura
por 30.000 €. Leonildo argumenta que estava apenas a cumprimentar Filomena. A empresa
leiloeira alega que, sendo Leonildo frequentador assíduo de leiloes conhecia o significado
desse gesto num leilão
Aprecie numa perspetiva jurídica as situações protagonizadas por Leonildo.
Falta de consciência na ação de Leonildo com Filomena art. 246.º declaração negocial nula.
haverá nulidade do negocio
Se for provada a culpa do declaratário o declarante ser indemnizado art.227.º
Na coação física há ausência da vontade. A pessoa do coagido é uma pessoa que fica
Na coação moral tem um expeto maior, pode envolver coação física.o coagido poe decidir
fazer ou não o que se pede que faça. A sua liberdade decisória não esta suprimida mas não
condicionada.
Hipótese 3
A tem uma amiga especial e pretende doar-lhe em ap. Em Vilamoura mas para contrariar a
proibição do art 2…. Aplicada por força do 953.º/1
A resolve combinar cm B fingir doar-lhe o ap em Vilamoura para que B faça a doação a C
Simulação relativa
NEGOCIOS USURÁRIOS
Regime jurídico:art.282.º
Art.258.º
Efeitos de representação
art.268.º
AULA PRÁTICA 27/04/2021
Casos práticos
ERRO DO VÍCIO
Gisela comprou a Filomena um terreno, convencida de que ai poderia edificar uma vivenda. A
vendedora ignorava se era ou não autorizada a construção, mas sabia que Gisela só comprava
o terreno por estar convicta da autorização para construir a casa. *erro sobre objeto do
negócio art.251.º-vicio negocial (Erro sobre o objeto imediato- a pessoa esta em erro sobre a
natureza do negócio). Constatando que afinal não podia construir o quer que fosse, Gisela
vendeu o terreno a Isaías assegurando-lhe, contra a verdade por si sabida que aí poderia
edificar uma vivenda.-* Dolo art.253.º Dolo proveniente do declaratário dolo positivo: leva a
intenção de enganar através de uma atitude positiva.- Induziu Isaías em erro, provocou o erro.
Dolus malus: –tem finalidade de prejudicar para beneficio próprio.. Dolo fraudulento- há
intenção de enganar com consciência de causar prejuízo; dolo incidental-influi nos termos do
n.j
Isaías, verificando que teria sido enganado disse a Gisela que ou ele declarava dever-lhe
50.000 € ou lhe dava um tiro.
Com medo da ameaça, Gisela assinou uma folha de papel onde declarou dever a referida
importância a Isaías. -coação moral art.225.º
Gisela, pretende que não tenha validade a declaração de divida e que seja anulado o negócio
celebrado com Isaías . *pode anular- negócios celebrados cm dolo são anuláveis- 253.º 247.º
287.º
Isaías pretende que Gisela lhe devolva o dinheiro que pagou pelo terreno e ainda ficar com o
50.000 a título de uma indemnização.* Gisela agiu em má fé, Isaías pode pedir indemnização
por dano de confiança. art.227º
Filomena defende nada ter a ver com essa confusão toda.
Caso 2
Carl, turista alemão a passar férias no algarve, pretendia alugar um barco pertencente a
Bernardo, português. Em virtude de desconhecer a língua portuguesa, Carl começou por
escrever um projecto de proposta em alemão e depois deslocou-se ao escritório de Ernst,
tradutor profissional pedindo-lhe que traduzisse esse texto para português.
Sucede que, devido a uma tradução inexacta por parte de Ernst a carta que Carl enviou por
correio a Bernardo falava em compra e não em aluguer, tendo bernardo respondido: aceito.
a) Imagine que Bernardo ignorava a inexactidão da tradução. Quid júris? *divergência não
intencional -Erro na transmissão da declaração art.250.º para que o negocio ser anulável
teria que se verificar os pressupostos do n.1º
b) Imagine que Bernardo tinha subornado Ernst para que este fizesse uma tradução inexacta.
Art.250.º/2 existe dolo logo é anulável o negocio
Caso 3
Estando previsto que as marchas populares passariam na avenida da república, João contratou
com isaura a cedência de uma varanda da casa desta para ele e a família poderem assistir ao
desfile, pagando por isso 750€.
As marchas populares seguiram outro percurso e João pretende que lhe seja devolvida a
importância que pagou. Isaura admite restituir-lhe só metade da quantia recebida. Quid júris.
*Erro sobre os motivos art.252.º *
Ou a alteração já teria sido feita antes de se celebrar o negócio
Ou a alteração foi feita depois de se celebrar o negócio: alteração superveniente das
circunstâncias; não havia situação de engano nem por um nem por outro.
Celebraram o negócio com o percurso alterado e ambos não sabiam: *Erro sobre a base do
negócio: o erro tem que ser bilateral alteração posterior à celebração do n.j: alteração
superveniente das circunstâncias art.437.º
Caso 3
José caminha apressadamente para casa. é tarde e ainda está perturbado pelo sobressalto que
teve ao cruzar-se com um vulto desconhecida na entrada da rua. O candeeiro em frente À
porta da sua casa continua sem luz. Tenta encontra as chaves e estas caem-lhe no chão e ,
quando se curva para as apanhar parece-lhe divisar o vulto a caminhar na mesma direcção. Já
não tem dúvidas de que está a ser seguido. Ouve distintamente os passos atras de si. Com a
mão trémula não consegue abrir a porta. O vulto esta mais perto e José leva a mão ao bolso
vira-se e diz:
-Toma, é o dinheiro que tenho, mas noa me faça mal! *Existe uma declaração negocial-
doação (negócio gratuito)
- Senhor José por quem me toma? Sou Ambrósio o guarda-nocturno.
Existe uma falsa representação da realidade jose estava numa situação de erro-vicio, vicio na
formação da vontade, erro sobre a pessoa do destinatário art.251.º
Representação sem poderes- representante apena tem poder para celebrar certo tipo de n.j
Abuso de representação o representante pratica o tipo negocial que o representado , o
representação ignora restrições apresentadas pelo representado
Em ambas as situações o negócio torna-se ineficaz relativamente ao representado
Caso o 3.º não conheça o caso de abuso de rep. O negocio é valido . art.268.º
Negocio consigo mesmo art.261.º
Rep.plural geram conflitos de interesses
Diferença entre condição e termo: Os negócios jurídicos têm termo, ou para começar ou para
acabar. Difere da condição porque é um acontecimento futuro mas certo enquanto que a
condição é incerto.
Regimes especiais de situçoes impostas a certos negócios jurídicos em que o legislador não
aplica o art.271.º/1
Doações. Art.927.º
Testamentos
Condições positivas ou negativas: Na condição positiva o evento condicionante traduz-se na
alteração dum estado de coisas anterior. Na condição negativa o facto condicionante consiste
na não alteração duma situação preexistente.
Caso 1
Em Março de 2020, Rufino vendeu a Osvaldo um automóvel de luxo por baixo preço para
evitar que este divulgasse a sua relação extraconjugal com benedita.
Osvaldo doou este automóvel em Maio de 2020 a Elias, que registou a aquisição no dia
seguinte com total desconhecimento das circunstâncias em que tinha ocorrido a primeira
transacção, contudo em Junho de 2020 a mulher de Rufino descobriu o adultério.
Quid iuris?
Vicio na formação da vontade Coação moral art.255.º- ameaça da divulgação de um ato da
vida intima. Ameaça ilícita de um mal, exercida com o fim de obter uma declaração negocial,
incide sobre a honra do coagido, a ameaça suscitou um receio daí ser emitida a declaração
negocial. O negócio poderia ser anulado art.287.º
Caso 2
Bárbara não consegue libertar-se da sua toxicodependência. Precisando de dinheiro entrou
novamente na ourivesaria de Alcinda em Abril de 2020 para, desta vez, lhe vender uma valiosa
pregadeira de ouro de esmeraldas herdada pela sua avó. Alcinda doou-a por
Lurdes vizinha de Alcinda e que soube do negócio ameaça Alcinda de divulgar uma relação de
adultério caso lhe não venda a pregadeira por 100€
Temendo essa divulgação Alcinda vende-lhe a jóia pelo preço que a Lurdes pretendia.
Poderão ser anulados os negócios?
Vicio na formação da vontade – usura art.282.º -Haver um lucro excessivo (requisito
objectivo); Haver da outra parte um sinal de inexperiência, fraqueza, dependência e o
aproveitamento dessa situação (requisito subjectivo). Um negócio realizado com usura é
anulável
AULA TEORICA 21/05
PRESCRIÇAO E CADUCIUDADE-CAUSAS DE EXTINÇAO DE SITUAÇOES JURIDICAS POR EFEITO
DO TEMPO
Prescrição-art.300.º e ss
Prescrição é a extinção de dtos. Por efeito do seu não exercício dentro do prazo estabelecido
por lei.
O fundamento último encontra-se na negligência do titular do dto. O titular por negligência,
esquecimento, o dto considera que o credor por não se importar com a situação considera que
já não tem legitimidade para exercer esse dto. O facto de não exercer o dto por um tempo
determinado por lei faz com que já não tem legitimidade para exerce-lo. O dto extingue-se,
prescreveu.
Pode-se dizer que o decurso de tempo fixado por lei em função de natureza de um dto
acarreta varias consequências:
Inércia num exercício de um dto: inercia de um titular leva a crer que o credor não
esta capaz de exercer aquele direito; credor deixa de merecer a tutela do dto, a lei
deixa de conceder a tutela de um dto.
Art.300.º- tudo que tenha a ver com prazos de prescrição são normas imperativas não podem
ser alteradas pelas partes, se o fizerem os negócios são nulos
Art.301.º os incapazes através dos representantes legais podem invocar a prescrição
Art.302.º enquanto estiver a decorrer o prazo prescricional (20 anos) não se pode renunciar,
mas passados esses 20 anos pode-se o fazer.
A prescrição é prescrita na lei para beneficiar quem a quer renunciar.
Art.303.º A prescrição não é de conhecimento oficioso, a tem que ser provado pela parte que
aproveita
O tribunal não pode conhecer por ele próprio a prescrição
Pra ser eficaz
Art.304.º
Art.306.º- o prazo só começa quando o dto. é exercido
Modalidades de prescrição
Prescrição ordinária-
Prescrição presuntiva art.312.º e ss : mera presunção de cumprimento de uma
obrigação, decorrido determinado tempo presume-se que o devedor cumpriu a sua
obrigação. o credor não passa recibo e o devedor não consegue fazer prova de que
pagou Esta presunção protege o devedor dos riscos/dificuldades em fazer provar de
que consegue pagar o seu credor nesta situação faz-se um ónus da prova art.342.º/2)
a lei tenta proteger uma das partes do contrato. Ex: agua, luz, gás, telecomunicações
Art.309.º a maioria das situações de cumprimento de obrigações caem num prazo de 20 anos
(prazo geral) a fim destes 20 anos o credor não te, direito de cobrar essa divida
Art.310.º
Çlei 23/96
Art.317.º- norma de dto comercial
CADUCIDADE