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-Saber o que é um direito fundamental:

Direitos fundamentais são direitos básicos reconhecidos e garantidos a todas as pessoas,


independentemente de sua nacionalidade, raça, sexo, religião ou qualquer outra condição. Esses
direitos são considerados essenciais para a dignidade humana, liberdade e igualdade, e têm como
objetivo proteger e promover o desenvolvimento pleno e harmonioso de cada indivíduo.

A classificação dos direitos fundamentais pode variar de acordo com diferentes perspetivas e
sistemas jurídicos. No entanto, é comum encontrarmos a seguinte classificação:

1. Direitos individuais: São direitos que visam proteger a autonomia, liberdade e integridade física e
moral dos indivíduos. Exemplos incluem o direito à vida, à liberdade de expressão, à igualdade
perante a lei, à privacidade, entre outros.

2. Direitos sociais: São direitos que garantem condições dignas de vida, bem-estar e igualdade social.
Eles abrangem direitos como o direito à saúde, à educação, ao trabalho, à moradia, à segurança
social, entre outros.

3. Direitos políticos: São direitos que garantem a participação dos cidadãos na vida política e na
tomada de decisões. Incluem o direito ao voto, o direito de associação, o direito de se candidatar a
cargos públicos, entre outros.

4. Direitos econômicos: São direitos relacionados às atividades econômicas e ao desenvolvimento


econômico. Eles englobam direitos como o direito à propriedade, o direito ao trabalho digno, o
direito ao comércio, entre outros.

É importante ressaltar que essa classificação é apenas uma forma de organizar os direitos
fundamentais e que muitos direitos podem se sobrepor ou ter características de mais de uma
categoria. Além disso, a lista de direitos fundamentais pode variar de acordo com cada país, devido a
diferenças culturais, políticas e jurídicas.

⁃ classificação dos direitos fundamentais sobretudo formal e regimental:

Os termos "direito fundamental formal" e "direito regimental" não são comumente utilizados na
linguagem jurídica, pelo menos não com essa combinação específica. No entanto, podemos entender
o significado de cada um deles separadamente:

1. Direito fundamental formal: Refere-se aos direitos fundamentais que são reconhecidos e
garantidos por um sistema jurídico. Esses direitos são estabelecidos em constituições, tratados
internacionais de direitos humanos e outras leis fundamentais. Eles são considerados essenciais para
a dignidade humana, liberdade e igualdade. Exemplos de direitos fundamentais formais incluem o
direito à vida, à liberdade de expressão, à igualdade perante a lei, à privacidade, entre outros. Esses
direitos devem ser respeitados e protegidos pelo Estado e aplicáveis a todas as pessoas.

2. Direito regimental: O termo "regimental" normalmente está relacionado aos regimentos, que são
regras e normas internas que governam o funcionamento de órgãos, instituições ou entidades. Em
um contexto jurídico, pode-se referir a normas regimentais que estabelecem os procedimentos
internos de um órgão ou instituição, como um tribunal, assembleia legislativa ou outro tipo de
entidade. Essas normas podem abordar questões como a organização, competência, forma de
deliberação, quórum, votação, entre outros aspectos relacionados ao funcionamento interno.

Portanto, se considerarmos a combinação dos termos "direito fundamental formal e regimental",


podemos entender que se está fazendo referência a uma situação em que os direitos fundamentais
são regulados tanto por normas formais (constitucionais e legais) quanto por normas regimentais
que estabelecem os procedimentos internos de aplicação e proteção desses direitos em um
determinado órgão ou instituição.

⁃ Deveres fundamentais/ interesses difusos:

Os deveres fundamentais são obrigações ou responsabilidades que os indivíduos têm para com a
sociedade e o Estado, em contrapartida aos direitos fundamentais que lhes são garantidos. Enquanto
os direitos fundamentais estabelecem as prerrogativas dos indivíduos perante o Estado, os deveres
fundamentais enfatizam as obrigações e responsabilidades dos cidadãos em relação à comunidade
em que vivem.

Os deveres fundamentais variam de acordo com cada país e sistema jurídico, mas geralmente
incluem as seguintes obrigações:

1. Obedecer à Constituição e às leis: Os cidadãos devem cumprir as leis estabelecidas pelo Estado,
respeitando as normas e regulamentos em vigor.

2. Pagar impostos: Os indivíduos são obrigados a contribuir financeiramente para o funcionamento


do Estado e para a provisão de serviços públicos.

3. Respeitar os direitos dos outros: Os cidadãos devem respeitar os direitos e liberdades dos outros,
não interferindo indevidamente no exercício desses direitos.

4. Cumprir com os deveres cívicos: Isso inclui o dever de votar em eleições, servir ao serviço militar
obrigatório (quando existente), prestar serviços à comunidade, entre outros.
5. Defender o país: Em alguns países, os cidadãos têm o dever de defender sua nação em caso de
necessidade, seja através do serviço militar ou de outras formas de serviço público.

6. Participar na vida política: Isso pode incluir a participação em eleições, o envolvimento em


atividades políticas, o exercício do direito de petição, entre outros meios de participação política.

É importante destacar que os deveres fundamentais não devem ser confundidos com restrições ou
limitações arbitrárias aos direitos fundamentais. Eles são estabelecidos para promover o bem-estar
coletivo e a convivência harmoniosa na sociedade, e sua aplicação deve estar em conformidade com
os princípios do Estado de Direito e do respeito aos direitos humanos.

⁃ Características do direito fundamentais (ver no livro):

Aqui estão algumas características dos direitos fundamentais:

1. Universalidade: Os direitos fundamentais são inerentes a todas as pessoas, independentemente


de sua nacionalidade, raça, gênero, religião ou qualquer outra condição. Eles são aplicáveis a todas
as pessoas dentro da jurisdição do sistema legal que os reconhece.

2. Inalienabilidade: Os direitos fundamentais são inalienáveis, o que significa que não podem ser
transferidos, renunciados ou tirados das pessoas. Os indivíduos possuem esses direitos
simplesmente pelo fato de serem seres humanos, e eles não podem ser privados deles de forma
arbitrária.

3. Irrenunciabilidade: Embora os direitos fundamentais sejam inalienáveis, as pessoas podem exercê-


los ou não, mas não podem renunciar permanentemente a eles. Isso significa que, mesmo que
alguém decida não exercer um direito fundamental em um determinado momento, ele ainda pode
reivindicá-lo no futuro.

4. Limitabilidade: Embora os direitos fundamentais sejam considerados essenciais e protegidos, eles


podem sofrer restrições ou limitações em certas circunstâncias. Essas restrições devem estar
previstas em lei, serem necessárias para proteger interesses legítimos, proporcionais e não podem
anular o núcleo essencial do direito.

5. Interdependência: Os direitos fundamentais são interdependentes e inter-relacionados. Isso


significa que o pleno exercício de um direito muitas vezes depende do respeito e da proteção de
outros direitos. Por exemplo, a liberdade de expressão pode depender do direito à privacidade ou à
liberdade de associação.
6. Exequibilidade: Os direitos fundamentais devem ser aplicáveis e protegidos pelo sistema jurídico.
Isso implica que as pessoas têm o direito de buscar a proteção dos tribunais ou outros órgãos legais
quando seus direitos fundamentais forem violados.

⁃ Direitos fundamentais (saber o que é uma colisão de direitos e saber como se


resolve, nomeadamente o critério da concordância e o critério valorativo)

Uma colisão de direitos ocorre quando dois ou mais direitos fundamentais entram em conflito, ou
seja, quando o exercício pleno de um direito implica na restrição ou limitação de outro direito. Isso
pode acontecer em situações onde há um conflito de interesses ou quando o exercício de um direito
interfere no exercício de outro.

Existem diferentes critérios utilizados para resolver uma colisão de direitos. Entre eles, destacam-se o
critério da concordância prática e o critério valorativo.

1. Critério da concordância prática ou harmonização: Esse critério busca encontrar soluções que
permitam o exercício pleno de ambos os direitos em conflito, evitando a supressão completa de
qualquer um deles. A ideia é buscar uma solução que concilie os direitos em questão, buscando um
equilíbrio entre eles. Nesse caso, procura-se interpretar os direitos de forma ampla e flexível, de
modo a evitar uma colisão direta. Isso envolve uma análise contextual, considerando as
circunstâncias específicas e as consequências de cada solução.

2. Critério valorativo: Esse critério baseia-se na atribuição de um maior peso ou valor a determinados
direitos em relação a outros. Ele parte do pressuposto de que existem direitos considerados mais
fundamentais ou essenciais, cuja proteção é prioritária em relação a outros direitos. Nesse caso, a
resolução da colisão ocorre pela hierarquização dos direitos em conflito, priorizando o exercício
daquele considerado mais relevante ou de maior importância na situação em questão. No entanto, é
importante ressaltar que a utilização desse critério exige uma fundamentação sólida e coerente,
baseada nos princípios e valores que sustentam o sistema jurídico.

É importante destacar que a resolução de uma colisão de direitos pode variar de acordo com o
sistema jurídico, as normas e os princípios adotados em cada país. Além disso, cabe aos tribunais e
autoridades competentes a tarefa de interpretar as leis e aplicar os critérios adequados para
solucionar cada caso específico, considerando os princípios de proporcionalidade, razoabilidade e
respeito aos direitos fundamentais.

⁃ Limites internos e limites externos (tem haver com a colisão do direito)

Os limites internos e externos referem-se aos parâmetros e restrições que podem ser aplicados aos
direitos fundamentais, tanto de forma interna (dentro de um sistema jurídico específico) quanto de
forma externa (em relação a outros sistemas jurídicos ou obrigações internacionais).
Os limites internos são estabelecidos dentro do próprio sistema jurídico de um país e são
determinados por meio de leis, regulamentos e decisões judiciais. Esses limites são definidos para
equilibrar o exercício dos direitos fundamentais com outros interesses legítimos, como a proteção da
ordem pública, a segurança nacional, a saúde pública, a moralidade, entre outros. Os limites internos
visam garantir que o exercício dos direitos fundamentais não viole os direitos e interesses de outras
pessoas ou não cause danos excessivos à sociedade como um todo. É importante destacar que esses
limites devem ser proporcionais e justificados, não podendo anular o núcleo essencial dos direitos
fundamentais.

Os limites externos, por outro lado, referem-se às restrições impostas pelos compromissos e
obrigações internacionais assumidos por um país. Quando um Estado ratifica tratados internacionais
ou convenções de direitos humanos, ele se compromete a respeitar e proteger os direitos
fundamentais conforme estabelecido nesses instrumentos. Isso implica que o exercício dos direitos
fundamentais deve estar em conformidade com as obrigações internacionais assumidas pelo Estado.
Caso haja um conflito entre as leis ou práticas internas de um país e seus compromissos
internacionais, os tribunais ou órgãos internacionais de direitos humanos podem intervir para
garantir a conformidade com as normas internacionais.

Portanto, os limites internos têm como objetivo encontrar um equilíbrio dentro de um sistema
jurídico nacional, enquanto os limites externos são estabelecidos em função dos compromissos e
obrigações assumidos pelos Estados em nível internacional. Ambos os tipos de limites são
importantes para assegurar o exercício dos direitos fundamentais de maneira compatível com outros
interesses legítimos e com as normas internacionais de direitos humanos.

⁃ Interpretar o artigo 16,17,18,19

Artigo 16 da CRP: O artigo 16 trata dos direitos de personalidade e da sua inviolabilidade. Estabelece
que todas as pessoas têm direito ao respeito pela sua integridade moral e física, proibindo qualquer
forma de tortura, tratamento cruel, desumano ou degradante.

Artigo 17 da CRP: O artigo 17 aborda o direito à liberdade e segurança. Ele garante a todos o direito à
liberdade e à segurança pessoal, protegendo contra prisões ou detenções arbitrárias. Também
estabelece que ninguém pode ser detido sem uma justificação legal e que as detenções devem ser
comunicadas e fundamentadas.

Artigo 18 da CRP: O artigo 18 trata do direito à identidade pessoal e estabelece que todas as pessoas
têm direito ao nome, ao estado civil, à nacionalidade, à integridade pessoal e à capacidade civil.

Artigo 19 da CRP: Embora você não tenha mencionado o artigo 19, essa é a numeração mais próxima
à que você citou. O artigo 19 aborda a liberdade de deslocação e fixação. Ele garante a liberdade de
circulação no território nacional e o direito de escolher residência, bem como a livre entrada e saída
do país para os cidadãos portugueses.

- Conhecer o princípio da igualdade e universalidade artigo nº 13 CRP

Princípio da Igualdade:

O princípio da igualdade está consagrado no artigo 13 da CRP. Ele estabelece que todos os cidadãos
têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei, sem discriminação, nomeadamente devido
ao sexo, raça, orientação sexual, religião ou origem étnica. Esse princípio implica que todas as
pessoas devem ser tratadas de forma igual e sem discriminação, garantindo a igualdade de direitos e
oportunidades.

Universalidade:

A universalidade é um princípio geral presente em vários artigos da CRP, incluindo o preâmbulo. Esse
princípio defende que os direitos e liberdades consagrados na Constituição são aplicáveis a todas as
pessoas, independentemente de sua nacionalidade, raça, origem social, religião ou quaisquer outras
características pessoais. Ele reforça a ideia de que os direitos fundamentais são inerentes a todas as
pessoas e devem ser garantidos igualmente.

Regime especial diz respeito a aplicação do artigo nº 18/19 da constituição o regime especial dos
direitos especiais e garantias no artigo 1 está o princípio da aplicabilidade direta dos direitos
fundamentais:

1. Regime Especial Tributário: Refere-se a um conjunto de regras e benefícios fiscais específicos


aplicáveis a determinados setores, atividades ou contribuintes. Geralmente, esses regimes são
estabelecidos com o objetivo de incentivar ou fomentar determinadas áreas da economia, promover
o desenvolvimento regional ou social, ou conceder alívio fiscal em circunstâncias especiais.

2. Regime Especial de Trabalho: Pode se referir a arranjos específicos de trabalho ou condições


diferenciadas para determinados grupos de trabalhadores. Por exemplo, existem regimes especiais
para trabalho noturno, trabalho em feriados, trabalho em turnos, entre outros. Esses regimes podem
envolver regulamentações específicas quanto a salários, horas de trabalho, descanso e outros
direitos trabalhistas.

3. Regime Especial de Aposentadoria: Refere-se a um sistema de aposentadoria diferenciado


aplicável a certas categorias de trabalhadores. Em alguns casos, certos grupos profissionais podem
ter acesso a critérios mais flexíveis ou vantajosos para a aposentadoria em comparação com o
regime geral. Esses regimes especiais podem ser aplicados a profissões que apresentam riscos ou
características específicas, como militares, policiais, bombeiros, entre outros.

4. Regime Especial de Regulação: Em alguns contextos, o termo "regime especial" pode ser utilizado
para designar uma forma específica de regulamentação ou normatização aplicável a certos setores,
atividades ou situações. Pode envolver regras diferenciadas, flexibilização de requisitos ou
tratamento particular de acordo com as circunstâncias específicas.

No livro (suspensão em estado de exceção) estado de sítio e estado de emergência é lei orgânica
número 1( lei n 44/86 de 30 de setembro ):
O "estado de sítio" e o "estado de emergência" são termos relacionados à declaração de situações
excecionais em um país, permitindo que o governo tome medidas extraordinárias para lidar com
crises e preservar a ordem pública. A "lei orgânica" é uma expressão que se refere a leis que
estabelecem a organização, estrutura e funcionamento de determinados órgãos ou instituições.

1. Estado de sítio: O estado de sítio é uma medida extrema que pode ser declarada em caso de
guerra, agressão armada estrangeira ou grave ameaça à ordem constitucional. É uma situação de
crise que suspende temporariamente certas garantias e direitos fundamentais, permitindo ao
governo adotar medidas excepcionais, como restrições à liberdade de circulação, censura à
imprensa, detenção de suspeitos, entre outras ações necessárias para enfrentar a situação de crise.
No entanto, a declaração de estado de sítio requer uma autorização prévia do parlamento ou órgão
legislativo competente, conforme previsto na legislação do país.

2. Estado de emergência: O estado de emergência é uma medida menos extrema do que o estado de
sítio e pode ser declarado em caso de grave ameaça ou calamidade pública. É uma situação de crise
que permite ao governo tomar medidas extraordinárias para proteger a população e preservar a
ordem pública. Geralmente, durante o estado de emergência, algumas garantias e direitos
fundamentais podem ser restritos, mas em menor grau do que no estado de sítio. A declaração de
estado de emergência também requer uma autorização prévia do parlamento ou órgão legislativo
competente, de acordo com a legislação do país.

3. Lei orgânica: A expressão "lei orgânica" refere-se a uma categoria específica de leis que têm a
finalidade de regular a organização, estrutura e funcionamento de órgãos ou instituições específicas.
Essas leis estabelecem as competências, atribuições, composição, forma de nomeação ou eleição de
membros, entre outros aspectos relacionados ao funcionamento dessas entidades. As leis orgânicas
geralmente têm uma natureza mais detalhada e específica do que as leis gerais, sendo adotadas para
disciplinar setores específicos da administração pública ou instituições de determinado país

ATT: (tutela da responsabilidade reforçada não sai)

-Artigo nº18 restrição legislativa de direitos e liberdade de garantia legislativa artigo nº 18 nº 3:

A restrição legislativa de direitos refere-se à possibilidade de que certos direitos e liberdades


fundamentais possam ser limitados por meio de legislação. Embora os direitos fundamentais sejam
protegidos e garantidos pela legislação, em determinadas circunstâncias, podem ocorrer restrições a
esses direitos para proteger outros interesses legítimos, como a segurança pública, a ordem social, a
saúde pública ou os direitos de terceiros.

Essas restrições legislativas devem ser estabelecidas em conformidade com os princípios


constitucionais e os padrões internacionais de direitos humanos. Em geral, elas devem cumprir os
seguintes requisitos:
1. Legalidade: As restrições devem estar previstas em lei, ou seja, devem ser estabelecidas por meio
de normas jurídicas válidas e vigentes.

2. Legitimidade: As restrições devem ser baseadas em motivos legítimos, como a proteção da ordem
pública, a segurança nacional, a saúde pública ou a proteção dos direitos de terceiros.

3. Proporcionalidade: As restrições devem ser proporcionais ao objetivo legítimo que se busca


alcançar. Isso significa que devem ser adequadas, necessárias e razoáveis para atingir o objetivo
proposto, levando-se em conta a gravidade da situação e o impacto nos direitos fundamentais.

4. Não Discriminação: As restrições não devem ser discriminatórias, ou seja, não podem visar a
grupos específicos de pessoas com base em características protegidas, como raça, sexo, religião,
nacionalidade, entre outras.

Por outro lado, a garantia legislativa refere-se à proteção dos direitos fundamentais por meio da
legislação. Ela assegura que os direitos e liberdades sejam reconhecidos e garantidos por normas
jurídicas específicas. A legislação pode estabelecer diretrizes claras sobre a proteção e o exercício
desses direitos, bem como procedimentos para sua aplicação e garantia.

A garantia legislativa é fundamental para fornecer um quadro jurídico sólido e previsível que proteja
os direitos e liberdades individuais e coletivos. Ela serve como uma base para a proteção jurídica e
judicial dos direitos fundamentais, fornecendo orientações claras sobre como esses direitos devem
ser interpretados, exercidos e protegidos em uma determinada sociedade.

É importante ressaltar que a restrição legislativa de direitos e a garantia legislativa devem ser
analisadas em conjunto, buscando o equilíbrio entre a proteção dos direitos fundamentais e outros
interesses legítimos. A legislação desempenha um papel fundamental na definição e limitação desses
direitos, garantindo que sejam exercidos de maneira responsável e em conformidade com a lei.

- Saber o princípio da proporcionalidade / princípio da proteção do núcleo o essencial / o princípio


da abstração /e o princípio da não retroatividade:

1. Princípio da Proporcionalidade: O princípio da proporcionalidade é um princípio jurídico que


estabelece que as medidas tomadas pelo Estado devem ser proporcionais ao objetivo buscado. Isso
significa que as restrições aos direitos fundamentais devem ser adequadas, necessárias e
proporcionais à finalidade legítima que se pretende alcançar. Em outras palavras, as restrições não
devem ser excessivas ou desproporcionais em relação ao interesse público que está sendo protegido.
Esse princípio ajuda a garantir um equilíbrio entre os direitos individuais e os interesses coletivos.
2. Princípio da Proteção do Núcleo Essencial: O princípio da proteção do núcleo essencial estabelece
que, mesmo em situações excecionais, os direitos fundamentais devem ser protegidos em sua
essência básica e não podem ser completamente anulados ou eliminados. Isso significa que, mesmo
diante de restrições legítimas, é necessário preservar o núcleo essencial dos direitos fundamentais,
garantindo sua subsistência e efetividade.

3. Princípio de Abstração: O princípio de abstração refere-se à capacidade das normas jurídicas de


estabelecer regras gerais e abstratas, aplicáveis a situações futuras e indeterminadas. Esse princípio
permite que as leis sejam formuladas de forma a abranger diferentes casos e circunstâncias, sem se
limitar a situações específicas ou individuais. Assim, as normas têm um caráter geral e são aplicáveis
a todos que se enquadram em suas condições previstas.

4. Princípio da Não Retroatividade: O princípio da não retroatividade estabelece que a lei não pode
retroagir para prejudicar as pessoas. Isso significa que uma nova lei não pode ser aplicada a fatos ou
situações ocorridas antes de sua entrada em vigor, se isso implicar em uma desvantagem ou punição
para as pessoas afetadas. O princípio da não retroatividade visa garantir a estabilidade e segurança
jurídica, protegendo os direitos e expectativas legítimas das pessoas baseadas na lei vigente na
época dos fatos.

Esses princípios têm um papel fundamental na interpretação e aplicação do direito, garantindo a


proteção dos direitos fundamentais, a segurança jurídica e a limitação do poder estatal. No entanto,
é importante observar que a aplicação desses princípios pode variar de acordo com a legislação e a
jurisprudência específica de cada país.

Capítulo 1 e 2 são apenas uma questão de aulas práticas (matéria que fala da organização do estado
e procedimentos legislativo)

- Nos atos legislativos sai tudo:

1. Que atos legislativos conhece?

1- Existem vários tipos de atos legislativos que são normalmente reconhecidos nos sistemas
jurídicos. Eis alguns exemplos:

1. Constituição: Uma constituição é um documento jurídico fundamental que estabelece os


princípios básicos, os direitos e a estrutura do governo de um país. Estabelece o quadro do sistema
jurídico e, frequentemente, constitui o nível mais elevado de autoridade jurídica.

2. Leis: As leis são atos legislativos promulgados por um órgão legislativo, como um parlamento ou
um congresso. São regras e regulamentos formais que regem uma determinada jurisdição. As leis
podem abranger uma vasta gama de assuntos, incluindo questões civis e criminais, procedimentos
administrativos, tributação, comércio, etc.

3. Estatutos: Os estatutos são leis formais escritas que são promulgadas por um órgão legislativo. São
normalmente disposições específicas e pormenorizadas que abordam áreas particulares do direito.
Os estatutos podem ser adotados a nível nacional, regional ou estatal, ou mesmo a nível local,
dependendo da jurisdição.

4. Atos: As leis são atos legislativos aprovados por um órgão legislativo e têm força de lei. Os atos
podem referir-se a leis ou estatutos aprovados por um parlamento ou congresso. O termo "ato" é
frequentemente utilizado como sinónimo de "lei" para designar disposições legislativas.

5. Decretos-lei: Os decretos-lei são atos legislativos emitidos pelo poder executivo, normalmente em
emergências ou quando o órgão legislativo não está reunido. Os decretos-lei têm força de lei, mas
podem exigir uma aprovação ou confirmação posterior por parte do órgão legislativo.

6. Regulamentos: Os regulamentos são regras e disposições emitidas por um organismo


administrativo ou departamento governamental para aplicar e fazer cumprir as leis. Fornecem
diretrizes pormenorizadas sobre a forma de cumprir as leis e os estatutos mais amplos.

7. Portarias: As portarias são atos legislativos emitidos por governos locais ou municipais.
Normalmente, tratam de assuntos de interesse local, como regulamentos de zonamento, segurança
pública ou procedimentos administrativos locais.

Estes são apenas alguns exemplos de atos legislativos normalmente encontrados nos sistemas
jurídicos. A terminologia e a classificação específicas podem variar consoante a jurisdição e o sistema
jurídico em questão.

2. O que são leis de valor reforçado?

2-A expressão "leis que valorizam" não tem um significado universalmente definido ou amplamente
reconhecido. No entanto, num sentido geral, as leis de valorização podem referir-se a atos
legislativos ou disposições legais que visam promover ou aumentar o valor social, económico ou
individual. Estas leis são normalmente concebidas para produzir resultados positivos, benefícios ou
melhorias em vários aspetos da sociedade.

As leis que promovem o valor podem centrar-se em diferentes áreas e podem variar em função do
contexto e dos objetivos específicos de uma determinada jurisdição. Alguns exemplos de leis que são
normalmente consideradas como leis de valorização incluem:
1. Leis económicas e comerciais: As leis que promovem a concorrência leal, protegem os direitos de
propriedade intelectual, facilitam o investimento, regulam os mercados financeiros e apoiam o
espírito empresarial podem ser consideradas como leis de valor acrescentado, uma vez que
contribuem para o crescimento económico, a inovação e a criação de emprego.

2. Legislação ambiental: As leis que visam proteger e preservar o ambiente, regular a poluição e a
gestão de resíduos, promover práticas sustentáveis e conservar os recursos naturais são consideradas
como valorizadoras, uma vez que contribuem para um planeta mais saudável e sustentável.

3. Leis sobre direitos humanos e justiça social: As leis que protegem os direitos humanos
fundamentais, promovem a igualdade, previnem a discriminação e asseguram o acesso à justiça e
aos serviços sociais são consideradas como valorizadoras, uma vez que visam criar uma sociedade
mais justa e equitativa.

4. Leis sobre saúde e segurança: As leis que regulam a segurança alimentar, a segurança no local de
trabalho, a saúde pública e a proteção dos consumidores contribuem para o bem-estar e a segurança
dos indivíduos e das comunidades, o que as torna promotoras de valor.

5. Leis da educação: As leis que promovem o acesso a uma educação de qualidade, garantem os
padrões educativos e protegem os direitos dos estudantes e dos educadores são consideradas como
valorizadoras, uma vez que a educação é um motor essencial do desenvolvimento pessoal, da
mobilidade social e do progresso económico.

É importante notar que a perceção do que constitui uma lei de valorização pode variar entre
diferentes indivíduos e sociedades, uma vez que pode ser influenciada por fatores culturais, sociais e
políticos. Além disso, a eficácia e o impacto de leis específicas no reforço do valor podem também
ser objeto de debate e avaliação.

3. Que tipos de leis de valor reforçado conhece?

3-Embora não exista uma categorização padronizada de "leis de valor acrescentado", posso dar
alguns exemplos de áreas legislativas que estão frequentemente associadas à promoção do valor
acrescentado em vários domínios. Estas leis têm como objetivo criar impactos positivos e melhorar o
bem-estar da sociedade. Seguem-se alguns tipos de leis que são normalmente consideradas como
promotoras de valor acrescentado:

1. Leis do desenvolvimento económico: Estas leis são concebidas para estimular o crescimento
económico, atrair investimentos e criar oportunidades de emprego. Podem incluir medidas como
incentivos fiscais, subsídios, promoção do investimento e regulamentação comercial que visam
promover um ambiente empresarial favorável.
2. Leis de inovação e tecnologia: As leis que promovem a investigação e o desenvolvimento, os
direitos de propriedade intelectual, a transferência de tecnologia e o espírito empresarial podem
aumentar o valor, incentivando a inovação, os avanços tecnológicos e a competitividade económica.

3. Leis de proteção do ambiente: As leis centradas na conservação do ambiente, no controlo da


poluição, na gestão dos recursos naturais e nas práticas sustentáveis ajudam a salvaguardar os
ecossistemas, a atenuar as alterações climáticas e a proteger a saúde humana. Contribuem para o
valor a longo prazo, assegurando um ambiente saudável e sustentável para as gerações atuais e
futuras.

4. Leis de proteção do consumidor: Estas leis têm como objetivo salvaguardar os direitos dos
consumidores, promover práticas comerciais justas e garantir a segurança e a qualidade dos
produtos. Aumentam o valor através do estabelecimento da confiança dos consumidores, da
prevenção da fraude e da criação de mecanismos de resolução de litígios.

5. Leis de protecção social: As leis relacionadas com a segurança social, os cuidados de saúde, a
educação, a habitação e a luta contra a pobreza contribuem para aumentar o valor da sociedade, ao
resolverem as desigualdades sociais, prestarem serviços essenciais e melhorarem o bem-estar das
populações vulneráveis.

6. Leis dos direitos humanos: As leis que protegem os direitos humanos fundamentais, incluindo os
direitos civis e políticos, a igualdade, a não discriminação e a liberdade de expressão, promovem a
coesão social, a justiça e o respeito pela dignidade individual.

7. Legislação em matéria de saúde pública: As leis que regem as medidas de saúde pública, a
prevenção de doenças, as normas de cuidados de saúde e os sistemas de resposta a emergências
promovem o bem-estar das comunidades, impedem a propagação de doenças e garantem o acesso a
serviços de saúde de qualidade.

É importante notar que estas são categorias gerais e que as leis específicas dentro de cada categoria
podem diferir com base nos quadros legais e nas prioridades de cada país ou jurisdição. O conceito
de leis de valor acrescentado também pode evoluir ao longo do tempo à medida que as
necessidades e os valores da sociedade mudam.

4. Explique o que entende por princípio da reserva de lei e da prevalência da lei.

O princípio da reserva de lei e o princípio da prevalência da lei são dois conceitos fundamentais do
Estado de Direito, que estabelecem a importância da legislação como fonte primária e suprema do
ordenamento jurídico. A seguir, vou explicar cada um desses princípios:
1. Princípio da Reserva de Lei: Esse princípio estabelece que certas matérias ou questões relevantes
só podem ser reguladas por meio de leis elaboradas pelo poder legislativo competente. Isso significa
que o legislador tem a responsabilidade exclusiva de estabelecer as normas jurídicas que regem
áreas específicas, sendo reservado a ele o poder de tomar decisões sobre questões fundamentais e
de grande impacto social.

Esse princípio garante que assuntos importantes, como direitos fundamentais, estrutura de governo,
organização de instituições públicas e regras de conduta geral, sejam tratados e decididos por meio
de processos democráticos e representativos. Ele limita o poder de outros órgãos do Estado, como o
poder executivo ou judiciário, de interferir nesses assuntos sem uma base legal estabelecida pelo
legislador.

2. Princípio da Prevalência da Lei: Esse princípio estabelece que a lei é a fonte suprema do
ordenamento jurídico e possui autoridade superior sobre outras normas ou atos normativos.
Significa que a lei tem um status hierarquicamente superior em relação a regulamentos, decretos,
portarias ou outras normas infralegais.

Dessa forma, o princípio da prevalência da lei estabelece que todas as normas jurídicas devem estar
em conformidade com a lei e não podem contrariá-la. Caso haja algum conflito entre a lei e outras
normas, a lei prevalecerá e terá aplicação prioritária.

Esse princípio é fundamental para garantir a segurança jurídica, a previsibilidade e a uniformidade da


aplicação do direito. Ele assegura que as normas sejam hierarquicamente organizadas e que
nenhuma norma inferior possa se sobrepor ou invalidar a lei.

Em resumo, o princípio da reserva de lei resguarda a competência legislativa em determinadas


matérias, enquanto o princípio da prevalência da lei estabelece que a lei é a norma suprema e tem
primazia sobre outras fontes normativas. Ambos os princípios contribuem para a ordem jurídica e a
garantia do Estado de Direito.

5. Explique o que entende por princípio da tendencial paridade entre lei e decreto-lei.

5- O princípio da paridade tendencial entre a lei e o decreto-lei refere-se a um conceito dos


sistemas jurídicos em que se pretende manter um equilíbrio ou uma igualdade aproximada entre o
poder legislativo, exercido pelo legislador através da promulgação de leis, e o poder executivo,
exercido pelo governo através da emissão de decretos-lei. Este princípio visa garantir que o âmbito e
o impacto de ambos os actos legislativos sejam controlados e que funcionem num quadro
equilibrado.

Nalguns sistemas jurídicos, como em certas democracias parlamentares, o poder legislativo


(geralmente um parlamento ou congresso) tem a autoridade principal para aprovar leis. As leis são
atos legislativos abrangentes que passam por um processo deliberativo exaustivo, permitindo uma
representação mais ampla e a participação do público. Por outro lado, o poder executivo,
normalmente liderado pelo governo, pode ter o poder de emitir decretos-lei em circunstâncias
específicas.

O princípio da paridade tendencial reconhece que os decretos-lei, que são atos legislativos emitidos
pelo poder executivo, não devem invadir indevidamente o domínio legislativo nem contornar o
processo deliberativo do poder legislativo. Sublinha a necessidade de um equilíbrio entre as duas
fontes de legislação para preservar a separação de poderes e o funcionamento democrático do
sistema jurídico.

De acordo com este princípio, podem ser estabelecidas determinadas salvaguardas ou limitações à
utilização de decretos-lei para manter a paridade tendencial com as leis. Por exemplo, os decretos-lei
podem estar sujeitos a limites temporais, exigindo a aprovação ou confirmação posterior pela
legislatura, ou podem ser limitados a domínios ou circunstâncias específicas de necessidade
excecional ou urgente.

O objetivo da paridade tendencial é garantir que tanto as leis como os decretos-lei estão sujeitos a
controlos e equilíbrios democráticos, refletindo o princípio de que o poder legislativo deve ser
exercido pelos representantes eleitos do povo. Ao defender a paridade tendencial, os sistemas
jurídicos procuram evitar um desequilíbrio de poder entre os poderes legislativo e executivo e
manter a integridade e a legitimidade do processo legislativo.

6. Defina, através de um exemplo prático, no contexto do poder legislativo da AR, do

Governo e da Assembleia Legislativa Regional o que entende por:

 Competência legislativa absoluta: A competência legislativa absoluta refere-se à autoridade


de um determinado órgão legislativo para fazer leis sobre um assunto específico sem
quaisquer limitações ou restrições. No nosso exemplo, a AR pode ter competência legislativa
absoluta em matérias como alterações constitucionais, leis eleitorais ou direitos
fundamentais. Isto significa que a AR tem o poder exclusivo de legislar sobre estas matérias e
que nenhuma outra entidade pode usurpar ou sobrepor-se à sua autoridade legislativa
nestes domínios.

 Competência legislativa relativa: A competência legislativa relativa refere-se à autoridade de


um órgão legislativo para fazer leis dentro de um domínio ou jurisdição específicos. No nosso
exemplo, a Assembleia Legislativa Regional pode ter competência legislativa relativa em
áreas como o desenvolvimento regional, a governação local ou questões culturais. Dentro da
sua jurisdição definida, a Assembleia Legislativa Regional tem o poder de aprovar leis e
regulamentos que são vinculativos na sua região, mas pode não ter autoridade para além
dessa área geográfica específica.
 Competência legislativa exclusiva: A competência legislativa exclusiva refere-se à autoridade
exclusiva de um órgão legislativo específico para elaborar leis sobre um determinado
assunto. No nosso exemplo, o Governo pode ter competência legislativa exclusiva em
matérias relacionadas com a defesa nacional, os negócios estrangeiros ou as políticas
financeiras. O Governo exerce esta autoridade sem interferência de outros órgãos
legislativos e as suas leis nestas áreas são vinculativas para todo o país.

 Competência legislativa concorrencial: A competência legislativa concorrente ocorre quando


vários órgãos legislativos têm autoridade para legislar sobre a mesma matéria, o que conduz
a uma potencial sobreposição ou conflito. Por exemplo, tanto a AR como a Assembleia
Legislativa Regional podem ter competência legislativa concorrente em domínios como a
educação ou os cuidados de saúde. Nestes casos, pode ser necessário assegurar a
coordenação, a cooperação ou uma definição clara das responsabilidades, a fim de evitar
incoerências ou contradições entre as leis adotadas por diferentes entidades.

 Competência legislativa delegada ou autorizada: A competência legislativa delegada ou


autorizada refere-se à concessão de poder legislativo por um órgão legislativo a outra
entidade. No nosso exemplo, a AR pode delegar ou autorizar certos poderes legislativos ao
Governo em áreas específicas, tais como a implementação de regulamentos ou a adopção de
disposições pormenorizadas no âmbito do quadro estabelecido pela AR. Esta delegação
permite ao Governo criar leis dentro dos parâmetros estabelecidos pela AR.

 Competência legislativa complementar ou de desenvolvimento: A competência legislativa


complementar ou de desenvolvimento refere-se à autoridade de um órgão legislativo para
promulgar leis que complementem ou desenvolvam a legislação existente. No nosso
exemplo, a AR pode ter o poder de aprovar leis complementares ou de desenvolvimento
para alargar ou aperfeiçoar as disposições das leis existentes. Estas leis têm como objetivo
colmatar lacunas, abordar questões emergentes ou adaptar a legislação a circunstâncias em
mudança.
 É importante notar que a atribuição específica de competências legislativas pode variar
consoante os diferentes países e sistemas jurídicos. O exemplo aqui apresentado é hipotético
e serve para ilustrar os conceitos num sentido geral.

164/165 Assembleia da República

-Princípio fundamental do núcleo de direitos e deveres fundamentais 18 nº 3.

No entanto, é possível entender o "núcleo de direitos e deveres fundamentais" como uma referência
aos direitos e deveres mais centrais e fundamentais que estão intrinsecamente ligados à cidadania e
à dignidade humana. Esses direitos e deveres são considerados fundamentais para a convivência em
uma sociedade democrática e para a proteção dos direitos humanos.

Os direitos fundamentais normalmente abrangem uma série de direitos individuais e coletivos, como
liberdade de expressão, liberdade de religião, direito à vida, igualdade perante a lei, privacidade,
propriedade, entre outros. Esses direitos garantem a proteção dos indivíduos contra a interferência
indevida do Estado e de terceiros.
Da mesma forma, os deveres fundamentais são as obrigações que os cidadãos têm para com a
sociedade e o Estado. Esses deveres podem incluir o respeito à lei, o pagamento de impostos, o
cumprimento de obrigações cívicas, o respeito aos direitos dos outros e a participação ativa na vida
pública.

O núcleo de direitos e deveres fundamentais, portanto, representa o conjunto básico de direitos e


deveres que são considerados essenciais para a ordem democrática e a promoção do bem comum.
Esses direitos e deveres são geralmente protegidos e regulados por meio da legislação nacional, bem
como por tratados internacionais de direitos humanos dos quais o país seja signatário.

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